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História Hey, Capitão! - Protegida.


Escrita por: Seola______

Capítulo 15 - Protegida.


No geral, a viagem para Texas foi agradável, ajudei minha mãe á fazer o almoço de domingo, o que a deixou bastante feliz. Ela adorava cozinhar, queria ser gastrônoma, mas não pode e por isso jogou seu sonho em cima de mim, no instante em que não quis, brigamos. Mas era bom ajuda-la na cozinha, acredito que, como ela sempre sonhou. Já esperava não ter tantos momentos familiares, coisas fofas e tudo mais, mas apesar de tudo foi bom perto do desastre que pensei que seria.

O melhor de toda essa viagem, foi escutar de Steve que ele me amava. Que ele me ama. E ele provou isso muito antes de falar “Eu te amo”. Quando foi atrás de mim na cozinha, se preocupou e me deu um sermão dizendo que queria ficar comigo. Era bom saber disso, era ótimo na verdade.

Uma semana já havia passado desde que chegamos de viagem. Meu irmão estava bem com sua noiva, eu e Steve estávamos melhores ainda. Consegui um emprego na parte administrativa das empresas Stark. É, uma longa história de como Steve me ajudou nisso também, mas não estava insatisfeita, definitivamente não. Estava era muito grata e muito satisfeita com exatamente tudo que tinha ali, eu tinha conseguido o emprego que sempre quis há muito tempo, na parte administrativa, cuidando das finanças e ajudando a manter as Empresas Stark em lucro. Trabalhava junto com Pepper Potts, e ela era muito compreensiva comigo.

– Vamos almoçar hoje? – ela perguntou digitando algumas coisas no computador.

Olhei para o relógio – Ás onze?

– Perfeito – ela sorriu lançando um rápido olhar, mas voltando a digitar em seguida.

– Quer ajuda? – me ofereci.

– Ah, seria ótimo – ela me fitou.

Fui andando até sua mesa, ela estava fazendo uma tabela com os nomes dos funcionários e tudo mais, de todos os que trabalhavam ali, de seus salários, de seus descontos e tudo mais. Eu sabia fazer aquilo, então, me ofereci para terminar depois do almoço, ela só teria que me dar a tabela montada que depois faria e a entregaria, eu gostava de fazer essas coisas, era melhor do que servir café. Ela acabou aceitando e me pediu ajuda em outra coisa, relacionado á uns papéis que tinha que levar para Tony quando fosse em sua casa, ele raramente estava na empresa. Tinha pessoas ali, para isso.

Fui para a minha mesa, na sala ao lado e o telefone tocou. Sim, tinha uma – pequena – sala só para mim, me surpreendi quando isso aconteceu, porém, jamais reclamaria. Atendi ao telefone e enfim a voz que tanto queria escutar estava falando do outro lado da linha.

– Bom dia – ele disse.

– Bom dia, querido – sorri pegando uma caneta.

– Como estão as coisas no trabalho?

– Bem – comecei a rabiscar um pedaço de papel – está em casa?

– Indo para a S.H.I.E.L.D, alguma coisa aconteceu essa madrugada e não foram apenas ladrões.

– Como sabem disso? – perguntei.

– Porque não se importaram em serem vistos, a câmera filmou tudo.

– Não é desse planeta?

Ele riu – Não sei, provavelmente não.

– Uau.

– O que?

– Isso... É tão estranho.

Ele tornou a rir perguntando – Por quê?

– Pessoas de outros planetas... Não sei se são pessoas, mas... Enfim.

– Escolheu namorar um herói...

– E não me arrependo nem por um segundo – o interrompi antes que falasse algo mais.

Ele suspirou, talvez estivesse sorrindo. Não sabia dizer, ele então disse algo – Vai almoçar agora?

– Daqui há... – liguei a tela do computador olhando para o relógio – cinco minutos. Pepper me chamou.

– É bom estarem se dando bem.

– Se ela soubesse – eu ri – poderia até dizer que nos entendemos por sermos namoradas de super heróis.

– Ela não sabe?

– Não – falei fitando meu rabisco no papel – não quero estragar seu disfarce e muito menos te prejudicar.

– Você não faria isso – ele disse – ela não sabe quem sou. Nunca nos vimos, então não acho que teria problema.

– Meu problema não é com a Pepper, querido – eu ri fraco – paredes costumam ter ouvidos, não quero fazer nada de errado.

Ele riu – Amo você.

– Também te amo – sorri olhando a tela do computador.

Pepper então bateu na porta e disse que poderia entrar, ela então deu um fraco sorriso e apontou para seu relógio de pulso, olhei a hora no canto do computador, eram 11:00 horas.

– Sei que tem que ir – ele disse.

– Certo, te vejo de noite? – sussurrei.

– Claro – ele disse – bom trabalho.

– Igualmente – ri fraco – beijos.

– Beijos.

Desliguei o telefone e peguei minha bolsa que estava dentro de uma das gavetas, deixava ali por segurança. Era meu "armário", não me importava. Fiquei de pé e fui caminhando até a porta, Pepper então falava algo com sua secretária quem ficava atrás de um enorme balcão de mármore branco, dei um fraco sorriso trancando a porta do meu escritório, Pepper então virou-se e deu um fraco sorriso dizendo um simpático “vamos matar a fome” o que me fez rir. Não sabia o que Tony havia dito por ter me colocado lá dentro, ou se simplesmente me colocou e não deu satisfações, porém, de minha parte, Pepper não sabia sobre meu relacionamento com Steve, nem ela, nem ninguém ali dentro. E não pretendia contar por um bom tempo.

Pepper apertou o botão do elevador e ele se abriu de imediato, entramos no mesmo e resolvi puxar algum assunto:

– Onde está Tony?

– Resolvendo algumas coisas – ela respondeu.

Coisas na S.H.I.E.L.D, eu pensei, ela só não queria me contar. Mas sabia.

– Deve ser incrível namorar um herói – comecei o assunto me preparando para contar. Talvez fosse o melhor.

Pepper parecia ser bem verdadeira, e parecia muito mais ser confiável. Íamos almoçar juntas e talvez fosse uma boa oportunidade para contar á ela. Não queria que ela descobrisse depois e se sentisse traída. Certo, não somos melhores amigas, mas também não tenho porque esconder as coisas dela, afinal, ela entendia o fato de namorar um herói.

– É ótimo – ela riu – sabe... Você fica preocupada quando tem algo acontecendo, mas você vê que ele é capaz de fazer tudo e ficar bem, então, você fica bem também.

– Deve ser bem ruim ficar com aquela expectativa enquanto ele está em ação.

Ela deu o primeiro passo quando a porta abriu – Definitivamente sim.

Dei um fraco sorriso saindo logo em seguida, demos um fraco sorriso para o porteiro e saímos pela porta de vidro que abria automaticamente. No instante em que coloquei o pé do lado de fora do prédio, algo atingiu ao chão bem próximo de nós duas. A primeira coisa que fizemos foi voltar para o prédio das Industrias Stark, Pepper estava tão assustada quanto eu, não dava para saber nitidamente o que tinha atingido, mas parecia um pedaço de metal bem pesado. Nos afastamos da porta de vidro e um estouro atingiu o saguão fazendo com que os vidros das portas se quebrassem, me joguei ao chão junto com Pepper quando os estardalhaços voaram em nossa direção, ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo.

– Venha – gritei ficando de pé e ajudando Pepper a se levantar.

Talvez fosse a mesma pessoa, ou sei lá o que, que tinha atingido a cidade esta noite. Não conseguia enxergar nada com a quantidade de poeira que estava nas ruas, tentava me equilibrar no salto passando pelos estardalhaços de vidros que estavam por ali, andava rapidamente com Pepper até o elevador, mas não queria abrir, parecia estar preso em algum dos andares á cima.

– O que está acontecendo? – Pepper gritou, certamente desesperada.

– Não sei – respondi.

– Cadê... Cadê... Merda! – ela jogou sua bolsa no chão abaixando em seguida – aqui.

Ela pegou o celular e a única coisa que fiz foi ficar fitando-a. Mudei meu olhar de direção quando percebi que havia alguém vindo em nossa direção, permaneci estática e foi quando Pepper levantou o olhar.

– Vem! – dei um grito puxando Pepper pela blusa.

Ela deu um grito desconcertado, mas se pôs de pé correndo para a escada de emergência junto comigo, mantinha o celular em mãos, quando chegamos no primeiro degrau, tirei meu sapato de salto o deixando ali mesmo, olhei para Pepper e ela já estava fazendo o mesmo, subimos as escadas correndo, não sabíamos o que estava acontecendo, mas se continuássemos lá em baixo, podíamos ser vitimas, e não tinha como fugir dali.

– Está vindo atrás de nós? – ela olhou para trás quando chegamos no segundo andar.

– Não sei – falei puxando-a pelo corredor – corra, Pepper!

– Eu odeio essas saias – ela gritou desesperada levantando um pouco a saia – são justas...

– Corra Pepper! – gritei novamente, tão apavorada quanto ela.

– Estou correndo – ela gritou de volta.

Ela então me puxou pra uma das salas que estavam abertas, era a maior sala do andar e a enorme janela de vidro iluminava o local, haviam várias mesas, parecia um escritório abandonado, mas incrivelmente limpo.

– O que era aqui? – perguntei procurando uma tesoura, estava trêmula.

– Não me recordo no momento – ela disse erguendo um pedaço do tecido de sua saia, agora ela conseguia esticar as pernas e correr mais rápido, ela então jogou a tesoura para mim e fiz o mesmo com a minha saia. Foi quando escutamos um barulho bem alto no nosso andar, podíamos sentir tremer o chão e as janelas faziam barulho. Dei um pulo e me escondi embaixo de uma das mesas, Pepper ficou logo em frente, estávamos assustadas até demais, nos encolhíamos debaixo das mesas que eram tampadas na frente, tinham gavetas do lado. Seja lá quem fosse, não nos veria. Eu esperava que não.

Pepper estava com o celular em mãos, tão tremula quanto eu segurando a tesoura firmemente, senti algo pela minha perna esquerda e quando olhei percebi que tinha uma machucado – não grande – fazendo o sangue escorrer. Mas de novo? Resmunguei mentalmente e por um instante me senti em um filme de terror, prendi a respiração fitando Pepper, um par de pernas douradas passou do nosso lado, não estava com uma armadura ou algo do tipo, parecia uma bota. Não sabia diferenciar e não tinha tempo para isso.

– Ei, você!

Uma voz um tanto robótica surgiu no fundo da sala, em questão de segundos um clarão atingiu, quem estava atrás de nós era Tony Stark. Pepper deu um fraco sorriso, soltou a respiração e me fitou mais aliviada.

– Pepper? – Tony gritava.

– Aqui – ela saiu debaixo da mesa.

– O que estava acontecendo?

– Não sei – ela falava rápido passando as mãos nos braços, estava um pouco ralado, saí de debaixo da mesa – estava saindo para almoçar com Helena – ela me lançou um rápido olhar e Tony olhou na minha direção – e fomos atacadas.

– Oi – ele deu um fraco sorriso – você está bem?

– Sim – falei fitando minha perna – vocês...

Ele balançou a cabeça sabendo até o que perguntaria – Capitão América e Clint estão á caminho – em seguida olhou para Pepper – você está bem?

– Sim.

– O que aconteceu...

Foi quando Tony ergueu a mão novamente. Olhei na direção da mulher. Pude ver o rosto dela, sim, era uma mulher extremamente bonita, tinha os olhos vermelhos como fogo e o cabelo loiro, parecia furiosa, o que me fez recuar. Ela usava uma roupa estranha, parecia um vestido, mas era nitidamente perceptível que não havia vestido nenhum em seu corpo. Ela gritou furiosa e com o cetro em suas mãos lançou algo em nossa direção. Pepper e eu fomos para trás da armadura de Tony, quem atirou nela, não vi se ela desviou ou se havia acertado, quando Tony gritou um sonoro “corram” fiz o ordenado ao lado de Pepper.

Assim que saímos da sala e fomos descer as escadas pelas quais subimos, bati em alguma coisa – ou alguém – quase caíndo no chão, quando olhei para cima era Steve me segurando pelo braço evitando que caísse, dei um fraco sorriso tentando disfarçar.

– Natasha e Clint, vão – ele olhou para os dois que correram para onde vinha o barulho – o que está acontecendo?

– Estão atacando Tony – Pepper respondeu de imediato.

Steve estava com as vestes do Capitão América – claro – e mesmo quando falava comigo me olhava nos olhos, mas não podia ficar muito tempo parado me olhando, porque não tínhamos tempo. Steve disse que não nos deixaria sozinhas e que quando estivéssemos em segurança voltaria para ajudar os demais, descemos as escadas rapidamente e fomos até a porta, os estardalhaços ainda estavam por ali, e provavelmente tinham machucado meus pés, mas já não conseguia senti-los, não por estarem machucados e sim porque não me importava com nada além de correr.

Pepper novamente fazia alguma ligação e em questão de segundos um carro estava vindo em nossa direção, ela então abriu a porta e entrou me chamando em seguida.

– Se cuida – falei com Steve enquanto Pepper me esperava.

– Eu irei, vá para casa.

– Vai lá meu super herói.

Ele sorriu e correu para dentro do prédio novamente. Dei um fraco sorriso, não estava importando com o sangue em minha perna, com a ardência em meus pês e a dor em meus braços, estava em perigo e Steve correu para lá para me ajudar, me salvar.

Definitivamente ele estava me protegendo.



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