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História Hi. - Error.


Escrita por: AgurstDaddyy e iknowatson

Notas do Autor


Desculpem-nos pelo sumiço <3

Capítulo 36 - Error.


Fanfic / Fanfiction Hi. - Error.

Anteriormente em Hi.

Abro a janela e deixo entrar uma brisa quente e reconfortante no quarto. Suspiro enquanto passo as mãos em seus cabelos cortados erroneamente e sua barba a crescer. Ele precisa tirar isso urgentemente. Sorrio com meu pensamento idiota e deito ao seu lado.

- Eu quero ficar te olhando para sempre, ou dormir do seu lado para sempre. E você ia acordar e ficar me olhando, qualquer coisa assim pra sempre. Eu quero te beijar, mexer no seu cabelo, te acordar ou te fazer dormir. Te ver descansando nu, jogar um cobertor sobre você, nem há tanto tempo no mundo suficiente para dizer tudo que eu quero. Mas uma coisa é certa: não consigo parar de pensar em quem foi capaz de fazer isso com o amor da minha vida. Eu irei destruir a vida dessa pessoa a todo custo. Eu prometo.

 

~

 

Estou há dois meses em casa, mas a readaptação não foi fácil nos primeiros momentos. Não estava acostumado a comer com abundância e por muito tempo meu estômago rejeitou a alimentação americana comum. Jornalistas não permitiam que eu saísse nas ruas quando bem entendesse e fiquei restringido ao jardim e a sacada. Eu odiava tudo aquilo, pois me deixava amedrontado e algumas vezes tinha pesadelos – que mais pareciam como lembretes – de que algum daqueles jornalistas ou fotógrafos poderiam ser pessoas disfarçadas prontas para me levar embora novamente ou pior, poderiam levar Dean. Falando sobre Dean, o mesmo era perseguido por curiosos de todos os cantos possíveis para que soltasse alguma informação que a polícia não noticiou sobre o caso do americano que ficou em cativeiro por dois anos e o FBI nunca passou nem perto de descobrir seu paradeiro. Escritores jovens dos arredores do Kansas viviam deixando-lhe cartas no trabalho, na faculdade e em qualquer lugar que eles descobriam que o Winchester passava o dia. Isso nos separou por certo tempo. Estamos emocionalmente exaustos.

Faltavam apenas quinze minutos para que eu fosse para a consulta semanal com meu psicólogo William Saetre, conhecido por toda a América por ajudar vítimas de sequestros, cativeiros, guerras e desastres ambientais. Eu não gosto da ideia de ser estudado parcialmente por aquele homem, mas foi um acordo justo para que pudesse ficar em casa sozinho, por mais que acreditasse que não ia me suicidar depois de dois anos de dor. Levantei-me da cama lentamente e suspirei fundo. Como minha vida pôde mudar tanto? O que tinha perdido poderia ser reposto? Eu pertenço a esse lugar? Eram muitas perguntas sem respostas, mas esperava sinceramente que fosse algo temporário. Estou cansado da vida monótona, sem opções, sempre cercado de policiais, detetives, médicos de todos os tipos... Sinto-me cada vez mais solitário e algo no fundo da minha alma havia mudado gravemente. O som da buzina do carro de meu pai me acordou dos pensamentos e segui em direção ao tratamento mais uma vez.

Quando chego ao local percebo que estava mais frio que o costumeiro, visto o sobretudo e coloco o cachecol preto ao redor do pescoço quase escondendo a boca enquanto despeço-me do meu pai e entro logo em seguida na clínica. Não houve demora a ser atendido.

- Boa tarde, senhor Novak.

- Oi, Will.

- Vejo que estava extremamente frio lá fora, espero que você esteja mais confortável aqui dentro. – O homem com enorme uma enorme barba ruiva sorri para mim gentilmente.

- Estou, obrigado.

Ele me oferece um café e aceito quase implorando, pois meus lábios estavam brancos e meu rosto gelado apesar do aquecedor ajudar.

- Vamos começar. Você foi visitar a sua antiga escola essa semana?

- Havia mais paparazzi essa semana, não saí de casa.

- Mesmo com o mandado de prisão eles continuam indo?

- Sim, acho que o dinheiro vale mais que liberdade hoje em dia.

Ele sorri concordando, mas o que eu disse foi algo sério.

- O que você tem feito?

- Além de dormir e assistir jogos? Nada.

- Tem tomado suas medicações corretamente?

- Sim.

- Há quanto tempo não dorme direito, Castiel?

- Irá fazer um mês agora.

- Mesmo com a medicação?

- Sim.

- Precisamos trocá-la então.

Concordo com a cabeça.

- Você recebeu seu diploma de conclusão do ensino médio por suas ótimas notas mesmo sem concluir como foi o esperado, ficou sabendo que terá vestibular nas férias de verão? O que você acha de tentar?

- Eu...

Respiro fundo. É tudo tão estranho.

- Tome o tempo que precisar.

Ele engole pela terceira vez o líquido quente e adocicado da xícara de café e me olha sem expressão.

- Não me sinto pronto. Parece haver essas enormes lacunas na minha vida, me sinto como uma criança.

- Isso é normal, não acontece só com você. Você fez o dever que te pedi semana passada?

- Fiz.

- Me diga o que você respondeu, por favor. A primeira pergunta é ‘’estou realmente feliz no lugar que estou vivendo?’’

- Não.

- ‘’O que é que posso fazer para tornar o meu ambiente mais satisfatório e sentir-me mais feliz? ‘’

E assim se passaram quarenta e cinco minutos terrivelmente perturbadores, com perguntas pessoais que eu não me sentia bem em responder, mas ao mesmo tempo me fazia sentir melhor.

- Você consegue ter relações sexuais frequentemente como antes?

- Não.

- Você continua tendo alucinações daquele garoto que via no ensino médio?

Fazia algumas semanas que eu tinha tocado nesse assunto com o psicólogo, mas ultimamente ele tem se importado bastante com John, aliás, o mesmo nunca mais surgiu para mim.

Flashback

 

- Está preocupado com alguém?

- Ah, não. É que o meu melhor amigo simplesmente sumiu. Eu deveria ir atrás dele.

- Aquele cara que você estava beijando?

Quase caí para trás.

- É... B-Bem...

- Fica tranquilo. Conheço Dean Winchester. Não sei qual de vocês dois eu queria ser.

- Irei acreditar que isso foi um elogio.

Sorrimos.

- Sou o John. John Leminski.

Ele me deu a mão e estava frio como gelo.

- Por acaso você está morto? – Brinquei.

 

~

 

- Não, ele não surgiu novamente.

- Vamos mudar de assunto. Você e Dean conseguiram se aproximar mais emocionalmente e fisicamente nos últimos dias?

- Não.

- Por quê? Você acha que tem culpa por ele ter se afastado?

- Eu o afastei.

Suspiro cansado.

- Não foi isso que você me disse na...

- Eu não senti necessidade em te dizer isso.

- Entendo. Antes de encerrar, quero te fazer um convite.

Isso me fez encara-lo por mais tempo do que o normal.

- Qual convite?

- Passe o resto do dia comigo e verá.

Pondero muito sobre o assunto e me sinto idiota ao pensar que ele poderia me sequestrar ou algo assim. Hesito.

- Eu não acho que seja uma boa ideia, doutor Saetre.

- Seus pais concordaram.

- Não sabia que tinha falado com eles.

- Nos falamos por telefone ontem.

- Aonde iremos? O que isso muda na minha vida ou nas minhas sessões?

- Iremos passear  apenas isso. Vejo que precisa de ar por mais gélido que pareça estar lá fora. Não mudará nada, absolutamente nada, não se preocupe.

Olho para a janela e tento não pensar em coisas ridículas.

- Castiel, prometo que será maravilhoso e proveitoso para você.

- Ok eu vou, mas pretendo estar em casa às nove da noite, no máximo.

Ele levanta-se da poltrona negra felpuda, veste o casaco de frio, enrola o cachecol ao redor do pescoço, pega as chaves do carro e sai dando um tapinha nas minhas costas pela porta do local após cumprimentar seus agregados.

- Meu carro fica na garagem subterrânea, quer ir lá ou me espera aqui?

Como se isso já não fosse estranho...

- Espero aqui.

- Ok. - Saetre sai cantarolando alguma canção mexicana e sorri para mim ao entrar por uma porta com escadaria.

Após cinco minutos um Porsche do modelo 718 Boxster cinza escuro aparece e concluo que provavelmente será a coisa mais cara em que já entrei em toda minha vida.

- Entre.

Timidamente e suspeitamente entro no carro e tento me manter calmo com toda essa situação que não estava planejada.

- Gostou dele? Tem uma potência de 220 cavalos, comprei há dois dias.

- Carros não me atraem, porém devo concordar que é bonito.

Ele ri, liga o som e seguimos estrada adentro com rumo desconhecido. Penso que meus pais devem confiar muito nele e provavelmente acharam que faria bem para eu confiar no meu psicólogo para que me curasse mais rapidamente. Pra falar a verdade eu não sabia diferenciar se os batimentos do meu coração eram por causa da velocidade em que Will dirigia ou por ter algo emocionante acontecendo comigo após tanto tempo.

- Estou morrendo de fome, mas quero te mostrar o melhor restaurante de Wichita[i] em minha opinião. Sua mãe me disse que você gosta de frutos do mar.

- Wichita fica há uma hora e meia daqui. – O olho meio confuso.

- Pronto para viajar?

- Espere, quer dizer que meus pais concordaram com tudo isso e não me falaram nada?

- Cas, pode ligar para eles para confirmar.

- Isso se parece com algo que alguém diria para alguma pessoa que não tem permiissão para usar celular.

- Use o meu, por favor. A senha é ilovedrwho.

Começo a rir mesmo que sem querer, pois não consigo evitar pensar que a senha de uma das pessoas mais ricas da América do Norte é essa.

- Não ria, apenas ligue ou te deixo na avenida nesse frio.

Tento me conter e telefono para minha mãe, que confirma tudo o que o médico disse.

- Bem... Ela confirmou.

- Eu não sou um serial killer, mas se você estiver fissurado nisso, estamos indo para onde aconteceu o Massacre de Whichita.

- Veremos se irei querer saber. – Respondi e ficamos conversando sobre coisas normais que não envolviam minhas sessões particulares durante todo o percurso.

Uma hora e meia depois, a estrada sem movimento é substituída por um horário de rush terrível, mas eu não estava com o propósito de reclamar. Tive poucas oportunidades de viajar pelo Kansas e bem... Ele não é um psicopata e eu estava tendo bons momentos e boas conversas com ele. O que de mal poderia acontecer?

- Está com fome agora?

- Sim, um pouco.

- Estamos a cinco minutos do melhor restaurante desse lado do Kansas.

Avistamos uma placa que informava o que Will dissera antes. Estávamos na 1900 N Rock Road #144 em Whichita – não que eu duvidasse, mas todo cuidado é pouco. Minha boca abre instantaneamente ao ver o estabelecimento [ii] luxuoso revestido de madeira de cima a baixo. Ele não mentiu quando elogiou a arquitetura do local. Era gracioso. Quando o carro estava estacionado resolvi pensar se era uma boa ideia aquele tipo de proximidade repentina, mas eu não iria voltar para casa andando. Bufei.

- Me siga.

Ele abre a porta do carro e arruma meu cachecol me encarando com seus olhos expressivos e esverdeados. Lembrei-me de Dean. Eu sentia falta dele, mais ainda depois da última briga nossa que ocorreu duas semanas atrás. Apesar de saber que nada doeu tanto quanto ouvir aquilo dele.

 

 

 

[i] Wichita é a cidade mais populosa do estado americano do Kansas, localizada no Condado de Sedgwick.

[ii] Encontre o local real: http://www.newportgrillwichita.com/


Notas Finais


A fanfic hi está em seus capítulos finais e ela tem sobrecarregado muito a nossa consciência nos últimos meses, além de muitos problemas terem acontecido e que impediram que nós escrevêssemos. Esperamos que aceitem nossas desculpas, pois amamos vocês. Obrigado por tudo <3


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