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História Hi, Im Liv (Reescrevendo) - Weight


Escrita por: mii-riggsdixon

Capítulo 10 - Weight


Fanfic / Fanfiction Hi, Im Liv (Reescrevendo) - Weight

Eu corri apressadamente em direção a trave e dei um salto parando em cima do equipamento com equilíbrio durante o treino. Minhas pernas já começavam a doer por termos ficado aqui uma hora a mais do que era necessário e eu começava a me preparar para o campeonato que seria nesse sábado.  Eu estava cansada, não havia dormido muito bem depois da festa de ontem e eu sentia os meus músculos latejando, mas como a treinadora é campeã em dizer, não há desculpas para quem quer ser um atleta profissional, muito menos para quem deseja ganhar o campeonato. Eu respirei muito um pouco estressada por notar que eu estava me saindo tão mal e eu não suportava ouvir “suba de novo na trave e refaça ninguém ganha ouro assim” “melhore o equilíbrio, vai ficar com a coluna torta”. Eu caí lá de cima ao me distrair com os exercícios que Kaya fazia e alonguei meus braços depois que consegui me manter em pé ao invés de ir com a cara no chão.

-Olívia, suba de novo... Quero que tente mais uma vez. –a treinadora Samuels falou e eu revirei os olhos enquanto Kaya se jogava no colchão que havia no chão. Nós estávamos exaustas e eu sentia dor até para andar. Eu subi na trave me esforçando para continuar e encarei o objeto respirando fundo. -Mortais de frente. Três seguidos. –ela falou e eu puxei o ar para não pensar muito antes de jogar sobre a tave. Eu dei o impulso dando os mortais como ela havia pedido, mas na hora da finalização eu caí da trave de costas no chão por o meu pé ter saído do equipamento. Ela estralou e eu juro que eu pude sentir meus órgãos balançando com esse tombo. Eu tossi tentando recuperar o fôlego que eu havia perdido e olhei para o teto por alguns segundos para eu me recuperar. Se eu pudesse eu nunca mais me levantaria desse colchão novamente, tanto por preguiça tanto por exaustão.

-Sem chance de treinarmos mais... Eu não agüento mais, estou sentindo dores por lugares que eu nem sabia que existia.  –Kaya disse bebendo água em uma garrafinha verde e se sentando para olhar a treinadora. -Estamos cansadas. Você nos fez ficar aqui por mais uma hora, nós também nos cansamos porque estamos treinando como duas condenadas.

-Menos Kaya. –a treinadora disse e eu me sentei refazendo o coque em que meu cabelo estava preso. -As competições  são sábado, vão ou não querer trazer uma medalha de ouro para essa escola? –eu me levantei massageando o meu ombro direito e me entreolhei com a garota.

-Treinamos mais amanhã. –eu disse. Estaremos aqui sem falta, mas por hoje, não dá mais. Sinto como se eu fosse tossir o meu pulmão para fora do tanto que meu abdômen está doendo.  –eu falei pegando a minha garrafinha e tomando toda a água que tinha nela.

-Certo... Vamos pesar e estarão liberadas. –a treinadora falou e eu agradeci mentalmente por ela estar nos deixando ir. Nós caminhamos até a balança no canto do ginásio e Kaya foi a primeira a subir. Eu fique atrás dela esperando pela a minha vez e a treinadora sorriu para ela fazendo um high-five com a mesma. -Muito bem garota, 50 kg redondos para a sua altura, isso é ótimo... –eu sorri animada para a garota que agradeceu e se curvou pegando a sua bolsa de ginástica no chão. -Olívia sua vez. –eu respirei fundo subindo na balança. A treinadora Samuels franziu o cenho olhando em sua prancheta antes de voltar a me olhar. -Olívia, parece que terá que perder algumas gramas... Está quase chegando aos 51kg.

-Mas... Não é o recomendado para a minha atura? –eu perguntei franzindo o cenho.

-Você quer se manter no padrão recomendado ou quer dar o seu melhor? –ela perguntou a mim. -Eu não estou interessada em garotas que se contentam com o mínimo, e sim naquelas que são perfeitas naqueles exercícios ali atrás. Você precisa ser mais forte, rápida e inteligente ou irá perder... Ficou claro? –eu a encarei sentindo minhas vistas embaçando, mas então assenti com a cabeça descendo da balança. Eu olhei para Kaya que ainda estava parada atrás de mim e eu me abaixei pegando a minha bolsa no chão enquanto a treinadora escrevia em um papel. Eu vesti a minha calça de moletom ainda pensando no que ela havia dito e calcei o meu all-star no instante que ela entregou a folha para mim.

-O que é isso? –eu perguntei olhando o que estava escrito.

-Passei uma dieta balanceada para você... Tem que estar em forma, você é uma atleta Olívia, se continuar ganhando peso não irá conseguir nem subir na trave. –ela disse e eu abaixei o olhar um pouco envergonhada. -Nos vemos amanhã garotas...  –ela saiu andando e eu dobrei o papel o colocando nas minhas coisas.

-Não liga para ela... Ela é meio temperamental, eu já acostumei. –a outra garota disse. -Ela gosta de pegar no pé das atletas novatas... Você só tem que perder 1kg e ela ficará contente. –eu forcei um sorriso e assenti.

-É... Claro. –eu disse não tendo muita certeza. Ela sorriu para mim e pegou sua bolsa para sair andando. -Até amanhã Liv.

-Até. –eu me levantei do banco e minhas pernas doeram enquanto eu ajeitava a alça da minha bolsa pelo ombro. Eu caminhei até a porta calmamente e a empurrei para sair do ginásio. Caminhei até a quadra dos esportes masculinos em seguida e abri a porta vendo Tyler pulando corda em um dos cantos enquanto ele ria de Zay tentando derrubar um garoto na parte das lutas. Eu ri fraco assistindo a cena e vi Alex nos alongamentos junto com um grupo. Ele olhou na minha direção e eu fiz um joinha para ele mostrando que o mesmo estava indo muito bem no instante em que Zay foi derrubado. Eu esperei ele se levantar novamente antes de voltar a rir e vi quando Tyler passou por ele e os dois fizeram um toquinho rapidamente. Tyler ficou de frente para o garoto que parecia estar vencendo a maioria e o derrubou de primeira fazendo com que as costas do garoto se chocassem contra o colchão vermelho.

-Injusto! –Zay gritou e Dylan riu enquanto quicava uma bola de basquete no chão.

-Alex! –eu o chamei e ele veio ate mim arrumando seu cabelo um pouco suado devido a sua pratica de exercícios.

-Fala gata loira. –ele disse e eu revirei os olhos pelo apelido que me deu.

-Estou caindo fora ok? Estou morrendo de sono e de cansaço então não irei para o sidewalk. –eu disse e ele assentiu com a cabeça. -Nos vemos amanhã. –nós fizemos um toquinho e eu vi Tyler acenando. Eu acenei meio discretamente e fui embora franzindo o cenho sabendo que mesmo se disfarçássemos o bastante, as coisas continuariam meio estranhas com tudo que aconteceu na festa ontem.

**

Eu cheguei em casa e encontrei meus pais assistindo um filme na sala junto com o Thomas. Eu acenei para eles mostrando que eu havia chegado e caminhei até os fundos após deixar minhas coisas em cima da mesa de jantar. Eu cheguei ao jardim e contornei a trave que tinha lá passando minha mão por cima sem conseguir parar de pensar no que eu havia ouvido hoje no treino e nas competições que se aproximavam a cada segundo. Eu nunca me saia bem nesse equipamento, eu sempre caia e previa que isso aconteceria novamente e na frente de todo mundo se eu não melhorasse. Eu subi nela e fiquei pendurada de cabeça para baixo apenas pensando em tudo, eu acho.

-Hey... O que aconteceu com você? –minha mãe perguntou se aproximando de braços cruzados.

-As competições jã são no sábado. –eu disse a olhando. -Eu não estou me saindo bem na trave. Eu caio toda hora por falta de equilíbrio. –eu disse a olhando e eu me sentei de volta quando senti uma grande quantidade de sangue indo para a minha cabeça. Ela subiu se sentando ao meu lado e me olhou.

-Competições são mesmo um saco. Eu fiava nervosa na maioria delas, principalmente quando eram as minhas. –ela falou. -Posso te dizer que se eu tivesse te colocado no boxe eu estaria mais empolgada para sábado, mas também bem mais preocupada. –eu a olhei séria e ela sorriu me fazendo rir fraco. -Já sei, esse não é o seu estilo. Mas não se preocupe querida, irá dar tudo certo. Tem o frio na barriga antes e a cabeça cheia de “e se...”, mas tudo dará certo. Eu confio em você.

-Mas, você era boa no boxe mãe. Não errava um soco sequer, já eu... Caio toda hora. –eu falei sentindo aquele nó insuportável voltar na minha garganta mostrando que eu queria chorar.

-Meu amor, você cai porque você colocou na sua cabeça que você vai cair. Você não está praticando? –ela perguntou e eu assenti com a cabeça. -Então, vai dar certo ok? Não se cobre tanto Liv. Sem pressões...

Sem pressões? Por parte da minha família e dos meus amigos eu até entendo porque eles sempre me apoiavam em tudo, mas a treinadora estava quase nos comendo vivas e estava nos fazendo questionar o próprio peso agora.

-Acha que eu peço ajuda para a treinadora sobre a trave então? –ela me olhou assentindo com a cabeça e passando a mão no meu cabelo loiro solto.

-Acho que você deva, ela é sua treinadora. É o dever de ela ensiná-las a praticar e a serem saudáveis... Então falei com ela amanhã, certo?

-Certo. –eu desci da trave e a olhei. -Eu vou para o meu quarto, quero tomar um banho... E obrigada mãe. De verdade.

-De nada. –ela sorriu sem mostrar os dentes e eu entrei.

Eu deitei na minha cama me sentindo exausta e comecei a mexer no celular vendo algumas fotos da festa passada. Tinha várias minhas com a Riley, com a Britt e com o Alex e quando eu parei em uma foto que eu estava com o Tyler eu deixei de passar para a próxima. Eu olhei a foto com atenção, nós estávamos abraçados um no outro de lado e sorriamos para a câmera. Ela foi tirada mais para o final da festa, quando havia pouca gente e meus sapatos já estavam jogados por algum canto. Estávamos com uma cara de sono, mas sorriamos com as nossas bochechas avermelhadas devido ao frio que sentíamos. Eu abri um sorriso involuntário e fiquei olhando a foto por um bom tempo. Eu me levantei e abrindo o notebook e conectei meu celular nele quando me sentei na cadeira de rodinhas. Eu passei as fotos para o aparelho e voltei a olhar a foto sorrindo.

-Onde foi isso? –Thomas perguntou atrás de mim e eu me assustei fechando a tela de imediato com o susto que eu havia levado.

-Você quase me mata do coração seu pirralho... Não sabe bater não? –eu perguntei o olhando de olhos arregalados.

-E você iria abrir? –ele perguntou e eu dei de ombros.

-Depende do seu caso. O que você quer? –eu perguntei esperando que ele falasse logo o que queria.

-Por que você estava sorrindo feito boba? Estava prestes a babar... –ele falou fazendo uma careta e eu revirei meus olhos.

-Eu não babo. Eu sou garota...

-E daí? As garotas também produzem saliva. –ele falou. -Mas eu só vim encher o seu saco mesmo para não perder o costume... Estou aqui amanhã nesse mesmo horário. –ele saiu fechando a porta e eu revirei os olhos mais uma vez. Qual era o problema do meu irmão? Eu hein? Até parece que não consegue viver sem encher o meu saco. Ele abriu a porta novamente e se sentou na minha cama me fazendo o olhar desconfiadamente.

-O que foi agora? –eu perguntei.

-Você e o Tyler são amigos? –ele perguntou e eu assenti sem saber o porquê ele estava perguntando isso.

-Por?... –comecei.

-Eu tenho assuntos a tratar com ele e ele vai ser o único que pode me ajudar... –ele disse e eu franzi o cenho ainda não entendendo. -Cadê o numero do celular dele?

Pov’s Tyler Zummach

Eu estava deitado na minha cama socando um saco de areia que havia bem do lado. Ele ia e voltava varias vezes enquanto eu pensava em algumas coisas sobre minha vida. Eu desviei o olhar e olhei para o meu armário com algumas fotos grudadas nele. Vi a minha foto com Olivia que tiramos na festa e me lembrei daquele momento querendo que ele voltasse ou que acontecesse mais vezes. Eu ri fraco sem acreditar que eu estava pensando nessas coisas e ouvi meu celular tocando. Vi a foto dela no visor e ela estava até engraçada fazendo uma careta na enfermaria enquanto esperávamos Riley e Alex acordarem depois do desmaio na aula. Eu me levantei o pegando e atendi.

-Liv? –eu falei não sabendo por que ela estaria me ligando.

-Não, sou eu, o Thomas. Eu estou com o celular da minha irmã. –ele disse e eu ri.

-Ah oi Thomas. O que foi? –eu perguntei voltando a me deitar.

-Eu preciso que me ajude com uma coisa. –ele falou me fazendo franzir o cenho.

-Sério? E o que é? –eu perguntei um pouco desconfiado, Liv já havia me avisado sobre ele.

-Precisamos nos encontrar para eu poder te contar...

-Certo... Quer vir para cá? Eu estou em casa e não estou fazendo nada. –eu disse pegando uma bola de baseball e tacando na parede até a mesma voltar para minha mão.

-Tudo bem, pode ser... Mas, posso levar a minha irmã? –ele perguntou e eu ri fraco. -Se não meus pais não me deixam ir.

-Pode. Claro. –eu disse não vendo problema nisso. -Vou mandar o endereço por mensagem.

-Tudo bem. Até mais. –ele desligou e eu ri jogando o celular em cima da cama.

-Tyler. –meu pai falou aparecendo na porta após vir caminhando do seu quarto que não era muito longe do meu. -Eu vou sair. Tenho uma reunião de trabalho agora.

-Ok.  –eu falei e dei de ombros. -Tchau.

-Tchau. –ele falou e minutos depois ouvi o barulho da porta do andar debaixo batendo. O apartamento ficou silencioso e eu olhei em volta antes de me deitar na cama.

Pov’s Olivia Riggs

-Você fez o que? –eu perguntei ao Thomas um pouco indignada. -Você vai à casa dele?

-Nós vamos à casa dele, minha querida. –meu irmão falou corrigindo o que eu disse e eu semicerrei os olhos.

-O que você quer com ele hein? –eu perguntei começando a ficar desconfiada das atitudes futuras dele.

-Assunto de garotos. –ele disse me fazendo bufar de raiva e preocupação. -Agora vai tomar banho, rápido! Não quero me atrasar para o meu compromisso! –ele saiu andando e eu me apavorei.

-Ai Deus. –eu peguei minha toalha em cima da poltrona e corri para o banheiro. Eu tomei um banho e senti minhas costas arderem quando a água quente bateu nelas. Eu tomei um banho rápido e saí de lá mais rápido ainda, vestindo uma calça jeans clara e uma blusa branca da adidas. Eu passei um pouco de maquiagem e peguei minha bolsa ouvindo Thomas bater na porta pela décima vez dizendo que eu estava demorando. Ele abriu a porta enquanto eu calçava tênis um branco e me olhou já com a sua roupa de sair.

-Não precisa de tudo isso Olívia! Vamos logo! –ele falou.

-Eu só estou calçando um sapato. –eu disse terminando de colocá-lo e peguei as minhas pulseiras na penteadeira. Ele revirou os  olhos e cruzou os braços não agüentando mais me esperar. -E então? Como acha que eu estou? –perguntei ficando de frente para ele.

-Normal. Você está normal, agora vamos! –ele me puxou pela mão e nós saímos andando.

**

-Olha aqui coisinha, da próxima vez que você for a algum lugar desse tipo, não me chame. –eu sussurrei. -Ainda mais com pessoas desse jeito... Isso é um absurdo. –falei dando uma olhada em volta.

-Nós só viemos só na casa do Tyler. –ele disse e eu dei de ombros.

-Olha o tipo de... –a porta foi aberta após Thoma tocar a campanhia e quando eu olhei Tyler estava sem camisa parado de frente para ela. Eu arregalei meus olhos e meu queixo caiu em um perfeito “O” enquanto eu sentia como se não conseguisse me mexer. Eu desci o olhar pela barriga dele e voltei a olhar para o rosto novamente em questão de segundos. -... Com o tipo de cara que tem um corpo super gostoso. –meu irmão levantou a cabeça para me olhar com uma cara estranha e eu me dei conta que tinha falado aquilo em voz alta. -Hmm... –eu tampei os olhos dele e olhei para Tyler.

-O que você disse? –Tyler perguntou a mim segurando o riso.

-O que? –eu perguntei confusa e fingindo demência.

-Ahw? –ele disse.

-Que? –eu falei sem entender.

-O que você...  –ele perguntou ficando confuso e me olhou surpreso. -Ué você veio também? Eu não sabia. –ele falou e eu fiz uma cara desconfiada. Meu irmão tirou as minhas mãos dos olhos dele e tampou os meus.

-Pode se vestir? A minha irmã vai começar a babar aqui... –ele disse e eu ouvi uma risada. Eu bati nele e afastei as mãos dele do meu rosto de imediato.

-Entram ai. –Tyler saiu do caminho e Thomas me puxou me fazendo tropeçar e bater em Tyler. Eu sorri nervosamente e me afastei sentindo meu rosto queimando enquanto seguia o garoto pelo apartamento.

-Sua casa é normal. –Thomas disse olhando em volta.

-Normal como? –Tyler perguntou empurrando a porta para que ela se fechasse.

-Normal tipo... Não tem nenhum cachorro assassino ou nada de armas, espadas, lanças, e nenhum cadáver jogado no chão. –Thomas continuou e eu franzi o cenho.

-Na verdade os cadáveres estão escondidos. –Tyler disse entrando na brincadeira e eu revirei os olhos.

-Para com isso... Você não é nenhum psicopata. –eu disse e nós ouvimos um grito de uma mulher. Eu e Thomas nos assustamos quase grudando um no outro e uma mulher veio correndo até a sala.

-O que foi Beth? –Tyler perguntou rindo.

-Eu achei que era um bicho ou um pombo na janela... –ela falou colocando a mão no coração. -Mas não era. De novo.

-Eu imaginei. –Tyler falou e riu. -Hmm... Esses são meus amigos. Essa é a Olívia, e esse é o Thomas, irmão dela. –ela acenou e nós acenamos de volta sorrindo simpaticamente, mas com o coração a mil.

-Amigos? –ela perguntou e Tyler assentiu com a cabeça revirando os olhos.

-E gente essa é a Beth. Ela trabalha aqui...

-Oi. É um prazer conhecê-la. –eu falei e sorri. Thomas acenou para ela mais uma vez e ela acenou de volta.

-Bom, eu vou indo. A cozinha me chama. –ela riu um pouco nervosa e saiu andando.

-Cara... –Thomas começou.

-Ah eu quase morri do coração. –eu disse e Tyler riu.

-Tão medrosa... –Tyler falou e eu fiz uma careta para ele. -E então? O quer falar comigo Thomas?

-Bom... É sobre os garotos da escola... –ele começou e eu o olhei me perguntando por que ele estava falando aquilo com alguém que não seja eu ou os meus pais. Ele nunca comentava sobre isso com mais ninguém.

-Os que pegaram a sua bombinha? –Tyler perguntou sério e eu cruzei meus braços.

-É, a minha irmã até tentou falar com eles, mas ela levou uma mordida canibalesca e o Alex foi atacado brutalmente. São quatro garotos... Eles me jogam na lixeira toda quarta e roubam o meu lanche. Já estou acostumado. –Tyler se entreolhou comigo e voltou a olhar o garoto.

-E o que quer? –Tyler perguntou enquanto eu era oficialmente excluída da conversa de garotos.

-Quero que me ajude a lutar. –Thomas falou e eu segurei o riso. Eu já sabia que aquilo não iria dar certo. Meus pais podem ter quebrado a cara de  muitas pessoas quando eram mais novos, mas isso foi uma coisa que nós não os puxamos.

-A lutar? Você quer bater neles? –Tyler perguntou cruzando seus braços.

-Intimidar é o correto. –Thomas disse. - As pessoas na escola correm de você porque você luta. Se eu lutar eles também irão correr de mim.

-É, mas olha a diferença das pessoas... A cara dele dá medo a sua por outro lado Tommy... –eu disse.

-Fica quieta Liv. –Thomas falou e eu revirei os olhos.

-Eu te ajudo. –Tyler falou assentindo.

-Thomas isso não vai dar certo. –eu falei.

-Claro que vai. Ele está seguro comigo. –Tyler falou se levantando do encosto do sofá. -Estamos combinados cara. –eles apertaram as mãos e Tyler me olhou. -E eu vou te ensinar alguma coisa também.

-O que? –eu perguntei confusa enquanto mantinha meus braços cruzados.

-É ué. Todo mundo precisa saber algo, uma hora você precisa... –ele disse e deu de ombros.

**

Tyler descia as escadas para o middle school e eu andava atrás dele me perguntando o que ele iria fazer nessa parte da escola.

-Onde você está indo? –eu perguntei sussurrando como se alguma daquelas crianças fosse nos ouvir e nos delatar para o resto da manada.

-Falar com os garotos. É aqueles não é? –ele perguntou apontando para um grupo debaixo da arvore e eu assenti com a cabeça. -Nós dois sabemos que seu irmão indo bater em alguém não vai dar muito certo então eu ensino algumas coisas para ele e sem nenhum esforço os garotos não chegarão perto dele nunca mais.

-Você não vai bater neles. –eu disse obviamente.

-Lógico que eu não vou. –ele falou. -Só vou conversar. Vem... –ele me puxou pela mão e nós paramos de frente para eles o que me fez ficar atrás de Tyler o tempo todo.

-Ah a garota da voz estridente de novo. –o moleque disse rindo e eu fingi uma risada.

-E então? Vocês que tem um problema com o irmão dela? –Tyler perguntou estralando os dedos das mãos e os garotos o olharam engolindo em seco.

-Cara, ele já bateu no meu irmão. –o outro disse e Tyler assentiu com a cabeça confirmando que era verdade.

-Já. E o Thomas é meu amigo... Vocês vão deixar ele em paz ou se não, pego vocês um por um. –Tyler disse seriamente. -E podem ter certeza que ele vai me contar tudo. Estarei vigiando vocês.

-Não vamos mais mexer com ele. –o garoto falou negando com a cabeça e eu sorri. -Nem olhar para ele, só não bate na gente também. Por favor, cara...

-Vocês me ouviram. –Tyler falou saindo andando e eu fui atrás dele não agüentando a minha empolgação. -Viu? Problema resolvido e, aliás, você devia usar mais essa cor. –ele falou olhando para a minha blusa. -Combina com você. Fica ainda mais bonita nela. –ele bateu no meu ombro e entrou para a escola. Eu não entendi nada e Riley me puxou enquanto eu sorria alegremente no meio do corredor.

-Ahhhh você foi à casa dele sua safada! –ela gritou e eu tampei meus ouvidos.

-É, eu fui, e o Thomas foi junto. –expliquei e ela fechou o sorriso revirando os olhos.

-Vou passar a amarrar seu irmão no quarto para ele não atrapalhar os lances... –ela disse.

-Não tem lance nenhum. –eu disse obviamente. -Ele não gosta de mim Riles.

-Como sabe? –ela perguntou.

-Acho que ele foi bem claro quando a frase “eu acho que não daríamos certo juntos” saiu da sua boca.

-Rá! Ele soltou um “eu acho”.  Viu só?–ela falou.

-Quem soltou um “eu acho”? –Alex perguntou entrando no meio de nós duas e passando os braços em volta dos nossos ombros.

-O Tyler. –ela disse.

-A Riles está ficando louca. –eu falei o olhando.

-Espera... Ela está? –ele perguntou fazendo graça. Riley o chutou e ele riu fazendo uma cara de dor em seguida. -Cara... O que está acontecendo com vocês dois? Deram aquele maior beijão na festa, quase se engoliram, literalmente... E me fez ficar assustado e pensando na vida principalmente por que foi você que ficou com ele e não a atirada da Riley... –eu dei de ombros e Riley o olhou brava.

-Olha aqui “loirinha”. Fica quieto ok? –ela disse e eu ri por ela ter se referido a ele no masculino.

-Foi só um beijo. –eu disse. -Não tem nada de mais nisso.

-Foi o assunto da festa. Algumas meninas começaram até falar sobre Tylivia... Mas os garotos... Melhor eu não comentar nada. –Alex falou.

-Tylivia? Que fofo. –Riley disse me olhando. -Super apoio sis.

-Isso é serio mesmo? –eu perguntei ainda não acreditando nisso e fiz uma cara pensativa.

-É eles apóiam vocês como um casal... Sabe tipo sua mãe e seu pai, eles combinam e formam Maydler. –ele falou.

-Isso é meigo, mas deve ter uma pessoa que deve estar te odiando. E quase te comendo viva... –Riley falou.

-Eu sei. –resmunguei e fiz uma careta.

-E essa pessoa é a Megan. Ou Megan ambulante, como eu chamo ela. –Alex falou sorrindo de lado e piscando pra mim.

**

Na hora do intervalo, nós nos sentamos em uma mesa onde havia outras pessoas desconhecidas nela. Tyler passou por nós e se sentou na outra ponta fazendo um toquinho com Dylan que estava com Brittany no colo. Ele nos comprimentou com um aceno de cabeça e depois sorriu falando de alguma coisa com Zay e Alex. Eu e Riley olhamos uma para a outra e ela levantou as sobrancelhas antes de sorrir.

-Senti troca de olhares. –ela sussurrou e eu a chutei por debaixo da mesa.

-Ai sua vaca. –ela disse e nós ouvimos um assobio atrás de nós duas.

-Ou ou ou... Notícias na Madson High School e ninguém abre a boca? –um garoto do jornal da escola falou se aproximando da mesa com uma droga de câmera nos filmando. -Ouvi dizer algo sobre Tylivia, o galã e a famosinha da Internet... Vim querer saber se é verdade. –ele continuou e eu e Tyler nos entreolhamos antes que eu soltasse um suspiro e abaixasse a cabeça.


Notas Finais


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