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História Hey, Fica Mais Um Pouco - Aprova d' Água


Escrita por: Doc_Jauregui

Notas do Autor


Hey, não era pra ter hoje, mas eu tava lendo os que eu tenho de frente e sofri muito lendo esse, não quero sofrer sozinha, por isso sofram comigo.
When the days are cold and the cards all fold and the saints we see are all made of gold, when your dreams all fail and the ones we hail are the worst of all and the blood’s run stale

Capítulo 35 - Aprova d' Água


    É oficial, eu voltei as lideres, mas não como vc deve estar pensando, vou explicar, após assistir o treino das garotas, pensei muito pelo dia seguinte e fui ate a treinadora na quarta pela manha lhe oferecer uma ajuda como assistente, no momento era tudo que poderia oferecer e mais do que isso era o que eu precisava por mim, precisava saber se aguentaria estar com elas outra vez. Ajudaria com as coreografias e as treinaria a maior parte do tempo tanto na parte técnica quanto a parte física, que alias estava horrível a julgar pelo que vi na segunda, elas se cansavam tão rápido que nem mesmo pareciam estar treinando. Hoje, quinta, seria meu primeiro dia com elas como combinado com a treinadora, elas saberiam por mim da minha participação na equipe assim caso acontecesse algo hoje no primeiro treino eu já deixava de ir e fim da tentativa de dar uma nova chance a tudo isso, era essa a chance que eu podia dar. Tive que pensar bastante antes de ir conversar com Jlo, eu sabia que voltar era muito mais do que só ir até lá e treinar aquelas garotas, estava me expondo pra elas de uma forma que eu sabia que seria dolorosa demais caso tudo desse errado como minha consciência parecia gritar o tempo todo pra mim que fosse acontecer, mas essa também era uma forma que eu encontrei dentro de mim de superar tudo isso, eu sentia falta de ser uma líder, das disputas, dos treinos, precisava fazer isso, precisava dar essa passo, claro que não faria isso logo de cara, mas estava fazendo algo, cabia a elas entenderem que essa era a minha chance dada a elas, as novatas, as minhas colegas do ano passado, com uma única exceção é claro. Bom, talvez queriam saber como estava minha relação com Taylor, respondo que esta decepcionante, ela veio ate mim e eu quis ouvir ela, mas como naquele dia ela insinuou que a culpa dela ter agido como idiota foi minha já que eu tinha agido de forma errada antes não encarando meus problemas, nos rendeu outra briga e essa é nossa situação atual sem previsão de mudança. De um jeito estranho essa briga me fez ter coragem pra estar indo nesse treino hoje, tinha de provar a ela também que não era tudo aquilo que andava me acusando, ela caminhava na minha frente quando não subi a arquibancada e caminhei ate a treinadora.

    --- Vc veio mesmo, já estava nervosa pensando que algo idiota feito por algumas delas tivesse feito vc desistir. - me abraçou sorridente – Vou reunir as meninas. – ela as chamou e as garotas foram se aproximando de forma lenta e despreocupadas.

    --- Algum problema treinadora? Fez a gente chegar mais cedo hoje e agora encontramos a Lauren aqui, não que isso seja problema, mas sei lá. – Ari olhou da Jlo pra mim confusa assim com as outras – Tem algo de errado? – ela perguntou olhando pra mim novamente.

    --- Não, temos a solução deles na verdade. - algumas se olharam cochicharam, mas sei deixar de olhar a treinadora – Vcs tem pouca resistência física, poderiam saltar melhor se tivessem uma melhor postura, o acabamento dos movimentos não é dos melhores e costumam se distrair demais seja com conversas paralelas ou com surtos de estrelismos, que estão me deixando de saco cheio de algumas já. – ela pousou a mão em meu ombro e dei dois tapinhas ali – Depois de um pedido muito sincero meu e uma conversa franca, Lauren topou voltar ao seu posto de direito na equipe. – silencio, que Dinah tentou quebra a contestando, mas ela não deixou – Vc continuará capitã Dinah, mas como no ultimo ciclo vc será capitã que usa o posto e Lauren a que faz por merecê-lo. – não precisava daquilo, mas me senti bem ao ouvir.

    --- Porque isso agora Lauren? Depois de todo esse tempo, depois de muitas de nos ter até desistido de uma volta sua, porque ta voltando?- a voz da Ally me tomou a atenção – Sempre pediram pra voltar, nos pedimos, porque agora? – queria ter essa resposta Allycat.

    --- Sem um grande motivo, apenas acho que vcs sem mim não vão muito longe. – algumas me olhavam com raiva e eu sorri debochada, seja amado ou temido já dizia um grande rei – Vcs tem vaga garantida no nacional, mas não nas outras duas que são seguintes ao divisional, sem mim vcs não chegaram a elas por simples falta de competência, comprometimento, disciplina e entrega.- analisei uma por uma com um olhar meticuloso, sempre fui muito detalhista – Temos muitas solistas aqui, todas querem o seu momento individual na coreografia, Dinah como uma capitã fofa e super parceira de todas, vai tentar agradar cada uma de vcs, acabando com o que mais conta ponto para os juízes que é a coletividade. – comecei a andar entre elas dando atenção maior as novatas – Com apenas um treino que assiste de vcs senti vergonha de um dia ter usado esse uniforme são individualista, desalinhadas, exibicionistas, desconcentradas, prepotentes, desunidas. – parei na frente da Dinah – Medíocres.

    --- Não pode vir aqui é nos ofender assim, não nos conhece, não sabe como somos de verdade, foi só um treino, não pode nos julgar só por ele. – uma garota que não conheço disse, caminhei até ela sorrindo sinicamente -  Essa não é sua equipe e não queremos vc aqui.

    --- Seu nome, por favor. – ela disse num tom baixo Kathryn Dean – Senhorita Dean, uma coisa que vai aprender é que vc só pode se pronunciar com a minha permissão, então que tal se vc fizesse 10 flexões agora?! – ela se manteve parada, por isso cheguei bem perto de seu ouvido – Melhor obedecer a capitã ela pode expulsar vc da equipe sem muito esforço. – ela olhou na direção de Dinah que afirmou com a cabeça e só então se abaixou – Entenda uma coisa, não importa se te conheço a anos, se é minha irmã, uma ex melhor amiga, uma conhecida ou mesmo alguém que eu mal sei o nome, eu não to nem ai pro que pensam ou falam de mim, ganhei a droga de um nacional e o premio de melhor atleta, sei o que estou fazendo, por isso não me contestem ou sairão da equipe e eu tenho o aval do diretor pra impedir que retornem, caso Dinah queria interferir nas minhas ordens. – a garota fazia a ultima flexão quando pisei em suas costas com um dos pés e não deixe ela levantar – Não pretendo fazer amizade com ninguém aqui e nem quero ninguém puxando meu saco, sou apenas a capitã de vcs, engulam isso o mais rápido que conseguirem, vcs não tem outra opção. – ajudei a menina a se levantar – Eu sei reconhecer quando alguém tem asma, fará sempre 10 flexões a mais do que as outras pra tentar se equilibrar na resistência delas, por isso quando tive de fazer algum exercício mais puxado me lembre de acompanhar vc de perto ok?! – ela assentiu e as outras me olhavam confusas.

    Caminhei até a treinadora para organizamos uma sequência de preparo físico com as meninas, pude ouvir Dinah perguntar a Dean se ela era mesmo asmática, claro que ela não tinha notado, sempre foi péssima com detalhe, já eu notei apenas pela forma pausada que ela costumava respirar. Informei a elas que treino de hoje era apenas físico, muitas reclamaram mais não diretamente pra mim, ficavam rosnando pra mim quando me afastava um pouco, me segurei pra não rir quando ouvi ate mesmo Mani ter essa reação, a treinadora as calou com seu apito e me deixou explicar que não adiantava de nada saberem a coreografia se estariam ofegantes como cachorros após uma corrida, pareceram entender, mas não deixaram de ficar bufando pra mim . Troquei um sorriso rápido com Camila que parecia meio sem jeito quando se aproximou de mim para pegar uma garrafa de isotônico durante uma pausa, depois de rápidas palavras ela disse que voltaria ate as meninas que descansavam depois de vinte minutos de um circuito feito pra fortalecer as pernas delas, essas garotas pareciam ser sedentárias de tão lentas que eram. Depois de ter se passado uma hora a mais do tempo de treino que elas estavam acostumadas deixei que elas fossem pra casa, dando a entender que amanha ficaríamos um pouco mais novamente, recebi olhos raivosos com minha frase e não nego que gostei, uma das coisas que mais gostava quando participava da equipe era poder deixar todas as minhas amigas com raiva de mim durante os treinos e assim que saíssemos do ginásio éramos as melhores amigas de sempre, agora não teria mais essa segunda parte. Fiquei na quadra e fiz meu próprio treino, esse também era um acordo meu com a treinadora, eu só treinaria com elas quando tivesse confiança na minha perna e nelas como equipe, até lá apenas as treinaria e teria o meu treino após todas irem embora. Meu treino solitário durou uma hora e meia, por tanto eram mais de oito horas quando cheguei em casa já encontrando meus pais conversando com meus irmãos na sala sobre seus dias, disse que tomaria um banho e que desceria logo pro jantar.

    --- Desisto de tentar te entender, uma hora grita comigo por eu querer a droga das coreografias pras lideres, depois da elas pra Camila, agora vai aos treinos e nos treina da forma mais autoritária possível. – colocava minha blusa quando ouvi a voz de Taylor em meu quarto – Porque ta ajudando as lideres?

    --- Seguindo seu conselho ou acusação, não sei qual termo se encaixa melhor, nunca da pra entender muito bem o tom que a pessoa quer usar quando grita com vc sem medir o peso das palavras. – ela abaixou o olhar – Queria que eu deixasse de ser covarde, to fazendo isso.

    --- Não quero que essa briga entre a gente continue, caramba Lauren vc é a pessoa que mais confio, a que mais me conhece em todo mundo, sabe de tudo sobre mim. – ela veio caminhando ate mim – Eu sei que to errada, mas eu tava tão brava por todo mundo culpando vc, que achei que seria mais fácil ficar ao lado deles e te culpar também.

    --- Vc já deveria saber que são poucas as pessoas que me importo, que acredito no que dizem, que me importo com o que pensam sobre mim. – respirei fundo e me afastei dela – Não devia ter feito aquilo, não devia ter me dito aquelas coisas.

    --- Tava com medo de não conseguir ser como vc. – ela disse de uma vez depois de um tempo calada – Todos sempre nos comparam, sempre que faço algo nunca é atribuído a mim e sempre sobre algo que vc também já fez, eu nunca vou ser a melhor Jauregui. – voltou a se aproximar dessa vez tocando meu braço.

    --- Basta ser a Taylor e quem te ama saberá dar valor, no fim são só essas pessoas que importam e já devia saber que odeio essas comparações tanto ou até mais do que vc. – soltei meu braço e me afastei dela mais uma vez – Ainda to magoada, mas uma hora passa.

    Meu restante de noite terminou de um jeito um pouco pior do que o imaginado, não por conta da minha conversa com Taylor, bom mais ou menos, já que fui ver a Camz, ela não entendeu meu ponto de vista quanto a me sentir no direito de continuar brava com Tay por mais um tempo, já que ainda olhava pra ela e lembrava dela pegando aquele caderno idiota, acabou que isso resultou na minha chegada em casa quase duas da manhã irritada com Camila por não ter ficado do meu lado e só cuidado de mim exatamente como eu queria que ela fizesse quando cheguei em sua casa. Não foi uma briga de gritos e tudo mais, apenas dissemos o que pensávamos sobre o assunto e discordamos ficando um clima estranho o bastante pra me deixar sem graça a ponto de não querer ficar e ela não me impedir, não pedir que eu ficasse, desde que nos conhecemos e passamos a ter esse relacionamento aquela era a primeira vez que dormiríamos brigadas, me senti mal por isso de certa forma me acostumei a dormir ao seu lado ou com conversar pelo celular que chegassem ate altas horas, acho que muito por isso demorei um bocado para dormir. No colégio, passei todo o tempo com Demi, ela sabia que tinha entrado nas lideres, ficou confusa e um pouco assustada, porem entendeu o meus motivos e disse que ficaria ao meu lado sempre que eu precisasse, deixei claro que eu não andaria mais com elas por não ser como elas, ela como sempre levou numa boa e ate fez piada disso, claro que quando mais seria me aconselhou a não dizer isso aos outros, eles ainda estavam me aceitando ali e chegar com essa bomba pra eles não seria uma boa. Quando cheguei pro treino ouvi algumas bufarem, as ignorei e montei um treinamento de saltos, fiz elas repetirem todos os saltos que usaríamos na coreografia a notando quem era melhor em cada um e só deixando elas fazerem o próximo salto quando fizessem o anterior com perfeição na queda, elas era péssimas no acabamento dos saltos. Passava das sete horas quando ouvi elas marcando de irem tomar banho de piscina na casa da Camila, lógico que não teve convite pra mim, mas o que me incomodou foi que eu queria ir até lá resolver minha situação com ela, no entanto isso teria de ficar para outra hora.

    --- Sabe de quem é esse celular? – a treinadora me mostrou o aparelho – Estava lá no vestiário próximo as toalhas que elas fizeram questão de não deixarem nos lugares como forma de protesto pelos momentos de tortura que proporciona pra elas – nos rimos de suas palavras.

    ---  Allyson. – disse assim que vi o protetor de tela com um panda, ela sempre dizia ser um panda por gostar de dormir e comer loucamente quando não tinha mais nada pra fazer no dia – Vai entregar pra ela agora? Acho que foram na casa da Camila falar mal de mim. – voltamos a ri, mas sabendo que no fundo era verdade, elas me detestam.

    --- Pode fazer isso pra mim? Tenho um jantar surpresa com meu noivo, ele não sabe que eu sei, mas eu tenho que ir fingindo que não sei de nada, ainda preciso treinar minha cara de surpresa pra não magoar o cara. – sorri da careta que ela fez ao contar.

    --- Ta eu levo pra ela sim. – ela me deu um abraço de lado e começou a caminhar para a saída muito por isso tive de gritar - Bom jantar surpresa que vc fez questão de estragar, ao menos diga sim.  – peguei o aparelho sobre a mesinha e lhe acenei enquanto a primeira luz era apagada por ela ao lado da saída.

    Com as informações que tinha iria pela parte de trás da casa Camz passado pelo portão que sempre uso pra chegar ate a arvore dando na piscina também e ao restante da aera de lazer da casa da garota que devia estar tão empenhada assim como as outras em dizer que eu sou cruel que nem deve se lembra dos nossos momentos doces. Era esse o plano, entrar lá entregar o item a Ally, sair e deixar para conversar com Camila quando visse que Taylor chegou em casa, assim teria a certeza de que as outras não estavam mais em sua casa e eu poderia ir até lá, bom era isso que tinha pensando, mas nada saiu como pensado já que assim passei pelo portão dei de cara com a pequena Sofia dentro da piscina, em uma das suas pequenas mãos um pequeno urso de pelúcia que me lembro de ver em seu quarto e a outra boiando junto com seu corpo desacordado. Não tive tempo de pensar, não havia o que pensar, apenas o que fazer, me joguei na água sem me importar com mais nada, eu já tinha visto aquela cena uma vez, com 6 anos de idade Tay se afogou na piscina de casa, Cris correu para nosso pai no escritório e eu com meus 8 anos a tirei da piscina, com minhas mãos tremendo liguei pra mamãe, ela foi me dizendo o que fazer enquanto meu pai abria caminho pros bombeiros chegarem ate minha irmã desacordada e com uma aparência que dominou meus pesadelos por muitas semanas após o acidente. Eu sabia o que fazer dessa vez, eu nunca me esqueceria, aqueles movimentos tinham salvado a vida minha irmã, eu guardaria eles comigo na esperança de não precisar saber, mas aquele momento me exigiu saber e dei graças a Deus por saber como lidar, eu ouvi vozes perto de mim, mas tava concentrada demais na massagem cardíaca e na respiração boca a boca em Sofia, que quando um pouco de água voltou a deitei de lado por breves momentos esperando ela cuspir, mas ela não fez e isso me deixou em pânico, ela tinha de cuspir a água era isso que devia ter acontecido. Eu fazia a contagem em minha mente, três punções em seu peito e dois sopros para que o pulmão da pequena tivesse mais ar do que água, ela já devia ter ao menos jogado parte da água fora, com a medida que o tempo foi passando eu sentia minhas mãos doendo pela pressão que tinha de ser feito naquele pequeno e delicado corpo deitado na beirada na piscina de casa ainda com aquele urso que deve ter sido o motivo de sua queda próximo a sua mão.

    Pânico se resumia ao ambiente em volta de mim, senti alguém por a mão em minhas costas algumas vezes, mas não me atrapalharam e se tentasse eu era capaz de bater em quem o fizesse, não podia ser interrompida, eu precisava fazer algo pela garotinha que tinha uma das risadas que eu mais gostava de ouvir. Em algum momento ergui o corpo da pequena ainda desacordada a colocando de joelhos e fiz uma pressão em sua barriga, próximo a onde deve estar seu diafragma, num súbito momento ela jogou água pra fora, tive de soltar um suspiro de alivio, mas ai veio o medo mais uma vez me dominar, ela devia ter tomado consciência por um breve momento que fosse é verdade, mas não foi isso que aconteceu ela continuou desfalecida e pálida, isso só me dizia que já tinha se passado tempo demais, era preciso que ela fosse a um hospital o mais rápido possível, a pequena já devia estar sem sangue oxigenado em alguma parte do corpo, como quem busca ajuda olhei envolta e gritei tendo a pequena deitada de lado e usando meu corpo pra aquecer o dela o máximo que fosse possível pra que alguém ligasse para emergência, isso já havia sido feito segundo Alejandro que estava ajoelhado próximo a mim, eu nem mesmo tinha visto quando ele foi parar ali ao meu lado, na verdade não vi nada que não fosse Sofia e nem mesmo achava que queria. Com um total de 5 minutos de pulso baixo e algumas sessões de tosse finalmente Sofi estava numa maca sendo levada a uma ambulância que estava parada na porta da casa dela, seja lá quem tenha ligado realmente ligado eu agradeceria, tive de dizer algumas coisas aos bombeiros, ouvi de um deles que ela estava em choque e isso não era bom, mas que meu esforço durante aqueles minutos que pareceram horas pra mim iriam fazer a diferença pra caçula dos Cabello. Pouco antes de saírem com a ambulância um deles me reconheceu por conta de minha mãe, com isso fiz ele me garantir que seria ela a pegar a emergência, ele saiu a toda com a ambulância só então minha noção de espaço e tempo voltou.

    --- Como vc deixou sua irmã ir sozinha pra piscina Camila? – notei seu Alejandro gritando com Camila – Se algo acontecer de mais grave com ela nunca vou te perdoar, nem mesmo sua mãe vai está me ouvindo?! – ele saiu parecendo que ia explodir quem tentasse pará-lo.

    --- Ele ta nervoso não disse isso por querer. – Mani disse a segurando em seus braços enquanto ela chorava muito – Sua irmã vai ficar bem Mila, fica tranquila vai dar tudo certo, vc vai ver, logo ela vai ta aqui outra vez rindo de qualquer palhaçada sua.

    --- Talvez devêssemos ir ao hospital. – Taylor olhou pra mim quando chegou com as outras na porta da casa ainda escutando a sirene da ambulância cada vez mais baixa – Mamãe pode pegar o caso né?! – me fazendo receber então o olhar de todas ali aflitas.

    --- Disse o bombeiro que deixasse a emergência com ela, imagino que isso seja feito, então sim, a mamãe vai pegar o caso. – olhei para mim mesma notando o quanto estava molhada e isso explicava o frio que começava a me abraçar.

    --- Na moral, o que vc ta fazendo aqui? – olhei pra Miley que dizia bem incomodada pela minha presença, claro vamos esquecer que uma garotinha quase morreu afogada aqui ate segundos atrás e sermos idiotas – Ninguém te convidou pra social.

    --- Sei disso. – tentei soar firme, mas eu tava abalada demais pra isso agora, a situação me deixava fraca pra ser indiferente, coloquei a mão no bolso – Ainda bem que ele é aprova d’ água. – entreguei o celular na mão da Ally que parecia nem ter se tocado que estava sem o aparelho – Esqueceu no vestiário, treinadora teve um compromisso e por isso me pediu que achasse vc.

    --- Obrigada. – Camila cortando a voz de Ally, olhei pra ela me sentindo mal por ver ela quase se desmontando ali e não ter ido abraçá-la ainda – Se não tivesse vindo minha irmã... – ela voltou a chorar e eu me aproximei quase que correndo dela.

    --- Hey, - segurei seu queixo a fazendo olhar pra mim e quase chorando junto a ver aqueles olhos lindo úmidos e sendo molhados sem dó por suas lagrimas – Sofi vai ficar bem, prometo. – beijei sua testa e ela saiu do abraço da Mani pra vir ao meu.

    --- Perdemos alguma coisa? – ouvi uma das meninas comentarem, tava tão mais preocupada com Camila que nem me deixei prestar atenção em quem falava  – Elas são amigas desde quando?! – eu devia falar que aquilo não era importante no momento, mas ate responder era fora de questão agora, tinha coisa muito maior acontecendo.

    Puxei Camila pra dentro de casa ouvindo alguns passos atrás de nos duas, disse a ela que se trocasse já que tinha molhado a roupa por me abraçar, avisei que ia em casa, mas que eu voltaria o mais rápido pra ir com ela ao hospital, ela não discutiu e disse que me esperaria para irmos. Taylor achou por bem ir comigo pra casa assim como as outras meninas acharam por bem irem para suas casas, Dinah e Mani ficaram pra não deixar a Camz sozinha o que eu agradeci mentalmente. Durante o trajeto silencio, a sensação de anos atrás quando tirei Tay da piscina voltaram, todo o medo, o pavor que Camila sentia por causa de sua irmãzinha eu já tinha sentido e pensar nisso fez com que eu mesma começasse a me sabotar, quando descemos do carro eu não deixei ela ir muito longe a abracei o mais forte que podia, pensa em perder minha irmã era uma das piores coisas que eu podia pensar, nada mais importava, não tinha mais porque ter raiva, tinha tudo passado assim que fecharam aquela ambulância com a pequena Sofia e a droga daquele barulho me levou pro dia em que era Taylor ali dentro. Ficamos abraçadas por um tempo, me deixei dizer varias vezes que a amava e que não tava mais brava, quando ela me perguntou isso, o medo que senti ao me lembrar de tudo com Sofia desmaiada em meus braços era muito mais forte que qualquer outro pensamento ou sentimento de momento que eu estava sentido em relação a minha caçula. De volta ao meu carro, fui o mais rápido possível ate Camila, que nem mesmo me deixou descer do carro e logo estávamos no hospital que meus pais trabalham, aquele dia por sorte minha mãe estaria de plantão e por ser pediatra era mais do que claro que o caso passaria pra ela e isso de algum jeito que deixava ate relaxada com toda a situação, ela saberia muito bem o que fazer. Encontrei Sinu e o Alejandro que me abraçaram e agradeceram por ter feito algo pela filha deles, depois de um abraço em mim Sinu se deixou vencer pelo choro mais uma vez sentada ao meu lado, enquanto o pai da pequena foi ate sua filha mais velha e lhe pedir desculpas pela forma bruta que a tinha a tratado e ali no meio da sala de espera compartilharam pedidos de desculpas e seus medos quanto ao estado da pequena Cabello.


Notas Finais


Don’t want to let you down, but I am hell bound though this is all for you don’t want to hide the truth, no matter what we breed we still are made of greed this is my kingdom come


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