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História Heroes - Rebel


Escrita por: Secret_else

Capítulo 5 - Rebel


Fanfic / Fanfiction Heroes - Rebel

Há Psicólogos que dizem que pais ausentes mimam seus filhos como uma forma de se redimir, ou que se sentem culpados pela ausência e os recompensam com bens. Alguns apenas querem dar para os filhos tudo que não puderam ter quando eram jovens. Tudo isso aconteceu com Lohana Nunes.

College of Greenwhich: 08:05 a.m.

A secretaria desse colégio já virou uma rotina pra mim.
-Oi Silvia.
Silvia é a secretária do diretor, sempre me recebe quando eu venho pra cá. Eu sempre a cumprimento, não por educação, é porque ela não me suporta, tanto que nunca respondeu meus cumprimentos. Após algum tempo o diretor abre a porta de sua sala e libera o idiota que puxou confusão pro meu lado.
-Você já pode entrar.
Lá vamos nós de novo. Entro na sala e sento em frente ao diretor, essa cadeira deveria ter meu nome nela.
Ok Lohana, qual sua versão do que aconteceu.
-Olha diretor, você já deve estar cansado de ouvir essa história o dia todo, então sim, eu dei um soco na cara daquele idiota, mas só fiz isso porque ele não parava de jogar doces em mim, e também disse que eu faço sexo por dinheiro. Vamos acabar logo com isso, quantos dias de detenção dessa vez?
Sempre era assim, eu e a detenção, mas dessa vez o diretor riu e olhou pra mim.
-Acha que vai ser tudo simples dessa vez? Se por todo o ano nós lhe demos detenções pesadas, acho que é hora de um aviso mais sério.
Ele me pegou desprevenida agora, o que ele vai fazer?
-E qual a punição dessa vez?
-Suspensão.
Desgraçado, eu queria me livrar da escola mas não desse jeito.
-Qual é diretor, vai complicar minha vida por causa de um soco?
-Sinto muito Srta. Nunes, volte daqui a 3 dias com esse documento assinado.
O diretor me dá uma folha para oficializar a suspensão, eu olho pra cara dele e pego o papel.
-Está liberada por hoje.
Eu já estava na porta, me virei e dei um sorriso sarcástico.
-Até 3 dias, querido diretor.

Greenwhich Park: 13:27a.m.

Já que estou liberada dessa escola resolvi almoçar no parque, dar uma volta, já que em casa só tem empregados. Essa maldita suspensão vai me obrigar a pedir uma assinatura e a presença de um responsável. Mas espera, meus pais vivem enfiados em sua firma de advocacia, nem devem se lembrar dos filhos que tem. Eles queriam que meu irmão mais velho assumisse o patrimônio da família, mas nós estávamos no Japão quando houve o acidente nuclear de Fukushima. Era aniversário do meu irmão mais velho, ele fazia 18 anos e eu tinha 12. A radiação o tirou de nós e eu fiquei doente por meses, mas fiquei bem. Agora meus pais trabalham na grande empresa que construíram, eu me neguei a ser como eles, sou a “divergente” da família, e meu irmão mais novo tem 4 anos, novo demais pra entender essa família, ele é a única pessoa boa daqui.
-Ninguém se meche. É um assalto!
Só o que faltava, ladrões. Mandaram todo mundo deitar no chão. Eu já estava no chão quando escutei sirenes da polícia, esses são os ladrões mais burros do mundo, assaltando um café no meio de um parque.
-NÓS TEMOS REFÉNS, SE INVADIREM A GENTE METE BALA!
Só.O.Que.Faltava.

Greenwhich Park: 13:54a.m.

Estavam liberando os reféns de pouco a pouco, e eu ainda estou aqui. Não tenho medo desses caras, mas eu não tenho paciência pra assaltos. Um dos bandidos faz um gesto e olha pra mim, depois um deles vem até mim.
-Você vem comigo.
Eu queria reagir, mas ele está armado. Vamos andando até os fundos eu e o bandido, os outros 2 ficam na recepção. Esse cara tá nervoso com essa arma na mão, eu consigo derrubar ele, assim que ele abrir aquela porta. O bandido está distraído abrindo a porta dos fundos, quando a porta finalmente se abre o bandido se atrapalha e deixa a arma cair entre nós, chuto a arma por reflexo e o agarro, eu disse, consigo derrubá-lo. Nós caímos do lado de fora do café, eu o segurava contra o chão para ele não gritar, e ele tentava fugir da minha imobilização.
-Parem aí!
Policiais, finamente.
-Eu sou refém, consegui pegar ele agora.
Falei logo que eu era refém, vai que o cara quer me levar junto.

Police Department: 16:06a.m.

Após horas, o assalto terminou, me trouxeram pra dar depoimento na delegacia mas acabaram de me liberar. Só quero pegar um taxi e ir pra casa.

Casa da família Nunes: 16:47a.m.

Chego em casa finalmente, que dia cansativo. Nem sinal dos meus pais em casa, ainda bem que sou de maior senão eu mofaria na delegacia esperando eles.
Vou direto para o meu quarto, eu preciso urgentemente de um banho.

Casa da família Nunes: 20:42p.m.

-LOHANA!
Eu estava na cama mexendo no celular quando escuto a voz do meu pai gritando meu nome.
-LOHANA VEM AQUI AGORA!
Me levanto rápido e desço, não é todo dia que meu pai grita assim. Encontro meu pai na sala de estar, minha mãe sentada no sofá olhando a televisão ligada.
-Poderia me explicar isso?
Olho pra televisão e a manchete diz “Filha de Advogados John e Melissa Nunes se envolve em assalto à cafeteria”. Dou uma risada de leve e olho pro meu pai com os olhos em chamas.
-Não me diz que vocês acreditam nisso?
-Deveríamos acreditar Srta. Nunes? O que mais você escondeu de nós?
-Eu era cliente na hora do assalto, eu fui feita de refém! Você prefere acreditar nesse jornal sensacionalista do que na sua filha?
-A minha filha, não deu satisfação de onde estava, nem disse nada sobre ser suspensa da escola.
Fudeu, eles sabem da suspensão.
-É, seu diretor ligou.
-E daí? Vocês acham que eu sou uma criminosa por causa desse maldito jornal? E de que adiantaria eu falar sobre a suspensão, eu já fui suspensa mesmo.
-Talvez pra dar alguma satisfação da sua vida.
-Oh, eu deveria dar satisfações da minha vida? Quando foi a última vez que vocês perguntaram sobre a minha vida ou a do Theo? Vocês não ligam pra nossa vida, deixam ele naquela escola de tempo integral pra ele não notar que os pais deles só pensam em seus trabalhos.
Um silêncio invadiu a sala, ambos víamos fogo nos nossos olhos, meu pai teve o bom senso de não responder nada pois estávamos à beira de algo pior.
Me virei e fui pro meu quarto, só quero acordar amanhã e me deparar com a casa vazia novamente. Como sempre foi.


Notas Finais


Desculpe o atraso, estou meio Doente esses dias e tive que correr pra casa. Sintam-se importantes. Um abraço e até a próxima <3


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