História Herois e Vilões - Preparações

Savannah observava o Detetive West apertando a mão da Melina. Ele se afastou e foi embora com outros policiais. Era como se ela nem estivesse ali, era como se ela nem tivesse ajudado. Aos poucos, todos foram indo embora, menos Savannah, que continuou parada no mesmo lugar de cabeça baixa e frustrada. Captain Shadow que observava tudo de longe sorriu e se aproximou dela.

- Oi. Como é duro não ter reconhecimento das pessoas que ajudou, não é?

- O que você quer aqui? - Savannah olhou para ele

- Eu queria saber se você pensou na minha proposta.

- Ainda não.

- Pois deveria pensar. Você viu hoje como eles são. Você deveria aceitar o seu lado vilão. Eu já te disse isso antes, não é?

- Eu sei. - Savannah suspirou

- Mas eu vim aqui para fazer outra proposta. Que tal espantar esse ar ingrato em uma viagem de navio? Será bom pra você.

- Você quer eu viage com você?

- Por que não? Minha querida Savannah, eu quero te mostrar o mundo.

- Acho que tudo bem, não terá problema.

- Perfeito.

Enquanto isso, na suíte. Tay encarava Stark seriamente. Ele suspirou.

- Eu vou te explicar. Venha comigo.

Stark começou a caminhar na direção do laboratório. Tay sem entender o seguiu. Stark se aproximou de uma repartição na parede do laboratório de Tay. Ele colocou a mão na repartição, e a repartição se abriu, Tay olhou aquilo chocado.

- Você tem uma sala secreta dentro do meu laboratório?! - Perguntou Tay exasperado

- Relaxe, é só uma sala.

- Quando você me propôs para vir para essa cidade... Você já a conhecia muito bem, não é?

- Tay. Como você sabe, Tecnocity nem sempre foi a cidade mais tecnológica do mundo. As industrias Stark começou um projeto nessa cidade há muito tempo atrás antes de eu mandar você vir para cá.

- Onde você quer chegar com isso? - Perguntou Tay serio

- Esse lugar... Não havia Tecnologia, não havia nada. Até que começamos a desenvolver um projeto.

- Que projeto? - Perguntou Tay, ainda serio

Stark entrou dentro da sala, e Tay o seguiu. Havia um grande reator e tubo com um liquido azul brilhante no centro da sala, junto com varias maquinas.

- O.. Que é isso?

- As industrias Stark estava trabalhando em um projeto radioativo e biológico. Um projeto que permite a alteração das células, fazendo processos radioativos para pessoas terem certas habilidades especiais, ou até mesmo aperfeiçoar habilidades.

Tay arregalou os olhos, surpreso, olhando para o tubo azul brilhante e o reator. Stark suspirou.

- Eu queria que você viesse para cá porque ninguém melhor do que alguém que pode controlar a própria tecnologia tomar conta daqui.

- Você.. Está me dizendo que construiu um super laboratório para criar mutações genéticas e aprimorar as mutações que já tem?

- Basicamente.

- Você ficou louco de vez?!

- No começo era só um experimento, mas a coisa saiu do controle. Foi um erro. Não teve como parar depois que iniciamos o projeto. Agora ele está protegido, por você. O governo queria esse projeto, mas paramos enquanto havia tempo, para eles não foi concluído, mas você está vendo que não.

- Isso é loucura. Eu preciso de ar.

Tay saiu do local e pegou o telefone da repórter dentro do bolso.

Enquanto isso, na rua, Denise segurava um potinho de sorvete junto com Detetive West. Ele olhou para ela e parou de caminhar.

- Denise, eu sei que é seu trabalho. Mas por favor, evite matérias que se relacionem aos vilões da cidade.

- Eu não posso, Thomas. Meu trabalho é importante.

- É que depois do que o Lotus fez..

- Lotus? O cara responsável pela contaminação da cidade chama Lotus? - Perguntou ela olhando para ele

- Eu falei demais. - Suspirou ele

- Se eu pesquisar sobre Lotus, se eu fazer uma reportagem sobre ele, será um avanço na minha carreira.

- Denise, me escute bem, não pesquise nada sobre Lotus. Você vai acabar se machucando. - Detetive West segurou os braços dela

- Eu sei me cuidar. Não se preocupe com isso. Só um momento.

O celular de Denise começou a tocar. Ela atendeu.

- Senhor Stark? Será um prazer falar com o senhor. Eu sei onde é. Estarei lá.

Denise começou a caminhar em uma rua, mexendo na bolsa, segurando o telefone com o rosto e o ombro. Lotus a observava em cima de um prédio. Ele sorriu.

Enquanto isso, perto do porto, Snow caminhou até o porto, onde o navio do Capitan Shadow estava ancorado. Captain Shadow estava sentado perto do navio.

- Olá marujo. Já veio embarcar?

- Eu vim conversar, capitão. Eu acho que não devia ir. Eu sinto que algo não está certo aqui.

- Como é que é?! Não ouse dar para trás agora! Você sabe o que irá acontecer com você!

- Eu sei, eu só sinto que não devia me afastar da cidade por agora.

Snow se afastou do navio com as mãos nos bolsos da calça jeans. Captain Shadow mordeu os lábios.

- Acho que terei que dar um jeito nisso.

Captain Shadow caminhou em direção a um beco.

Enquanto isso, no apartamento da parte sul da cidade, Donn estava sentado no sofá com uma garrafa de cerveja na mão.

- Donn. Preciso conversar com você.

- Se for sobre você ter ajudado aqueles heróis irritantes a salvar a cidade, eu já vi tudo.

- Eu não estava salvando a cidade! Eu estava salvando pessoas e animais com quem eu me importo, como você por exemplo.

Donn se levantou e a encarou.

- Por que você me salvou? Não era melhor ter me deixado morrer?

- Eu te salvei porque me importo com você, Donn.

Donn colocou uma mão no rosto dela. Savannah se surpreendeu um pouco.

- Você deveria ter deixado a agua invadir a cidade. Você poderia respirar de baixo da agua e criar uma cidade sub aquática. E no meu ultimo suspiro eu ficaria feliz em ver que você venceu.

- Obrigada Donn. Mas não é isso que eu vim conversar. O capitão me convidou para viajar com ele. Acho que será bom para mim.

- O capitão te chamou para viajar? Eu sabia que ele não ia perder tempo. - Donn se afastou e caminhou até uma mesinha marrom

- Não fique chateado, Donn. Vai ser bom para mim se afastar dessa cidade por uns dias.

- Eu não estou chateado com você. Venha aqui.

Savannah se aproximou dele, e Donn abriu a gaveta pegando um colar. O colar tinha corda preta com um pingente de um cachorro prateado.

- Eu tinha um cachorro quando eu era criança. Ele era um cachorro de rua. Ele sempre ficava comigo, eu passava fome, tinha medo de chegar em casa e apanhar mais, ele era o que me fazia seguir em frente, ele entendia tudo o que eu estava passando, só com o olhar. Eu dividia toda a comida que conseguia pegar com ele. E ele sempre ficava feliz. Então eu fiz um colar para me lembrar dele. Enquanto estiver na viagem, eu quero que o colar fique com você.

Donn colocou o colar no pescoço de Savannah que se surpreendeu. Ele se aproximou do rosto dela e a beijou. Savannah retribuiu. Donn rapidamente a prensou na parede, a segurando pela cintura.

Enquanto isso, Detetive West estava andando na rua, e o seu celular tocou:

- Alo? Uma ocorrência? Eu já estou indo.

Detetive West correu rapidamente no local e ficou surpreso pelo o que viu. Uma pessoa estava congelada no meio da rua. Detetive West ficou chocado, enquanto isso, Captain Shadow na forma de sombra estava perto da parede e sorriu olhando para ele.

- Uma pessoa congelada... Quem será que fez isso? Oh! Nós sabemos exatamente quem fez isso! - Captain Shadow sorriu e entrou dentro da parede

Snow e Melina estavam andando na rua naquele momento. Detetive West olhou para Snow e apontou a arma para ele.

- Parado! Você está preso!

- Como é que é? - Perguntou Snow sem entender

- Você congelou essa pessoa! Você é o único que pode fazer isso! Eu pensei que você fosse um herói. Parece que as aparências enganam.

Melina ficou surpresa e Snow olhou a pessoa congelada. Ele depois olhou para o Detetive West.

- Eu não fiz isso, detetive. Mas ache o que quiser.

- Você é o único que pode fazer isso! Você vem comigo!

- Eu não vou, detetive. Eu não fiz isso. Mas você quer mesmo pagar pra ver?

Snow rapidamente fez uma bola de gele na mão. Detetive West saiu do local. Snow abaixou a cabeça. Melina correu até ele.

- Eu preciso sair daqui. Melina... A mulher que te ajudou, você não viu nada sobre ela?

- Não, Snow. Eu não vi..

- Entendo. Eu tenho que sair daqui. Eu fui acusado de assassinato. Eu não posso provar que fui eu.

Snow se virou de costas e começou a caminhar. Melina o gritou:

- Espere! Eu acredito em você, Snow! Eu sei que não foi você!

Melina rapidamente correu até ele e o abraçou. Snow ficou surpreso, mas retribuiu o abraço, colocando a cabeça no ombro dela, fechando os olhos.

- Eu sei que não foi você...

- Melina, me desculpe.. Mas eu tenho que ir.

Snow rapidamente se virou de costas e saiu correndo. Melina o olhou com os cabelos balançando com o vento, com o rosto preocupado. Seus olhos estavam cheios de agua.

Um tempo depois, Snow aproximou do navio do Captain Shadow, que estava escorado no navio.

- Eu vou viajar com você.

- Perfeito. Prepare suas coisas.

- Já volto.

Snow se afastou e Captain Shadow sorriu.

- E não é que Nevasca estava mesmo me devendo uma.

Captain Shadow observou o local onde Snow tinha ido, sorrindo maliciosamente.