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História Hey, Capitão! - Epílogo


Escrita por: Seola______

Capítulo 27 - Epílogo


– Meu pai é o Capitão América?! – ele gritou quando lhe contei.

– Shhhhhhhhhhh – Steve tampou a boca de John.

Ele empurrou a mão de Steve de leve – Tudo bem, desculpa.

– Você tem idade o suficiente para entender o quão isso é sério, meu filho – Steve falava olhando John com um fraco sorriso – não pudemos te contar antes porque não sabíamos se conseguiria manter segredo.

– Vocês estão me zoando né? – ele rolava os olhos pelos nossos rostos.

– Não, nós não estamos – respondi balançando a cabeça negativamente – John, você tem onze anos, é uma idade boa para começar a entender as coisas, nós não contamos antes pra você não falar para ninguém...

– Ninguém acreditaria – ele revirou os olhos cruzando os braços.

– Nem você está acreditando – Steve bufou.

– É um pouco difícil acreditar que um super herói casou, né pai?

– Qual o problema disso? – perguntei confusa – super heróis não podem se casar?

– Não!

– Por quê?! – perguntei.

– Sei lá – ele deu uma fraca risada e olhou Steve – como você é o Capitão América?

Steve riu – Por causa da minha saúde me usaram como “cobaia” em uma das pesquisas no exército e então eu me tornei o Capitão forte e super resistente.

Ele apenas fitou Steve com uma cara assustada, mantinha as sobrancelhas erguidas e os olhos bem abertos, como quem realmente estivesse assustado, seus olhos azuis – iguais aos de Steve – estavam fixos no pai, até que ele virou seu rosto para me olhar, eu mantinha um pequeno sorriso e então balancei a cabeça positivamente, aquela era uma expressão que eu costumava usar quando estava falando algo realmente sério. Ele então abriu a boca e tornou a fechá-la, como quem fosse falar algo e houvesse desistido. Seus cabelos pretos estavam caídos em seu olho com uma franja bem lisa, e seu lábio rosado agora estava entreaberto, John queria falar algo, mas não sabia o que, estava se convencendo de que sim: ele era filho do Capitão América.

– Vocês não estão me zoando né?

Steve riu e foi até ele, sentou-se no sofá e então deu um beijo na testa de John.

– Você realmente é o Capitão América?

– Sim, filho – ele ficou de pé – eu sou.

– Ai meu Deus! – ele ficou em pé no sofá dando um enorme sorriso – meu pai é o Capitão...

– Shhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – eu berrei em um canto da sala – não grite, querido.

Steve então gargalhou e me fitou, dei um fraco sorriso e pisquei para ele quem puxou John do sofá o colocando nas costas, ele começou a gritar, mas ria ao mesmo tempo, apenas sorri vendo os dois irem para a área externa da casa e fiquei parada na porta alguns segundos. Não esperávamos aquela reação de John logo de cara, mas confesso que foi uma perfeita reação e fiquei completamente aliviada.

John era nosso filho mais velho, estava com onze anos e era ele quem estava na minha barriga no dia em que me casei com Steve, naquele dia preferi contar depois que estivéssemos casados, eu estava grávida de duas semanas e não queria dar falsas esperanças, mas deu tudo certo e John foi o primeiro á vir ao mundo, com os olhos, boca e temperamento de Steve e meu cabelo preto. Apenas sorri ainda parada na porta que dava para a cozinha, foi quando escutei o barulho de algo caindo no quarto de brinquedos, os gêmeos, Stella e Stan, estavam brincando no quarto onde os deixei e parecia que algo tinha acontecido. Normalmente os pais pensariam algo do tipo “nossa, meu filho caiu” ou “algum dos móveis caíram”, mas não no meu caso. Eu era casada com um herói, meu pensamento era sempre o mesmo “estamos em perigo”.

Steve também escutou o barulho e saiu da piscina correndo, mas eu já estava parada na porta apenas olhando Stan rir de Stella, ele dava uma gargalhada gostosa como quem estivesse se divertindo com o móvel caído em cima da pena direita de Stella, ela olhou para trás e me viu parada na porta de olhos arregalados, ela abriu aqueles olhos enormes e tirou a perna de debaixo do móvel caído.

Steve então parou ao meu lado e John parou no meio de nós dois.

– O que aconteceu? – Steve perguntou ofegante.

– O móvel caiu em cima da perna de Stella e ela não tem um único arranhão – fitei Steve com os olhos arregalados.

Ele então me fitou entendendo o que eu estava pensando.

– John, quantas vezes você já machucou? – Steve perguntou.

– Não sei – ele respondeu fazendo uma careta – vocês são meus pais, deviam saber di...

– Nenhuma – respondi de imediato.

– O quê?! – John me fitou olhando para cima – claro que eu já machuquei, eu caí de skate uma vez, lembra?

– Aquela vez que você chorou muito – falei e voltei a fitar os gêmeos sentados no chão me fitando com um sorriso idêntico.

– Bebê cholão – Stella disse e deu uma gostosa gargalhada em seguida.

Steve então foi até ela rindo baixo, ajoelhou-se na frente da pequena de cabelos loiros e sorriu perguntando:

– Você está bem pequena?

Ela balançou a cabeça com um sorriso e apontou para sua canela, exatamente onde o móvel tinha caído e tentou falar:

– Dô... Dô... Nau... Dô.

– Dor? – Steve tentava entender – está doendo o dodói, pequena? – ele apontou para a canela da filha.

– Nau. – ela respondeu com precisão.

Steve então me fitou sorridente e sentado no chão. Eu apenas sorri indo até Stella, a peguei no colo e ela riu me abraçando, Stan choramingou em seu canto com ciúmes e Steve riu indo até Stan que tinha os cabelos loiros como os de Steve. Olhei para Steve sorrindo e ele apenas sorriu de volta.

– O que está acontecendo aqui? – John perguntou nos encarando e confuso.

Nunca tínhamos parado para pensar que a genética de Steve poderia passar para nossos filhos, ainda mais sua genética que havia lhe transformado em Capitão América. Nunca tínhamos percebido antes o quanto os machucados e hematomas de John nunca apareceram, toda vez que ele caía ele fazia apenas manha para ganhar atenção e agora como já não podia ser um “bebê chorão” engolia o choro, mas nunca vimos ele machucado, até porque John nunca fora muito de cair, mas agora estava tudo óbvio, ele tinha uma super resistência, assim como Steve.

Todos os nossos filhos herdaram isso de Steve.

Apenas sorri fitando Steve quem também sorria de volta, John estava parado na porta do quarto de brinquedos nos fitando e querendo uma resposta. Steve havia entendido tanto quanto eu, ele entendeu no instante em que Stella disse “nau”, eu entendi no momento em que ela tirou o pé sozinha do móvel de madeira que agora estava caído no chão, era uma escrivaninha, não pesava muito, mas mesmo assim, era muito peso para uma criança e ela simplesmente não se importou. Assim como John ela herdou de Steve a super resistência de Capitão América e aquilo era bom – de certa forma – pois eles não se machucariam fácil.

Saí do turbilhão de pensamentos quando a campainha tocou, passei por John lhe dando um beijo na testa e ele então desistiu de saber o que estava acontecendo e foi resmungando para a piscina, eu estava com Stella no colo e ela estava deitada em meu ombro, com os bracinhos em volta de meu pescoço.

– Vamos ver se a titia Mary chegou? – eu falava suavemente com ela.

Ela então tirou a cabeça do meu ombro se animando, abriu um sorriso com apenas dois dentinhos de leite e então balançou a cabeça.

– É, será que a Lilly, a May e a Beatrice estão com ela?

Ela então agitou os bracinhos em direção á porta, assim que destranquei e abri a porta Stella deu um grito eufórico, ela viu o rosto de Mary antes do que eu, e agitou os bracinhos para que fosse para o colo dela.

– Oi, pequena! – disse Mary pegando Stella no colo.

Logo atrás de Mary vinha Lilly quem era um ano mais velha que John, mas os dois se davam bem. Mary me deu um beijo na bochecha e foi para o quarto de brinquedos com Stella quem se agitava no braço de Mary. Peter vinha logo atrás carregando Beatrice – quem dormia – no colo e segurava a mão de May quem sorria para mim.

– Oi, tia – Lilly sorriu me abraçando com força.

– Tudo bem, querida?

– Tudo, e você? – ela sorriu se jogando no sofá com seu celular de ultima geração.

– Tudo bem.

– Hel! – a pequena May abriu os braços pedindo que a pegasse no colo.

– Oi meu amor – puxei-a do chão pegando no colo – tudo bom?

– Tutu – ela sorria.

– Quer ir brincar com Stella?

– Uhum – ela desceu do meu colo e correu logo em seguida para o quarto de brinquedos.

– Oi Peter – sorri para Peter quem estava entrando com Beatrice no colo.

– Oi Helena – ele sorriu sussurrando – tudo bem?

– Tudo e você?

– Bem também – ele sorriu e apontou para Beatrice – ela pegou no sono no carro.

– Se quiser coloca-la pra dormir lá em cima, fique a vontade, tá?

Ele balançou a cabeça – Tudo bem.

Olhei para Lilly e sentei-me ao seu lado no sofá, ela digitava freneticamente no celular e sorria olhando para a tela. Lilly era a mais velha, com doze anos, e esteve presente em meu casamento junto com Mary, mas dormiu na grande parte e não ficou para a festa porque antes de ir falar com Mary percebi que ela não estava mais na Igreja com Lilly, mas Mary jura de pés juntos que ficou até o fim, e eu acredito, claro. May é a filha do meio de Peter e Mary, tem dois anos e é uma das garotas mais agitadas que já vi na minha vida e Beatrice, é a mais nova com a mesma idade que Stella e Stan, tem 1 ano e dois meses.

Mary então saiu do quarto de brinquedos sem Stella no braço, sorri fitando-a e logo em seguida fitei Lilly.

– Querida, John está na piscina.

– Ah – ela riu e levantou o olhar até mim – achei que ele não estivesse aqui.

– Ele está – eu ri – pode ir lá se quiser.

– Posso, mãe? – ela fitou Mary.

– Claro – ela riu – vai.

Lilly saiu correndo em direção á área externa e Mary sentou-se ao meu lado no sofá vermelho da sala, Steve saiu do quarto dos brinquedos sem Stan no colo quem provavelmente estava brincando com as outras crianças.

– Levantou o móvel?

– Claro – Steve sorriu parando de braços cruzados perto da mesa de centro da sala.

– O que aconteceu? – Mary perguntou.

– A escrivaninha caiu em cima da perna de Stella – Steve respondeu sorrindo.

– Ai meu Deus! – Mary se assustou – hoje?

– Há cinco minutos atrás – falei também sorrindo.

– E... Vocês não levaram ela pro hospital? – Mary me fitou assustada – vocês estão...

– Calma Mary – Steve riu pedindo para que ela se acalmasse – ela está bem.

– Mas...

– Mary – olhei para ela – quem é Steve?

– Seu... – ela então fitou Steve e arqueou as sobrancelhas – eles têm poderes?

Steve riu e balançou a cabeça – Pelo menos Stella e John, sim. Não poderes, mas tem uma boa resistência.

– Ai, Deus! – Mary gargalhou aliviada – isso é ótimo!

– Claro – balancei a cabeça.

O celular de Steve então vibrou em cima da mesa e ele atendeu logo em seguida saindo para a área exterior, onde Lilly e John estavam.

– O que foi?

– Provavelmente é a S.H.I.E.L.D. – respondi Mary.

– Ah, claro – ela riu – cadê Peter?

– Foi colocar Beatrice no berço de Stella no andar de cima – sorri ficando de pé – quer um café, uma água, alguma coisa?

– Um café, por favor – Mary sorriu ficando de pé.

– E como andam as coisas...

Steve me interrompeu me dando um beijo na testa e falando que o trabalho o chamava, ele trazia consigo John quem estava com um sorriso enorme no rosto e com o corpo todo molhado, olhei para Mary arqueando a sobrancelha e ela me fitou de volta sem entender, ela perguntou o porquê da euforia de John e apenas pedi para que ela olhasse as crianças. Eu sabia muito bem o que Steve iria fazer, mas quis ver de bem perto a cara de John, sabia que ele ficaria maluco depois de ver o que Steve iria mostra-lo.

Fui caminhando atrás dos dois em direção á garagem de nossa casa, John dava pulos ao lado de Steve e ele olhou para trás quando percebeu que eu estava seguindo-os, ele riu me esperando e passou o braço em volta da minha cintura caminhando comigo pelo caminho de pedras que daria na nossa garagem, meu carro e a moto de Steve estavam estacionados e desviamos dos dois, indo ao fundo da garagem, Steve pediu para que esperássemos que ele faria uma mágica para John acreditar que ele era o Capitão América, cliquei no botão do controle fechando o portão da garagem e John fitava Steve com o olhar fixo. Ele então apertou alguns botões atrás da pilastra, botões camuflados que nem eu sabia como acessá-los, a parede então rapidamente se transformou em uma porta que daria para “os fundos da garagem” como gostávamos de chamar.

John saiu correndo e ficou ao lado de Steve e eu apenas fiquei mais afastada sorrindo, assim que Steve acendeu as luzes do “cômodo bônus” na nossa garagem a boca de John se abriu e ele não sabia para onde olhar.

Naquela sala secreta estavam os uniformes de Steve, todos os que ele já havia usado até então, todos os seus escudos – reservas – e os que ele já havia usado, todos os tipos de armas de fogo – descarregadas – e todos os cartuchos para recarrega-las. Eu já tinha ido ali várias vezes. Quando Steve inaugurou resolveu me chamar e eu jamais esqueceria aquele local, afinal, foi ali que Stella e Stan foram feitos. Ri sozinha parada mais atrás, fui andando até John e ele então me olhou com os olhos arregalados, completamente maravilhado com o local.

– Aqui – Steve então falou em voz alta dando um enorme eco – é meu local de trabalho. Aqui ficam minhas roupas – ele riu e foi até seu uniforme tradicional, tirando-o de trás do vidro e indo para dentro do banheiro no canto direito.

– Vocês não estavam zoando! – John me olhou gritando, sua voz ecoou pelo local.

Eu gargalhei – Claro que não, meu amor!

– Caraca! Que maneiro! Meu pai é... Ah! – ele gritou.

Eu pude escutar a risada de Steve e ele então saiu do banheiro, ele trocava de roupa tão rápido que ás vezes me assustava, ele segurava a máscara na mão direita e pegou seu escudo preso na parede. Veio andando até nós e então ajoelhou na frente de John dizendo em voz baixa.

– Saiba, que você sempre estará á salvo, John.

Ele somente sorriu e Steve colocou a máscara ficando de pé e encaixando o escudo em sua mão direita, me olhou e deu um beijo demorado, encostou sua testa na minha e tudo o que fiz foi sussurrar:

– Parte pra cima deles meu supersoldado.

Ele riu e então acenou com a cabeça como se estivesse acatando uma ordem, pegou seu carro e então saiu dali. O lado positivo é que morávamos bem distante da cidade e era pouco provável alguém vê-lo vestido de Capitão América, mas isso não importava para ele.

Fitei John quem estava sorrindo ainda olhando para frente, seu maior herói era seu pai e por mais que eu tivesse medo de perder Steve nessas batalhas para salvar o mundo, eu sabia que, ele sempre estaria se cuidando por nós.

FIM.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e sintam-se livres para comentar! Obrigada!


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