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História Hey, Capitão! - Agradecimentos.


Escrita por: Seola______

Capítulo 5 - Agradecimentos.


– Helena, você está bem? – Peter perguntou quando entrei no quarto de Mary e esbarrei na maca xingando um palavrão. Virei-me bruscamente de frente para ele.

– O que? – perguntei um pouco atordoada.

– Você está bem?

Antes que pudesse responder, o médico entrou onde estávamos e então fiquei fitando-o, mas com o pensamento em outra coisa. Ou melhor: com o pensamento nos olhos de Steve. Aquilo era completamente impossível, eu provavelmente estaria maluca. Ele é Capitão do Exército... Mais ou menos.

– Helena?! – Mary deu um grito me tirando de meus pensamentos.

– Sim?! – gritei de volta tentando parecer tranquila.

Eu estava gritando, não tinha como parecer tranquila.

– Estou de alta – Mary riu ficando de pé da cama – pode ir para casa se quiser, Peter me leva embora.

– Oh, tem certeza?

– Sim – ela balançou a cabeça – eu estou cansada e sei que também está, se você quiser ir, eu e Peter pegamos um táxi e vamos direto para casa.

– Certo – sorri – então vou indo, ok?

– Tudo bem – ela sorriu.

O médico então me fitou – Helena, volte em uma semana para tirar o gesso e devolver as muletas.

– Certo – repeti sorrindo – então vou indo, ok?

– Eu te ligo – Mary gritou enquanto eu saía de seu quarto.

Eu então continuei meu caminho até o elevador que chegou rápido e desceu rápido. Talvez eu nem estivesse prestando atenção no tempo ou em qualquer coisa á minha volta, por mais louca que estivesse eu reconheceria aqueles olhos azuis em qualquer lugar, não importa em qual ocasião, simplesmente reconheceria. Não pela cor dos olhos, ou alguma coisa do tipo, mas pelo modo como Steve e Capitão me olharam – e sorriram, aquele sorriso de lado sem mostrar os dentes que deixaria qualquer garota caída. E talvez eu estivesse.

Mas é claro que não.

Balancei a cabeça andando até a porta com o auxílio da muleta. Assim que a porta abriu eu passei direto sem olhar para o jardim ou qualquer lugar á minha volta, apenas pegaria um táxi – sozinha – e iria para casa. No instante em que saía do hospital alguém me chamou, tentei andar o mais rápido possível, mas usando aquelas muletas pela primeira vez, eu cairia na tentativa de andar rápido, foi quando Steve parou na minha frente, eu lhe fitei desistindo de tentar continuar a fugir.

– Por que está fugindo? – ele perguntou.

– Eu não estou.

Ele então me fitou – Eu te chamei e você começou a andar mais rápido... Ou apenas tentar.

– Posso fazer uma pergunta?

– Não sou nenhum psicopata, sim, eu gostei de você, mesmo não querendo falar comigo. Foi simpática me deixando pagar um drinque. Eu não tenho segundas intenções, ok?

Eu então lhe fitei – Não ia perguntar isso.

Mas foi bom ele ter dito, eu sinceramente estava começando a ficar desconfiada. Mas era bom saber que ele tinha gostado de mim, e que quando aceitei o drinque pareci mais simpática ainda, dei um fraco sorriso. Eu não sabia se deveria perguntar algo sobre ele ser o Capitão América, eu provavelmente estava ficando louca e ele riria da minha cara. Ele era apenas um cara legal.

– Você... Pode... – suspirei e então disse – você pode me acompanhar até em casa? Estou sem dinheiro e com o tornozelo machucado – fiz uma pausa completando – além de suja.

– Ah – ele me fitou ainda sério – eu... Tudo bem.

– E seu amigo? – perguntei.

– Parece que ele vai ficar aqui por mais um dia.

– Sinto muito.

– Tudo bem – ele enfiou a mão nos bolsos e começou a caminhar do meu lado – e sua amiga?

– Recebeu alta e me dispensou – eu ri fraco – está com o marido.

Ele também riu fraco – Sinto muito.

Eu apenas sorri lhe lançando um rápido olhar, caminhamos um pouco em silêncio a caminho da minha casa. Foi quando ele quem quebrou o gelo.

– Você realmente achou que eu seria um psicopata?

Eu ri sem graça – Não.

– Por que estava fugindo? – ele me encarou.

– Eu não sei – lhe fitei nos olhos – seus olhos... Parecem com os de... Alguém que eu conheci esses dias.

– Ah – ele voltou a olhar para frente com um fraco sorriso – isso é bom?

Balancei a cabeça – Sim, ele salvou minha vida.

Ele então riu e ficamos em silêncio novamente. Por mais que eu não quisesse tocar no assunto eu precisava dar uma de maluca, eu não tinha nada a perder, se eu estivesse delirando talvez eu procurasse ajuda ou alguma coisa do tipo. Demorei a criar coragem, só pensava em um modo de puxar assunto para chegar onde eu queria, para achar um modo de perguntar se ele era ou não o Capitão, mas sem assustá-lo ou parecer uma completa idiota. Ele estava sendo legal, e não queria estragar isso.

Continuamos caminhando, e eu pude avistar meu prédio. Naquele momento eu senti que tinha que puxar algum assunto, pelo menos para não parecer que não o queria ali me fazendo companhia sendo que o chamei. Eu nunca fui muito boa para puxar assuntos, mas naquele momento eu precisei ser. Fui mais clichê possível.

– Conte-me sobre você – pedi lhe lançando um olhar e sorrindo.

– Ahn... Não tenho muito que falar. Meus pais morreram, eu servi o exército, fui um bom Capitão, moro em Nova York tem uns três anos – ele me olhava com um fraco sorriso – como disse: não tenho muito que falar – ele riu.

– E por que disse tudo no passado? Você não é Capitão mais?

– Ninguém nunca deixa de ser um Capitão – ele mantinha seu sorriso simpático – mas sim, ainda sou.

Eu apenas sorri.

– Conte sobre você.

– Certo, por onde começo? – perguntei retoricamente, ri prosseguindo – sou Helena Hope, sou do Texas, meus pais ficaram e eu vim para Nova York para fazer minha faculdade de Administração. Não sou considerada a filha perfeita por não ter feito o que minha mãe queria e principalmente por ter deixado Texas, mas eu sempre soube que teria mais oportunidades de empregos aqui. Moro sozinha, não tenho emprego, estava indo procurar esta tarde quando tudo isso aconteceu, eu estava em um restaurante e quase morri – eu falava com um pequeno sorriso enquanto caminhávamos, ele me fitava, mas eu apenas fitava a calçada – um pedaço enorme da faixada do restaurante cairia em cima de nós duas, e então dois dos Vingadores nos salvaram – virei meu rosto para olhá-lo – Homem de Ferro e o Capitão América – ele sorria me fitando, eu mantinha meu pequeno sorriso no rosto – e sério, sou muito grata á esses dois. Eles não só salvaram a minha vida, mas salvaram a de Mary e a de Peter também, eles são casados – voltei a fitar o chão me acostumando com as muletas – e se alguma coisa acontecesse com ela, acho que Peter morreria. Então, obrigada.

Ele parou de caminhar e eu fiz o mesmo lhe fitando, pelo contrário do que pensei, ele manteve o sorriso no rosto apenas me fitando com aqueles olhos azuis. Estávamos na porta do meu apartamento.

– Aqui estamos – apontei para o prédio em que estávamos parados em frente – meu apartamento.

– Então, dever cumprido – ele mantinha o sorriso no rosto.

– Obrigada.

– Pela companhia?

– Claro – eu ri – por que mais seria?

– Não tenho ideia – ele sorriu se aproximando – posso te dar um beijo? Na bochecha.

Eu gargalhei e balancei a cabeça – Claro que pode.

Ele então aproximou seu rosto do meu, mas não me deu um beijo na bochecha, ele apenas sussurrou:

– Capitão América sempre estará á seu dispor.



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