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História Hey, Capitão! - Segurança.


Escrita por: Seola______

Capítulo 16 - Segurança.


– Como você está? – Mary entrou em meu apartamento incrivelmente desesperada, bateu a porta e implorou por desculpas em seguida.

– Estou bem – dei uma fraca risada – mesmo, não quebrei nem torci nada desta vez.

Ela fitou o band-aid em minha perna dando um fraco sorriso.

– Ah – olhei para minha perna – os vidros quebraram, tive que me jogar no chão.

– Você estava trabalhando?

– Saindo para o almoço, com “a chefe” – dei uma fraca risada.

– Vou colocar um aviso em seu currículo “nunca saia para almoçar com Helena”.

Eu gargalhei – É verdade.

– Pelo menos não quebrou nada, nem machucou sério desta vez – Mary sorriu sentando-se ao meu lado no sofá – fiquei sabendo pela televisão, suspeitei que estivesse lá.

– Infelizmente estava saindo na hora errada – fiz uma careta ligando a televisão. Ainda estavam televisionando o ocorrido no prédio das Industrias Stark. Dei um fraco sorriso e balancei a cabeça, Mary disse que pegaria um copo de água porque estava sedenta por algo para beber. Continuei mudando de canal, porque não estava passando nada ao vivo, pelo o que tinham dito a tal mulher misteriosa havia fugido tempo depois de Capitão América chegar ao andar onde estavam. Ela parecia bem forte, havia destruído parte da armadura de Tony, acertou Natasha em cheio deixando-a desmaiada por alguns segundos, pensaram em chamar Hulk e Thor, mas ela fugiu antes que pedissem ajuda.

A vinda de Steve em minha casa ainda estava de pé e provavelmente Mary estaria em minha casa quando ele chegasse, ela não sairia dali tão cedo, e não me importava, era bom ter a presença dela ali. Ela sentou-se no sofá ao meu lado com um copo de água em mãos, bebia lentamente enquanto fitava a tela da televisão, estava passando uma série americana de muito sucesso, eu fitava a tela prestando atenção na impecável atuação de Andrew Lincoln como Rick Grimes, em The Walking Dead. Mas por um instante apenas fiquei fitando a tela, absorta em pensamentos.

Aquela mulher – seja lá o que ela for – não estava atrás de ninguém além de mim e Pepper. Ela nos seguiu pela escada, será que atacou o prédio por nossa causa? Parecia estar apenas á nossa espera. Mas a única coisa que não entendia era: por quê? Dei um salto do sofá quando o interfone tocou, Mary riu e se pôs de pé para atende-lo dizendo que eu estava fraca demais para levantar. Eu estava perfeitamente bem, ela colocou o interfone em seu lugar e sorriu me fitando dizendo que era Steve. Já esperava mesmo.

Ela abriu a porta e ficou esperando que ele subisse parada á porta, fiquei de pé mais atrás e então o vi saindo do elevador, meu protetor do dia. Era ótima a sensação de namorar um Vingador. Steve estava com uma calça jeans, um sapato mais claro, uma blusa cinza e uma jaqueta cor de caqui. Não consegui conter o sorriso, ele cumprimentou Mary quem lhe deu um fraco e rápido abraço. Fui caminhando até ele sem mancar ou sentir minha perna fisgando, ele então fez sua melhor cara de mentiroso tentando parecer convincente, mas sua voz não saiu nada além de uma voz esganiçada:

– Meu Deus! O que aconteceu?

Eu dei um fraco sorriso – Houve um incidente no meu trabalho hoje, mas não se preocupe que estou bem.

– Não viu os noticiários? – Mary perguntou sorrindo e novamente sentando-se no sofá – está passando até agora – ela trocou de canal colocando na CNN que mostrava o prédio destruído em algumas partes.

– Os Vingadores estavam aqui mais cedo, não houve nenhum morto felizmente, mas houve feridos, porém, sem casos graves. Ninguém sabe o motivo certo do ataque, mas assim que soubermos entraremos em contato...

Ficamos fitando a televisão enquanto voltava para o estúdio, eu tinha um fraco sorriso no rosto e Steve me lançou um olhar com um breve sorriso. Por quase uma hora Mary permaneceu em meu apartamento, a conversa entre nós três ia bem, rimos um pouco e ambos mostraram preocupação comigo, o que achei um pouco desnecessário, porque eu realmente estava bem, mas estava até gostando de não precisar fazer quase nada.

Depois de um tempo falando sobre seus planos e nos escutando, Mary resolveu ir embora. Disse que tinha que preparar algo para Peter e que estava cansada, se despediu e disse que poderia telefonar caso precisasse de algo, Steve fechou a porta me impedindo de ficar de pé, o que me fez rir. Assim que a porta bateu, protestei:

– Estou bem!

– Dói sua perna?

– Nem um pouco, apenas arde. Nada demais.

Ele sorriu – Como você está?

– Bem – eu ri.

– Estou perguntando no geral, você está bem?

Balancei a cabeça – Sim, estou acostumada á passar por momentos complicados, não posso sair para almoçar com mais ninguém.

Ele gargalhou – Da outra vez foi com Mary, não foi?

Balancei a cabeça – Exatamente.

– Então – ele virou-se de frente para mim sentando-se no sofá ao meu lado – depois do ocorrido, nos reunimos na S.H.I.E.L.D para investigarmos, julgarmos algumas hipóteses e... Bem, achamos que Makaya está atrás de você e Pepper.

– Atrás de nós? – lhe encarei assustada – o que fizemos?

– Não é o que fizeram – ele respondeu chegando mais próximo – e sim quem são.

Fiquei quieta. Mas é claro, somos namoradas de super heróis. Mas como ela sabia quem eu era? Eu não era nada além de uma garota com uma vida normal, ela sabia quem era o verdadeiro Capitão América? Balancei a cabeça e terminei de escutar Steve.

– Vocês são namoradas de heróis e – ele fez uma pausa desviando o olhar – não pense que fico orgulhoso por ser seu namorado nestes momentos, não me leve a mal... – ele voltou a me fitar quando cruzei os braços no sofá – eu só... Não quero por você em perigo, não quero perde-la.

– Você não vai – falei dando um fraco sorriso – consegui escapar desta vez... Da outra... – lhe fitava nos olhos – e se tiverem outras, dou um jeito. Não me cuido apenas por mim, Steve. Me cuido por nós.

Ele então deu um fraco sorriso – Achei que não cederia – riu em seguida – então, na S.H.I.E.L.D decidimos que talvez possamos abriga-las lá.

– Lá? – perguntei confusa.

– Sim – ele balançou a cabeça – na S.H.I.E.L.D, não sei se tem quartos lá, mas todos concordamos que é bem mais seguro para você e Pepper, inclusive Tony concordou – ele deu um fraco sorriso – você não ficará presa, mas caso não queira, há uma segunda opção.

Lhe fitei – Qual é a segunda opção?

– Ser vigiada, tipo... O tempo todo.

Eu balancei a cabeça – Preciso ficar trancafiada em algum lugar que não conheço?

– Você não ficará... – ele então bufou respondendo a minha pergunta – não, poderá ir trabalhar e tudo mais, mas terá sempre alguém de olho em você, para certificar que não está em perigo.

– Meu namorado é um herói – falei um pouco irritada ficando de pé – por que preciso de outros para me proteger?

– Por que... Não estou com você o tempo todo – ele ficou de pé passando as mãos por meus braços – não fique brava.

– Só não quero ser vigiada vinte e quatro horas por dia, gosto de privacidade em alguns momentos. Também não quero ficar presa em um lugar que nunca vi na vida.

Ele me virou de frente para si e me abraçou – Sinto muito, mas não será para sempre, prometo.

– Tudo bem – dei um fraco sorriso cedendo mais rápido do que pensei – quando começarei a ser vigiada?

– Amanhã – ele disse receoso.

– Tudo bem – dei um fraco sorriso absorvendo a ideia – honestamente pensei que diria “agora, tem um segurança esperando ali fora”.

– Não ainda, prometi que cuidaria de você esta noite.

– Por que você não cuida todos os dias? – tornei a perguntar – sabe... Ficaríamos mais próximos.

– E quando eu tiver que ir salvar a cidade?

Lhe fitei sem saber a resposta. Ele então deu uma fraca risada.

– Vai cuidar de mim esta noite?

– A noite toda, se quiser – ele sorriu passando os braços em volta de minha cintura.

– Estou machucada – ri fazendo uma voz certamente manhosa – preciso de cuidados especiais.

– Sem problemas – ele sorriu – o que quer fazer?

– Ver um filme abraçados?

– Vamos lá – ele sorria.

– Estou apenas brincando – ri o beijando em seguida.

Ele deu passagem á minha língua sorrindo em meio ao beijo, pude sentir. Subi minhas mãos para seus ombros empurrando sua jaqueta fazendo-a escorregar em seus braços até cair no chão, quebramos o beijo e Steve puxou minha blusa de moletom para cima, fiz o mesmo com sua blusa cinza a jogando em qualquer canto, me afastei dele sorrindo, certamente maliciosa, sem desviar o olhar, fui caminhando de costas para meu quarto, assim que entrei vi Steve vindo logo atrás, não tive muito o que fazer quando me jogou na cama, e nem queria. Apenas o deixei retirar o resto de minhas peças de roupas.

Tínhamos uma noite inteira pela frente antes de perder minha total privacidade. Agora tudo fazia sentido, a tal mulher foi atrás de mim e Pepper porque nos “capturando” tinha o ponto fraco de Tony Stark e Steve Rogers. Senti mal por causa daquilo, não gostava de prejudica-lo dessa forma, mas acima de tudo, estava me prejudicando, a partir de agora teria que andar com um segurança em minha cola, perderia toda minha privacidade e talvez nem pudesse ir ao banheiro em paz. Estava tudo bem.

Ficaria tudo bem. Eu esperava.



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