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História Heroes - Capítulo 2


Escrita por: Dirgni_Gates

Notas do Autor


Olá amores! CapCap novo ebaaaa, bom, espero que gostem. Uma boa leitura meus queridos!.

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Heroes - Capítulo 2

Pov's Ben

A luz que invadiu o quarto após a janela ser aberta machucaram meus olhos como se fosse facas enterrando-se em minhas vistas acostumadas com a escuridão.
   - Hora de levantar - a voz feminina foi familiar para meu cérebro intupido de comprimidos. Ergui a cabeça com dificuldade e olhei para mulher que afundou- se em meu coração por anos.
  - Ingrid...ah - cobri os olhos com as mãos - fecha isso, por favor - aperto o rosto no travesseiro. Nunca mais senti vontade de sair para o mundo, não depois que este tirou meus irmãos dos meus braços... da pior maneira, entrei em uma depressão que talvez nunca mais saia. Foi doloroso demais...

    O sol estava se pôndo quando nosso tio Serj, decidiu ir ao banco. Bem, ele tinha ganhado uma grana extra na firma onde trabalha, ficamos pulando de alegria, o que era uma besteira para Denis...ah, ele sempre foi do contra. Mas, imploramos para ir junto e Serj depois de muita demora, aceitou. Entramos no carro e seguimos viagem, nunca pensei que aquele dia iria ser o último perto de meus irmãos.
    Descemos do carro e entramos no banco. Serj conversou com a gerente e esta nos levou até uma mesa para sermos atendidos... foi aí, aí que meu mundo desmoronou. Ladrões invadiram o local, eles estavam com armas e renderam todos. Ficamos com as mãos na cabeça enquanto os agressores roubavam.
  Um deles, que por sua mascara estranha não pude identificar, aproximou-se de uma senhora e assustou-a com a arma apontada para ela. James achou aquilo um absurdo e manifestou-se, mas aquela fora a última vez. O ladrão atirou em seu peito após ele tentar arrancar sua arma, e eu nada fiz, fiquei apenas com lágrimas nos olhos, o resto de meus irmãos entraram em choque, Sam então, só faltou morrer junto, ele sempre fora o mais frágil de todos. Depois que as sirenes da policia ecoou pelo espaço, Serj agarrou o chefe da turma e com muito esforço arrancou sua mascara, logo, todos puderam vislumbrar o homem de olhos azuis nos encarar de volta.
     Tudo só piorou, antes dos covardes sairem correndo, atiraram em Denis, Sam e Cam e mais 3 pessoas que ali estavam. Como sobrevivi vendo meus irmãos serem mortos a tiro?.
   Quando os policiais chegaram, eu estava vomitando sem conseguir parar e os soluços sufocavam-me. Serj chorava em silêncio tentando acalmar-me de alguma forma, mas não foi possível.
    Fiquei dias no hospital, por um momento pensei em apenas morrer, como eu estava em um ambiente hospitalar era só enforcar-me com o fio do soro que descia e parava no meio da minha veia, afinal, meu mundo havia acabado. Mas meus planos deram errado, Serj chegou a tempo e impediu-me com um abraço.
    Faz 2 dias que descobrir que aqueles assassinos desgraçados estavam livres da prisão, e seus nomes batiam na minha cabeça. Corey. Joey e Mick. O ódio me banhava, e só o que queria era matá-los como fizeram com as pessoas do meu sangue.
    Eram meus irmãos, a pior coisa é perder pessoas que ama, que fizeram sentido na sua vida. Mas de uma coisa estou certo, vou me vingar daquele homem de olhos azuis, e seus 2 parceiros estarão igualmente encurralados. Porque? Porque fizeram isso? Oh, meu Deus, meus irmãos. Dói muito.
   - Você tem que sair dessa... - Ingrid faz meu cérebro voltar para o presente - meu amor, levanta - ela sorri sentando na ponta da cama - o sol está tão lindo lá fora.
  Não é a primeira vez que Ingrid tenta me arrancar da cama - anos, meses, dias. Não sei como nosso noivado não desmanchou, acho que seu amor por mim é forte demais, pena que não estou pensando nisso, é apenas solidão e dor.
    - Não faça isso - fraquejo nas palavras
Ela levantou-se ligeiramente
   - Viu? Sua voz está rouca por causa de tantos dias nessa - ela aponta para meu estado na cama - Ben, desta vez não saio daqui sem você...
Olho para ela e bato na cama
  - Aqui cabe dois
Ela sorriu
  - Uau, que cavaleiro, mas não, obrigada, preciso do outro Ben, aquele que saía comigo e que me pediu em casamento
Sento na cama e a encaro, suas palavras me atingiram da pior maneira
    - Sim, nesse tempo meus irmãos ia a escola comigo, viu quanto tempo? - tento segurar as lágrimas. Chorar não irá trazê-los de volta.
   - Ben?! - mostrou-se furiosa - você foi na última entrevista do meu grupo cientifico, e agora essa baléla?
  - Ingrid - tento manter a calma - aquela entrevista segundo você, era muito importante, então fui. Mas, não sabe como foi difícil...
   - Ben, seus irmãos se foram quando você tinha apenas 18 anos, acha que eles não querem vê-lo feliz? - sua pergunta era dura, no fundo era verdade, mas justiça é justiça
   - Eles fazem falta, anos para mim é apenas dias que passam sem importância. Agora, por favor.... - pretendia terminar a frase, mas Ingrid a cortou com um beijo inesperado
   - Também sinto sua falta - ela sobe em cima de mim
   - Acho melhor pararmos por aqui - tento não cair em tentação
Sua boca cola em meus ouvidos e sua voz faz-me arrepiar
  - Não se preocupe, não terá ninguém para atrapalhar
Ingrid tem um modo específico de fazer-me acordar para o mundo. Ela é louca, e acho que é isso que mais amo nela.
   - Te amo... - sussurrava enquanto tirava minha camisa. Sentir seu corpo no meu era enlouquecedor.
    Já faz anos que estamos noivos e nada aconteceu, mas é claro, meu tio Serj é muito religioso e é contra a falta de pureza antes do casamento. Isso é um de seus mais famosos ensinamentos.
    - Jogada suja...- tento falar, mas a mesma impedia. Tiro sua blusa com suavidade. Tudo estava indo como em um sonho pela primeira vez na minha vida, mas durou pouco. Bateram na porta, e para piorar a voz que chamou era de Serj.
   - Ben
Ingrid pulou da cama e vestiu a blusa de volta, tentei procurar a minha, mas não a encontrei. Ela rápidamente atendeu a porta.
   - porque demorou? - Serj estranhou, conheço esse homem mais que tudo.
  Ingrid sorriu gentilmente
   - Demorou? Mas você acabou de bater - após o terminio de suas falas, Serj entrou e me encarou
   - Vista uma camisa, está esfriando lá fora
Assenti e levantei apoiando nas paredes. Abri a gaveta e peguei uma camiseta preta.
   - Que aparência é essa? Meu sobrinho virou um zumbi e não sei? - Serj sempre foi mais forte, desde que aconteceu a tragédia ele agi como um touro.
  - Estou bem, só queria um tempo sozinho
Serj passou os olhos em todos os cômodos da casa, mas seus olhos fixaram-se apenas em meu criar-do-mudo. Droga!.
   - Remédios? Ben! Você havia parado com essas porcarias, o que disse para você?
   - Tio, essas "porcarias" são os únicos heróis que me tiram do fundo do poço. Sempre que não as tomo penso em Denis, James, Sam e Cam, é difícil - passo a mão no rosto
  Seu olhar de pena foi como espada afundando-se em meu peito
   - Não tem outro jeito a não se internar você... - esse é o modo que Serj costuma chamar de saída. Fiquei 3 anos internado no hospital por te tomado comprimidos com álcool. Nada me matava.
   - Talvez outro dia - Ingrid olhou para Serj - hoje, Ben sairá comigo e viverá como uma pessoa normal, depois você continua com essa sua saída estúpida de interna-lo, não vê que ele é seu único sobrinho agora?
   - Ah, você é a cientista que inventou uma solução para proteger os desabrigados de doenças extremas. Pois é, não tem nada avê com minha família, sei que é noiva de Ben, mas ainda não casaram-se, então, por favor, não se meta - suas palavras foram duras. Ele sempre odiou que tocassem em sua ferida.
   Ingrid sorriu forçado
   - Tá bem, mas o que importa é Ben, e ele sairá hoje, chega de solidão - sua face abriu-se como uma janela para mostrar o sol.  Essa mulher é linda.
Serj concordou com a cabeça e foi até a janela observar o céu, ele sempre faz isso, diz que Deus vê tudo.
   - Vamos
   - Para um interro? Aproveita e me interra - sentei-me novamente na cama pronto para voltar a dormir, era só o que conseguia fazer. Ingrid me puxou de uma só vez que quase cair de cara no chão.
   - Tá maluca?
   - Tome um banho e te espero lá fora - a mesma da de ombros em direção a porta.
Com toda certeza iria ignora-la e voltaria para meu "caixão" que guardou meu corpo sem vontade de viver, por dias. Mas decido ir.
   Entro no banheiro, e pela primeira vez percebo que estou parecendo um mendigo - meus cabelos bagunçados, minhas vestes descombinando, meus olhos engolidos por olheiras profundas, realmente não havia mais aquele Ben que acreditava que a vida era bela.
   - Fui tolo - murmurei olhando meu reflexo no pequeno espelho. Respiro fundo e pulo para o choveiro.

   [...]

Quando voltei para o quarto, Serj estava com uma foto em mãos.
   - Tio? - seco os cabelos com a toalha
Ele voltou os olhos que estavam longe, para mim
   - James foi um garoto gordinho
Abaixo o olhar sentindo aquela dor fina retornar
   - Mas, eles permanessem vivos em meu coração e memória. Temos que seguir em frente, eles iriam querer isso também
   - Eu sei, mas um dia terei paz - fui forte e não deixei as lágrimas descerem. Não poderia permitir que o ódio tomasse conta do amor que Ingrid depositou em mim ao chegar aqui.
    - Tome cuidado, por favor...
    - Com certeza - visto minha jacketa - não se preocupe tio - dou um beijo em sua testa e retiro-me. Serj morava comigo, mas teve que arrumar outra casa. Meu tio é um cara lutador. Lembro-me quando seus dois "amigos" o fez ser despedido. Axl Rose e Slash, ambos foram sua pior companhia. Envenenava todos na firma onde Serj trabalhava quando meus irmãos ainda eram vivos, dizia sobre desvio de dinheiro e apontava o dedo na direção errada. Até que seus desejos foram realizados e Serj voltou nadando no rio da tristeza, mas segundo ele, sempre soube do tipo de amigos que tinha.
    - Pensei que não iria descer - Ingrid sorrir - vamos a sorveteria? 
     - Uma cientista na sorveteria? Isso é surreal...
     - Amo coisas surreais, tenho tanto para lhe falar. Vamos? - ela destrava a porta do carro e em seguida entramos.
    - O que tem para falar? - acompanho com os olhos os lugares que passavam rápidamente pela janela
    - Acho que você desistirá de sair comigo se eu contar
   - Claro que não - fico surpreso
   - Meus projetos, lembra da entrevista?
   - Ah, sobre aquela máquina que faz o individuo virar diversas pessoas?
Ela assentiu
   - Sim, mas precisamos de alguém para estrea-la - viramos uma rua - estava pensando em você
Viro o rosto para olhá-la e fico pensando se era algum tipo de brincadeira
   - Que foi?
   - Me aceitariam?
   - Ah, ainda não sabem que a terminei, quero fazer surpresa, o que me diz? Explico tudo quando chegarmos a sorveteria
  Faço que sim com a cabeça
   - Sim, mas esse negócio tem mesmo a capacidade de fazer tudo que quisermos? Se eu imaginar... sei lá... - decido não terminar a frase.
    Ingrid olhou-me e fez silêncio.
Estacionamos em uma faixada que encontra-se em pequena distância do local. Caminhamos e entramos no espaço cheio de quadros de sorvetes
   - Pode falar - acomodo-me no banco e sorrio para ela, que cora ao mesmo tempo
   - Opa, vamos pedir, ei? - ela faz gestos. Uma moça chegou até nós e a reconheceu
   - Você é a cientista Ingrid Fletcher?
   - Sim...
   - Amo suas invenções, vi suas ideias, e termos a capacidade de ver e sermos os prórpios entes que já se foram, ou até mesmo virar um personagem de algum filme, é fantástico... isso seria um video-game cerebral jamais imaginado pelo homem, mas sua equipe foram os gênios do ano.
   - Nossa, fico muito feliz com suas palavras, logo todos poderão usar
   - Eu sei, e isso que me deixa mais empolgada, vou poder ser Beyoncé...
    - Sim - ela sorri - iremos querer sorvete de chocolate com calda de hortelã
   - Pedido anotado. É uma honra recebe-la aqui, ainda mais que pessoas desses niveis iriam preferir um restaurante caro - a moça retirou-se após pegar um guardanapo autografado. É, tem fãs de vários tipos.
   - Podemos?
   - Sim, a moça já deu um breve resumo, e estou interessado - junto as mãos sobre a mesa e arqueio as sobrancelhas - você não existe sabia? Mas, pode começar
   Ela sorriu
  - Bom, como ouviu, terá o poder de ser quem quiseste. A loucura é que quando for o tal personagem, não importa qual seja a história que inventar, você mesmo  se verá...
   - Como agora? Tipo, você é eu e eu sou eu na visão?
Ela faz que sim
   - É como se fosse características suas que o cérebro guardou. Nesse poder, você poderá decidir os acontecimentos, se quer luta ou romantismo, será como se estivesse sonhando... tudo sera possível - ela fez uma pausa - a máquina agirá conectado com sua memória, sugando seus detalhes. Nesse mundo será possível mortes, então as impeça, se todos seus personagens morrerem... esqueça este mundo para sempre. Não morra. E também nada de matar o principal...
   - Quem é o principal?
   - Seu próprio eu, olha, os sentimentos contam...
   -Como assim?
   -  Se entrar com raiva terá guerra, se entrar com ódio o mundo desaba, etc. Resumo de tudo, os sentimentos estão de acordo com a história que será inventada pelo individuo. O centro de tudo é a memória e os sentimentos, ou seja, o cérebro e o coração trabalhando juntos. São os principais do corpo, assim como é para o transdms
   - Transdms? - perguntei
   - Isso, transdms é o nome que dei a essa invenção, significa transmissão de memória surreal - ela pega em minhas mãos - o que acha?
   Sorrio e respondo ligeiramente:
  - Quando começamos?
  - Agora - levantou do banco - o sorvete pode ficar para depois?
  - Sem problemas
Acho que vou gostar dessa máquina. Matar Corey nessa jogada será delicioso, quem sabe crio experiência e faço de verdade, o que ele fez com meus irmãos não tem perdão. Anos esperando por vingança, mas não é fácil encontrá-los, quem disse que ex-presidiários assassinos gostam de passear em parques?.
   Paramos em frente a uma porta de aço. O lado de dentro parece ser enorme. Ingrid digita uns números no teclado embutido sobre a porta, logo esta se abre.  
   Eu tinha razão, dentro é realmente enorme, haviam várias salas.
  - Nossos troféis estão nessas saletas - ela se apressa e corro em seu encalço. Olhando para os lados vejo que esses troféis não são como aqueles dado a quem ganha um basquete, pois eram lulas mergulhadas em um enorme áquario, ursos conservados, toda espécie de animal sobre uma prateleira. Fora o que eu conseguira ver.
   - É aqui - paramos em frente a uma porta que dizia "Somente pessoas autorizadas". Assim que a porta abriu, pequenas fumaças correram. Vou entrando junto com Ingrid, sinto o ar úmido... esse cheiro.... esse cheiro é o mesmo que havia no banco no dia em que perdi meus irmãos.
   Seguro-me na pequena poltrona que ali tinha. Minha respiração estava acelerada. Não lembre, Ben, não lembre. O corpo de James caindo sobre o chão... naquele momento eu já estava morto.
    - Ben? - pela expressão de Ingrid, parecia que a mesma estava me chamando por pelo menos 3 segundos.
   - Vamos... - sorrio e levo as mãos aos quadris, tentando imaginar onde seria o lugar que teria de ficar
   - É aí - ela aponta para a poltrona que eu havia me segurado segundos antes - nada melhor que um bom lugar para dormir, não acha?
   Assenti
   - Claro, é apenas sentar e fechar os olhos? - pergunto acomodando-me na poltrona marrom. Ingrid põe a palma da mão em minha testa e a impulsa para trás. Agora, meus olhos viam apenas o teto.
   - Ben, esse pequeno aparelho permite apenas 24h de sonhos, saiba, passando disso....
  - Não se preocupe - pego em sua mão - quero isso mais do que nunca, pelo menos verei meus irmãos novamente, nem que seja por 1 minuto, nem que seja em sonhos.... essa foi a melhor invenção já inventada - sorrio - seja lá o que for acontecer, não me importo, meus irmãos estarão lá comigo... farei uma bela história - respiro fundo e fecho os olhos. Ingrid manteu-se em silêncio.
   Após uns segundos, senti uma pressão nas tempôras, como se estas estivessem sendo sugadas.
    - Não se preocupe, é apenas o transdms iniciando o trabalho. Lembre-se, 24h, por favor, não passe disso - sua voz estava ficando muito baixa - meu Deus, que eu não me arrependa de ter posto-te nessa, quero você aqui antes de bater 24h no relógio, 12, 12 horas já está ótimo - essas foram as últimas palavras que ouvi antes de cair na escuridão. Meus olhos não pretendiam abrir, estavam pesados demais.
   Minha verdadeira história começa agora...


Notas Finais


Ebaaaa chegou até aqui, espero-te no próximo capítulo.

Beijinhosss da Gates


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