1. Spirit Fanfics >
  2. Hi, Im Liv (Reescrevendo) >
  3. Someone is looking at you

História Hi, Im Liv (Reescrevendo) - Someone is looking at you


Escrita por: mii-riggsdixon

Capítulo 3 - Someone is looking at you


Fanfic / Fanfiction Hi, Im Liv (Reescrevendo) - Someone is looking at you

Quando o nosso treino de ginástica começou, eu subi na trave mantendo o equilíbrio para não cair lá de cima. Essa era coisa mais fácil que se podia acontecer sendo que era preciso você apenas descolar o seu peso para certa parte de seu corpo, se fizesse isso, você estaria no colchão em questão de segundos. Eu dei uma estrelinha e um mortal tomando cuidado para não cair lá de cima e fiz uma careta de dor por meus pés terem batido com tudo contra a trave quando eu me esforcei para manter o equilíbrio.

-Cuidado, Olívia. Faça as coisas sem pressa. –a treinadora disse contornando o local em que eu estava sem deixar de olhar tudo que eu fazia. -E melhore sua postura quando seus pés baterem na trave de novo, você ficou torta e isso é um dos motivos de se perder o desequilíbrio com rapidez também. Coluna reta o tempo inteiro. –ela falou e eu apenas assenti com a cabeça. Eu dei um mortal para trás e na hora de colocar as mãos sobre a madeira eu errei e cai dela batendo o braço com tudo no chão. Eu gemi de dor achando realmente que eu tinha o quebrado e me sentei massageando o pulso como o meu antigo treinador sempre sugeria. -Eu disse para você melhorar a postura. Acredite em mim, é mais difícil você se manter aí em cima do que aqui embaixo. Deixa eu dar uma olhada para você.  –a treinadora falou se abaixando ao meu lado e olhando meu pulso que ainda latejava devido à queda. -É, você não o quebrou. Coloque gelo quando estiver em casa, não vai ter danos, tudo bem? Agora se não estiver doendo, suba e tente novo. –ela falou e eu me levantei do chão fazendo movimentos circulares com a minha mão direita para ver se ela logo voltava ao normal. Eu subi na trave novamente usando o trampolim e parei em pé abrindo os braços para não cair e para me equilibrar. A treinadora subiu nos colchões e estendeu uma bandeja para mim. -Passe o pó de giz, vai te ajudar a não deslizar tanto. –eu bati minhas mãos lá e depois as sacudi para tirar o excesso. Eu dei duas estrelinhas em cima e quando eu fiquei em pé desci com a abertura para me alongar. Eu fiquei na mesma posição e quando olhei para as outras meninas vi uma garota caindo das barras assimétricas. A professora arregalou os olhos iguais a mim que nunca havia visto uma queda tão feia e logo saiu correndo junto com a outra ginasta para ir até a garota gemendo de dor no chão.

-Ah céus, sua queda foi horrível... Você está bem? –a garota perguntou preocupada e ela assentiu se sentando no chão com um pouco de dificuldade.

-Sim, eu só bati o ombro, mas estou o sentindo latejar. –ela falou e eu me levantei para correr até lá e ver o que estava acontecendo.

-Chega de treino por hoje meninas, melhor pararmos antes que alguém ainda se machuque mais. –a treinadora falou fazendo uma massagem no braço da garota que segurava o choro. -Continuaremos amanhã ok? Faremos apenas o solo até vocês pegarem prática.

**

Eu esperava a minha mãe vir me buscar debaixo de uma grande arvore no estacionamento que produzia uma boa sombra para nos esconder do sol quente. Eu estava de braços cruzados encarando com uma cara estranha, Dylan, aquele tal amigo do Tyler que segurava a risada toda hora, beijando escandalosamente a garota que sempre andava com eles. Eu fiz uma careta quando ele desceu as mãos para a bunda dela descaradamente e a encostou em um jipe preto fosco para continuarem com a pegação em horário nobre. Eles se separaram e riram de alguma coisa antes de voltarem a se beijar do mesmo jeito que antes. Ouvi passos se aproximando de mim e uma pessoa parou ao meu lado passando a olhar na mesma direção que eu e com uma cara igual a que eu estava.

-Que constrangedor. –Tyler falou e eu ergui minha cabeça para olhá-lo com o meu cenho franzido antes de assentir com a cabeça por concordar.

-Eles sempre fazem isso por aqui? –eu perguntei o olhando enquanto ele colocava os óculos de sol preto. -É bem afrontoso. –ele riu fraco com o que eu disse e me olhou.

-Quase sempre. Eles não têm vergonha... –ele disse. -É ainda o melhor comportamento dos dois, já presenciei cenas um pouco piores. –fiz uma cara estranha ao imaginar e revirei os olhos.

-Eles são namorados? –eu perguntei cruzando os meus braços.

-São. – ele respondeu e nós voltamos a encarar o casal com uma careta enquanto eles quase se engoliam. -Nossa... É de dar medo.

-É. Nossa... –eu falei e ri fraco sem acreditar.

-O que está fazendo na escola ate esta hora? A aula já acabou já tem um tempo. –ele disse abaixando a cabeça para me olhar. Ele não era tão alto, mas tinha com certeza mais do que os meus 1,57 de altura o que me fazia ter a certeza de que eu puxei minha mãe nesse aspecto.

-Hmm... Eu faço ginástica artística como atividade extra. –eu disse explicando e mostrando a minha bolsa tira-cola onde estava escrito Madson Sports.

-Legal... Imaginei que seria mesmo já que eu nunca vi você na pista de atletismo. –ele falou tirando a blusa de frio e eu vi a tatuagem no seu anti-braço. Ela ia das mãos ate o cotovelo e ele parecia ser bem forte para a idade dele. Eu me assustei quando percebi que eu estava encarando e desviei os olhos antes que ele percebesse.

-Não comecei no atletismo ainda... Talvez no próximo mês. –eu disse e voltei a olhar o casal que continuava da mesma maneira. -Parece que eles não vão parar tão cedo. –falei e Tyler soltou uma risadinha assentindo. -E eu acho que ele esta machucando a bunda dela.

-É, parece estar mesmo. –ele falou fazendo uma cara engraçada antes de voltar a me olhar. -E então, qual a sua história?

-O que? –eu perguntei o olhando sem entender.

-Sua história. Quantos irmãos têm... O que gosta de fazer... O que não gosta, qual o seu lugar favorito e esse tipo de coisa. –ele falou.

-Eu... Eu não vou te contar. Eu nem te conheço direito, você pode ser um psicopata. –eu falei soltando uma risada abafada e ao mesmo tempo um pouco nervosa.

-Para as pessoas se conhecerem, elas contam coisas. E eu quero te conhecer. –ele disse e me olhou o que me fez analisá-lo por um tempo. -Mas, se eu fosse um psicopata, eu seria daqueles muito maus. –ele continuou e piscou para mim antes de começar a rir por estar brincando com a minha cara. Eu ri não crendo no que eu estava ouvindo e descruzei meus braços para arrumar a alça da minha bolsa que caia. -Alguém vai vir te buscar? Eu posso te levar se quiser...

-Não obrigada. Minha mãe já está vindo... –eu falei e ele assentiu com a cabeça.

-Certo. –ele colocou os óculos de sol novamente e sorriu para mim. -Nos vemos amanhã Liv. –ele disse saindo andando em direção ao jipe quando eu acenei. -Vamos logo Dylan, já se beijaram o bastante. –ele falou abrindo a porta do jipe preto e entrando já ligando o automóvel. Ele a bateu a porta com força para fazer o amigo desconfiar e o casal logo se separou. A garota sorriu entrando em um carro azul ao lado e o amigo pulou para dentro do jipe colocando metade do corpo para fora e se sentando na janela. Ele colocou os óculos de sol enquanto o jipe se movimentava em direção a saída do estacionamento.

-Te vejo amanhã meu amor! –ele gritou e a namorada riu fazendo um coração para ele.

-Que bando de gente louca. –eu falei sussurrando e o carro preto que a minha mãe tem parou de frente para mim tampando o meu campo de visão. Eu entrei com um sorriso no rosto e fechei a porta já soltando as minhas coisas perto dos meus pés. Eu puxei o cinto de segurança e olhei para a minha mãe com os óculos de sol prata.

-Oi meu amor. –ela disse sorrindo alegremente para mim.

-Oi mãe. –eu falei prendendo o meu cabelo em um coque.

-Como foi seu dia? –ela perguntou realmente interessada em saber se algo de interessante havia acontecido hoje.

-Normal, eu acho. –eu disse e ela saiu dirigindo em direção á nossa casa. –Nada demais eu acho, mas começamos os treinos de ginástica hoje. Foi muito legal. –contei e durante todo o caminho para casa fomos conversando sobre como havia sido e o que eu havia achado.

**

Eu, Riley e Alex havíamos combinado de nos encontrar às seis horas no sidewalk que agora era da tia Brooke já que sua mãe havia realmente se aposentado da lanchonete. Nós três estávamos sentados na área dos adolescentes onde possuía vídeo games e uma biblioteca bem legal com livros aleatórios que combinavam muito bem com a decoração do lugar. Eu fazia as minhas tarefas das aulas de piano deitada em uma poltrona rosa e felpuda e Alex tocava alguns acordes em sua guitarra enquanto Riley tirava fotos aleatórias em seu celular.

-Esses gatos da escola ainda me matam... –Riley falou de uma hora para a outra e eu Alex olhamos para ela na mesma hora com uma cara de riso. Ela nos olhou assustada percebendo que tinha falado em voz alta e eu arregalei meus olhos em sua direção.

-Como? –eu perguntei chocada. -Repete.

-Na Madson tem os garotos mais bonitos ué. –ela falou mostrando seu instagram. -Isso é bem obvio, mas a maioria já está no terceiro ano... Terei que me contentar com os gatos do segundo.

-Obrigado. –Alex disse fazendo uma cara de convencido e nós duas rimoa.

-Pai! –ela gritou e o tio Cory que estava sentado no balcão junto com os meus pais a olhou. -Se eu arrumar um namorado esse ano, vou ficar órfã de pai? Porque é bem capaz que você dê um ataque, certo?

-Sim, irá ficar orfã. –ele respondeu me fazendo sorrir de lado. -Sem namorados por enquanto Riles. –ele disse a chamando pelo apelido de criança.

-Pode namorar quem quiser meu bem, não ouça as coisas que o seu pai diz... Ele está apenas brincando. –tia Brooke falou e nós rimos enquanto eu ouvia Alex cantando uma musica em um tom baixo mesmo que estivesse prestando atenção na conversa.

-E eu pai? –eu perguntei para fazer graça e ele virou a cabeça para me olhar.

-Quer que eu seja enterrado junto com o Cory? –ele perguntou. -Porque é isso que irá acontecer...

-Qual é? Só porque somos meninas? –eu perguntei fechando meu caderno de partituras.

-Sim, vocês são as princesinhas ué. –Thomas falou desviando o olhar do vídeo game e eu revirei meus olhos com a sua fala.

-Azarentas, eu nasci abençoado por isso posso pegar quem eu quero. Pai, obrigado por ter me feito menino. –Alex falou e tio Sam fez um joinha enquanto nossas mães nos olhavam do outro lado do balcão.

-Mas vocês já namoravam com a nossa idade... –eu falei. -A mamãe me contou.

-Maya, você tem que aprender a ficar calada. –meu pai disse e ela o olhou tão seriamente que o fez se encolher no banco.

-Está me irritando. –ela disse entre dentes. -E filha, pode namorar quando quiser. Não precisa se sentir com medo ou constrangida pelas coisas que eles dizem. Só estão com ciúmes.

-Por acaso estão dizendo isso por causa daqueles caras da escola? –Alex perguntou nos olhando e eu e Riley arregalamos nossos olhos para ele por ele ter tocado nesse assunto justamente quando estávamos todos “em família” por assim dizer.

-Que caras? –tio Sam perguntou com uma cara confusa

-Ah o cara da loja? –Thomas falou e riu sem acreditar. -Eu sabia que você estava interessada porque ficou toda trabalhada na vermelhidão...

-Thomas! –eu disse para que ele se calasse logo de uma vez.

-Quer me explicar isso Srt. Olívia? –meu pai perguntou rodando no banco para que pudesse me olhar.

-Eu não sei de nada pai. O Thomas que é um louco e muito fofoqueiro. –eu disse e olhei brava para o Alex por ter sido culpa dele esse assunto surgir, meu irmão nem sequer estava se lembrando. Ele se encolheu no puff amarelo e desviou o olhar para a guitarra.

-Estou passando mal só de pensar. –meu pai disse. -Olha só, me dá arrepios.

-Não seja dramático Chandler. –tia Brooke falou batendo nele com um guardanapo. -Elas foram bem criadas, sabem que não podem ter a primeira... –tia Hana tampou a boca dela e apontou discretamente para Thomas.

-Eu casei com uma louca... Olha as coisas que ela fala, sem condições. –tio Cory falou.

-Estão preocupados a toa. Esses garotos não devem ser tão assim para causar todo esse drama... –minha mãe disse e o sino da porta tocou revelando que alguém estava entrando no sidewalk. Todos nós olhamos na mesma direção no mesmo instante e Dylan entrou sendo seguido por Tyler que estava com uma camiseta preta e jeans surrados dessa vez. Eu arregalei meus olhos e virei a cabeça para o caderno rapidamente para tentar me esconder o mais rápido possível. Meu pai me olhou semicerrando os olhos e eu o ignorei fingindo que nada estava acontecendo.

-Huh. –Riley falou erguendo suas sobrancelhas repetidas vezes. -Olha quem chegou. –ela sussurrou na minha direção.

-Huh.  –eu a imitei. -Os dois têm namorada. Agora me deixe em paz. –eu falei e ela revirou os olhos sabendo que nada de interessante iria acontecer, se Tyler não tivesse me visto.

-Terceira vez no dia, Barbie? –ouvi uma voz atrás de mim e fechei meus olhos sabendo que ele estava bem atrás de mim. -Começo a achar que é o destino, você não? -eu os abri e olhei para Tyler de cabeça para baixo.

-Oi. –eu falei e ele sorriu abertamente para mim antes de piscar.

-Oi. –ele falou e então cumprimentou Riley e Alex. O loiro fez um sinal com a cabeça ao invés de responder e Tyler logo foi atrás de Dylan na mesa que o garoto havia se sentado. Eu olhei para o balcão e vi o tio Cory, o tio Sam, meu pai e Thomas me encarando de braços cruzados enquanto minha mãe e minhas tias faziam um joinha com as mãos e sorriam alegremente. Eu forcei um sorriso e voltei a olhar para meu caderno achando melhor eu me concentrar nas tarefas de uma vez. Meu pai encheria meu saco pelo resto da minha vida, eu já podia sentir.

**

-Olívia, meu amorzinho, quem é aquele garoto? –meu pai perguntou e eu me virei para ele desistindo de subir as escadas para o meu quarto quando chegamos em casa.

-É um garoto da escola, pai. –eu falei. -Relexa, não precisa se preocupar comigo...

-Ele está te perseguindo? –ele perguntou enquanto Thomas se sentava ao lado da minha mãe revezando o olhar entre mim e ele para prestar atenção no que acontecia.

-O que? Claro que não. –eu respondi e ri fraco. -Da onde você tirou isso? Que maluquice...

-Ele nem o conhece direito, tio Chandler. –Riley respondeu me ajudando como sempre e eu respirei aliviada por já ter uma idéia de que o assunto se encerraria.

-Foi como eu disse. Não precisa se preocupar comigo, pai.  –eu disse tentando encerrar a conversa de uma vez e nós subimos as escadas enquanto eu ouvia minha mãe falando para meu pai parar de implicar com esse tipo de coisa. Eu fechei a porta e nós nos sentamos na bay window um pouco cansadas do longo dia que tivemos.

-Meu deus sis, nossos pais são bem atacados. –Riley falou se endireitando e se encostando-se à janela. -Agora voltando ao assunto que eu tentei de contar no carro quando vínhamos para cá... Ficou sabendo da festa que vai ter? Eu recebi o convite pelo Instagram, deve ter alguma coisa no seu falando sobre isso. –franzi o cenho e neguei.

-Não estou sabendo de nada. –respondi. -Que festa?

-É da escola e é feita para todos os calouros. É tipo um rito de iniciação para as aulas... E quem é os calouros?! –ela perguntou se levantando e apontando para ela mesma. -Isso somos nós, Liv! A gente tem que ir vai. A última vez que saímos foi nas férias de verão e tipo, foi para o sidewalk. –eu ri e assenti quando vi a cara que a mesma fez.

-Ok, mas eu tenho que perguntar para os meus pais. –eu disse. -Se eles não deixarem, nem cola porque você já sabe... –eu me levantei e deitei na minha cama passando a encarar o teto cheio de estrelas que brilhavam no escuro. -Lembra quando a gente fugiu no nono ano? –eu perguntei me lembrando das cenas.

-Como esquecer, foi à coisa mais ousada que a gente já fez. –ela disse começando a rir junto comigo. -Eu jurava que minha mãe ia me matar... Nunca a vi tão brava daquela maneira.

-É  a minha ficou super nervosa achando que tínhamos sido seqüestradas, principalmente quando meu pai começou a chorar pensando que eu tinha  ido embora de vez da vida dele. –eu falei rindo e lembrando as cenas de quando nos acharam.

-É. 1 hora desaparecidas e eles surtaram... –ela disse.

-E a gente estava bem perto do sidewalk. –eu disse. -Foi legal. Foram muitas loucuras que a gente já fez... Sinto falta.

-Então vamos nessa festa... Ela vai ser show, tenho certeza.

**

No outro dia na escola, eu e Riley estávamos na aula de literatura com a Srt.Espinosa rindo das coisas que vínhamos no Instagram, já que a matéria já havia sido encerrada. Riley estava sentada na minha frente no fundo da sala e nós contávamos os minutos para o sinal tocar logo para termos oficialmente a nossa primeira aula de história.

-Liv, tem alguém olhando para você... –ela disse após erguer o olhar para um canto da sala especificamente.

-Quem? –eu perguntei ficando totalmente imóvel.

-Começa com “Ty” e termina com “ler”. –ela respondeu e eu revirei os olhos. -Parece que ele está interessado. E parece ser um pacote de confusão muito gostoso, olha a tattoo naquele braço. Céus!

-Riley fica quieta. –eu pedi.

-É. Ele está encarando você, pude ter certeza agora. –Riley sussurrou se curvando para espiar o outro lado da sala.

-Para com isso, ele vai ver você. –ela sorriu e acenou.

-Ele já me viu, mas continua encarando você. –eu o olhei na direção dele e ele sorriu para mim de um jeito bonito. Eu retribuí da mesma maneira e voltei a olhar para o meu caderno aberto em cima da mesa.

-Ele ainda esta olhando? –eu perguntei sussurrando.

-Ah com certeza. –ela disse dando algumas risadinhas. -Ele é muito gato. Olha aquilo. –o sinal bateu e eu juntei minhas coisas rapidamente ainda rindo como ela era tão tarada desse jeito. Eu passei a alça da minha bolsa pelo braço e segurei seu pulso a puxando para fora da sala antes que ela falasse mais alguma coisa. -Por que esta com pressa?

-Temos aula de história. –eu falei. -Não quero me atrasar.

-Mentira, você esta é fugindo... Todo mundo sabe que você morre de vergonha quando alguém fica te encarando. –nós entramos na próxima sala e nos sentamos nos mesmo lugares do primeiro dia.

-Eba, aula de historia agora... Aula de filosofia depois e almoço. –eu falei ignorando o que ela disse e Alex entrou na sala se sentando atrás de Riley.

-Adivinha quem entrou para uma banda? –ele perguntou todo alegre e eu e Riley arregalamos nossos olhos.

-Ah meu Deus, jura?! –eu perguntei e ele assentiu com um sorriso no rosto já fazendo um high-five comigo quando eu estendi minha mão em sua direção.

-Fiz o teste no primeiro horário. Eles estavam precisando de um guitarrista, parece que o outro se mudou de cidade... Acabei de receber a mensagem do cara e quase surtei. –ele disse olhando em seu celular e eu e Riley começamos a gritar bem animadas. -Hey suas loucas, diminuem, estão atraindo olhares furiosos por serem malucas.

-Céus, vocês acabaram com a minha audição. –o nerd salvo pelo Alex falou atrás de mim.

-E ai cara? Tudo na paz?  –Alex falou fazendo um toquinho com ele. -Meninas esse é o Zay. O chamei para almoçar com a gente hoje... Iremos fazer companhia a ele.  –eu e Riley acenamos e ele sorriu acenando de volta.

O professor entrou na sala de aula com a sua pasta e nos olhou com um sorriso no rosto parecendo bem empolgado para nos ensinar alguma coisa hoje.

-Finalmente, a nossa primeira aula de história pessoal! Se preparem para aprender algo para a escola e para a vida. Geralmente é a mensagem que as minhas aulas passam. –ele disse. -Hoje, para iniciar falaremos sobre o comunismo... Alguém sabe me dizer o que é?

-É uma organização socioeconômica baseada na propriedade coletiva dos meios de produção. –Zay respondeu.

-Muito bem Zay. –o professor disse. -Está correto.

-Sério isso? Eu pensei que era quando eles tiravam os demônios de você. –Alex falou e eu e Riley viramos para trás rindo sem acreditar.

-Isso é exorcismo. –Zay falou o olhando.

-Ah ta. –ele falou e eu olhei para o professor que o encarava quase em estado de choque.

-Ele esta brincando, é claro que ele sabe a diferença. –eu falei.

-É, eu sei. –Alex falou assentindo repetidas vezes.

-Tenho certeza que sim Sr. Elicad. –o professor falou com ironia e nós rimos baixo.

-Por que devemos estar sempre em competição uns com os outros? –o professor perguntou andando pela sala. -Por que devemos ser motivados por boletins? Por que não devemos ajudar uns aos outros para que todos saibam exatamente a mesma coisa? Eu quero que escrevam isso para mim e tragam na aula de amanhã...

**

A terceira aula geralmente era a que eu me sentia mais confusa, o professor sempre falva muito e eu não entendia quase nada. Sinto muito em dizer, mas esse negócio de “ser ou não ser” não é comigo. Eu desabei na segunda cadeira ao lado da parede com janelas quando cheguei para a aula. Soltei minha bolsa no chão e me curvei para pegar o fichário que estava dentro dela junto com milhares de coisas e quando ergui o corpo novamente vi que Tyler já estava aqui. Eu me assustei por vê-lo sentado sorrateiramente na carteira á minha frente e dei uma olhada  em volta me perguntando o que ele fazia aqui.

-Legal, você trouxe fichário... Você pode copiar e depois me mandar porque eu esqueci o meu caderno. –ele disse mordendo a caneta e sorrindo para mim.

-Você nem é dessa sala. –eu disse com uma cara estranha.

-Claro que sou! Eu só não vim nas primeiras aulas. –ele respondeu e o professor Lockwood entrou na sala com passos largos o que fez Tyler voltar a olhar para frente. Ele continuou sorrindo deixando ainda mais nítido a covinha que tinha na sua bochecha o que me fez dar um mini sorriso. -Não se esquece de me mandar depois ok, Barbie? –ele perguntou enquanto o professor começava a falar sobre Aristóteles.

-Algum problema aqui na frente? –o professor perguntou e eu chutei Tyler por debaixo da mesa antes de sorrir para o professor.

-Não. Nenhum problema. –respondi fazendo Tyler rir e relaxar na cadeira. Conforme o tempo passava, ele alternava entre bocejar e se apoiar na minha mesa para ver e dar opiniões sobre o que eu escrevia. -Para com isso. –eu falei e ele ficou mexendo na faixa de couro preta em seu pulso até que o sinal finalmente bateu. Ele se levantou e caminhou ate a porta rapidamente antes de se virar e me olhar.

-Me manda as fotos! –ele disse alto e algumas garotas me olharam. Eu fechei o meu fichário começando a guardar as minhas coisas e ouvi o barulho de saltos vindo na minha direção. Uma garota parou ao meu lado e me olhou no mesmo instante que eu havia me levantado para ir embora.

-Oi. É Olívia não é? –eu a olhei e assenti notando que a mesma usava seu corpo para bloquear o meu caminho. -Legal. Olha... Eu acho que eu devo te avisar sobre o Tyler, antes que você seja a próxima da lista. –ela disse e então eu notei que aquela menina que havia segurado a mão dele no corredor aquele dia, a esperava perto da porta enquanto nos olhava fixamente. -Ele não é quem parece ser ok? Ele não tem amigas meninas e tudo que ele esta fazendo com você, é com um objetivo. Eu estudo com ele há muito tempo e ele já fez o corpo estudantil feminino inteiro chorar por causa dele... E continuar do jeito que está, vai cair como um patinho no papo dele porque é isso que sempre acontece, meu amor. Olha só para você. É bonita, loira, bem vestida e de uma boa família... O tipo que ele mais gosta para estragar. –eu engoli em seco a olhando sem falar absolutamente nenhuma palavra enquanto eu apenas prestava atenção no que ela dizia. -Ele só quer que você seja a próxima para ele magoar... Toma cuidado então porque quando ele acabar com a sua reputação, não tem volta. –ela saiu andando abaixando um pouco a saia e me olhou antes de sair da sala. -O aviso está dado. Agora é com você. –eu encarei o chão assim que elas foram embora e respirei fundo antes de segurar a minha bolsa e ir para o refeitório.


Notas Finais


Comentem ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...