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História Hey, Capitão! - Cedar Hill


Escrita por: Seola______

Capítulo 13 - Cedar Hill


– Boa noite – sorri quando ele chegou perto.

– Boa noite – ele sorriu.

– Pronto para conhecer a bagunça que é minha família?

– Definitivamente, sim – ele riu me dando um demorado selinho.

– Então vamos indo, o voo sai em quinze minutos – sorri puxando sua mão e entrelaçando nossos dedos.

Deixamos nossas malas e entregamos as passagens subindo a bordo do avião, sentamos lado a lado, mas ainda sim uma cadeira estava sobrando ao nosso lado, sentei perto da janela, não porque era exigente e sim porque aquele era meu lugar. Chegariamos á Texas pela manhã provavelmente, o voo estava um pouco atrasado, mas definitivamente meus pais entenderiam. Estava realmente ansiosa, quando liguei para minha mãe ontem á noite e disse que meu namorado iria ela ficou bastante animada o que era estranho, ela não costumava se empolgar tanto, achei um pouco forçado, porém, não disse nada, apenas dei boa noite e fui dormir.

Não, eu não tive uma boa noite de sono. Steve e eu tínhamos acabado de começar nosso relacionamento realmente sério e já estávamos viajando juntos, isso era um grande passo em um relacionamento. Provavelmente dividiríamos o mesmo quarto, com certeza ele conheceria minha família toda, escutaria histórias da minha infância, das coisas que fazia e isso me assustava. Me assustava principalmente porque tinha medo de tudo isso assustá-lo, mas eu tentava parecer bem tranquila.

Nosso voo para o Texas foi tranquilo, mas eu não estava tranquila. Steve puxava algum assunto e para parecer tranquila soltava algumas piadas sem graça ou então risadas desconcertadas o que foi completamente vergonhoso. Eu nasci em uma cidade do Texas chamada Cedar Hill, não era uma cidade muito populosa, tinha cerca de 40 mil habitantes, mas eu adorava lá por causa de todo o verde que sempre pertenceu á aquele lugar.

O piloto nos informou que estávamos chegando e que iria pousar em cinco minutos, prendemos os cintos e acabei acordando Steve quem tinha pegado no sono algum tempo depois de termos ficado sem assunto.

– Estamos chegando? – ele perguntou.

– Sim – sorri.

– Sei que está nervosa – ele disse me lançando um olhar.

– Um pouco – ri sem graça – só... Faz tempo que não os vejo.

– Vai ficar tudo bem – ele deu um beijo em minha testa – estou com você, e não vou á lugar algum.

Eu apenas sorri, senti um frio na barriga quando o avião pousou, mas foi rápido. Steve e eu descemos e fomos pegar nossas malas, eu não tinha levado muitas coisas, apenas uma mala para passar o final de semana em minha antiga casa. Pegamos as malas e provavelmente teríamos que pegar um táxi ou algo do tipo, e por um instante esqueci que meus pais tinham motoristas, lembrei quando vi Kyle nos esperando perto do carro preto: o carro da família.

Apontei para o carro e Steve apenas me seguiu, ele não parecia estar entendendo muito bem. Cumprimentei Kyle e – como sempre – ele deu um beijo em minha bochecha, cumprimentou Steve muito bem humorado e disse que meus pais estavam á minha espera e de Steve.

– Um motorista particular? – Steve sussurrou quando Kyle entrou no carro.

– É... – dei uma fraca risada – meus pais tem uma boa condição financeira.

Ele riu – Isso é legal.

– Ô! Eu que o diga – ri sendo irônica.

Entramos no carro e boa parte do caminho ficamos em silêncio, Kyle dirigia atentamente e Steve estava do meu lado apenas olhando para frente, diria até que ele estava nervoso, o que me fez sorrir.

– Está nervoso? – sussurrei perguntando.

Ele me fitou dando um fraco sorriso – Não...

Eu apenas sorri o fitando, arqueei as sobrancelhas.

– Sim – ele desviou o olhar fitando o volante.

Dei uma fraca risada e o fitei. Ele então percebeu que não mudei o olhar de direção e virou seu rosto para me encarar, me encontrou com um enorme – e bobo – sorriso no rosto, apenas lhe dei um rápido selinho e ele apertou minha mão. Não tinha o que falar, aquilo era extremamente fofo. Estava nervoso por conhecer minha família, isso era tão...

Adorável.

Saímos do carro e respirei fundo, Kyle disse que levaria as malas para nosso quarto. Sim, nosso quarto. Ficaríamos no mesmo quarto. As borboletas do meu estômago se agitaram, mas apenas sorri forçadamente. Tínhamos que caminhar até a entrada da casa dos meus pais, porque meu pai havia criado uma "lei" que proibia carros ali, por causa do jardim, quando Steve se virou para irmos até a entrada, ele ficou ali, parado. Já esperava essa reação.

A família Hope é a mais conhecida de toda Cedar Hill, meu pai quando se casou e soube da responsabilidade que seria ter uma família largou sua banda – que nunca fez sucesso – e se tornou um grande empresário e dono de grandes empresas dali, cultivava bem o patrimônio que era nossa mansão, minha mãe que foi atriz passou um tempo atuando, mas o mercado não procurava tantas “senhoras”. Minha mãe não tinha nem cinquenta anos e já a dispensavam de muitas coisas. Meu pai sempre trabalhou duro para nos sustentar e sempre conseguiu, não vim de uma família pobre, e não, por incrível que pareça não gostava de admitir que meus pais são ricos e muito menos gostava de aceitar dinheiro deles, uma ajuda mensal ou algo do tipo. Saí de lá para viver minha vida, crescer e me sustentar. Não achava justo. E aos poucos estava conseguindo.

Steve ainda estava parado perto do portão onde descemos olhando o enorme – realmente enorme – jardim que tinha na frente da minha casa, a única coisa que separava era a “estradinha” de pedras coloridas que nos levava até a porta de mármore da mansão. Ele deu um fraco sorriso e a única coisa que disse foi:

– Uau!

Eu entortei a boca fazendo uma careta – É...

– Não me disse que era rica – ele me fitou com um fraco sorriso.

– Não sou – falei fitando o jardim com a grama em um tom tão verde que chegava a doer os olhos – meus pais são.

Ele voltou a fitar o jardim e apenas fiquei ali á seu lado.

– Helena!

O grito foi tão alto que me assustei de uma maneira que até Steve riu, minha mãe não estava perto, muito pelo contrário, estava no jardim bem mais á nossa direita, na parte onde haviam mesas. Na época de calor almoçávamos, lanchávamos e jantávamos ali. Ou simplesmente ficávamos ali olhando para o céu. Não tive uma infância ruim. Segurei na mão de Steve enquanto via minha mãe se aproximar com seu vestido florido, estava descalça por estar pisando na grama. Meus pais podiam ser ricos, mas nunca agiam como um.

Steve apertou minha mão e apenas lhe lancei um rápido olhar. Ele não me olhou, mantinha um sorriso no rosto olhando para minha mãe, fomos caminhando até ela, pisando na grama com nossos sapatos, mas não fazia mal. Minha mãe me abraçou primeiro, foi um abraço tão forte que praticamente me fez esquecer que havíamos brigado da ultima vez que estive ali. Brigamos porque não quis fazer gastronomia, foi a ultima vez em que fui á Texas. Dei um fraco sorriso assim que me soltou e logo ela foi abraçar Steve, quem a abraçou por algum tempo. Ela não o soltava também.

– Como está minha querida? – ela colocou uma mecha do meu cabelo para trás.

Sorri – Bem, e você?

– Bem – ela segurou minha mão e a de Steve como se fossemos crianças nos arrastando para a mesa – venham, seu pai está louco para te ver.

Fomos caminhando e quando chegamos me assustei, não havia uma mesa e sim duas. Toda minha família estava lá, sem exceção, tanto por parte de mãe quanto por parte de pai. Meu estômago embrulhou, mas em parte estava bem feliz de vê-los todos juntos novamente. A última vez em que isso aconteceu, foi no Natal de quando tinha cinco anos. Sim, fazia muito tempo e meus pais nem tinham tanto dinheiro assim.

– Hells Bells! – meu pai ficou de pé e veio andando em minha direção.

Senti-me uma criança, estupidamente feliz quando ele me levantou do chão e me rodopiou segurando firme, comecei a rir e o fitei com o cabelo bagunçado, todos riram, até Steve. O abracei com força, além do meu irmão, quem eu mais sentia falta era do meu pai, nem eu conseguia explicar.

– Como está? – ele ficou um pouco mais sério apertando a mão de Steve.

Pude perceber que ele apertou a mão de Steve um pouco mais forte que o normal, o que me fez rir. Steve era super resistente e obviamente não havia machucado, mas meu pai provavelmente queria causar medo, sua filha mais velha agora tinha um namorado e estava apresentando-o para toda a família. Depois do tenso momento entre meu pai e Steve, fui cumprimentar o resto da – enorme – família e apresentei Steve á cada um. Não tivemos escolha, almoçamos assim que sentamos, minha mãe havia colocado a comida em nosso prato, sim, era constrangedor.

Estávamos exaustos, pelo menos eu estava exausta e tudo o que queria era dormir, mas não teríamos folga alguma, á noite teríamos um jantar para meu irmão, era seu aniversário e não poderia passar em branco. Não tive tempo de dar os parabéns e tudo o que mais queria era abraça-lo, mas ele estava ocupado demais atendendo telefonemas e conversando com as outras pessoas da família. Não poderia culpa-lo. Ele me lançava olhares o tempo todo como quem dizia “pelo amor de Deus, me salve”. Mas não havia nada que pudesse fazer.

Consegui abraça-lo um tempo depois do almoço, quando a família foi embora para se arrumarem para o jantar de gala que teríamos á noite.

– Caramba! – o abracei com força – como senti sua falta!

Ele me levantou do chão, assim como meu pai – Nem me fale. Londres não tem graça sem você.

Eu ri – Nem Nova York.

Ele sorri – Essa é Patricia, minha namorada.

– Oi – sorri lhe dando um rápido abraço – prazer em te conhecer.

– Igualmente – ela sorria.

Patricia e meu irmão, estavam juntos há um tempo. Não sabia ao certo quanto, mas já faziam alguns anos. Ela era bem vestida, loira dos olhos azuis e parecia ser muito simpática, os dois se amavam. Era notável.

– Este é Steve – sorri apresentando Steve – meu namorado.

Ele sorriu – Prazer, meus parabéns.

Michael sorriu lhe dando um rápido abraço, fizeram um toque de mãos, o que me fez rir – Prazer, cara. Você é bem forte.

Eu gargalhei, Steve segurou minha mão – Pois é, sou do exército.

– Uau – Michael sorriu – você é o que?

– Ele é o Capitão – falei sorrindo.

Como era bom falar aquilo, sério.

– Nossa cara – Mich riu – inveja do seu corpo, tentei malhar algumas vezes, mas não deu certo.

Patricia então riu – Ele é tão preguiçoso!

– Eu totalmente concordo! – ri.

Todos rimos e então Michael bocejou – Se importam de irmos para o quarto? – ele perguntou – estou realmente exausto, cheguei e mamãe nem me deixou respirar.

– Sabemos como é – balancei a cabeça – aconteceu o mesmo conosco.

Ele riu – Vejo os dois á noite?

– Definitivamente sim, não temos como fugir – eu ri.

– Infelizmente não – ele revirou os olhos – até depois.

– Tchau – Patricia sorriu.

– Até depois – Steve se despediu.

Fomos caminhando para o quarto, subimos as escadas. Ficaríamos no meu antigo quarto. Assim que abri a porta percebi que havia mudado um pouco, provavelmente por Steve estar comigo. Ainda era a mesma cama, o mesmo guarda roupa, ainda tinha meu computador, minha escrivaninha. Minha cortina que havia mudado, assim como a colcha que cobria a cama, tinha algo mais sério ao invés de babados. Nossas malas estavam ao lado da cama, mas não iria desfazê-las agora, a única coisa que queria – e precisava – era dormir.

– Gostei da sua família – Steve disse tirando os sapatos.

– Gostei de revê-los.

Ele sorriu e veio andando até mim – Não disse que não seria assim tão ruim?

– É – balancei a cabeça - você disse.

Ele então sorriu e selou nossos lábios, passei meus braços em volta do seu pescoço e nos beijamos. Ao contrário do que pensei, foi um beijo certamente caloroso, e definitivamente estava gostando daquilo, desci minhas mãos até a barra de sua blusa, mas as mantive ali, paradas. Steve então desceu suas mãos para a barra da minha blusa e ao contrário de mim a puxou para cima, quebramos o beijo rapidamente e puxei sua blusa jogando-a no chão bem ao lado da minha, prosseguimos com o beijo e pude perceber que Steve não sabia muito o que fazer, mas pelo jeito que segurava meu rosto e me beijava violentamente, pude perceber que ele queria. Fui caminhando até a cama o empurrando junto, foi quando ele me virou me surpreendendo e me empurrou na cama, sem quebrar o beijo deitou seu corpo por cima do meu, sem jogar seu peso, pude sentir suas mãos desabotoando meu short e não fiz nada para impedir, não queria parar, não queria que nada nos parasse naquele momento.

E nada parou.



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