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História Hi, Im Liv (Reescrevendo) - School Night


Escrita por: mii-riggsdixon

Capítulo 7 - School Night


Fanfic / Fanfiction Hi, Im Liv (Reescrevendo) - School Night

Nós chegamos em casa após ficarmos um tempo há mais no sidewalk e vimos meu pai e minha mãe se arrumando para saírem já que podíamos ouvir o barulho dos seus saltos batendo contra o piso. Nós nos entreolhamos nos perguntando onde eles estavam indo e minha mãe veio na minha direção enquanto prendia um brinco dourado em sua orelha.

-Vocês dois não atendem os celulares não? –ela perguntou e eu fiz uma cara estranha. -Liguei 500 vezes. Quase que vocês chegam aqui e nós não estamos. –eu peguei meu celular para checar e vi realmente as quinhentas chamadas perdidas.

-Estava no silencioso. –eu disse dando de ombros.

-Eu e seu pai vamos sair, temos um evento para ir e já que amanhã, vocês dois tem aula... Cama cedo, tranquem a porta e nada de doces depois das dez horas. –ela disse e nós assentimos com a cabeça. Minha mãe estava usando um vestido vermelho longo e seu cabelo estava preso em um coque mal feito o que me fazia ter a certeza de que para mim, ela era a mulher mais bonita em todo esse mundo. Ela sorriu para nós dando um beijo em nossa bochecha antes de soltar um suspiro. -Amo vocês. E você Thomas, não assuste sua irmã e não faça nenhuma gracinha...

-Pode deixar mamãe. –ele disse e ela bagunçou o cabelo dele antes de dar um beijo na bochecha dele novamente. Ela saiu  pela porta indo para o carro e meu pai desceu as escadas terminando de prender a sua gravata que havia combinado muito bem com os seus olhos.

-Ah estão ai. –ele disse e sorriu. -Pensei que a mãe de vocês iria surtar se não aparecessem em dez minutos. –ele falou.

-É bem a cara dela. –eu falei e ele riu assentindo com a cabeça. -Hmm pai, antes que eu me esqueça de avisar, amanhã é School Night, então eu preciso que você assine uma permissão de que eu posso participar e esse tipo de coisa. –comentei e ele franziu o cenho.

-“School Night”? Defina.  –ele disse me olhando e arrumando a gravata que tinha ficado torta.

-O dia que os alunos dormem na escola, fazem atividades em grupo... É como se fosse um acampamento, só que não tem a floresta. –eu falei e ele assentiu.

-Sua mãe sabe? –ele perguntou franzindo o cenho.

-Sabe. Eu falei com ela na hora do almoço. –eu disse.

-Certo então, deixe o papel em cima da minha mesa que eu assino para você... Nós voltamos daqui a pouco ok?  Amo vocês e não se esqueçam de trancar a porta. –ele disse passando por ela e acenando para nós. Eu fechei a porta e a tranquei como foi pedido e quando me virei Thomas abriu um sorriso sinistro na minha direção

-Se prepare para a noite do terror maninha... –ele falou.

-Te dou 10 dólares se me deixar em paz. –eu disse propondo um acordo.

-Mais os cinco dólares da cafeteria para eu não contar sobre a última vez que eu e assustei? –eu assenti com a cabeça e ele sorriu. -Feito. –eu entreguei o dinheiro para ele e ele subiu as escadas saltitando todo contente. Eu subi atrás dele e fui para o meu quarto entrando e fechando a porta. Eu soltei minha bolsa na mesa de estudos e me sentei na cadeira de rodinhas ligando o notebook. Eu entrei no twitter e vi um monte de pessoas me mandando mensagens e dizendo o quanto me ama e ama a minha família. Li uns comentários respondendo alguns e vi que eu estava em uma lista das filhas de famosos que mais se pareciam com os seus pais. Eu ri fraco vendo as minhas fotos e as da minha mãe e dei um retweet na publicação.

Eram 11 horas da noite quando eu conseguir convencer o Thomas a ir dormir. Eu fui para o meu quarto usando um short preto de pijama e uma regata da mesma cor e bocejei soltando o meu cabelo do rabo em que estava preso. Eu arrumei minha mochila para amanhã à noite e a deixei na bay window para que eu não a esquecesse. Eu me deitei na cama e enfiei os fones de ouvido dando play na primeira música do meu celular. Eu fechei meus olhos e nem vi quando eu dormi.

**

Eu caminhava com minha mochila e meu travesseiro para o ginásio da escola enquanto meu pai me seguia trazendo o meu colchão e uma coberta lilás. Nós entramos na escola super movimentada e o corredor já estava lotado de colchões perto dos armários igual ao ginásio. Meu pai passou na minha frente e soltou meu colchão ao lado da parede, do outro lado da quadra esportiva. Eu joguei meu travesseiro em cima e um colchão foi colocado ao lado do meu.

-Eai Barbie? Chegou meio atrasada, quase que não consegue um lugar...  –Tyler falou se sentando nele e nos olhando com um sorriso no rosto. Meu pai alternou o olhar entre o meu colchão e o colchão dele e fechou a cara na direção do garoto.

-O que você esta fazendo aqui? –meu pai perguntou a ele.

-Hoje é School Night, senhor. –Tyler respondeu. -Dia de dormirmos na escola, fazermos aquelas coisas clichês de acampamento e etc. Eu não sou muito fã dessas coisas, mas resolvi fazer um esforço quando eu descobri que os meus amigos viriam.

-Esse negocio não devia ser apenas para meninas? –meu pai perguntou me olhando.

-Não pai, o mundo está se tornando igualitário... Então, todo o segundo ano dorme aqui hoje. –eu disse soltando minha mochila e me sentando enquanto Tyler sorria para mim.

-O segundo ano todo? –ele perguntou e a porta do ginásio foi aberta mais uma vez. Ele olhou na mesma direção que eu e Dylan, Zay e Alex entraram com seus colchões e os jogaram perto do meu enquanto conversavam na maior altura sobre algum filme que tinha visto há pouco tempo atrás. -Ai meu Deus. Alex! Você não me avisa dessas coisas?!

-O que eu fiz? –Alex perguntou com uma cara estranha enquanto soltava seu travesseiro perto das suas coisas. Meu pai revirou os olhos e soltou um suspiro antes de se virar para o Tyler e o encarar.

-Se levanta. –meu pai disse para Tyler e eu franzi o cenho quando o mesmo obedeceu. Meu pai afastou o colchão dele e quando uma garota passava perto de nós com uma fita isolante ele a pegou da mão dela de imediato. -Me empresta isso, só vai levar um segundo. –ele se ajoelhou no chão e eu escondi meu rosto quando ele fez um quadro em volta do meu colchão dividindo o meu espaço com o de Tyler. -Entendeu? –ele perguntou a ele que assentiu repetidas vezes.

-Sim Senhor. –Tyler disse e minha mãe se aproximou. -Entendi completamente e irei respeitar.

-Oi gente. –ela disse sorridente e eles acenaram no instante que ela olhou a história dos colchões. -O que você... –ela começou olhando para o meu pai. -Ai meu deus Chandler! Não passe uma vergonha dessas...

-Os pais não podem dormir aqui também? –ele perguntou. -Iria ser legal ter um momento em família no ambiente escolar. Eu sinto falta...

-Eu espero que vocês se divirtam muito pessoa, a gente já vai indo. Ate amanhã Liv, tenham uma boa noite. –ela saiu andando e puxou meu pai pelo braço enquanto os dois iam discutindo até a porta.

-Uau. Seu pai é maneiro e bem intenso, vou fazer isso quando eu tiver uma filha. –Tyler disse e se sentou enquanto os outros riam. Riley chegou cantando um rap engraçado junto com Brittany e elas jogaram os colchões no chão perto de nós. Riley olhou a fita e me olhou arqueando uma sobrancelha.

-O Tio Chandler passou por aqui não é? –ela perguntou e eu assenti de imediato.

-É. Ele passou. –eu disse e ela riu. -E então galera, hoje não temos aula, e temos a escola só para nós. O que vamos fazer? –eu perguntei e as luzes apagaram quando um trovão estralou no céu. Eu me assustei quando todos gritaram e eu fechei meus olhos sem crer que isso aconteceu. -Nada, não vamos fazer nada pelo visto. –eu disse olhando Alex caçando algo em sua mochila. Ele ligou uma lanterna e nos iluminou enquanto os outros iluminavam o ginásio com os seus celulares.

-Perfeito. Nem wi-fi vai ter. –ele falou enquanto mais alunos começavam a entrar no ginásio com as suas coisas.

-Hey pessoal. O que acham de fazermos uma roda para o clube do terror? –um garoto perguntou e ao ver que a maioria havia aceitado, todos nos sentamos em forma de um circulo. Eu fiquei entre Tyler e Zay enquanto a porta era fechada e coloquei o capuz da minha blusa de moletom que eu usava. -Certo, todos estamos aqui... Vamos começar com as historias de terror.

-Não sei porque, mas ele nem começou e eu já estou com medo. –Riley sussurrou e eu ri com o que ela havia dito. Eu e Riley estávamos inclusas no grupo das pessoas mais medrosas que existe no mundo, então não era novidade a gente viver se assustando.

-Pode segurar minha mão se quiser. –Tyler sussurrou para mim e eu o olhei. Eu revirei os olhos abraçando minhas pernas e ele riu fraco se ajeitando no colchão em que estávamos sentados. Megan me encarava do outro lado com uma cara nada boa por ele ter escolhido se sentar ao meu lado e quando o mesmo percebeu, Tyler a olhou e acenou sorrindo falsamente para a garota.

-Ela é sua namorada por acaso? –eu perguntei quando criei coragem para finalmente descobrir quem ela era.

-Era. –ele respondeu me olhando. -No primeiro ano... Nós saímos por cinco meses e ela já começava a falar de casamento... Não sei por que, mas isso sempre me deu nos nervos. Não era para mim.

-Casamento? –eu perguntei totalmente surpresa. -Com 16 anos?

-Ela se apega muito rápido. –ele brincou e nós dois rimos com a cara que eu havia ficado.

-E quem terminou com quem? –ele deu de ombros e me olhou.

-Eu disse que não queria mais e ela saiu contando para todo mundo que eu traí ela. Foi assim que a minha “fama” começou. –ele falou. -O Dylan sabia da história toda desde o começo e até tentou desmentir, mas não colou... Então, eu fiz o que ela havia falado. Saí pegando todas as garotas da escola, e ela ficou morrendo de raiva. –ele disse e eu assenti com a cabeça mostrando ter entendido. -Desse ginásio para falar a verdade, eu só não tive nada com você, com a Riles, com a Britt e com as garotas que me odeiam.

-Nossa. –eu falei sem acreditar. -Mas, olhando por um lado, pelo menos deu o troco você deu o troco nela. Não gosto de pessoas que inventam mentiras sobre as outras, isso machuca e eu sei como é porque pelo fato dos meus pais serem famosos, as pessoas sempre inventam coisas sobre mim. –ele me olhou por um tempo e assentiu com a cabeça.

-É, mais eu não sou assim, fingi ser essa pessoa para largarem do meu pé. Se me conhecesse antes, iria gostar de mim. –ele falou e eu o olhei assentindo antes de dar de ombros.

-Gosto de você como você é. –eu disse e ele sorriu. Eu sorri de volta e soltei um suspiro voltando a olhar para o chão iluminado com as luzes de um monte de lanternas. O garoto contava a história de terror parecendo que chegou a vivenciá-la e Alex estava enrolado em sua coberta olhando para os lados de cinco em cinco segundos o que me fazia duvidar sobre o que eu havia dito sobre eu e Riley sermos uma das mais medrosas pessoas. Algo bateu na porta do ginásio e todos nós nos assustamos olhando para lá no mesmo instante.

-Que porra foi isso? –Brittany perguntou agarrando o braço de Dylan que estava ao seu lado. As lanternas passavam a iluminar a porta azul fechada enquanto um monte de gente começava a supor o que tinha sido.

-Deve ter sido só o vento. –o garoto que contava a história falou. -Não liguem... Fantasmas não existem, seus medrosos.

-Ok, mas nós fechamos a escola inteira. –um outro garoto disse e eu o olhei.

-Parem de ser medrosos... Deve ser só corrente de ar. –Tyler falou. -Não é como se tivéssemos invocado alguma coisa.

-Ou pode ser mesmo um espírito que irá matar um por um aqui. –Dylan disse rindo.

-Ok, isso não tem graça e eu estou com medo então para. –Megan falou se levantando e vindo na nossa direção. Ela me deu uma bundada e eu trombei com Zay enquanto ela abraçava Tyler do meu lado. Um barulho alto fez na outra porta e todos gritaram novamente.

-Foda-se vocês, eu vou sair daqui. –o garoto falou abrindo a porta e saindo correndo pelo corredor escuro. Eu e Riley nos levantamos do colchão e outro trovão estralou no céu. Ouvimos um grito alto vindo do lado de fora e Alex nos olhou apavorado.

-Eu não sei vocês, mas eu acho que tem um espírito assassino aqui dentro e eu não vou ficar para ele me matar. Estou vazando junto com o carinha corajoso que já deve estar chegando à casa dele... –ele saiu correndo e Riley correu atrás dele.

-Alex espera! –ela gritou enquanto todos se levantavam para saírem daqui.

-Dá para me soltar?! Que inferno! –Tyler gritou com Megan enquanto desprendia os braços dela em volta de seu pescoço.

-Eu vou atrás da Riley antes que ela vá embora mesmo... –eu disse me preparando para sair andando e alguém me segurou.

-Espera, fica quieta. A escola está toda escura e todo mundo está apavorado. –Tyler disse a mim e eu parei.

-Eu vou procurá-los. –Zay falou se levantando e saindo caminhando com uma lanterna.

-Eu vou com ele. Voltamos logo. –Dylan disse á Brittany que se levantou e riu com deboche.

-Eu vou com você, não vou ficar aqui sozinha. –ela disse o alcançando e eu cruzei meus braços voltando a olhar para o Tyler.

-Eu estou indo, a escola é grande e quanto mais gente procurando por eles, mais cedo iremos achar então... –eu falei já saindo andando e Tyler veio atrás de mim para ir comigo. Ele se abaixou pegando uma lanterna no chão e nós passamos pela porta juntos.

-Tyler não me deixa aqui sozinha. –Megan disse e ele a ignorou continuando a vir atras de mim pelo corredor escuro e vazio.

Pov’s Alexander Elicad

Eu saí correndo em disparada e jurava que tinha alguém vindo atrás de mim porque diferentes sons de passos ecoavam pelo corredor. Eu entrei no vestiário masculino totalmente escuro olhando para os lados e abri a porta de um dos armários para me esconder já que eu estava cagando de medo. Eu entrei lá dentro e fechei meus olhos me amaldiçoando por eu ter saído do ginásio sozinho. Ah, como eu era um burro e os burros sempre morrem nos filmes de terror porque são idiotas o bastante para serem delinqüentes em suas atitudes.

-Ai meu Deus. Ai meu Deus. –eu disse fechando os olhos e começando a rezar para que alguma alma boa viesse me procurar. Vi uma sombra passando em frente ao armário que eu estava e eu segurei o choro sentindo meus olhos arderem de pânico. -Deus, eu sou muito novo para morrer... Eu não acabei o colegial, não me formei na faculdade, não conheci o amor da minha vida e o mais importante, não virei um astro do rock então me proteja...  Me livrai de todo... –a porta foi aberta de repente e eu gritei empurrando o cara na minha frente. -Seu desgraçado! –eu gritei olhando para o zelador que estava em pânico pelo susto que eu havia dado a ele.

-O que diabos está fazendo aqui? –ele perguntou segurando uma vassoura.

-Tinha uma... Coisa atrás de mim. –eu disse me recuperando.

-Sim, a coisa era eu, seu idiota. –ele falou. -Vi você correndo. Não podem ficar no vestiário, é permitida apenas a área das quadras e do ginásio, então suma daqui.

-Não soube do espírito que está de fora? –eu perguntei.

-Que espírito o que?  Você é louco? Essas coisas não existem. –ele falou. -São os idiotas do futebol enchendo o saco, como sempre.

Pov’s Olivia Riggs

Eu e Tyler andávamos pelo corredor em passos calmos ouvindo de vez em quando algumas pessoas gritando e logo rindo. Nós subimos as escadas para o outro andar e olhamos em volta brevemente enquanto eu abraçava o meu corpo por estar sentindo arrepios de vez em quando.

-Isso aqui está parecendo cenário daquela série “Scream”. –eu disse. -A gente não devia ter se separado. Nos filmes nunca acabam bem quando as pessoas se separam. Ou os que ficam morrem, ou os que vão morrem, e no nosso caso nós dois estamos “indo”. –eu falei e ele riu fraco assentindo.

-Fica calma. Vamos encontrá-los logo, eles não devem ter saído da escola, vai começar a chover logo então isso seria uma idiotice. –ele disse e eu assenti sabendo que seria sim.

-Achei que chamaria a Megan para vir junto... –eu comentei checando nos corredores que intercalavam com o nosso.

-Ciúmes? –ele perguntou abaixando a cabeça para me olhar e eu ri fraco com um pouco de deboche.

-Claro que não. Porque eu estaria? –eu perguntei de volta e ele deu de ombros.

-Eu só perguntei... –ele disse e riu no instante que um barulho foi feito atrás de nós.

-O que foi isso? –eu perguntei olhando para trás e me aproximando de Tyler que olhava na mesma direção que eu.

-Eu não sei, mas se tiver um idiota atrás de nós, eu juro que quebro a cara dele.  –Tyler disse e ninguém apareceu no breu que o corredor estava.

-Será que é o Dylan? –eu perguntei sussurrando enquanto o olhava.

-Não, ele estaria com a Britt e com o Zay e o Zay anda arrastando os pés então já teríamos o ouvido. Aqui, vem... Vamos esperar e ver se alguém passa.  –ele me puxou pela mão e nós entramos no armário do zelador. Ele encostou a porta e ficou olhando pela fresta enquanto eu passava a mão no rosto de nervoso por realmente estar com um pouco de medo agora.

-Está vendo alguma coisa? Ou alguém? –eu perguntei e ele negou com a cabeça. Outro barulho foi feito e ele fechou a porta rapidamente. -Vamos sair correndo. Eu não quero ficar dentro desse armário, na verdade eu não posso. Eu tenho ataque de pânico e também sofro de claustrofobia... Sim, eu sou problemática. –eu disse ofegante.

-Shhh... –ele falou.

-Olha aqui, pode ter alguma coisa aqui dentro... E se você nasceu com o dom da coragem, eu nasci com o dom do medo. –eu falei me apavorando. -Quando eu tinha quatro anos o meu pai me levou em um parquinho que tinha perto da nossa casa. Uns garotos chatos me empurraram de um balanço e eu pensei que iria morrer... E estou pensando nisso agora então se você não se importar de sair correndo comigo, eu agradeço. –falei me abanando.

-Você não vai morrer. –ele disse. -Céus, só respire fundo antes que surte...

-Eu estou ficando sem ar. Tyler vamos sair daqui. –eu falei e ele ficou de frente para mim de repente o que me fez grudar contra a parede. Eu engoli em seco e ele me olhou por alguns instantes o que acabou me fazendo franzir o cenho por não entender o que ele fazia. Ele se aproximou de mim me fazendo desviar o olhar por eu desconfiar do que ele iria fazer e voltei a olhá-lo quando sua mão segurou o meu rosto. O meu coração começou a acelerar e ele aproximou seu rosto do meu se curvando na minha direção o que me deixou sentir a sua respiração.  

Ele afastou o cabelo do meu rosto e o colocou atrás da minha orelha cheia de brincos enquanto eu me esforçava para controlar a minha respiração que estava um pouco descompensada. Sua boca se aproximou da minha orelha e eu senti um arrepio percorrendo todo meu corpo.

-Achou que eu ia te beijar? –ele perguntou e eu ergui o olhar em sua direção antes de rir com deboche para disfarçar porque era exatamente o que eu achava.

-Lógico que não.  –eu disse e o empurrei para trás para afastá-lo de perto de mim. –Você só fala idiotices.

-Não foi o que pareceu no meu ponto de vista. –ele disse quase rindo e eu o olhei séria cruzando meus braços.

-Eu não achei que você ia me beijar! –eu disse firme. - Deus me livre... Eu ia acabar pegando uma doença, sua boca passou em milhares de outras. Então não obrigada... Eu gosto de ficar apenas com a sua amizade e não com os seus germes.  –eu falei e ele riu alto sem acreditar.

-Já te disseram que você é engraçada? –ele perguntou e eu arquei uma sobrancelha em sua direção. -Não se preocupe Liv. Quando eu for te beijar, vai ser em um lugar melhor do que em um armário com cheiro de produtos químicos... –Tyler continuou e nós dois nos encaramos por alguns segundos. - Agora vamos, tenho certeza que estão fazendo graça com a nossa cara. –ele saiu da dispensa na minha frente e a luz do corredor iluminou o armário cheio de vassouras e baldes. Eu acabei sorrindo discretamente e saí andando atrás dele para voltarmos.

Nós entramos no ginásio onde o resto das pessoas se encontrava e eu fui em direção ao meu colchão que estava perto do grupo reunido novamente.

-Hey, achávamos que tinham sido abduzidos. –Britt disse.

-Tínhamos saído para procurar por vocês... O que aconteceu? –Tyler perguntou a Dylan que estava abraçado com a namorada no colchão.

-Os idiotas do futebol queriam assustar. –ele respondeu.

-Ninguém disse a eles que eles assustam ate de luz acesa? –Riley perguntou e eu ri indo me sentar no meu colchão que estava em frente ao dela.

-Estou cheio de sono. –Alex disse bocejando e abraçando seu travesseiro. -Saí correndo como se minha vida dependesse disso e quase matei o zelador do coração.

-Queria até ter visto, você corre feito um flamingo. –eu brinquei e ele me olhou sério. Eu ri me deitando no colchão preguiçosamente e me escorei no meu travesseiro.

-Vocês vão ao banheiro agora? Temos que ir escovar os dentes para dormir. –Britt disse e eu assenti pegando a minha nécessaire para segui-las. Nós caminhamos pelo corredor muito mais movimentado agora em direção ao banheiro enquanto não havia mais nenhum sinal de que havia chovido. Eu pulei nas costas de Riley e ela gritou me ajeitando para que eu não escorregasse.

-Está pesada hein... –ela brincou e eu arregalei meus olhos.

-Que mentira! –eu falei batendo na cabeça dela enquanto Brittany abria a porta do banheiro. Algumas garotas saíram e eu desci colocando a minha bolsa colorida em cima da bancada da pia. Eu a abri pegando procurando por minha escova e algumas coisas caíram. Elas rolaram e com o baque atraiu a atenção das meninas que já escovavam os dentes.

-Parabéns sis. –Riley disse enquanto Brittany terminava de vestir um pijama. Eu revirei meus olhos e me abaixei para pegar. Olhei a parede e sorri quando vi escrito Maya, Brooke e Hana dentro de um coração feito com canetinha permanente.

-Riles olha isso. –eu falei e ela se abaixou ao meu lado para ver o que era. Ela sorriu e eu peguei a caneta jogada no chão que havia caído das minhas coisas. Eu escrevi meu nome depois de fazer um coração e entreguei a caneta para ela. Ela me olhou rindo e escreveu seu nome antes de entregar para Britt que assinou.

-Sempre? –Riley perguntou nos olhando.

-Sempre. –eu disse e nós nos levantamos. Eu escovei meus dentes e fiz um coque alto já que eu começava a sentir um pouco de calor. Vesti um pijama dos Smurfs e calcei um sapatinho de panda que era como um chinelo que eu sempre usava em casa. Nós voltamos para o ginásio falando sobre coisas aleatórias e nós rimos quando chegamos aos nossos colchões.

-Belo pijama. –Tyler disse e eu larguei minhas coisas perto do colchão. Eu o olhei e sorrindo sem mostrar os dentes e dei uma voltinha antes de me deitar abraçando meu travesseiro. Eu me virei para o canto fechando os olhos e me cobri antes de soltar um suspiro.

-Cuidado com a divisória. –eu falei sem abrir os olhos e o ouvi rindo antes de soltar um “pode deixar”.


Notas Finais


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