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História Hey You - Welcome to the Landside


Escrita por: bae_boo

Notas do Autor


Escrever as notas iniciais parece mais difícil que terminar uma história pra mim T---T
Enfim... Obrigado pelos favoritos no capítulo (Thanks Yumika too por ser a melhor corretora ever) e espero que vocês gostem desse <3

Capítulo 2 - Welcome to the Landside


Fanfic / Fanfiction Hey You - Welcome to the Landside

Meu corpo vacilava.  

Entre um passo difícil e outro, andei até encontrar uma parede qualquer como apoio, para somente então abrir os olhos. Do escuro vazio que eu estava antes não restava nada. Agora o lugar era iluminado e repleto de pessoas. 

 Iluminado parcamente, pois as luzes eram coloridas e piscavam, me fazendo ver as pessoas que dançavam ao centro do lugar em movimentos entrecortados. Todos dançavam próximos, parecendo já acostumados com a agitação que, de certa forma, me incomodava. Apoiando a mão na parede, segui pela margem da pista de dança lentamente. Meus olhos ainda não haviam deixado de observar aqueles homens e mulheres, e, agora mais acostumados ao ambiente, captavam em cada ação deles a entrega que seus corpos transmitiam.  

Talvez fosse eu o puritano ali, vendo naqueles movimentos desconexos e animados que faziam de modo quase natural, algo tão instigante. Enquanto meu corpo queria estar entre aquela horda, minha consciência gritava "Isso não é coisa para alguém como você, Jaehyun"  

Estar em uma boate era, no mínimo, inusitado para meu modo de vida. A escola era minha primeira casa, assim como para a maioria dos estudantes coreanos. O que vinha além disso? Pensar na escola, fazer algo para escola ou estar a caminho da escola. Aquele era o modo que a maioria dos jovens da minha idade viviam, mas não deixaríamos nunca de invejar aqueles que agiam de modo diferente, acompanhando seus atos que nós, formigas no sistema, nunca tentamos. 

Parei de seguir o curso da parede, adentrando pouco a pouco os limites da pista de dança. 

— Vamos lá... Apenas uma simulação — falei, mal ouvindo minha voz na música eletrônica, tão alta que sentia o coração pulsar no mesmo ritmo que as batidas sonoras.  

Andei pelos desconhecidos, parando no meio do núcleo agitado ao notar algo que deveria ter feito bem antes, se não fosse meu total deslumbramento com o que me trouxe aquela realidade. Entre aqueles que dançavam, sentia seus corpos vez ou outra esbarrando com o meu, mas confuso pelo o que havia notado, ignorava.  

A farda colegial que usava não estava mais ali, dando lugar a um terno. Passei a mão pela calça social, vislumbrando, ao abaixar a cabeça, sapatos também tão formais quanto a roupa. O blazer estava desabotoado e, em meu pescoço, havia uma gravata, frouxa, de forma que quase não percebi sua existência.  

Novamente aquele sorriso de assimilação veio ao meu rosto, não podendo deixar de surpreender-me com o poder do Drop Vision. Naquela realidade, eu não queria ainda ser um estudante e o aparelho havia captado isso nos recantos mais profundos da minha consciência, estando até mesmo eu alheio a esse desejo existente. 

 Cada vez relaxava mais naquele novo mundo, agora permitindo-me até mexer o corpo entre aqueles outros indivíduos, muito mais fluidos em seus movimentos que eu em minhas tentativas. Fechava os olhos em alguns momentos, movimentando quadris e ombros em um ritmo que não condizia bem com a música, porém me animava, como era a intenção. Já inserido no ambiente e sentindo a euforia manifesta em meu corpo, sai da pista de dança, afrouxando mais ainda a gravata enquanto me afastava. 

Sentia o sangue esquentar meu rosto e um sorriso espontâneo o habitar. Acostumado com as luzes confusas agora, notei mesas ao canto do salão e um bar do lado oposto, estando separados pela pista de dança ao centro. Optei pelas mesas, então podendo notar que o garoto quieto e que nunca havia experimentado o álcool ainda existia ali, apesar de eu haver tentado escondê-lo sob a música agitada e aquelas roupas formais.  

Afastei essa consideração, querendo acreditar que escolhi ali pelo cansaço, sem nenhum outro motivo oculto. Escorreguei pelo sofá atrás da mesa, não podendo definir sua cor ao certo, assim como não havia conseguido com minhas roupas devido a iluminação difusa. Esticando as pernas debaixo da mesa, pensei como seria bom uma bebida, relembrando o pensamento que tinha tido a pouco.  

Nesse momento uma mulher que passava frente a mesa pausou sua caminhada bruscamente. Segurava uma bandeja nas mãos e quase derrubou os corpos sobre ela em seu movimento. Quando se aproximou, pude perceber com certa surpresa que era a mesma mulher de traços ocidentais que havia visto enquanto escolhia entre os avatares. Agora sorrindo, tão arrumada quanto as garotas que estavam no centro do salão, deixou um desses copos frente a mim, enquanto parecia falar algo. 

 Apesar dos seus movimentos labiais, sabia que dali não saia nenhum som, assim como havia notado em meu momento junto a multidão. Todos estavam mudos, mesmo aparentando falar. Ela, assim como os outro além de mim, movia os lábios rapidamente, parando entre uma frase silenciosa e outra para rir. 

 Sorri sem mostrar os dentes quando ela encerrou a frase e me olhou, claramente esperando a resposta para a pergunta que eu nunca ouviria. Enquanto ela se afastava, eu ainda mantinha o sorriso, tenso pela estranheza da situação. 

 Ignorei a bebida posta sobre a mesa, apenas deixando o olhar vagar pelas fisionomias no lugar. Pensei reconhecer outros dois avatares, mas, por fim, deixei a música eletrônica me distrair. Já batia os dedos na mesa naquele ritmo quando senti o estofado mover-se. Ao olhar para o lado, tão pouco atento que nem estranhei a movimentação, não soube como agir.  

Era ele, o avatar de cabelos claros, que havia sentado ao meu lado. Seu corpo já estava próximo e virado em minha direção, podendo eu sentir o calor que sua pele emanava. Retesei meus dedos, olhando firme para frente, enquanto meu cérebro tentava processar a confusão que havia o atingido. Não deveria essa ser minha aparência naquela realidade? 

 Não havia cruzado com nenhum espelho no lugar, mas ao menos tinha o dever de ter percebido algo tão primordial. Olhei muito rapidamente para o lado, o suficiente para ver que ele ainda me observava, notando também suas roupas, que, assim como as minhas, tinham certa formalidade. Logo estava arrependido, pois, após meu olhar, o outro aproximou-se. Agora tão perto e sem nenhuma permissão, passava um de seus braços sobre meus ombros, virando para frente assim como eu estava.  

Minha respiração já não corria normalmente. Estava nervoso depois daquela reviravolta em minha mente, mas havia algo mais ali.  

Algo carnal, que se instalava aos poucos por meu corpo jovem, não permitindo à lógica guiar-me da maneira correta. Se antes era difícil cortar os laços que me prendiam ao senso crítico, logo havia se tornado algo bem mais simples com aquele sentimento.  

Virei o rosto para o jovem, obrigando-me a relaxar e acreditando mais que nunca no simulador. Suas feições eram tão reais que continuei a estudá-las mesmo quando seu olhar escuro encontrou com o meu. A testa brilhava levemente, escondida pelos cabelos. Seus fios trocavam de tom de acordo com a luz, nunca deixando de transmitir aquele branco etéreo que lhe deixava quase irreal. Seus olhos escuros também me avaliavam, mantendo nos lábios um sorriso contido.  

Sentia seu corpo virando novamente em minha direção e não estranhei ao perceber que fazia o mesmo. O braço antes estendido sobre meus ombros escorregou nesse movimento, até estarmos alinhados frente ao outro e sua mão estar fixa sobre minha coxa.  

Ele deu um sorriso breve, mostrando por um instante seus dentes, para então indicar com a mão livre o copo esquecido ali.  

— Não bebo — falei para ele, duvidando que ouvisse naquele barulho. E se escutasse, não faria diferença, correto? 

 Talvez fizesse, pois o vi assentir. 

 Após seu leve movimento, desviou seu olhar de mim, fitando o copo para logo o pegar. O líquido ali era escuro, provavelmente vermelho ou roxo, e mal se deslocou tamanha a delicadeza dos gestos daquele garoto. Sua mão saiu de minha perna e se juntou à outra, segurando o copo.  

Assistia hipnotizado suas ações, dividindo meu olhar entre seu rosto e suas mãos, quando ele tocou seu polegar na bebida, para depois, espalhar o líquido em meus lábios. Tão surpreso por seu ato, abri minimamente a boca, soltando um suspiro.  

Aproveitando o espaço, ele aprofundou seu movimento, tocando seu dedo na ponta de minha língua. Ainda mantendo o contato visual, suguei o sabor dali enquanto ele retirava o polegar, deixando o dedo resvalar nos lábios novamente antes de tirá-lo. 

 Sua mão veio para minha nuca, enquanto a outra ainda segurava o copo entre nós. Puxou-me lentamente em sua direção, o corpo também se aproximando. Quando próximo o suficiente para sentir sua respiração descompassada misturada a minha, me afastei, vendo certa confusão passar em suas feições. 

 Peguei o drinque posto entre nós, divertido por sua expressão ainda surpresa, e tomei um gole cheio. O sabor doce logo deu lugar ao ardor na garganta, fazendo minha expressão mudar ligeiramente e algumas gotas escaparem pelo canto dos meus lábios. O jovem loiro acompanhou atento cada uma delas escorrer pelo meu pescoço e, por fim, macular a gola da blusa clara. 

 Sem aquela calma que havia usado antes, ele trouxe sua boca até ali, fazendo o caminho inverso qual a bebida tinha traçado. Quando seus lábios quentes tocaram o local, começando próximo ao pomo e subindo, ergui o queixo, expondo a área para seus movimentos cada vez mais sedentos. Com os dedos começando a entrelaçarem-se em meus cabelos, ele sugou o relevo do pomo, continuando a subir os beijos rápidos até alcançar o lábio inferior. 

 Minhas mãos seguraram sua blusa, necessitando mais aproximação quando nosso beijo foi iniciado. Com sutileza, ele executava o movimento de sua língua junto a minha, quase parando em certos momentos para logo voltar a dominar o ato. Tão agitados quanto meus pensamentos, estavam as mãos dele, que se infiltravam entre o terno e a camisa envolvendo-me. 

 Dali a pouco ele moldava seus lábios mais firmemente aos meus, que entre um toque e outro de línguas, gemi cada vez mais excitado contra sua boca. Nossos corpos já estavam unidos da melhor forma que o sofá permitia, com uma das minhas pernas sobre as dele e aquelas mãos quentes vagando por meu abdômen e costas.  

Em um certo momento que não nos restou mais fôlego, separei meu rosto do dele, sentindo ainda sua boca buscar a minha. Respirando afoito, e agora mais livre em seus movimentos, desceu o terno dos meus ombros, assistindo enquanto eu mesmo finalizava o movimento e colocava a peça sobre a mesa. 

 Eu estava calado e com a mente livre, mesmo sabendo que poderia controlar a situação. O silêncio do loiro me libertava, enquanto seu olhar profundo me queimava, fazendo com que esquecesse o limite das minhas vontades para ver novamente aquela expressão, um misto de autoridade e satisfação, no seu rosto. 

 Me encarando, colocou uma de suas pernas entre as minhas, deixando-me com a excitação exposta sob a calça maleável. Ele não desviou os olhos dos meus, mas suas mãos foram lentas, subindo pelas coxas e se aproximando daquele ponto destacado na roupa. Pelo caminho ele massageava minha perna, as unhas curtas deslizando no interior dela. 

 Virei o rosto quando me tocou finalmente, mirando a bebida esquecida. Procurava omitir o meu prazer, no fundo temendo o desencanto do outro ao me ver ali, entregue tão fácil. Sentia seus olhos ainda em mim, enquanto aquelas mãos envolviam meu membro e o comprimiam através do tecido, não sendo capaz de esconder nenhum dos barulhos que minha garganta teimava em emitir. O loiro então retirou meu cinto e abriu o botão da calça, demorando-se em cada ação e sem parar de acariciar meu sexo. Devagar, desceu o zíper, encerrando seus movimentos após isso.  

Ansiando a próxima ação, o olhei de imediato. Ele estava virando no sofá, retornando a posição "correta" no móvel que consistia em ter o corpo voltado para frente e as costas apoiadas no encosto. Estendia a mão para mim e por longos segundos fiquei sem compreender. Apenas quando sua mão, cansada de esperar pelo entendimento, alcançou meu braço, percebi que queria me trazer mais próximo, a fim de sentar no seu colo.  

Na pista de dança não havia ninguém, restando apenas alguns clientes frente ao bar. Nossa mesa era a mais afastada, porém mesmo estando oculto da claridade e, possivelmente, de outras pessoas, me vi relutante a fazer aquilo, mas toda a vontade de negar o pedido do jovem se esvaiu quando o encarei, até aquele momento decidido a recusar seu querer. Ele mordia o lábio inferior, de forma tão luxuriosa que um arrepio veio por minha coluna, esquentando-me ainda mais. 

 Me ergui sobre aquele corpo, envolvendo com as pernas suas laterais. Senti a ereção dele entre minhas nádegas quando sentei, movimentando-me de forma proposital quando acomodado. Satisfeito com a iniciativa, ele estralou a língua, pondo a mão na minha cintura e trazendo meu tórax contra o dele.  

Direto, ele alcançou meu pênis dentro da roupa, o retirando da peça íntima e descendo pela extremidade com os dedos firmes. Com o rosto na curva de seu pescoço, eu agarrava os cabelos claros da nuca dele, iniciando alguns beijos por sua clavícula.  

Quando ele começou a firmar os movimentos na glande, espalhando depois o líquido dali pelo membro, meus beijos tornaram-se mais lascivos em seu pescoço. Lambia com a ponta da língua para sugar o ponto úmido em seguida, deixando minha respiração e os sons arrastados que pronunciava saírem muito próximos ao seu ouvido. 

 Meus braços pesavam pela excitação, enfraquecidos quando o corpo já sentia a aproximação do ápice. Movi a cintura junto ao ritmo que o loiro executava no meu membro, ansiando mais contato e sentindo seu pênis abaixo de mim, tocando-me através dos tecidos na mesma velocidade. 

 Nossas bocas se encontraram novamente, enquanto era ele a acelerar os movimentos na minha intimidade. Já sentia a tensão acumulada em meu baixo ventre, prestes a me consumir. Tão envolvido pelo momento, queria mais, então falei algo perto de seu ouvido.  

— Temos que ir pra outro lugar — disse, quase não completando a frase, pois ele tocava a fenda na ponta do membro.  

— Não gostou daqui, Jaehyun? — o loiro sussurrou naquela voz rouca contra minha pele.  

Meus movimentos foram ficando mais vagarosos enquanto eu analisava a situação. A excitação nesse instante era uma ideia vaga em meio a tantas que vieram. Me afastei de seu peito, procurando o rosto dele. 

 Em algum momento anterior, pouco a pouco clareando nas lembranças, a funcionária havia dito algo como "Sem moduladores de voz" ou seria " Apenas o jogador pode falar" ? Provavelmente ambos.  

Quando já via o canto de sua boca, erguido em um sorrir debochado, teve início a sequência que eu já havia presenciado antes, mas de maneira reversa.  

A luz se vai. Campainha. Então estou na sala branca, com a atendente diante de mim. 


Notas Finais


Essa história surgiu com a minha mania de fazer um M/V na cabeça até pra música da tapioca
Necessário compartilhar, porque Hey You foi com essa coisa maravicherry aqui:
Black Coast - TRNDSTTR ( https://www.youtube.com/watch?v=r7Ve8ExE8YY )

Até logo o/


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