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História Hi. - Eu sou o que tem pra hoje.


Escrita por: AgurstDaddyy e iknowatson

Notas do Autor


A espera finalmente acabou! <3

Capítulo 35 - Eu sou o que tem pra hoje.


Fanfic / Fanfiction Hi. - Eu sou o que tem pra hoje.

Anteriormente em ‘’Hi’’

 

- Eu não me importo se estou delirando ou for um sonho. Então tudo o que aconteceu ou não, não importa, ok? Por favor, eu preciso de você aqui e preciso que seja real.

- Precisamos fugir, eu estava em cárcere privado, precisamos ir. Eu te conto tudo depois. Estão atrás de mim, eles estão...

O moreno estava coberto de sujeira e não parecia como antes, tinha envelhecido, mas não importava.

- Dean, olha pra mim!

- É real?

- Sou eu, Dean. Sou eu.

Castiel reage e entra no Impala fazendo com que se concretize e beija na boca do namorado após dois anos separados. Muito tinha acontecido. As coisas estavam difíceis, mas parecia que o momento finalmente tinha chegado. Aqueles com os quais sonhou todos os dias em uma cabana no meio do nada, sempre com pessoas armadas e ferimentos por suas rebeldias e tentativas de fugir. Cortando o momento, dois homens saem atirando no carro e Dean dirige em alta velocidade.

No carro, trocam olhares o tempo todo e Cas sorri exausto. Não se alimentava há dias e nem sabia o que era água.

- Olhe para frente, eu enganei a morte uma vez, não acontecerá novamente.

Dean abre a boca, mas nada é capaz de sair.

- Eu não ia deixar você viver sem mim.

- Não me faça te perder de novo.

- Você e eu...

- Eu preciso de você e eu mal consigo assimilar tudo o que está acontecendo agora.

- Ok, deixe-me dizer algumas coisas. Há duas coisas que eu tenho certeza. Primeiro Bert e Ernie são gays. Segundo, você não vai morrer sem casar comigo, Dean Winchester.

~

 

A vida é mesmo feita de encontros. É preciso ter calma, pois nada acontece pra ontem. O amanhã é cheio de surpresas, basta a gente estar com o coração aberto. Muita gente se questiona sobre os absurdos que nos acontece no dia a dia, mas apenas espere que o tempo cure sempre se lembrando de que isso não acontece do dia para a noite. Por que estou dizendo isso? Porque após dois anos de uma morte falsa – apesar de ser uma chance em um bilhão – ele voltou pra mim. Eu poderia dizer que não estou com medo de saber as coisas que meu namorado (morto) passou em todo esse tempo, mas seria mentira.

Estávamos ainda longe de casa e eu, no começo, só conseguia chorar enquanto dirigia e Cas segurava minha mão com delicadeza. Suas mãos já não eram macias como eram antes, pareciam calejadas por cortes profundos, seu pulso marcado por algemas e seu pescoço roxo provavelmente por tentativas de homicídio – cheguei a pensar que talvez ele tenha tentando se suicidar, porém retirei esses pensamentos da minha mente por enquanto -, sua barba estava grande e assim como eu estava sujo de terra e sangue. Que belo casal.

- Me conte o que aconteceu, Cas, por favor, passaram-se dois anos! E-eu achei que... Vimos o seu corpo...

- Você arranjou um namorado novo?

- O que? Não! – O olhou incrédulo como se aquilo fosse um tapa na cara e ele apenas soltou uma gargalhada.

- Isso é ótimo. Eu... Prefiro contar pra todos e dar o meu depoimento na delegacia ainda hoje se for possível.

- Você está certo. Bem, mudamos todos de casa após... Você sabe bem o que.

- Dean...

- Eu te amo tanto que me dói pensar em tudo que você passou, chego a sentir vergonha da minha dor. – Paro o carro na frente da casa dos pais de Castiel e encosto a cabeça no volante do carro.

- Não chora, vai borrar o sorriso.

Ele me beija na bochecha e fica ali encostado respirando próximo a mim. Já éramos homens e não adolescentes do terceiro ano do ensino médio. Eu fico em silêncio. Cas também. Mas mesmo ali, com o orgulho meio ferido, a gente sabe o barulho que nossos pensamentos fazem. Eu penso em nele tão alto, tão forte, tão intensamente, e sei que mesmo que ele não fale, pensa em mim assim também. Seus olhos azuis se encontram com os meus e brilham como um cometa. Seguro seu maxilar com cuidado como se a pessoa em minha frente pudesse se quebrar e sumir a qualquer instante e o beijo, mas dessa vez é só um singelo ato de encostar nossas bocas. Eu nem podia acreditar na minha sorte. Ele poderia estar morto de verdade, mas não está.

- Acho melhor entrar logo, ligue para os seus pais, ok? Encontro você lá dentro em dois minutos.

Após suas palavras, disco rapidamente o número do meu pai e conto o mais breve sobre tudo que aconteceu e eles gritam do outro lado do telefone dizendo que chegariam o mais rápido possível. Quando entro na casa encontro os pais do meu namorado chorando e o abraçando. Após um longo tempo eles reparam que estou ali, entretanto apenas porque meus pais chegam abrindo a porta a todo vapor. Minha mãe coloca a mão na boca e não consegue acreditar que ele está ali mesmo. Meu pai segura a mão da esposa como suporte emocional e se enrijece.

Uma hora depois, o Novak começa a responder as perguntas sobre o seu paradeiro e todos se silenciam.

 

Flashback

 

Após um tempo conversando eles percebem certo movimento no corredor o que não deixa de causar certa curiosidade em todos, assim eles se levantam e vão até o corredor. Sem pensar muito, correm em direção ao quarto de Cas e veem que todos os médicos daquele hospital estavam naquele quarto, algo aconteceu. Algo terrível. Dean corre em direção ao quarto passando por cima de todos a sua frente, mas ao chegar ao quarto escuta o que nunca imaginou que escutaria um dia.

- Hora da morte 10h30min.

 Dean estava em choque, estavam todos chamando por seu nome e ele só conseguia ficar lá o observando Cas, Dean corre até o corpo e o abraça.

- Me perdoe por tudo, por favor. Eu te amo. Volte agora! Eu exijo!

-

Ele conta que um pouco antes de ser dado como morto no hospital, uma enfermeira diferente havia aplicado algum remédio e que o líquido ardia enquanto espalhava por suas veias. Seu rosto estava tão machucado por causa do acidente que não conseguia gritar por ajuda, então ficou apenas olhando a mulher até perceber que ela o queria morto. Não tinha nada que pudesse fazer, o efeito foi rápido, todavia durava a quantidade de horas necessárias para que pudesse haver um enterro.

- Nesses dois anos que se passaram descobri muita coisa sobre como fizeram tudo comigo. Uma delas é que o médico que estava encarregado pela minha autópsia também estava envolvido da mesma forma que a enfermeira. Pagaram muito bem para que tudo fosse realizado da mais perfeita maneira.

Ele continua a contar que acordou vestindo terno e gravata no meio de uma floresta e que foi torturado por meses sem descobrir nenhuma pista dos mandantes sobre própria morte forjada. Eram dez homens mal vestidos e provavelmente viviam em zona rural perto dali. Com o tempo, anotava informações de trocas de turno em pedaços de guardanapos que jogavam no chão perto do lago que havia lá fora. Quando tentara fugir nas primeiras vezes apanhava como um condenado e até o afogaram por quinze minutos seguidos certa vez. Ele sempre sobrevivia para tentar mais uma vez. Não tinha noção de quanto tempo já estava ali, e às vezes ficava sem comer por uma semana ou mais e já não sabia o que era real ou alucinação.

- Eu não entendia qual era o propósito de continuar vivo e ainda não entendo, mas uma semana atrás ouvi de um homem que via todos os dias que algo estava dando errado e que eu precisava ser eliminado de uma vez por todas. Foi aí que eu comecei a traçar o meu plano para fugir.

Após mais alguns minutos de explicações e com todos tentando nos confortar e dizer que tudo estaria bem a partir de agora, Castiel quase desmaia de fraqueza ao se levantar e meu pai e eu os seguramos a tempo.

- Estou bem, estou bem.

- Vou preparar algumas comidas para você comer, meu filho.

- Eu te ajudarei. – Minha mãe concedeu ajuda rapidamente.

Os mais velhos ligaram pra polícia contanto tudo e que dariam depoimento amanhã cedo. Agradeci aos céus pelo bom senso de todos porque conhecendo Castiel, ele iria querer resolver tudo hoje. Ao chegar ao quarto da nova casa, ele reconhece seus pertences e sorri emocionado.

- E-Estou em casa.

O abraço carinhosamente mais uma vez para ter absoluta certeza que não é um delírio meu.

- Senti sua falta todos os dias. – Digo baixinho e sinto ele me abraçar de volta fragilmente como se aquilo doesse fisicamente.

- Adorarei te abraçar perto de mim, esta noite e sempre. Olhe para mim, Dean.

O olho sério para que saiba o quanto é importante sua existência para mim.

- A minha felicidade está em amar você e se eu sobrevivi a tudo aquilo foi por você.

Fecho os olhos e abaixo a cabeça.

- Eu te amo.

~

Deixei que ele tomasse banho enquanto voltava à minha casa para fazer o mesmo e quando voltei ouvi de seus pais que ele foi para o quarto depois de comer. Eles pareciam cansados e felizes, assim como eu. Subi as escadas silenciosamente e a porta estava entreaberta. Ao entrar me deparo com ele dormindo agarrado ao sobretudo cor-de-nada que tanto usava antes da tragédia acontecer. Sento ao lado dele na cama e o cubro com o pedaço de tecido que cheirava a flor lavanda. Abro a janela e deixo entrar uma brisa quente e reconfortante no quarto. Suspiro enquanto passo as mãos em seus cabelos cortados erroneamente e sua barba a crescer. Ele precisa tirar isso urgentemente. Sorrio com meu pensamento idiota e deito ao seu lado.

- Eu quero ficar te olhando para sempre, ou dormir do seu lado para sempre. E você ia acordar e ficar me olhando, qualquer coisa assim pra sempre. Eu quero te beijar, mexer no seu cabelo, te acordar ou te fazer dormir. Te ver descansando nu, jogar um cobertor sobre você, nem há tanto tempo no mundo suficiente para dizer tudo que eu quero. Mas uma coisa é certa: não consigo parar de pensar em quem foi capaz de fazer isso com o amor da minha vida. Eu irei destruir a vida dessa pessoa a todo custo. Eu prometo.



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