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História Hey You - Frightening me


Escrita por: bae_boo

Notas do Autor


Oe oe
O dia já começou bem hoje tendo live dos nossos meninos <3 Eles estavam meio pra baixo por ser a primeira live, mas foi bem engraçado no fim XD
Muito amor para Jaeyong e muita paciência pra fanservice que...Enfim.
Pois...
Esse daqui é um capítulo bem especial pra história, que por sinal acaba na próxima atualização, então aproveitem um dos últimos gostinhos desse "mistério" que foi tão prazeroso de contar.
Vejo vocês nas Notas Finais?

Capítulo 5 - Frightening me


Fanfic / Fanfiction Hey You - Frightening me

 

Aquela parte da escola costumava ser naturalmente quieta. Ali ficavam as salas que eram usadas fora dos turnos comuns, como a de música e a de teatro, além de outras referentes a administração da escola. 

Localizada em um cruzamento de dois corredores estava a enfermaria. Andei apressado na galeria deserta. O ambiente já não tinham a luz natural, pois escurecia, e as lâmpadas ainda não haviam sido ligadas em toda a escola, restando um espaço ou outro do trajeto nos quais eu seguia reto com as mãos junto à parede, vendo a luz somente metros a frente. 

Chegando à porta com o nome Enfermaria, escrito grande e em vermelho, bati suave, entrando em seguida. O cômodo pequeno tinha uma luz forte e clara, que parecia muito mais impactante devido aos poucos móveis neutros. Em pé, encostada no tampo da escrivaninha, estava a enfermeira da escola. Não usava a roupa branca do uniforme, o que era de se estranhar. 

Mesmo percebendo minha entrada, a mulher de meia idade nem levantou o olhar do celular no qual digitava. 

— Já encerrei o expediente, e, além disso, os remédios pra dor de cabeça acabaram. 

— Foi o treinador que pediu que viesse — falei para ela, retirando a blusa próxima a boca. 

A mulher tirava seu apoio da mesa, revirando os olhos contrariada e abaixando o telefone, quando finalmente me olhou. Parou por um instante, avaliando os pingos vermelhos na minha blusa, erguendo a cabeça até encontrar a fonte de todo o sangue. 

— Nunca deixam de me surpreender — disse a enfermeira, colocando o aparelho que segurava de lado, sobre a escrivaninha. 

A mulher me indicou a maca no canto do quarto, se afastando enquanto eu sentava. Logo retornou, com uma bandeja metálica em mãos, onde havia algodão junto a vidrinhos transparentes sem rótulo. Com pouca delicadeza, e já tendo colocado as luvas, pegou-me pelo queixo, virando a cabeça para a direita e esquerda. 

Analisava o machucado, o qual nem eu mesmo sabia a extensão. Sentia o lábio superior arder em um dos cantos, supondo que havia o cortado. Meu maxilar já não doía. O golpe de Hansol havia sido dado no calor do momento, tendo muito menos impacto que se houvesse sido planejado. 

Pegando um dos algodões disponíveis, a enfermeira o molhou com o conteúdo de um dos vidrinhos. Fechei os olhos, antes dela ir com tufo molhado no corte que eu sabia existir. O ardor do meu lábio incomodou depois de ter sido tocado pelo álcool, e, para maior desconforto, a enfermeira pediu que o segurasse sobre o corte. Usando outro algodão, ela começou a limpar o meu queixo, comigo tentando não atrapalhá-la com minhas expressões de desconforto. 

Quando os tufos que a mulher passava no lugar pararam de sair avermelhados, sua feição ficou mais serena. 

— Foi só uma lesão superficial. Seu nervosismo que aumentou o fluxo de sangue e fez esse alarme todo — disse ela. — Sua blusa parece de alguém que perdeu um dente, porém você só tem um machucado no lábio. 

Fiquei aliviado com o seu diagnóstico. Nunca havia brigado na escola, mas sabia que quando isso acontecia, todos passavam a lhe encarar, procurando marcas do seu ato equivocado. Uma atenção qual eu não estava disposto a receber. 

Jogando as luvas no lixo, a enfermeira pegou um molho de chaves sobre a mesa. Já tinha em um dos ombros uma bolsa e guardava seu celular ali dentro. Pensava que seu turno havia acabado, e seria eu a lhe avisar que não. 

— Vai vir outro garoto daqui a pouco. O treinador quis nos mandar separados, se é que entende — declarei, ouvindo o metal da maca ranger, enquanto me levantava. 

— Isso foi resultado de uma briga? — falou, me dirigindo um olhar reprovador. — Tenho saudade de quando vinham aqui por inocentes boladas na cara. Você venceu pelo menos? 

— Empate — respondi  com um sorriso constrangido. Esperava que Hansol estivesse tão amigável sobre a briga quanto eu. 

Foi um ato precipitado iniciar aquilo. Nem sabia de onde tinha vindo a raiva do capitão, afinal ele sempre pareceu alguém amigável, apesar do semblante sério. Talvez depois, quando seu nariz estivesse no lugar e com a suspensão tendo acabado, fosse ele a pedir desculpa primeiro. 

Quando estava deixando o algodão no lixo pequeno frente a saída, prestes a ir embora, a enfermeira me chamou. Usava um novo par de luvas nas mãos, e tinha nelas uma camisa branca dobrada, idêntica a que eu usava, ou pelo menos a como ela havia sido um dia. 

— Acho melhor você trocar. Isso está bem assustador — disse a mulher, com a expressão de certo asco. 

Pensando bem, seria um alívio mudar aquela blusa. O short, por ser escuro e com um tecido fino, não mostrava nenhuma marca. Colocando outra camisa estaria bem mais apresentável, tirando a lesão no lábio e a provável vermelhidão que deveria ter no lado esquerdo do rosto. 

Peguei a blusa oferecida e fui em direção ao vestiário, depois de agradecê-la pela sugestão. O local em questão ficava no andar de cima. Eu tinha a opção de ir ao banheiro mais próximo, localizado perto da quadra, mas, agindo assim, as chances de encontrar com os outros alunos era grande demais. Não saberia lidar nem com Doyoung antes de me recompor. 

As escadas estavam ainda mais escuras que o caminho que levava a ela. Como dificilmente alguém iria para o segundo andar naquele horário, não era preciso acender as luzes, na percepção dos funcionários. Foi difícil encontrar o primeiro degrau, mas depois que o fiz, iniciei uma subida rápida pelos três lances a frente. 

Querendo chegar logo ao destino para ter aquela peça suja substituída, acabei por deixar meus pés se confundirem no passo, pisando em um degrau que não existia realmente. Ao fazer isso, um dos tênis saiu do meu calcanhar, me fazendo parar a subida para recolocá-lo. 

Mas passos continuaram, e obviamente não meus. 

Captei duas pisadas altas, parecendo tão rápidas quanto as minhas, antes delas pararem. Vinham do início da escada. Virando pra origem do som, não vi nada na escuridão, mal divisando os dois lances de degraus abaixo. 

Esperei por um instante, para depois subir rapidamente os poucos degraus que me separavam do segundo andar, ainda de costas, buscando no breu alguém. Sem ouvir mais daqueles outros passos, virei para os corredores vazios do piso superior. Caminhava apressado ali em cima, olhando para trás em quase todo o percurso e abaixando a guarda aos poucos, vendo que ninguém me seguia. 

O vestiário do segundo andar era menos popular por estar longe do centro esportivo. A falta de uso o deixando sempre cuidado e calmo. Não havia o odor forte dos produtos de limpeza, como nos outros lugares da escola, dando-lhe com um cheiro neutro que me fazia esquecer estar no prédio estudantil. Entrei nele indo direto a uma das cabines. No ambiente espaçoso existiam ao menos dez delas, lado a lado. 

O cubículo era até grande, permitindo-me esticar bem os braços quando retirava a blusa suja. Na pele por baixo do tecido não haviam resquícios da briga, então vesti rápido a peça nova e sai. Frente aos cubículos ficavam as pias, abaixo de um espelho grande que cobria quase toda aquela parede. 

Deixei a blusa descartada sobre o mármore da bancada, apoiando levemente meu peso ali enquanto me inclinava, buscando ficar mais próximo do espelho. Vi que o talho vermelho em minha boca contrastava com a pele branca, mas estava melhor que eu esperava.  

Abaixando a cabeça sobre uma das pias, abri a torneira, enchendo a mão com a água fria e jogando-a contra o rosto. Era agradável aquela temperatura depois da agitação do jogo, ainda mais tendo ocorrido tudo aquilo ao fim. 

Ao levantar, mirando o espelho novamente, o ar parou em meus pulmões, pausado entre uma respiração e outra. Como em uma típica cena de filme de terror, não estava mais sozinho, vendo atrás de mim o loiro, sendo necessário apenas um passo dele para me alcançar. 

A torneira ainda estava aberta. Ouvindo o barulho da água corrente, fechei os olhos com força, sentindo o coração acelerado soar alto em minha cabeça. 

Não era real. Assim como não havia sido na quadra. Efeitos do Drop Vision. Só efeitos colaterais. O que você esperava deixando alguém entrar na sua mente, Jaehyun? 

Abri os olhos e ele continuava lá, parado nas minhas costas. Fechei-os com mais força, levando a mão molhada até eles e esfregando o local. Era um gesto infantil, mas também desesperado, digno de alguém totalmente confuso. 

— Está com medo, Jaehyun? — pronunciou ele primeiro, com sua voz rouca reverberando no banheiro. 

Com um passo curto, chegou até mim, que estava rígido em choque tanto quanto o mármore da pia. Sentindo as mãos dele posicionadas sobre meus ombros, em uma ação que lhe pareceu tão casual, vi pelo reflexo seus olhos escuros. O cabelo loiro, talvez maior do que quando o vi pela última vez, estava penteado meio desarrumado, tornando a visão que tinha no espelho um pouco mais real, apesar de tudo aquilo ainda ser a extrema junção de coisas improváveis no mesmo lugar. 

— Como sabe meu nome? — perguntei sério, começando a assimilar que ele estava realmente ali. 

— História longa. Não quer saber o meu primeiro? 

Balancei a cabeça em afirmativo de imediato. Claro que era importante saber como ele havia me encontrado, mas queria conhecê-lo também. Tinha medo que, a qualquer instante, eu piscasse e me visse sozinho no vestiário outra vez, sem respostas e desacreditado na sanidade que possuía. 

— Lee Taeyong — falou contra minha nuca. 

— Hora da história agora — disse, dando um passo para o lado e distanciando meu corpo do seu, já tão próximos.  

Porém Lee Taeyong aparentava gostar do contato que havia entre nós, tanto quanto gostava de ser misterioso. Quando me viu afastar, agarrou de leve o tecido da blusa, trazendo-me novamente para junto dele. Dessa vez cruzou os braços em volta da minha cintura, pegando mais coragem ao me ver sem resistir ao toque e dando um selar em minha nuca.  

— Pensava que nunca ia te encontrar novamente — ele falou, depois de encostar seus lábios ali. — O que acontece no Drop Vision fica somente na simulação. Eu, como jogador veterano, sei bem.  

As palavras jogador veterano já representavam uma informação nova para mim. No papel do encarte, assim como na explicação da funcionária no dia do teste, falava ser uma versão Alfa.   

— Mas... aqueles testes não eram pra primeira versão? — eu disse, expressando minha dúvida. 

— Acredita mesmo que algo tão complexo pode já nascer com aquela perfeição? É um trabalho de anos, com muitas tentativas que deram errado. Comecei a ser voluntário pro Drop Vision quando já tinha passado o período mais complicado, mas ainda sim sempre há acidentes.  

Era estranho ver o loiro falando tanto. Se suas palavras não me fossem de tanto interesse, teria ficado observando seus lábios se moverem pelo reflexo do espelho, apreciando cada frase sua somente pelo som da voz próximo ao meu ouvido.  

— Fiquei muito ocupado tentando esquecer aquele teste pra pensar nisso – deixei certa acidez presente na voz. — Sempre soube que eu era um jogador?  

— Se aprende certas ferramentas escondidas depois de tanto ir e vir. Jung Jaehyun estava flutuando sobre sua cabeça todo o tempo... Que estivemos juntos.  

— E por que eu não via seu nome também?  

— Como eu disse. Se aprende depois de tantos testes — ele sorria de canto, sem esconder o ar de orgulho. — Apesar de estar há quase um ano servindo pras experiências, não saberia muito mais que você, se dependesse da empresa.  

Sentia que estava o atropelando com perguntas, mas ainda haviam tantas outras que continuei.   

— Então você sabe como acabamos no mesmo lugar?  

— Não te explicaram isso? — disse Taeyong confuso, parando de olhar pelo reflexo para me encarar de fato, virando um pouco meu corpo para o seu. — Me escolheu no começo do jogo, não é? Aqueles são todos os jogadores disponíveis pra multiplayer no momento, mas tem a opção de fazer uma simulação sozinho também. Só tive que aceitar o convite de compartilhamento.  

Pelo o que parecia, fui jogado dentro do Drop Vision com as informações mais básicas possíveis. Jogo de realidade virtual. Ponto. Era uma excêntrica irresponsabilidade deles, como se já não houvesse sido suficiente a falta de explicações por parte de Doyoung, ao me entregar apenas o endereço.  

— Isso ainda não explica você aqui, principalmente depois dessa conversa de o que se vive no Drop Vision fica lá — disse, tentando parecer impassível, mesmo com ele tão junto a mim.  

Taeyong me olhava falar com suas expressões contidas, parecendo alheio a toda ignorância que eu tentava colocar no discurso. Não queria que pensasse que eu era o mesmo da simulação, tão submisso aos toques de um quase desconhecido. Guardava para mim que, mesmo sem as luzes brilhantes ao fundo, eu ainda via nele todo aquele magnetismo que me atraiu no teste.  

— Não é óbvio, Jaehyun? — disse o loiro, levando seus dedos delicadamente ao local que Hansol golpeou. — Estou aqui por você.  

Demorei certo tempo pra absorver o que Lee Taeyong falou. Seus dedos, tão suaves que nem senti incômodo sobre o machucado, me distraíam, enquanto captava a importância que ele tinha me dado dizendo aquilo. Por você.  

— Não me interprete mal, mas o que aconteceu naquele lugar foi só pelo momento — articulei atrapalhado, tentando me convencer do mesmo e retirando a mão dele dali. — Aqui é o mundo real, e as coisas andam diferente. Você nem me conhece.  

— Sei que gosta de publicar coisas sobre esporte e frases de filmes. É filho único. Tem dupla nacionalidade. Tudo isso pelas redes sociais. Foi desse modo que soube onde estudava, aliás.  

Deveria temer o tanto de informações que ele tinha sobre mim, mas dei o braço a torcer, admirado com seu empenho em me encontrar. A tecnologia queria me unir a Taeyong de inúmeras formas.  

— E tenho certeza que estava sendo mais você dentro da simulação do que em qualquer outro momento — completou o Lee, levando a mão para minha nuca e se aproximando.  

Obtendo respostas para parte das minhas dúvidas, e para questionamentos que nem havia pensado, começava a relaxar. Com a surpresa inicial de ter encontrado o loiro tendo passado, meu coração continuava agitado, mas agora por perceber que estava ali sozinho com ele. Quando a mão do outro se encaixou em minha nuca, deixei-me ser conduzido.  

Os lábios de Taeyong foram delicados de encontro aos meus. Inicialmente só deu um selar, se distanciando depois, procurando os meus olhos. Não sei o que viu quando nosso olhar se encontrou, mas ele veio em seguida e procurou minha boca com mais firmeza.  

Fui eu a aprofundar o toque, ansioso por tê-lo. Quando minha língua tocou a sua, Taeyong se desfez por completo da suavidade que tentava empregar ao beijo, movendo seus lábios junto aos meus com intensidade. Sua mão estava inquieta em minha nuca, procurando unir-me mais a ele. De forma semelhante, eu segurava nos ombros do loiro, apertando a camisa dele cada vez que sugava meu lábio durante o beijo.  

— Não dói? — falou Taeyong, assim que nos separamos pela primeira vez, ambos com a respiração arfante.   

Falava do corte, que eu nem recordava mais, por sinal. Tudo que havia acontecido mais cedo parecia uma imagem fraca em minhas ideias, importando somente o agora com Lee.  

— Não mais. Nem lembrava disso, na verdade.  

Ele pareceu extremamente satisfeito com a resposta. Vendo seu sorriso malicioso, tomei a iniciativa de puxá-lo pela gola da camisa em outro beijo. Taeyong usava uma camisa de botões e uma calça jeans, o que me fez pensar brevemente se havia diferença de idade entre nós, apesar de seu rosto tão juvenil quanto o meu. 

Dando um passo para trás, cheguei à pia, trocando de lugar com Taeyong. Fiquei na sua frente, prendendo seu corpo entre o meu e o móvel. Sentia um calor começar a preencher meu ser, e, a cada barulho estralado que escapava do beijo, parecia aumentar. As mãos do outro eram frenéticas sobre mim, até o instante que deslizaram pelas costas e entraram por debaixo do tecido da camisa.  

Sua palma quente percorreu a região da pele próxima a barra antes de levantar a blusa. Depois que a peça saiu do meu corpo, Taeyong pausou o beijo, e, apesar de eu reclamar no início, procurando-o de novo, parei ao sentir ele morder o lóbulo da minha orelha.  

Era tão bom ter aquela sensação nova, enquanto ele puxava minha cintura contra a dele com ambas as mãos, que vi a necessidade de tocá-lo mais. Comecei a abrir os botões de sua camisa, jogando-a para qualquer canto, assim como ele havia feito com a minha. Quando nossas peles se tocaram, sem nenhum impedimento de tecidos, Taeyong tremulou um pouco, assim como eu.  

Foi ansioso para meu cós, dedicando atenção também a sua boca em meu pescoço. Eu inclinava a cabeça, envolvido pelos toques, enquanto transitava a ponta dos dedos por seu abdômen, deixando cada suspirar sair livre quando Lee passava a língua úmida pelo local.  

Colocou a mão no elástico do short, inserindo os dedos ali, no espaço entre minha pele e a cueca. Tendo ele tão próximo de uma área sensível e já desperta, eu respirava irregular. O loiro tirou seus dedos de dentro da minha peça íntima e abaixou somente o short, o qual deixei cair, aproveitando para remover o tênis junto.  

Quando empurrei para o lado as peças, Taeyong passou um breve momento olhando meu corpo, principalmente a ereção notável dentro da cueca escura. Assim como ele, aproveitei o intervalo para observar cada detalhe de seu físico. Os fios loiros caindo sobre os olhos, o tórax que subia em um respirar rápido, além do volume semelhante ao meu dentro do jeans.  

O beijei afoito, provando mais do Lee. Entre o contato necessitado de nossos lábios, afastei minha cintura da dele, desabotoando rápido sua calça. Com aquela roupa fora, senti melhor sua ereção em contato com a minha, gemendo baixo quando ele moveu a cintura, trazendo mais atrito entre aquelas partes.  

Foi Taeyong a trocar nossas posições outra vez. Ficou atrás de mim, com nós dois olhando para o espelho. Vendo suas feições de luxúria refletidas, insinuando sua excitação contra minhas nádegas, e dedicado ao beijar-me as costas, eu sentia meu membro latejar em antecipação. Queria logo Taeyong por completo e meu corpo quase não suportava a expectativa de suas próximas ações.  

Afundado nas sensações que o loiro me proporcionava, por pouco não percebo uma movimentação estranha no corredor. Somente quando escutei "Jaehyun, você está aí?", dito ao longe, tive o choque. Era a voz de Hansol, e parecia cada vez mais perto, vindo no corredor em nossa direção repetindo a frase.  

Deixei Taeyong, que parecia ainda não ter escutado a aproximação do perigo, e corri para a porta do vestiário. Fechei-a, batendo com uma força desnecessária. Se havia alguma dúvida do capitão sobre meu paradeiro, devia ter sido excluída agora. Encostei na porta, com a mão firme no trinco e o ouvido na madeira. O loiro veio para o meu lado, e, quando prestes a perguntar o que acontecia, ouviu comigo Hansol, definitivamente na outra face da porta.  

— Jung? É você?  

Olhei apreensivo para Taeyong, em seguida analisando o resto do banheiro. Nossas roupas estavam espalhadas pelo cômodo, além de estamos eu e o outro jogador seminus, com ereções visíveis dentro da roupa restante. Abrir a porta não era uma opção.  

— Sim, sou eu. O que foi? — falei grosseiro, tentando o espantar dali.  

— Olha... — começou incerto o capitão. — Vim te pedir desculpa. Se você não quiser aceitar agora, vou entender.  

Enquanto Hansol iniciava sua explicação, Taeyong veio para trás do meu corpo, abraçando-me a cintura e encostando sua testa em meu ombro.  

 — Fiz uma aposta com Yuta e Sicheng sobre o jogo e, quando você chegou, atrapalhando tudo, fui bem... — falou Ji, pausando a procura da palavra certa — Exagerado. Nós dois fomos, na verdade.  

Se Hansol queria uma resposta minha, fosse em um "Ok" por suas desculpas ou até um "Deixa pra lá", teve que esperar. Eu tinha o indicador e o dedo médio de Taeyong dentro da minha boca naquele instante.  

"Abra a boca", havia sido o que o loiro sussurrou em meu ouvido, no inicio da fala do capitão, com seus lábios deslizando no lóbulo a cada palavra dita. Preso em seu abraço, obedeci, sem pensar muito no fundamento do pedido.  

Recebi com certa surpresa seus dedos adentrando ali, porém logo entendendo o recado e os sugando. Os dígitos alheios brincavam com minha língua, comigo tentando não fazer sons muito estralados ao chupá-los. Era difícil, pois eu era incitado pelos arfares contidos de Taeyong em meu ombro, fazendo a ação com avidez para ouvir mais deles.  

Após alguns segundos de desconfortável silêncio para com Hansol, pude responder. Os dedos do loiro, agora úmidos, haviam deixado minha boca.  

— Sem rancor por mim. Você está bem?  

Foi necessário autocontrole para terminar a frase mantendo o timbre casual, pois Lee começava a usar uma de suas mãos para descer minha última vestimenta, e, com a outra, empurrava-me para inclinar. 

— Não é meu primeiro nariz quebrado, vou sobreviver. O professor até foi embora depois de ver que eu estava bem. Pode parar de se esconder dele.  

Então era isso que parecia para o Ji? Pensava que eu fugia do castigo, nem cogitando a possibilidade que acontecia do seu lado, separado pela madeira frágil. Quase estrago todo o disfarce quando Taeyong deslizou seus dedos entre minhas nádegas e os pressionou contra a entrada.  

— Daqui a pouco desço — disse com a voz trêmula. — Só preciso de um tempo para me acalmar.  

Em parte, aquilo era verdade. Se continuasse com as pernas bambas como estava agora, não conseguiria sair. Os dois dedos de Taeyong acabavam de ser introduzidos, se afundando dentro de mim em um ritmo progressivo. A segunda mão do loiro acariciava minhas omoplatas, procurando trazer conforto para o incômodo que eu tinha.   

— Certo. Ei, Jung — disse Hansol, amigável. — Espero que você também esteja ok. Até amanhã.  

Seus passos foram se afastando, mas eu ainda mantinha a mão segura ao trinco, mordendo o lábio inferior evitando que qualquer som escapasse. Os dedos de Taeyong deixaram meu interior, enquanto que a mão, antes vagueando em minhas costas, puxou-me para ficar ereto novamente.   

Virei para o loiro, capturando seus lábios em um beijo urgente. Cada parte minha parecia ferver sobre a pele, só aumentando quando abaixei a última peça do corpo de Taeyong e senti nossos membros turgidos se tocarem. Foi um contato breve, porque logo ele me puxava para longe da porta.  

Retornando para a frente do espelho, virou-me para a bancada. Vi pelo reflexo Lee fechar os olhos, extasiado, quando fez seu membro me penetrar. Também queria fechar os meus, mas pela dor de ser invadido pelo volume de Taeyong. Era uma sensação complexa, pois apesar de ser bom tê-lo me preenchendo, meu corpo reclamava pela invasão.  

Ele foi paciente, esperando minha expressão tensionada amenizar, até o momento que movimentei minha cintura de encontro a ele. Iniciou lento, introduzindo por completo o membro em mim, fazendo com que sentisse toda sua extensão. Eu me contraia involuntariamente, começando a detectar o prazer a todo novo movimento seu.  

A satisfação veio crescendo, com nossos corpos começando a se entender naquele ato tão prazeroso. Logo, com o êxtase expresso em cada rebolar da minha cintura, Taeyong gemia alto e arrastado, colocando a cabeça para trás e indo forte nos movimentos em resposta. No ritmo que estávamos, já não tinha noção de nada além do prazer que sentia. Quando o loiro entrava em mim, só conseguia gemer incontido, principalmente quando a glande dele tocava em um ponto que fazia minhas pernas tremeram e as costas arquearem.  

Ao som de gemidos e palavras desconexas, Taeyong alcançou meu pênis, envolvendo-o em um aperto firme e movimentando a mão. Com a velocidade de nossos corpos, aliado ao prazer que me dominava, foram necessários poucos de seus toques ali para que molhasse sua mão com minha excitação. Pronunciando o nome do loiro com a voz rouca, senti ele chegar ao seu limite também, as unhas arrancando minhas costas durante a última estocada vigorosa.  

Continuou dentro de mim pouco depois, com a respiração difícil, assim como a minha. Quando se retirou, pude ficar em pé novamente, sentindo o líquido quente com qual ele havia  me preenchido escorrer pela parte de trás de minha coxa. Taeyong agiu suavemente, acariciando meus ombros enquanto eu voltava meu corpo pra o dele.  

O loiro tinha o rosto avermelhado, contrastando com os fios claros e ainda mais desarrumados, sorrindo de canto. Abracei-o, colocando meus braços em torno do pescoço orvalhado de Taeyong e sendo retribuído, conseguindo sentir nossas respirações em um ritmo similar.  

— E agora? — perguntei para o Lee.  

Estava  explícito ao que me referia. Sairíamos juntos, conversando normalmente e trocando números de telefone? Taeyong se vestiria, indo sem despedidas, depois de termos concluído o que começamos na simulação? A vontade do loiro não parecia ser essa, pois me envolvia em um abraço carinhoso.  

— As escolhas estão com você, Jaehyun — disse Taeyong. — Vou agir de acordo com sua decisão.  

— Não sou a melhor pessoa quando se trata de fazer escolhas — até ri um pouco ao falar. — Preciso saber o que quer também.  

— Acho que deveríamos to... — começou Lee, cortando sua frase bruscamente.  

— E ai? — perguntei, tendo o silêncio em retorno. — Taeyong?  

Peguei ele pelos ombros, afastando-me, mas o loiro estava extremamente rígido e imóvel, dificultando minha ação. Foi assustador quando consegui afrouxar seu aperto de aço em minha cintura e distanciar nossos corpos.  

Taeyong tinha os olhos vidrados no espaço vazio em sua frente, com a expressão congelada. Sua boca estava semiaberta, como se a qualquer momento ele fosse retomar a fala interrompida. Com extremo medo ao olhá-lo, não sabia com agir. Tirei suas mãos da minha cintura com muita dificuldade, pois como vigas, elas estavam inflexíveis em meu entorno.   

Repeti seu nome inúmeras vezes, estralando os dedos perto a seu rosto sem obter nenhum reflexo. Taeyong. Taeyong. Taeyong.  

 Taeyong!, eu insistia, cada segundo mais desesperado.  

 Olhei para o piso do vestiário, tentando distinguir minhas roupas das dele. Próximo a pia, estava meu short e, distante, no canto da parede, a camisa branca que usava anteriormente. Alcancei ambas rapidamente, sem tirar os olhos da expressão estática de Lee.  

Vesti o short, sem dar importância para se a peça estava do avesso ou não. Precisava achar ajuda para Taeyong. Entre todos os  pensamentos agitados que me passavam, o predominante era que o outro passava mal e eu não podia fazer nada sobre isso.  

Com os braços trêmulos, tentando vestir a camisa, comecei a ouvir um som novo no ambiente. Pensei que vinha do corredor, assim como a voz de Hansol apareceu a pouco, mas a cada instante ficava claro que o barulho não tinha fonte única, ecoando por todo o banheiro.  

O som cresceu de um zumbido imperceptível até prevalecer em minha cabeça como a única coisa clara. Uma campainha estridente, que revivia certas memórias em mim.   

Memórias do Drop Vision.  

Dei uma última olhada para Taeyong, sentindo a blusa em minhas mãos se desfazer. Logo tudo era escuro, e eu não tinha mais noção da gravidade, e nem do meu próprio corpo.  

A campainha continuava a tocar aquele vazio, só parando quando foi substituída por uma voz feminina e digitalizada.  

— Simulação finalizada. Jogador: Jung Jaehyun. 


Notas Finais


~Clima de tensão~
Limão, respostas e revelações.
Jung não pode ficar feliz, que vem a Drop Vision e pisa com uma havaiana de cimento na alegria dele, mas o nome do simulador não engana Ne?
Espero ter deixado alguém vivo depois dessa e obrigada por todo o amor que vocês dão pra cada publicação <3
Sugiro que apertem os cintos, porque essa história ainda não acabou.


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