História Herois e Vilões - A Experiencia

Donn apertou os punhos e encarou Snow que sorria para se divertindo. O Patrulheiro se aproximou deles, mas Snow criou uma barreira de gelo em volta deles.

- O que é isso?! - Perguntou o Patrulheiro, exasperado

- Você tem uma viagem a fazer! Vá! Eu cuido disso! Está na hora de eu colocar a lula no refrigerador.

Donn mordeu os lábios, ficando mais irritado ainda. Seus tentáculos se levantaram. O Patrulheiro ainda olhou Snow que sorriu para ele. O Patrulheiro assentiu e agradeceu Snow silenciosamente, se retirando do local.

- Agora isso é entre você e eu.

- Você vai se arrepender por ter se envolvido, geladinho.

- Talvez. Talvez não. Você pode até me matar, mas eu não perderia a diversão.

- Então vamos providenciar isso.

Na suíte, o Patrulheiro voou rapidamente para sua garagem, acionando o elevador, entrando nele logo em seguida. O elevador fez barulho e Manley que já estava com as malas prontas, olhou para ele.

- Está tudo pronto para a viagem, senhor.

- Obrigado, Manley. Partiremos o mais rápido possível. Acabei de enviar um e-mail para universidade enquanto vinha para cá.

- Sempre ágil, senhor. - Manley sorriu

- Falando nisso, onde está o Ted? Será que ainda está chateado?

- Eu acho que ainda está, senhor Tay. O senhor Ted é muito sensível. O senhor sabe o quanto ele gostaria de estar lutando ao lado do senhor.

- Eu sei, Manley. Mas esse não é o mundo do Ted. Ele se envolveu por um erro meu. Ele deve ficar nos bastidores, em segurança. Vamos. Nosso avião está esperando.

- Vou só pegar as malas, senhor.

Enquanto isso, em um laboratório um pouco afastado de  Tecnocity. Ted estava desmaiado dentro de um tubo. Fios ligavam o corpo dele, e havia uma maquina ligando o tubo. Havia uma agulha com um tubo pequeno, com algo verde sendo injetado nele. Ted abriu os olhos e ficou agitando a ver que estava dentro de um tubo. Ele tentou se soltar, mas não conseguiria. Ele ouviu passos de salto alto caminhando pelo o laboratório.

- Relaxe. Isso é inútil.

- Savannah? - Perguntou Ted surpreso

- Olá Ted, como vai? - Sorriu ela

- O que é isso? Onde eu estou? O que você está fazendo comigo?!  - Perguntou Ted exasperando

- O que eu estou fazendo, meu amigo, é lhe dar algo que você sempre quis. Algo que aquele Patrulheiro idiota nunca poderia te dar. Uma chance. - Sorriu Savannah, com as mãos no vidro

- Uma chance?! Savannah, eu não estou entendendo. Eu pensei que fossemos tomar bolas de sorvete.

- Ou você é burro ou está se fingindo de burro. Você foi sequestrado, não percebeu?

- O que...? Por que?!

- Porque o Patrulheiro está me devendo! Depois de tudo o que ele me fez! Depois de cada humilhação. Você não percebe, Ted? Nós somos as vitimas aqui.

- Eu não sou uma vitima! Você não sabe o que está falando!

- Você que não sabe. Até agora não percebeu que eu sou a Dark Aqua? Mas claro, eu não sou a heroína que finjia ser, eu sou uma vilã. O Patrulheiro deixou isso muito claro.

- Entao foi por isso... Savannah! Você é melhor que isso!

- E logo você também vai ser.. - Ela virou de costas

- O que isso quer dizer?

- Há alguns anos, eu achei amostra de um lodo muito venenoso e especial. Eu fiz umas analises nas células, e eu percebi que ele tem poder de mudar o DNA geneticamente. Eu até usaria para aumentar meu próprio poder.. Mas apareceu algo melhor.

- Não! Savannah, pare com isso!

- Parar? Você não entendeu. Eu liguei os pontos. O jeito que você ficou chateado ontem... Você era ajudante do Tay.

- Você.. Sabe quem o Tay é? - Perguntou ele surpreso

- Eu sei, e ele sabe sobre mim também. Mas não importa.

- Como não importa?

- Agora você é só uma experiência.

Savannah se virou de costas e começou a caminhar, saindo do laboratório.

Na floresta, Donn apertou os punhos e fez os tentáculos irem na direção de Snow. Ele desviou e fez uma capsula de gelo, prendendo os dois dentro dela. Donn olhou em volta.

- O que é isso? Você se prendeu comigo aqui?

- É mais divertido não acha?

- Você é burro de limitar tanto o espaço...

Os tentáculos foram na direção do Snow que desviou. Um tentáculo agarrou o Snow quando ele desviava. Snow com os dedos tocou no tentáculo robotizado, fazendo ele congelar. O tentáculo caiu e Donn usou o calor para aquece-lo e ele subiu de novo.

- Vamos deixar as coisas mais divertidas...

Snow esticou os braços pra cima, fazendo a temperatura cair drasticamente. Donn começou a sentir um frio intenso, e um ar gelado saia da sua boca. Ele estava tremendo de frio.

- V-Você é louco? Vai nos matar congelado aqui? Não sabia que era suicida.

- E eu não sou, lula. Mas eu tenho resistência ao frio. Nunca me incomodou. Desde que eu era pequeno. Minha mãe nunca entendeu, ela me pegava varias vezes em locais de baixas temperaturas, e enquanto todos estavam encapuzados e cobertos.. Eu achava aquele gelo e a sensação que ele causa divertido!

- E-Eu não vou deixar você me matar...

- Você vai fazer o que? Veja, eu só estou te devolvendo no seu ambiente natural. O ambiente da lula é o  refrigerador, não é?

- S-seu burro... O ambiente natural da lula é o mar!

- Tanto faz. Você não tem resistência ao frio. A menos que crie uma roupa ou um tentáculo de gelo, você não é imune. Mas parece que você não pode fazer isso, não é? Isso é, em parte, um dos motivos para você odiar o Patrulheiro.

- Você não sabe do que está falando. Mas não interessa. Eu sempre tenho uma carta na manga.

Donn com muito esforço fez o tentáculo soltar uma granada altamente explosiva. Snow se abaixou rapidamente, e a capsula explodiu. Donn saiu de lá rapidamente, e concentrou o calor dos tentáculos, fazendo eles ficarem com um brilho vermelho.

- Que pena, não te matei por causa do frio..

- Agora você me irritou. Vamos lutar pra valer.

- Pode vir, lula. Vamos ver se o mar está para peixe. - Provocou Snow

Enquanto isso, Savannah voltou ao laboratório com um copo de café descartável na mão. Ela colocou o copo na mesa e olhou para Ted.

- Savannah, por favor, me tire daqui.

- Não Ted. Sabe que não farei isso. É para o seu próprio bem. Você não vê? Acha que eu não percebo? Você sempre se sentiu de fora. Queria ajudar, queria ser mais do que você era, mas você não podia. Por mais que ajudasse o Patrulheiro, no fundo você sabia que não passava de um garotinho curioso que ama festas que se envolveu nesse meio por puro acidente. Você nunca fez parte realmente. O Patrulheiro foi mal com você, Ted. Ele nunca quis que você fizesse parte. Queria apenas um ajudante que o ajudasse a criar armaduras e armas.. Mas a ajuda mesmo? Não. Você é só um copeiro. Sempre deixado de fora, não é?

- Cale a boca... Cale a boca..

- Mas é verdade não é? O Patrulheiro podia ter te ensinado a ser o braço direito dele, mas invés disso, ele preferiu que fizesse as armas e armaduras, porque era mais fácil pra ele.

- Savannah.. Eu não sei  que está injetando em mim.. Mas isso está me deixando entorpecido..

- É assim mesmo... Você ao menos poderá mostrar ao Tay que poderá se igualar a ele. Não é o que você quer? Não ser mais deixado de fora.

Ted desmaiou de novo. Savannah sorriu. A maquina começou a apitar, os batimentos cardíacos de Ted estavam acelerados mais que o normal. Savannah correu para olhar a maquina. E um liquido verde se formou em volta de Ted, e o liquido verde começou a borbulhar. De repente, Ted deu um grito e suas veias começaram a ficar expostas. Seus gritos impressionaram Savannah que olhou para o tubo. Sua pele começou a mudar. A agua do tubo ferveu tanto que se quebrou. Ted caiu no chão.

Savannah correu na direção dele. Mas Ted não parecia mais com ele mesmo. Ele estava com uma pele verde, como se seu corpo todo fosse feito de lodo verde. O corpo dele ainda estava meio liquido, e seus olhos estavam verdes. Ele olhou para os lados, e em um pulo se levantou, ficando agachado.

- Ted?

- Ted.. Tedizinho.. Não está mais aqui... Há há há.

- Quem está ai? - Questionou ela

- Só existe eu. O verme que habita todos os locais existentes, aquele que todos pisam e ninguém vê.

- Do que você está falando?

- Sou Lotus! É tudo o que serei! Há há há!

- Ted, esse não foi o objetivo de -... 

Lotus rapidamente fez o lodo se esticar e a golpear, mandando-a longe. Ele sorriu sadicamente, e passou a língua entre a boca, sorrindo.

- Hahaha, esse sou eu. O lindo lodo que logo sem que você perceba gruda e mata você! Eu irei atrás do Patrulheiro. Humm, odeio café.

Lotus chutou o copo de café e  ficou em uma forma de lodo e se desfez saindo do laboratório.