História Hey, Noona? (Imagine Jeon Jungkook) - Não noona, você não ama.

_____ P.O.V

– Vai ficar só me olhando ou vai me ajudar a tirar seu melhor amigo de lá? – falei enquanto procurava minha carteira.

– Sabe que isso é perda de tempo e ele vai nos ignorar completamente, não sabe?

– Só vou saber depois que tentar e se você não for comigo, vou sozinha.

– Eu não vou te deixar lidar com aqueles caras sozinha.

– Então vamos?

– Vamos.

Guardei tudo que precisaria dentro de uma pequena bolsa, peguei os capacetes, logo entregando um para o meu irmão.

– Você tem certeza disso? – Jimin perguntou colocando seu capacete.

– Na verdade não mas sempre gostei de arriscar – sorri, subindo na moto em seguida.

Jimin subiu na moto, segurando em minha cintura e logo fomos pro shopping mais próximo.

[...]

– Taehyung disse que estaria aqui em dez minutos – falei assim que descemos da moto.

– Eu já estou aqui, tava almoçando – Tae disse vindo em nossa direção.

– Espero que não esteja mais bravo comigo – o abracei rapidamente.

– Me desculpe por aquilo, estava com raiva do Jeon, isso não tem nada a ver com você, não foi sua culpa – disse me dando um selinho rápido, pegando em minha mão segundos depois.

– Não vim aqui pra servir de castiçal não, beleza? Se for pra me deixar segurando vela pode me dar a chave da sua moto e eu vou embora sozinho – Jimin disse estendendo a mão em minha direção.

– Vem cá, maninho – dei um beijo em sua bochecha e o mesmo sorriu fraco.

Ele estava triste, era muito visível como estava decepcionado por não ter conseguido impedir o Kook de ir embora com aqueles caras.

Jungkook e ele eram praticamente um só desde pequenos, ver o melhor amigo o largando desse jeito com certeza era algo que me partia o coração.

Ele não vai magoar meu irmão desse jeito por causa de um cara mimado daqueles, não mesmo.

[...]

Depois de comprarmos roupas novas e algumas coisas que estávamos precisando decidimos ir embora.

– Ei, olha se não é o antigo grupinho do Jeon – ouvi uma voz familiar e levantei a cabeça vendo Yoongi e Hoseok sorrindo ironicamente.

– Olha se não são os caras idiotas que estão acabando com a vida do meu melhor amigo – Jimin retrucou.

– A gente tá ensinando ele a viver agora – Yoongi disse, se aproximando.

– Sai de perto do meu irmão ou eu te ensino o que é a morte – falei brava.

– Nossa, que nervosinha, Jungkook não me disse que a noona dele era estressada – ele disse voltando sua atenção para mim – Se bem que ele me disse que te achava gata e eu ainda estou procurando a beleza.

– Esse é o máximo que você pode fazer? Me ofender? Esperava mais de um cara que se diz digno de mudar a vida de alguém.

– Não sei o que o Jeon viu em você, tanta garota melhor e ele vai escolher logo isso – disse me olhando de cima a baixo.

– Vindo de uma merda como você, ser chamada de feia é um elogio.

– Do que você me chamou?

– De merda, que é exatamente o que você é.

– Não gosto da sua ousadia, ‘’noona’’.

– E eu não gosto de você – falei o empurrando com força contra a parede.

– Nossa Taehyung, sua garota anda muito estressada, não tem dado conta do recado? – Yoongi perguntou rindo ainda mais irônico.

– Chega, vamos embora, não vale a pena discutir com um lixo desses – Jimin disse me puxando pelo braço, tentando me afastar dali.

– Qual é Taehyung? Tá com medo ou quer que eu deixe o Jungkook te dar mais uma surra? Ficar com a boquinha sangrando não foi o suficiente? – Yoongi continuou provocando e eu apenas encarei Tae que o ignorou com certa dificuldade.

– Eu vou voltar lá e vou arrebentar a cara daquele idiota – ele disse depois que nos afastamos.

– Você vai subir na sua moto e vai pra sua casa, já basta os problemas que provavelmente vamos arranjar hoje à noite – falei séria.

Nos separamos assim que chegamos no estacionamento, cada um pra sua moto, cada um pra sua casa.

Nos encontraríamos à noite pra tentar tirar o Jungkook de lá, por mais que Tae não saiba que esse é o único motivo pelo qual estou indo nessa maldita festa.

Jungkook P.O.V

Estava sentado em cima do meu skate em uma rua sem saída, que inclusive nem ao menos sei onde fica, nem sei como cheguei aqui na verdade.

Só peguei o skate e segui rumo à lugar nenhum e bom, agora estou aqui.

Devia estar me arrumando pra primeira festa em meio aos populares, mas a real é que isso não está me deixando tão feliz quanto achei que deixaria.

Envergonhei minha noona em meio à todas aquelas pessoas com aquela confissão ridícula, e eu sei como ela odeia isso. Magoei meu melhor amigo, deixei ele pra trás, cara, ele deve estar tão decepcionado comigo. Bati no Taehyung, eu nunca tinha batido em ninguém antes e agora fui suspenso por ter feito algo que odiei fazer.

Mas Yoongi e Hoseok garantiram que isso seria bom pra todo mundo ao meu redor, que isso ajudaria muito na conquista da noona, será que essa é realmente a melhor opção?

Peguei o maço de cigarros que ganhei de Hoseok e coloquei um entre meus dedos, respirando fundo.

Acendi rapidamente e traguei, sentindo a fumaça embolada em minha garganta, me fazendo tossir freneticamente.

Isso realmente me faz parecer mais legal?

Legal pra quem?

Joguei o cigarro no chão e pisei em cima, o apagando instantaneamente.

Eu nem sou legal, por que continuo tentando?

Meu chefe me perguntou dezenas de vezes se eu tinha certeza do que estava fazendo, disse que eu era um ótimo garçom e que os clientes fixos com certeza sentiriam minha falta. Mas como eu poderia dizer pra ele que eu não tenho certeza de absolutamente nada?

Agora tinha algo no meu bolso além das balas, do maço de cigarro ruim, do isqueiro vermelho importado do Yoongi e dos cupons fiscais da farmácia amassados. Tinha o papel da minha demissão e junto com ele o meu papel de trouxa.

– Vai ficar jogado igual um mendigo, cara? Entra aí – encarei o carro preto agora estacionado em minha frente, vendo Yoongi rindo enquanto tomava um gole de algum energético esquisito.

Levantei desanimado abrindo a porta, me jogando de qualquer jeito no banco de trás com o skate na mão.

– Quase que a gente passa reto, sorte que o Yoongi te viu – Hoseok disse sorridente.

– O que você tava fazendo aí perdido, cara? –Yoongi perguntou enquanto dava ré pra conseguir sair dali.

– Eu nem sei o que estava fazendo na verdade – falei de cabeça baixa.

– Foi lá falar com o seu chefe?

– Eu sou oficialmente um desempregado, pra foder com a minha vida de vez só falta virar sem teto – apoiei a cabeça no banco, fechando meus olhos por alguns segundos.

– Falando nisso, a gente viu sua noona, o namorado babaca dela e aquele seu amigo baixinho no shopping depois do almoço.

– Ah é, vocês não fizeram nada pra eles não é?

– Bem pelo contrário, a gente foi tentar conversar numa boa e a sua garotinha me empurrou, acho que ela não foi muito com a minha cara.

– Entendi.

– Você tá bem? Estou te achando meio baixo astral, rolou algo que eu não fiquei sabendo?

– Eu estou bem só acho que vacilei muito com o Jimin.

– Se ele é seu melhor amigo vai te perdoar, relaxa.

– Eu não me perdoaria.

[...]

Yoongi deixou Hoseok na casa dele pra que começasse a organizar a festa e depois seguiu pra casa, não a minha casa, a dele, que na verdade estava se tornando a minha segunda casa praticamente. Acho que isso ficou meio confuso, não é?

– Pode tomar um banho e pegar a roupa que quiser – ele disse enquanto jogava sua jaqueta no sofá.

– Ok – falei seguindo até o banheiro.

Depois de tomar um banho caprichado abri o armário pra procurar uma toalha e acabei achando uma grande quantidade de perfumes.

Acabou que minha situação se tornou a seguinte: a toalha amarrada na cintura enquanto eu balançava a cabeça pra tentar secar o cabelo como um cachorrinho depois do banho, cheirando centenas de perfumes que custavam mais do que eu ganhei durante a minha vida toda servindo macarronada com queijo e porções de camarão frito.

Só sei que saí daquele banheiro cheirando como um francês exageradamente perfumado.

– Jeon, ia te perguntar se você queria... –Yoongi disse assim que me viu abrindo a porta – Usar algum dos meus perfumes mas acho que você já encontrou eles.

– Foi mal, ia pedir emprestado e...

– Relaxa, o que é meu é seu, pode usar o quanto quiser.

– Ah, valeu.

– Só coloca uma roupa, não curto muito ficar encarando abdômen de macho – ele disse me fazendo notar que eu ainda estava só de toalha.

– Caraca, foi mal – saí rapidamente em direção ao closet, me fechando lá, tentando achar em meio as pilhas e cabides, algo que fosse ficar bom em mim.

Me vesti com uma camiseta simples e calças jeans, bom, esse era praticamente meu uniforme diário.

Saí de lá sendo encarado pelo mais velho no mesmo instante.

– Comum demais, não acha? – ele perguntou enquanto tomava um gole de café.

– Ficou bom, acho que fico bonito assim.

– Mas pode ficar melhor, usa isso – disse jogando sua jaqueta em minha direção.

– Isso é caro demais, não tenho como te pagar se isso estragar – falei ao ver a marca na etiqueta.

– E quem disse que eu vou te cobrar caso estrague? Só usa – disse sorridente.

Coloquei a jaqueta e depois me sentei ao seu lado.

– Valeu por tudo que tem feito por mim, hyung – falei de cabeça baixa.

– Estou querendo ser útil pra alguém pelo menos uma vez na vida – sorriu.

– Você é útil, Yoongi.

– Não se engane comigo, Jeon, não sou esse cara legal que você acha que eu sou.

– Mas tem sido bom pra mim.

– Você conheceu o meu melhor lado, só acho que não vai querer conhecer o pior.

_____ P.O.V

– Como ficou? – perguntei dando uma volta assim que entrei no quarto do Jimin.

– Tá linda como sempre – sorriu, arrumando a gola de sua camisa.

– Não acha que tá certinho demais pra uma festa com aquele tipo de pessoa? – falei me aproximando.

– Não sei, nunca fui numa coisa dessas.

Abri alguns botões deixando-o com um ar mais sexy.

– Melhorou? – ele perguntou, me encarando.

– Melhorou muito, vai roubar todos os olhares hoje.

– Só se for pra essa calça apertada, não acha mesmo que ficou exagerado?

– Tá lindo Jimin, para de tentar arrumar defeito.

– Ok, já temos que ir?

– O Tae já está esperando ali fora, a festa já começou há um bom tempo.

– Ainda me recuso a acreditar que vou ter que me misturar com aquele tipo de gente.

– E eu que vou ter que ficar perto daquele idiota do Yoongi sem poder dar um soco na cara dele, como faz?

– Só respira fundo e quebra o nariz dele no meio.

– Ótimo conselho – sorri.

Descemos rapidamente e logo vimos Taehyung encostado na moto.

– Achei que tinham desistido de ir – disse assim que o abracei – Você fica muito gata de preto.

Eu estava com um vestido preto incrível, o que é bem raro já que como eu sempre ando de moto andar com esse tipo de roupa se torna algo bem incômodo.

– Você vai de moto com essa roupa?

– Não, Minnie chamou um táxi.

– Ah, menos mal – sorriu – Bom, vejo vocês lá então.

– Até daqui a pouco – falei abraçando Jimin assim que Tae subiu na moto.

[...]

Quando chegamos na frente da casa do Hoseok, conseguimos ver o tamanho da bagunça.

Garotas já bêbadas dançando no quintal, o som no último volume, garrafas de bebida em todos os cantos, cigarros jogados no chão que formavam uma trilha até a entrada do lugar.

– Tem certeza que quer fazer isso? – Jimin perguntou assim que o táxi estacionou.

– Tenho!

– Então vamos lá, boa sorte pra nós – ele entregou uma nota ao taxista e então abri a porta, descendo ao ver Jungkook e Yoongi em frente ao local.

Eles entraram rapidamente assim que me viram.

– Aproveita a festa – falei pro Jimin quando estávamos passando pelo portão da casa – Eu vou atrás do Jeon.

– Eu posso ir com você se quiser.

– Não precisa, apenas mantenha o Taehyung longe de mim até que eu consiga falar com o Jeon, ok?

– Ok, vou tentar.

Entramos, nos separando alguns segundos depois. Jimin foi atrás do Tae e eu fui atrás do Yoongi ou algum daqueles idiotas que pudessem me levar aonde Jeon estivesse.

– Quer alguma coisa? – um garoto perguntou passando com uma bandeja cheia de copos com algum tipo de bebida estranha.

– Aceito, obrigada – falei pegando um dos copos, tomando um gole rapidamente.

Minha visão naquele momento era baseada em um DJ tocando sobre um pequeno palco improvisado no canto da enorme sala, gente dançando em todos os lugares, os garçons saindo enfileirados da cozinha, o barman servindo as bebidas no canto oposto e finalmente o que eu queria ver, Yoongi e Hoseok sentados em um sofá com algumas garotas ao seu redor, rindo e falando extremamente alto.

– Exatamente quem eu estava procurando – falei assim que me aproximei deles, puxando Yoongi pelo braço até um canto mais silencioso.

– O que você tá fazendo aqui? – perguntou se soltando – Alguém te convidou?

– Taehyung.

– E quem convidou esse imbecil?

– Eu não sei, dá pra parar quieto e me ouvir um pouco?

– Não sei se você não notou mas eu estava ocupado.

– Você pode pegar suas vagabundas depois, só preciso que me responda uma coisa.

– Pergunte pra alguém que se importe em te responder.

– Onde o Jungkook tá?

– E você acha mesmo que eu vou saber? Ele não é meu cachorrinho, não levo ele na coleira pra não perdê-lo de vista. Sei lá, procura.

– Você deve saber onde ele tá? Ele não costuma ficar sozinho.

– Não deve estar sozinho, as menininhas estavam correndo atrás dele, deve estar pegando alguém.

– Onde ele tá, Yoongi?

– Você é surda ou tem demência? Eu falei que não sei onde ele tá, vai procurar e me deixa em paz.

– Dá pra parar de ser grosso e me ajudar a encontrá-lo? Preciso falar urgentemente com ele.

– Achei – falou apontando em direção ao banheiro.

Corri rapidamente até o mesmo, impedindo-o de fechar a porta.

– Noona? – perguntou confuso.

– Entra aí, a gente precisa conversar.

Entramos e então tranquei a porta, acendendo a luz logo em seguida.

– O que você tá fazendo aqui? – ele perguntou, se encostando na pia.

– Eu vim te tirar daqui.

– Mas eu não quero sair.

– Jeon, não sei se você ainda se importa, mas eu amo meu irmão mais do que tudo, você sabe disso, não sabe?

– Sei.

– Eu não vou deixar você ou algum desses garotos machucá-lo, entendeu?

– Me perdoa por ter magoado o Jimin, prometi pra mim mesmo que explicaria tudo pra ele assim que as coisas se acalmassem.

– Ele não quer explicações Jeon, ele quer o melhor amigo de volta, o melhor amigo que se importava com ele, que não fumava, que não andava de carros luxuosos, que não era egoísta e babaca. Ele quer aquele garoto irônico, distraído, desastrado e amoroso que nós conhecemos.

– Ele preferia quando eu era um perdedor.

– E agora você é um vencedor? E qual é o seu prêmio? Medalha de ouro em ser mandado pelo Yoongi? Você perdeu seu melhor amigo, agora você se tornou um perdedor.

Abri a porta, sentindo seus dedos em meu braço.

– Você ainda não disse o que quer que eu faça, noona.

– Jeon, eu queria que você voltasse pra nós, que voltasse a ser o meu garoto que eu tanto amei e protegi.

– Eu não posso noona, não posso fazer isso com o Yoongi, ele só está tentando me ajudar.

– Você ainda tem a mesma inocência – falei sorrindo fraco, fechando a porta de novo.

Ele abaixou a cabeça e segurou em minhas mãos.

 – Kook, acho que eu devo te contar uma coisa que tem me incomodado esses dias.

– O que?

– Desde que te vi quando voltei do intercâmbio, fiquei encantada com suas mudanças. Você ficou mais bonito, mais educado e gentil, mais do que já era quando fui embora. Caramba Jeon, como você ficou lindo.

Ele continuou em silêncio, sorrindo fraco.

– Quando você falou aquilo na frente da faculdade, confesso que fiquei chocada, não esperava algo do tipo vindo de você. Mas sabe o que mais eu pensei naquele momento?

– O que, noona?

– Que talvez a gente tivesse dado certo se eu não tivesse conhecido o Tae. Talvez a minha promessa tivesse se cumprido, talvez se eu não tivesse ido pro intercâmbio tudo estivesse bem agora, mas eu me enganei, a gente não daria certo, Jungkook.

– Por que não?

– Porque nós somos diferentes, completamente diferentes. Eu não abandono as pessoas que amo.

– Você me abandonou noona, isso quer dizer que não me amava?

– Eu te amava tanto quanto te amo agora, mas infelizmente você mudou e não foi pra melhor, você perdeu meu irmão e me perdeu também.

Abri a porta segurando o choro, me assustando ao ver Taehyung vindo em minha direção assim que a música parou.

Jungkook P.O.V

Assim que a noona saiu, me encarei no espelho e comecei a chorar.

Como eu pude ser tão imbecil?

Deixei todo mundo pra trás, e mesmo quando eles vem atrás de mim insisto em dizer que estou certo.

Porra, cadê o momento em que o plano do Yoongi começa a fazer sentido e tudo começa a se encaixar?

Cadê o momento em que vou poder parar de me perguntar se estou fazendo a coisa certa?

Lavei o rosto rapidamente na pia, enxugando meu rosto em um pedaço de papel, saindo do banheiro antes que alguém começasse a bater na porta.

Estranhei o silêncio no lugar, as pessoas formavam uma roda, tampando minha visão daquele ângulo.

– Licença – falei enquanto empurrava as pessoas pra ver o que estava acontecendo ali no meio.

Vi Taehyung de mãos dadas com a ______, se ajoelhando alguns segundos depois. Meu olhar cruzou com o de Jimin e Yoongi, um aparentemente decepcionado e o outro tão surpreso quanto eu.

– _____, eu queria ter pedido isso antes do intercâmbio, mas achei que teria um momento melhor pra isso e bom, esse é o momento – ela estava totalmente sem reação, apenas encarando o mais alto agora ajoelhado na sua frente.

– Tae, eu – ela sussurrou logo sendo interrompida.

– Eu te amo muito e espero que aceite se casar comigo.

Fechei os olhos, deixando uma lágrima escapar.

– Não – falei alto, chamando a atenção de todos – Se você me ama, noona, por favor, diz que não.

Ela olhou em minha direção com os olhos avermelhados, deixando as lágrimas escorrerem por seu rosto, molhando seu vestido.

– A gente podia ter dado certo, Jeon.

– Noona...

– Não posso esperar que você mude, você cresceu, nossos rumos são diferentes e eu preciso seguir o meu.

Ela pegou a aliança que Taehyung segurava e a segurou com força, vindo em minha direção.

– Me faça desistir disso, Jungkook – sussurrou enquanto me dava um beijo na bochecha.

– Eu vou fazer.

Ela colocou a aliança no dedo e se afastou, sussurrando enquanto recebia um abraço de seu atual noivo.

– Eu te amo, Kook – li em seus lábios e sorri fraco.

– Não noona, você não ama.