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História Hi, Im Liv (Reescrevendo) - People talk


Escrita por: mii-riggsdixon

Notas do Autor


Sorry a demora!!

Capítulo 21 - People talk


Fanfic / Fanfiction Hi, Im Liv (Reescrevendo) - People talk

Na manhã seguinte, assim que terminei de me arrumar para ir para a ela eu fui até a casa de Riley e entrei no quarto vendo a mesma enrolada no cobertor roxo. O quarto estava escuro e faltava exatamente vinte minutos para a nossa aula começar o mostrava que chegaríamos atrasadas se continuássemos nessa lerdeza matinal. Eu soltei minha bolsa em sua mesa de estudos e abri a cortina rapidamente.

-Não Liv... –ela reclamou cobrindo a cabeça e tossiu fraco.

-Não, não, não, não. Você não pode estar doente. –eu disse indo ate a cama dela e puxando a sua coberta de uma vez. -Eu não sei como viver essa vida sozinha então se levanta dessa cama.

-Não posso... Eu acho que eu estou com uma praga que se chama “levei um fora do meu melhor amigo”.  –ela resmungou tentando cobrir a cabeça novamente e eu segurei a coberta para impedi-la disso.

-Ah é? E o que você toma para curar isso? –eu perguntei.

-Remédio de “eu aceitaria ficar com você Riles”. Mas como eu não o tomei, estou com muito sono. Boa noite, bye. –ela cobriu a cabeça de uma vez e eu suspirei colocando as mãos na cintura sem saber o que fazer.

-Ok, eu estou olhando na internet sobre a sua falsa doença... –eu disse fingindo estar mexendo no celular que antes estava no bolso do meu jeans.

-Eu posso ficar doente um dia, por favor? –ela perguntou com a voz abafada.

-Aqui pergunta, se você sente uma dor no peito? Você tem? –eu perguntei de volta ignorando o que ela falou.

-Yep. –ela respondeu e eu pulei em cima dela me sentando em cima da sua barriga. -Ah não Liv! Eu realmente tenho uma dor no peito! Eu estou com “levei um fora do meu amigo”, é como se tivesse um elefante em cima de mim. –eu me levantei rápido e após eu cruzar os braços ela se descobriu e me olhou. -Desculpa. –ela pediu. -Agora  você pode ir para a escola. Eu não quero que você pegue isso também.

-Eu sei, seria horrível. –eu brinquei e puxei a coberta dela para mim. Eu rolei em cima dela e passei a mão no rosto dela depois esfregando no meu. -Pronto, eu também peguei. Agora podemos sair desse seu mundo e ir para a aula? Não podemos faltar...  –ela fechou o sorriso me olhando seriamente e eu a olhei. -O que? Eu só disse... –ela me empurrou da cama e eu caí no chão. -O que foi? Eu hein? –eu disse ficando de joelhos.

-Eu sei o que significa ir para a aula. Significa que eu terei que encarar o Alex e eu não quero isso. Eu não quero mais falar com ele. –ela disse e eu revirei meus olhos.

-Quer sim. –eu disse.

-Não quero! –ela falou arregalando seus olhos castanhos na minha direção.

-Quer sim! Riley, você não pode se esconder dele para sempre. –eu falei. -Somos melhores amigos. Desde sempre! E se você ficar estranha com ele ou ele ficar estranho com você... Já pensou que isso pode afetar os nossos pais também? –ela cruzou os braços e assentiu com a cabeça. Ela respirou fundo e então se levantou indo até seu armário.

**

-De que maneira os humanos resolvem os seus conflitos? –o Sr. Matthews ´perguntou na nossa primeira aula de história do dia. Eu abaixei o olhar e depois olhei para Riley sentada ao meu lado olhando para seu caderno com uma cara de tédio. Ela estava de cabeça baixa e parecia não estar prestando atenção em nada enquanto desenhava uma borboleta em seu caderno. Eu olhei para Alex sentado atrás dela e quando ele me olhou desviou o olhar rapidamente para o professor.

-Chamam as mamães. –Alex  respondeu e sorriu em seguida.

-Eles podem conversar. –Zay mencionou e eu assenti concordando plenamente com ele.

-Eles vão á guerra! –Tyler disse atrás de mim e bateu uma palma.

-Por que não podem conversar? –Zay perguntou se virando para ele com uma expressão questionadora bem evidente.

-Eles vão à guerra! –Tyler repetiu com a voz grossa e eu ri fraco com a cara que o garoto fez de medo.

-Oh ok. Eu e você contra o Zay. –Alex disse se virando para Tyler. Eles fizeram um toquinho e Zay arregalou os olhos.

-Eles conversam! –Zay disse em um tom alto me fazendo rir assim como o resto da sala.

-Vão à guerra! –Tyler e Alex falaram juntos e Zay pegou uma arminha de água e jogou neles.

-Vocês deviam ter conversado sobre isso. –Zay falou a guardando e eu ri da cara de Tyler fez vendo sua camisa molhada.

-Muitos conflitos se intensificam e não terminam muito bem. –Matthews disse andando pela sala enquanto nos olhava explicando a matéria. -A história do Alexander Hamilton e a do Aaron Burr é um ótimo exemplo.

-Alexander? Eu? –o Alex perguntou e eu me virei para ele.

-Por acaso o seu nome é Alexander Hamilton? –eu perguntei obviamente.

-Não. –ele respondeu um pouco confuso e eu sorri de lado.

-Então não é você. –eu disse e voltei a olhar para o professor.

-Alguém sabe me dizer o que aconteceu? –o professor perguntou. -Riley? –ele a olhou e ela ergueu a cabeça em sua direção.

-Eu não vou responder nada. –ela resmungou e dei de ombros.

-O que? –o professor perguntou não entendendo o mau humor dela.

-Eles tiveram um duelo. O Hamilton matou o Burr. –eu respondi no lugar dela e atraí a atenção para mim.

-Isso mesmo Olívia. Em 1791, Burr capturou o trono do sogro Hamilton, que deu início à rivalidade deles. Então Burr acusou Hamilton de insultá-lo em público. –ouvimos o barulho de um celular e Riley o pegou. -Riley, sem mensagens durante a aula.

-Concordo. –ela disse e se virou para mim com uma cara de tédio. -Eu não devia ter vindo, eu sabia que eu não devia ter vindo. Eu estou passando mal. –ela sussurrou.

-Riley... –eu comecei.

-Então, eles desafiaram um ao outro para um conflito. E Hamilton acreditava que resolver as coisas dessa maneira não era moralmente correto, então ele atirou para cima. –o professor continuou. -E Burr, acreditou que havia sido atingido pela bala de Hamilton, então atirou e o matou. Então, porque eu estou contando a história sobre o que acontece quando você falha em resolver algo pacificamente? –Tyler levantou a mão e o professor o olhou. -Tyler.

-Pessoas se machucam. –ele disse. -Mas eu não entendo muito bem porque eu sempre costumo resolver as coisas na porrada, funciona na maioria das vezes.

-Entendi. –o professor falou franzindo o cenho e me olhou brevemente. Eu dei de ombros e ele assentiu com a cabeça. -O que precisamos aprender?

-Eu preciso aprender a como resolver um conflito. –Riley disse e eu a olhei esperando pelos próximos acontecimentos.

-O que aconteceu? –o professor perguntou e ela se virou olhando para o Alex.

-Nós três somos amigos desde que nascemos. –eu disse olhando para o professor que nos encarava com uma cara estranha. -Sim, somos. Nossas mães nos colocavam no mesmo berço e no mesmo cercadinho para brincarmos com mordedores. Nós crescemos e aqui estamos. Eu namoro o Tyler. A Riley gosta do Alex, ela contou para ele e ele não disse nada, agora está esse clima estranho que vai acabar afetando todo mundo se eles não resolverem! –eu falei rapidamente e feliz por ter colocado isso para fora antes que eu surtasse.

-Entendi. –o professor disse.

-Uau... Muito obrigado por abrir a boca Olívia. –Alex falou e eu arregalei meus olhos me virando para ele.

-Ah rá! Eu sabia que tinha alguma coisa de errado. Você não me chama de Olivia. Você só me chama de Olivia quando está magoado ou bravo com algo. –eu disse.

-É o seu nome. –ele falou me olhando e revirou os olhos.

-Olha só, eles estão me colocando no conflito deles. –eu disse. -Eu não quero fazer parte disso.

-Então conversem. As coisas se resolvem assim. –o professor falou.

-Por que você não esta falando comigo e porque está ignorando as minhas mensagens? –Riley perguntou se virando para o Alex.

-Por que eu não tenho nada o que falar. –Alex disse normalmente. -Simples assim. Você não pode exigir que os outros se abram na frente de todo mundo.

-Liv... –Riley começou e eu a olhei esperando ela continuar.

-O que foi Riles? –eu perguntei calmamente ao fechar a minha caneta.

-Não, não, não. Deixa-a fora disso. –Alex falou a ela. Eu e Tyler nos entreolhamos e voltamos a olhar para eles sem saber se devíamos falar algo ou não.

-Liv. –Riley disse novamente.

-O que é? –eu perguntei.

-O Sr. Matthews tem que continuar a aula. –ela disse e se virou para frente. -Então... Assunto encerrado.

**

Eu e Tyler caminhávamos pela escola de mãos dadas pelo corredor com Riley abraçando os livros ao nosso lado. Paramos em frente ao armário dela e ela o abriu começando a trocar os livros para a próxima aula. Eu me encostei no armário ao lado e Tyler  ficou de frente para mim se curvando para me beijar. Ele colou as nossas bocas e sorri de lado quando seu corpo pressionou o meu.

-Huh. –Megan disse passando por nós. -A estranha contente rejeitada pelo guitarrista, a bulímica patricinha e o bad boy gostoso, mas burro. Como você abaixou o nível não é Tyler? –eu arquei a sobrancelha e nós a acompanhamos com o olhar.

-Ela é idiota. –eu disse e eu franzi o cenho quando a vi conversando com Alex. Riley e Tyler olharam na mesma direção e depois ele voltou a olhar para mim.

-O que... –ele começou segurando o meu rosto.

-Eu não sei. –eu respondi. -Na verdade estou achando tão estranho quanto você...

-E agora todo mundo já fica sabendo. Que ótimo para mim... –Riley disse fechando o armário e saindo na frente às pressas.

-Ela está mal. –Tyler disse e me olhou.

-É. Os dois não estão como antes e isso me preocupa e muito. –eu disse olhando novamente para ele. Eu sorri sem mostrar os dentes e o beijei. Ele sorriu e passou os braços em volta dos meus ombros beijando o topo da minha cabeça. Nós saímos andando para a próxima sala e quando entramos, fomos nos sentar.

**

Eu, Zay, Tyler, Riley, Alex e Dylan estávamos no sidewalk comendo depois da aula. A mesa estava silenciosa e o clima estava tão estranho que parecia ter uma nuvem negra em cima das nossas cabeças. Eu e Riley estávamos sentadas na ponta uma de frente para a outra. Tyler estava ao meu lado e Alex no canto olhando seu caderno de  partituras e ignorando a nossa presença. E olhando bem, fazia um bom tempo que eu não pegava o meu. Fazia tempo que eu não tocava no piano.

-Podíamos voltar a ser o que éramos. Isso seria bem legal e muito menos... Esquisito. –eu disse cortando o silencio. -Alex não normal, eu não normal, todo mundo feliz. Com coisas para contar depois da escola, piadinhas sem graça. Riley doidinha que encanta a todos.

-Eu? Doida? –ela perguntou me olhando. -Falou a que enfia o dedo na garganta para vomitar. –ela disse e todos olharam para ela na mesma hora pelo o que ela havia falado. Eu fechei o sorriso e franzi o cenho. Que droga estava acontecendo com todo mundo?

-Ai Riley. –Tyler falou soltando o copo em cima da mesa e comendo o resto das batatas fritas que estavam no combo.

-Essa foi à pior coisa que você já falou. –Alex disse ficando em pé no banco e o pulando. Ele saiu andando e se sentou no balcão perto de onde seus pais estavam conversando com os nossos como sempre tinham o costume.

-Você falou igual à Megan agora... –eu disse a olhando. - O que deu em você? –eu perguntei.

-Igual à Megan? Sério que você vai me igualar a essa vaca? –ela perguntou não acreditando e todos os olhares vieram na minha direção dessa vez.

-É. Você falou bem parecida com ela. –eu disse obviamente e passei a mão no rosto. -Querem saber? Por que vocês não esquecem essa história e fingem que não aconteceu? Viram o que estão fazendo? –eu perguntei e olhei para Alex que estava virado para cá. -A gente não é mais a gente. Alex pode falar alguma coisa por acaso? O seu silêncio está me dando nos nervos... E sinceramente, eu não devia me estressar por causa das competições que estão chegando...

-Liv, calma ai. –minha mãe disse ao perceber a discussão.

-Eu não consigo falar com ela, toda vez aquelas palavras voltam na minha cabeça e eu travo. –Alex disse se explicando.

-Talvez você devesse impedir das palavras voltarem. –Dylan disse. -Igual quando minha mãe diz que se eu fizer algo errado ela vai me bater, mas na hora de fazer errado, eu faço porque eu sumo com as palavras ditas por ela.

-É isso ai cara. –Tyler disse sorrindo e fazendo um toquinho com ele.

-Eu ainda sinto que ele vai me dar trabalho. –meu pai falou apontando para o Tyler.

-Riley, você tem algo para dizer? –eu perguntei me levantando. -Algo como “tudo bem Alex, eu entendo” ou como “vamos esquecer isso”. É o melhor se fazer. Você deve dizer isso.

-Liv, para de tentar resolver as coisas assim! –Riley disse se levantando. -Você tem que parar de manter a paz dessa forma. Não vamos resolver nada. O problema continuará lá, só estará escondido por você.

-É que eu acho que você tem que voltar a ser a Riley que era. Tristeza não combina com você ainda mais por causa de um garoto? Nós nunca choramos por causa de um garoto... –eu comentei.

-Eu tenho sentimentos Liv! –ela disse alterando a voz e eu revirei os olhos.

-Eu sei que você tem! –eu disse. -Mas eu acho que você tem que parar... –eu abri os braços para um abraço e ela me olhou. Ela veio ate mim e enfiou o sorvete na minha cara. Todos pararam por um momento chocados enquanto eu não acreditava que ela havia feito isso comigo.

-Merda, já vimos esse filme antes. –minha mãe disse.

-E não foi legal. –Brooke respondeu e Riley saiu andando. O sorvete caiu no chão enquanto eu sentia algumas partes escorrendo pelo meu rosto. Eu abri meus olhos e Tyler se levantou me estendendo um guardanapo.

-Eu estou bem.  –eu disse me limpando e sorri um pouco sem graça. -Eu estou completamente bem.

-Você esta bem mesmo? Você não parece nada bem. –ele disse a mim e me ajudou a me limpar.

-Eu estou bem porque eu sei que essa não é a Riley. Algo está muito errado, ela está de cabeça cheia. –eu me virei para o Alex e o olhei. -E eu acho que você deve ir atrás dela. Antes que tudo vire uma droga, e vocês me farão decidir de que lado ficar. E será do lado de nenhum de vocês. Ou ficamos juntos, ou não. –Alex assentiu com a cabeça e veio ate mim me abraçando.

-Hey, olhe suas mãos ai. –Tyler disse e eu ri fraco. Eu retribuí o abraço e fechei meus olhos com força.

-Sempre e para sempre. –Alex falou e eu assenti.

-Sempre e para sempre. –ele me soltou e saiu correndo atrás de Riley que devia estar quase em casa a esse momento.

**

Eu e Tyler estávamos dentro do seu jipe olhando absolutamente para o nada. Eu esperava Alex ou Riley me ligarem para eu saber se o problema estava resolvido ou não e sabia que se eu fosse esperar por isso estando em casa, eu daria um surto.

-Eu odeio esperar. –Tyler disse e eu o olhei.

-Estamos aqui há cinco minutos. –eu falei e ri fraco sem acreditar. –Conhece algum passatempo bem legal? –eu perguntei a ele e o mesmo me olhou com um sorriso no rosto.

-Sim, eu conheço um bem legal. –ele disse se curvando na minha direção e colando nossas bocas. Eu ri fraco e ele segurou meu rosto com uma de suas mãos pedindo passagem com a língua e eu concedi aprofundando o beijo. Tyler afastou o seu banco e eu soltei o meu cinto me sentando em seu colo já que beijar dentro de carros não era tão confortável assim. Eu me sentei e nós colamos nossas bocas novamente em um beijo acelerado. Tyler apertava minha cintura com força e eu me afastei para recuperar o fôlego enquanto eu sorri para ele e ele retribuiu. Eu colei nossas bocas novamente e ele enfiou suas mãos debaixo da minha blusa fazendo com que um arrepio percorresse pelo meu corpo enquanto elas apertavam a minha cintura. Eu mordi o seu lábio inferior antes dele colocar sua língua na minha boca novamente e nós dois nos assustamos assim que ouvimos uma batida forte na janela ao nosso lado. Eu arregalei meus olhos ao ver meu pai de braços cruzados do lado de fora e eu e Tyler não conseguimos nos mover. Eu cliquei no botão e o vidro começou a descer lentamente.

-Hmmm oi pai... –eu falei e me entreolhei com Tyler que devia estar tão vermelho quanto eu. Eu saí de cima dele rapidamente e olhei para minha mãe que estava logo atrás. Ela estava de olhos arregalados e eu jurava que ela quase ria com a cena enquanto eu não sabia o que falar porque nada iria diminuir a encrenca em que eu havia me metido. -Em uma escala de 0 a 10 o quanto estão bravos? –perguntei.

-Certamente 11. –minha mãe falou.

-Ah que ótimo. Porque em uma escala de 0 a 10, onze não existe não é mesmo? –eu perguntei rindo, mas logo o fechei ao ver a cara que eles estavam.

-Liv, cala a boca. –Tyler sussurrou e eu arrumei minha blusa. O carro ficou silencioso enquanto meu pai continuava estático do lado de fora. Eu e Tyler nos entreolhamos mais uma vez e eu olhei para meu pai.

-Sabem eu iria me preocupar menos se você falasse alguma coisa. –eu disse e ele apontou para a porta.

-Os dois aqui de fora... Agora. –ele falou. Eu me levantei rapidamente e saindo do carro e o contornei até parar do lado deles.

-E então você acha que eu fico para ouvir a conversa ou eu fujo? –Tyler perguntou sussurrando para mim e eu ri fraco.

-Se eu fosse você eu já estaria sentado no sofá da minha casa. –eu respondi. -Mas aí nunca mais nos veríamos. –ele assentiu e ficou ao meu lado. Meus pais nos encararam e eu me aproximei da minha mãe. -Mãe nos ajuda e não deixa o papai matar ele, por favor. –eu falei.

-Vocês deviam ter procurado outro lugar para fazerem algo assim. –ela sussurrou e eu revirei os olhos cruzando meus braços e os olhando.

-O que aconteceria se eu não tivesse chegado? –meu pai perguntou e eu fiz uma cara estranha.

-Isso é sério? –eu perguntei começando a rezar para ser abduzida dali. -Não é uma pergunta que se faça...

-Hmm... Eu acho que ficaríamos só nos pegando. –Tyler respondeu e eu fechei meus olhos sabendo que com certeza tudo poderia ficar pior.

-Certeza? –meu pai perguntou.

-Pai chega. Não precisa disso ok? Eu não tenho cinco anos. –eu falei o olhando e implorando mentalmente para que ele parasse.

-Eu não me preocupava com você quando tinha cinco anos. –ele disse.

-Preocupava sim. –minha mãe falou e ele revirou os olhos.

-Certo, eu me preocupava menos com você quando tinha cinco anos. –ele corrigiu e eu passei a mão no rosto.

-Ok, mas eu não sou mais criança. Eu sei das coisas que eu faço ou deixo de fazer. Já sou responsável o suficiente... –eu falei e ele franziu o cenho.

-Eu só quero que... –ele começou.

-A gente só estava se beijando. A gente não ia transar... –eu disse e Tyler arregalou os olhos assim como o meu pai.

-Onde foi que você ouviu essa palavra? –meu pai perguntou me encarando.

-Até parece que eu não sei o que é isso. –eu disse. -E até parece que você nunca namorou. Aposto que você e a mamãe ficavam se pegando... E agora dizendo isso em voz alta é horrível e está fritando meu cérebro. –falei com uma cara estranha. -Que seja, está tudo bem. Não quero que fique com suas paranóias de novo.

-Eu concordo. –minha mãe falou.

-Eu também. –Tyler disse levantando a mão.

-Olá família linda e maravilhosa que mora no meu coração. –Thomas falou saindo do sidewalk e vindo na nossa direção com sua bola. -Hey Tyler que bom que você está aqui. O que acha que vir jogar basquete comigo lá em casa?

-Hmm eu apoio. –ele falou indo até o garotinho que o esperava.

-Legal! – eu falei e eles saíram andando até a minha casa que não era tão longe. Eu olhei para meus pais e abri um sorrisinho.

-Bom, eu vou ir treinar na trave e continuar esperando pela ligação da Riles que deve estar muito ocupada com o Alex não é mesmo? –eles fizeram uma cara estranha e eu saí andando segurando o riso.

**

-Hey. –Riley falou entrando pela janela e eu desviei o olhar do notebook que estava no meu colo já que eu me encontrava na minha cama.

-Oi. –eu disse animada. -Como você está? –perguntei.

-Bem melhor. –ela respondeu e pulou a bay window antes de caminhar até a minha cama e se sentar ao meu lado. -E você?

-Bom, sem vomitados hoje também. –eu falei e ela sorriu sem mostrar os dentes.

-Isso é bom. –ela comentou.

-É sim. –eu disse. -Estou conseguindo me controlar melhor.

-Liv... Você não está brava comigo? –ela perguntou e eu fechei meu fichário antes de olhá-la e negar com a cabeça dando de ombros.

-E porque eu estaria? –eu perguntei.

-Por causa do que eu falei hoje e por causa do sorvete que eu meti em sua cara. Minha mãe falou que não é legal fazer isso porque ela sentiu na pele quando ela fez isso com a tia Maya. –ela contou e eu franzi o cenho.

-Ela já fez? –eu perguntei e ela assentiu. -Legal. Mas... Nós não somos elas. Eu sou diferente da minha mãe e você é diferente da sua. Nós somos nós. Você é minha melhor amiga Riles...

-E você a minha. –ela falou e eu sorri. Nós nos abraçamos e juntamos nossos dedos como sempre fazíamos.

_Juntas sempre e para sempre. –eu falei. Ela repetiu e sorriu para mim. -Agora me conta... O que você e o Alex fizeram? Se beijaram?

-Talvez. –ela respondeu e eu sorri.

-Talvez?! –eu perguntei não acreditando e fiquei de joelhos na cama. -É estranho ver o Alex beijando... Como ele beija? É do jeito meigo fofo ou é do jeito “cuidado eu posso engolir sua cabeça” ?

-Huh! Isso é horrível Riggs! –ela disse fazendo uma careta.

-Qual é Sorenson. Me conta vai!

-É do jeito meigo fofo. –ela falou toda sorridente e eu sorri também.

-E vocês estão namorando? –ela perguntou.

-Não. Mas a gente conversou e nós nos acertamos. Está tudo de boa agora. –ela contou e eu assenti mostrando ter entendido.

-Ah Graças a Deus. Menos um problema para resolvermos... E ele ficou com você a tarde toda? –perguntei.

-Não, ele tinha ensaio com o Zay e o com o Dylan então tinha que ir...

-Eu estou feliz por você Riles. –ela sorriu e eu retribuí. -Vai dormir aqui hoje?

-Não precisa nem perguntar. –ela respondeu e a porta foi aberta.

-Liv eu preciso te perguntar algo. –Thomas falou entrando no quarto. -Me diga. Os pássaros sabem sorrir? E porque os bolos que a mamãe faz são tão ruins? O papai falou que ele se confundiu, em vez de irmãos mais velhos e mais novos, na verdade, nós somos gêmeos. –eu franzi o cenho e olhei para Riley com uma cara estranha.

-Tommy... –Riley falou.

-Nós não somos gêmeos. –eu disse e ele arregalou os olhos.

-Mamãe! –ele gritou e saiu correndo.


Notas Finais


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