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História He's Dreaming - Sonhos


Escrita por: Mikan_

Notas do Autor


Sim, eu estou viva
Essa One Shot (Como o título deixa bem claro ehueeheh) foi inspirada em She's Dreaming, porque aquela música é simplesmente maravilhosa <3
Tem um trechinho de Please Don't só porque eu tava ouvindo enquanto escrevia hsushs
Espero que gostem <3
Boa leitura!

Capítulo 1 - Sonhos



Um Deus não deveria apaixonar-se por um simples humano, não, era completamente inaceitável.

Contudo, JongDae ignorou aquilo tudo pois Kim JunMyeon estava apenas sonhando.

Essa paixão iníciou-se rápido, talvez na primeira vez que JongDae, um Deus do sono, colocou seus olhos em um dos muitos humanos que visitavam seu reino todos os dias. Kim JunMyeon tinha uma presença diferente, ele não parecia estar apenas dormindo como todos os outros ali; era como se fosse a personificação do sonho, chegava a ter uma aura infantil por tal fato. JongDae achava adorável o modo como o humano corria pela extensão de seu reino como se para ele sonhar fosse a maior das aventuras.

Não demorou para que se conhecessem, JunMyeon era curioso e não deixaria passar o homem que observava-o veio tímido, de voz baixa e bochechas levemente coradas.

Dali nasceu uma bela e pura amizade, que só fora abalada por um fato: Sempre que Kim JunMyeon voltava ao reino do Deus do sono, parecia não lembrar-se de nada, explorava tudo como se fosse a primeira vez e até mesmo apresentava-se novamente para JongDae.

O Deus não entendia o porquê, mas jamais questionara-o.

Mesmo com tal fato, a paixão veio aos poucos, confundindo a mente do Deus, afinal, humanos não lhe deveriam ser atraentes, ainda mais um estranho como aquele. Então por quais motivos lhe alegrava sentir o sono atingir o corpo daquele humano?.





Os olhos de JunMyeon pareciam conter todas as cores do mundo, brilhavam mais do que todas as estrelas que já enfeitaram o céu e carregavam a aura de sua alma infantil. Ele corria pelos campos de grama verdinha, seu sonho era sempre o mesmo.

Um vasto campo, uma árvore amarela e um céu rosado de fim de tarde.

JongDae admitia que havia visto um sonho se repetir daquele modo poucas vezes, mas ao ver a alegria nos olhos do moreno, desistia de contar-lhe tal coisa; prendia-se naquele sorriso bonito e sorria de volta, envolto na alegria que o outro transmitia.

—JongDae, por que vives no meu sonho?-JunMyeon descansou as costas na única árvore ali presente, os dedos entrelaçavam-se uns aos outros naquela mania que sempre fora adorável aos olhos do Deus. JongDae preparava-se para mentir novamente.

—Nunca perguntou-se porque sonha com este lugar, por quais motivos minha presença lhe traz duvidas?-Sorriu-lhe o Deus, JunMyeon inflou suas bochechas incomodado pelo comentário alheio.

—Você nunca vai me contar, não é?-Concluiu, virando-se de lado, de modo que visse o rosto do amigo por completo.

—Deixe de besteiras.-JongDae riu, bagunçando os cabelos do humano.-Vá, está na hora de acordares.-Beijou-lhe a testa com delicadeza vendo o Kim sumir aos poucos.

O Deus estava de volta à seu reino, enquanto JunMyeon acordava de mais uma calma noite de sono; sua típica dor de cabeça foi a primeira a dar-lhe "Bom dia". Levantou-se coçando os olhos e caminhou tortuosamente até o banheiro, acordou com uma sensação estranha, como se tivesse algo para lembrar-se.


“Tudo que faço é olhar para você

Porque quando a manhã chegar, você vai acordar como se nada tivesse acontecido.”

EXO-She's Dreaming





Novamente JunMyeon entrava em seu reino, corria pela grama rindo como uma criança; JongDae o observava de longe, com um sorriso estampado no rosto. Assim que o vira, o rosto do humano tornou-se confuso.

“Quem é aquele?”

Correu até onde o desconhecido estava e, novamente de tom baixo fez a pergunta que feria o coração do Deus.

—Com licença, quem é você?-Os olhos não ousavam erguer-se para encarar os do homem a sua frente. 

—JongDae.-Respondia como sempre, sorrindo de canto.

—Apenas JongDae?-A curiosidade trazia a coragem para encarar o tal JongDae.

—Deveria haver algo mais?-Segurava-se para não rir, sabia que estava irritando-o.

—Um sobrenome.-Disse o humano, sentindo algo estranho naquele homem.

“Por que sorri como se me conhecesse?”

—Isto não é algo necessário.-JongDae continuava a perturbá-lo.

—Como não? Aish, como você é estranho!-O Deus permitiu-se rir, adorava a face irritada de JunMyeon.

—Percebeu que fizeste-me duas perguntas e ainda não se apresentou?-Sorriu ao ver a surpresa no rosto alheio.

—Sou JunMyeon.-Disse-lhe, um tanto envergonhado.

—Apenas JunMyeon? Cobrou-me um sobrenome, pensei que tivesse um.-Questionou, arqueando uma sobrancelha.

—Se não vai me dizer o seu, não direi-lhe o meu!-Mostrou-lhe a língua, cruzando os braços.

—Parece justo-JongDae riu, dando as costas para o humano; começara a andar pelo campo.

Procurava algo de diferente naquele sonho, como sempre fazia, mas sempre provava-se inútil, não havia nenhuma diferença no sonho da noite anterior. Tornou-se curioso sobre o motivo daquele sonho ser sempre o mesmo.

JunMyeon parecia não se questionar sobre aquele sonho, então concluíra que ele não sabia que o mesmo repetia-se.

—JunMyeon, já está acordando?-Virou-se para o humano, ele desaparecia aos poucos.

—Estou?-Franziu o cenho encarando JongDae.-Por que tudo está escurecendo?-Questionou parecendo um tanto assustado.

—Está apenas acordando, acalme-se.-Sorriu-lhe ternamente.

Assim que JunMyeon suavizou suas expressões, ele desaparecera por completo.

E novamente acordava, sentia uma sensação estranha, como se houvesse algo para lembrar-se.





Meses passaram-se e o Deus sentia-se cada vez mais entregado ao amor que sentia, porém, sentia-se também machucado. Avistava JunMyeon entrar novamente em seu reino e confundia-se num misto de alegria e tristeza quando ele corria até si.



“Eu sei o que você vai dizer, por favor, não o diga.

Não sei porquê, não sei porquê”

K.Will-Please Don't



—Com licença, quem é você?-O coração do Deus apertava-se e novamente aquele dialogo acontecia.

JongDae respondia a tudo sorrindo, apesar de tudo era impossível para si ficar bravo por sempre ser apagado das memórias daquele que amava. Enlouquecia aos poucos, ouvir todas aquelas frases novamente era como ser apunhalado.

Era por isso que diziam para nunca apaixonar-se por um humano?.

—Tens um olhar triste, está tudo bem?-JunMyeon e seus olhos infantis tornaram-se veneno para o Deus.

—Tu também não me parece feliz.-Retrucou, sorrindo de canto.

—Eu não entendo, mas quando o vi triste não consegui ficar animado.-Os dedos entrelaçavam-se, as bochechas coravam lentamente.

—Como podes ficar triste diante de um lugar magnífico como esse?-JongDae pegou na mão do humano, conduzindo-o pelo campo.

Sentir a temperatura do corpo de JunMyeon era como uma cura para JongDae, seus toques nunca passaram dali; nem poderiam, jamais sanava a curiosidade que tinha daqueles lábios rosados. Jamais veria os olhos infantis encarando com algo além de curiosidade, mas aceitava, ainda tinha o prazer de ver JunMyeon em todos os sonhos do rapaz.

Era o bastante, esperava.




JongDae saíra poucas vezes de seu reino para andar entre os humanos, mas permitiu-se visitar aquele mundo mais uma vez. Seu ser invísivel aos olhos humanos caminhava tranquilamente com aquele sentimento sufocante no peito, era contraditório para si, quem sempre fora calmo e bondoso com todos os humanos que o visitavam, agora sofria por um único daquela espécie que os deuses tanto repugnavam.

As vezes desejava ser igual a eles, odiar os humanos e proporcioná-los os piores pesadêlos, mas era impossível para si. Não conseguia castigar ninguém.

Finalmente chegara a casa de JunMyeon, esta que era grande e parecia extremamente luxuosa; entrou pela janela que estava aberta, não queria causar confusão ao abrir a porta, pois os humanos não o veriam.

Achou JunMyeon sentado em sua cama, o rapaz olhava algo em seu celular e chorava compulsivamente; estranhou a cena, mas estava decidido a não interferir.

JunMyeon levantou-se da cama, não podia crer no que acabara de ler.


“Olá JunMyeon, deve estar se perguntando o porquê de está mensagem se repetir acima, o motivo não é muito simples, mas irei explicá-lo brevemente.

Fazem dois anos que sofreu um acidente. Se lembra de estarmos indo para praia, não? Lembra-se daquele vasto campo verde, a árvore com flores amarelas e o céu rosa, não?.

Querido está é sua última lembrança antes do acidente, sua memória foi danificada e nunca conseguirá se lembrar do que viveu no dia anterior.

Este é o motivo para esta mensagem ter sido enviada para ti tantas vezes.

Quando sentir-se melhor, desça, eu e seu pai lhe explicaremos melhor.”


Sua cabeça rodava, sentia-se atordoado; então não voltaram de viagem ontem? Já faziam dois anos que aquela viagem havia acontecido!.

JongDae observava JunMyeon andar pelo quarto, ele parecia irritado e confuso, apertando o celular entre os dedos e a mão livre puxava os cabelos sem parar, parecia perto de um colapso.

JunMyeon cedendo a raiva jogou o celular contra a parede, o aparelho espatifou-se no chão, a tela completamente rachada.

No andar debaixo, os pais do rapaz sentiam a dor do filho, todas as manhãs aquele acontecimento se repetia, o baque do celular contra parede, os gritos do quão injusto aquilo era, o choro compulsivo, as horas que passava em silêncio até que tomasse coragem para vir até os mais velhos e perguntá-los sobre tudo.

Tudo repetia-se, mas tinha que ser tratado como a primeira vez, pois era exatamente assim que JunMyeon via as coisas.

Então o Deus entendeu o porquê de nunca ter sido guardado na lembrança do humano, não havia ninguém que estivesse gravado lá depois do acidente, era triste, revoltante. Chorava junto a JunMyeon, acalentava o coração do rapaz, mesmo que ele não o visse.

O choro parara mais cedo naquele dia, JunMyeon caiu no sono, algo que não acontecia com frequência e foi consequência da presença de JongDae, quem levou em seus braços a consciência adormecida do humano; em seus braços ele estaria seguro, longe daquela dor que sua condição mental causava-o.

Sorriu ao ver o vasto campo novamente, deitou JunMyeon próximo a árvore e desapareceu dali; deixou-o para sempre, dando-lhe algumas horas a mais de paz longe da sua triste realidade.

JongDae voltou para seu reino, observando todas as criaturas que tanto amava de longe. Deixando um lugar especial para a visão daquele vasto campo verde onde um jovem rapaz corria como criança, sorrindo largo.


“Eu sempre aparecerei em seus sonhos

E seremos apenas nós dois juntos

Sempre que vejo alguém tão puro como você

Eu começo a rir, por algum motivo

Eu estou ficando louco, eu quero ser ganancioso

Eu quero segurar você em meus braços e dizer que te amo, mas são falsas esperanças

Quando a manhã chegar você não vai se lembrar”


Notas Finais


Obrigada por lerem <3


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