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História Inexplicável - Um pequeno gesto


Escrita por: LuxeDragneel

Notas do Autor


Oieeee! Antes de tudo queria agradecer aos incríveis e atuais 64 favoritos e 50 comentários ao longo dos 12 capítulos, caramba vocês são incríveis e a razão de eu continuar escrevendo com tanto amor e tentando ao máximo melhorar a cada capitulo. ❤
Como eu não gosto de enrolar muito nas notas iniciais peço de todo o coração que vocês leiam as notas finais, lá tem um recadinho muito importante sobre a fanfic, okay?
Tentem ignorar os errinhos da melhor forma possível kkkk e boa leitura!
P.S: Nos flashbacks o Draco está bem diferente, isso é porque se passa ante dele resolver mudar (para melhor ❤) então não estranhem ele mais agressivos e arrogante kkk

Capítulo 13 - Um pequeno gesto


Fanfic / Fanfiction Inexplicável - Um pequeno gesto

O ronco suave do motor é um alivio para Draco conforme ele se afasta do local da festa e dela: Astoria Greengras, aquela que havia destruído sua vida e logo agora em que as coisas finalmente começaram a voltar ao normal, havia reaparecido querendo começar “conversa civilizada”. E ele, como sempre, havia ficado completamente afetado por ela e tomado pelos sentimentos do passado, tanto de nojo, quanto outros que ele preferia ter sufocado há muito tempo.

Ele colocou "let her go" para tocar. Seus dedos batendo suavemente no volante no ritmo da música, sua cabeça doía por conta do álcool e um zumbido em seu ouvido lhe incomodava muito. Ele olhou para estrada, não fazia idéia de onde estava indo, em sua mente o único desejo de se afastar o máximo possível de Astoria.

As lembranças dela continuavam a invadir sua mente, como se não dessem a mínima ao fato de não serem bem vindas ali. Ele aumentou a música, numa tentativa se silenciar sua mente, mais a mesma só estava ajudando a piorar o seu estado emocional no momento.

Com uma grande imprecação ele resolveu jogar seus anos de controle para o auto e dirigiu para o bar de beira de estrada mais proximo, se a música não lhe ajudava, talvez mais bebidas o fizesse.

 Estacionou o carro e abriu o porta luvas, de dentro ele pegou uma touca cinza e uma armação de óculos de grau. Tirou o terno e a gravata e abriu alguns botões da camiseta tentando parecer o mais maltrapido possível, além de erguer as mangas da camisa ainda estava sóbrio o suficiente para tentar não estragar ainda mais a sua imagem. Não precisava daquilo, logo agora que a Granger havia começado a “arrumá-la”.

Desceu do carro o fechando em seguida e entrou no bar. O calor o atingiu em cheio. O local era pequeno, com cinco mesas de madeira espalhadas pelo estabelecimento, no qual apenas uma estava ocupada com um dois senhores de idade bebendo e jogando cartas enquanto conversavam em voz alta. Uma música antiga preenchia o local, vinda de algum lugar atrás do balcão. Draco caminhou até o balcão e sentou-se em um dos pequenos e desconfortáveis bancos chamando o barman.

O homem se virou, era um cara corpulento, usava uma blusa branca que deixava seus músculos a mostra, provavelmente para intimidar possíveis baderneiros. Era careca e tinha um rosto redondo coberto por uma barba mal cuidada e falha. Ele encarou Draco com seus olhos negros e penetrantes, como se perguntasse de onde o loiro havia surgido.

 –O que lhe trás aqui? –Pergunta o homem enxugando um dos copos.

Draco aponta para as bebidas.

 –Preciso esquecer, traga o melhor que você tiver.

O homem ergue a sobrancelha, mas não fala nada. Pegando uma garrafa verde e colocando um pouco em um copo na frente de Draco. O mesmo o pega e bebe, pedindo mais logo em seguida e o movimento se repete diversas vezes.

Quando deu por si havia começado a contar de sua vida para o barman entre soluços, o homem ouvia atentamente como se já estivesse acostumado a vexames ocasionados pelo álcool. Ocasionalmente tentando acalmar Draco e sempre enchendo seu copo novamente. Aos poucos as lembranças começam a tocar a mente de Draco novamente e ele deixa de se importar, apenas se deixando levar pela enxurrada de pensamentos.

(Quatro anos atrás)

Astória já havia se vestido quando ele voltou, ela o encarava assustada, como se não esperasse tanta ferocidade por parte de Draco. O rosto do loiro estava vermelho, uma série de situações passando por sua mente, ele abria e fechava as mãos, nervoso. Prestes a explodir como uma bomba.

 –Por que fez isso comigo Greengras? – Ele perguntou.

A morena o encarou de volta, puxando a manga da camisola colocada as pressas para cima. Ela se aproximou e Draco recuou querendo manter-se o mais distante possível da mulher.

 –Eu não esperava que você fosse voltar tão cedo. –Ela responde simplesmente.

 –Na minha casa? –Ele perguntou as lagrimas que tentava controlar agora descendo por sua face – Por quê? O que aquele cara tem que eu não tenho?

Ela riu com desdém.

 –Ora Draco, não seja tão antiquado. Você é bonito sim, aquele cara também eu estava sozinha e foi apenas por uma noite.

 –Você disse que não dormiria com ninguém, apenas depois do casamento.

 –Eu disse que não dormiria com você!

 – O que?

 –É isso mesmo que você esta ouvindo! Quantas namoradas você já teve? Com quantas já dormiu?

 –Isso não importa! –Ele grita.

 –Claro que importa! Draco Malfoy o pegador de Hogwarts, você ficou com boa parte das meninas de Hogwarts, com quantos anos perdeu sua virgindade? Quatorze? – Debochou – Enquanto você ficava com todas as meninas de Hogwarts sabendo que era comprometido comigo eu me resguardava, porque diferente de você eu sabia respeitar meu parceiro.

 –Não éramos comprometidos! –Ele falou pausadamente, nada orgulhoso de seu passado.

 –É claro que éramos! Desde que você fez doze e eu onze somos comprometidos.

 –Mas só começamos a namoras depois dos dezoito! E eu nunca trai você, isso não é desculpa pelo o que você fez. Saia daqui! –Gritou novamente abrindo a porta com força, a mesma bateu na parede com um som horrível.

 –Não irei!

Ele respirou fundo.

 –Se você não for por bem, arrumando sua mala e vestindo uma roupa descente eu mesmo te jogo na rua, de camisola e tudo! Não duvide do que eu posso fazer.

Astoria atravessou a pouca distancia que os separava.

 – O que você vai fazer? Bater em mim? – Novamente ela riu de deboche. –Anda bate! Mostre que você realmente é um Malfoy! Uma pessoa com sangue podre. – ele colocou uma das mãos de Draco sobre o próprio rosto, provocando-o.

Ele se afastou novamente.

 –Cala a boca quando for falar da minha família, só fizemos o que tínhamos que fazer para nos manter vivos!  –Ela fuzilou com o olhar, seu peito queimava como se alguém pressionasse ferro quente em sua pele.  – E não vou bater em você, não sou covarde o suficiente para isso.

Ela riu novamente.

 –Você não é forte o suficiente para isso! Porque quer me colocar para fora? Por conta de uma traiçãozinha boba? Não seja idiota! Quando nos casarmos que tem uma coisa que não irá existir é fidelidade, isso é um casamento de fachada para unir duas famílias, não precisa existir amor!

Ele mordeu a boca com tanta força que sentiu uma gota de sangue escorrer.

 –Eu amo você, todas aquelas garotas com quem fiquei não significaram nada para mim. Eu sempre tentei de dar o melhor de mim, mesmo agora nesse momento tão complicado que estou passando. Como pode fazer isso comigo? Mesmo depois de eu te falar tantas vezes o quanto gosto de você?

 –Você foi idiota em se apaixonar por mim, eu tive minha liberdade privada quando meus pais resolveram me comprometer com você, não vou ter minha vida privada também.

 –Você sempre me pareceu tão gentil e...

 –Corta essa Malfoy, eu sou gentil, mas isso não muda o fato de que eu tenho desejos e você – Ela apontou para o homem a sua frente – Não está neles.

Ele fechou os olhos tentando absorver as palavras.

 –Arrume suas malas e saia daqui, agora! Pela manhã se você ainda estiver aqui posso fazer o maior escândalo que a imprensa já viu na sua família e acredite, eu não tenho nada a perder. Meu nome já esta na lama, o seu não.

Dessa vez ela gargalhou cada vez mais divertida.

 –Você não faria isso, sabe por quê? Por que precisa de mim e do dinheiro da minha família. Sem nós você estará arruinado e ainda mais falido! estará na lama literalmente! –Ela cuspiu as palavras com deboche.

Ele ergueu a sobrancelha para ela, mesmo naquele momento ele ainda pretendia manter a pose, ainda era um Malfoy e mesmo em meio a tantos problemas ele ainda possuía sua dignidade.

 –Eu não preciso de você para isso, não me importo de voltar a falir. Durante todos os anos da minha vida meu pai escolheu o que era melhor para mim, você acha mesmo que eu não vou aproveitar o fato de que ele não está mais aqui para viver minha própria vida? Não vou arriscar minha própria felicidade me colocando ao seu lado, quem verdadeiramente precisa de alguém é você! Seus pais vão ficar bem furiosas quando souberem do que fez e que o noivado está desfeito. Diferente de vocês eu não tenho apenas uma empresa, tenho várias, eu vou me recuperar financeiramente sem precisar dos Greengras para isso e você vai se arrepender do que me disse aqui hoje!. –Ele saiu do quarto batendo a porta atrás de si.

Limpou as lagrimas que insistiam em escorrer pelo seu rosto e deu as costas para o quarto.

 –Espera Draco! –A mulher saiu correndo de dentro do quarto e agarrou o ombro do loiro.

 –Você não pode fazer isso, não pode remover o acordo.

Ele ergueu as sobrancelhas, ela havia perdido a pose muito rápido.

 –Não só posso como já estou indo fazer isso! Você acha mesmo que depois do que me fez, depois de transar com um cara na minha casa, depois de ser tão vil comigo eu me colocarei ao seu lado em um dos maiores compromissos da minha vida? Está enganada.

Ela soltou o ombro dele e ele seguiu seu caminho pelo corredor.

 –É o meu corpo que você quer? Você pode tê-lo, essa noite se quiser.  

 Ele virou para encarar a mulher, estupefato diante de suas declarações.

Reunindo todo o ódio que ele havia acumulado naquele momento ele desceu os olhos pelo corpo da mulher e fez uma careta.

 –Já comi mais gostosas, passar bem. –Ele disse com um floreio e carregando a voz com o máximo de desprezo que conseguiu reunir depois deu as costas para mulher novamente.

Astoria deu um grito de frustração e ele ouviu a porta do quarto dela bater novamente. Ele se trancou em seu quarto e deslizou pela porta enterrando a cabeça entre os joelhos enquanto as lagrimas de raiva e frustração desciam pelo seu rosto.

Naquela noite ele não dormiu, pelo contrario, ele passou a noite remoendo os momentos que tivera com Astória até ali e não conseguiu encontrar em nenhum deles algum sinal da verdadeira face da mulher. Ele havia sido completamente enganado e havia se tornado cego diante de um rosto bonito, sentia ódio do mais profundo crescendo em seu peito. Como ele fora se apaixonar? Como pode ter se enganado daquela maneira?

Quando ele saiu do seu quarto arrastando os pés como um velho encontrou uma Astória mais calma e completamente vestida colocando as ultimas peças dentro da mala e fechando a mesma.

Ela virou-se para o loiro com uma careta.

 –Você está péssimo. –Comenta – já estou indo embora, não precisa fazer o escândalo que prometeu.

Ele olha para o guarda roupa, ainda parcialmente cheio.

 –Não vai levar nada do que te dei? – Pergunta ele surpreendendo a si mesmo, sua voz estava rouca, tornando-a mais grossa que o habitual.

 –Não preciso disso, não preciso de nada que você tenha me dado.

Ele riu, como se estivesse despreocupado e o ato não lhe doesse na alma. Colocou as mãos no bolso da calça, para esconder o fato delas estarem fechadas em punho, Astória o fitou com raiva.

 –Não parece, ontem você estava disposta a se entregar para mim apenas para continuarmos com o noivado – falou.

Ela semicerrou os olhos para ele e desceu a mala de cima da cama.

 –Saia da minha frente – Ela disse empurrando-o.

Ele segurou o braço da mulher e encarou seus olhos, eles estavam turvos pela raiva e pelo desprezo. Com a mão livre ele pegou o embrulho de dentro do seu bolso e colocou na mão dela.

 –Fique com isso, eu não quero nada que lembre você, não quero ver você nunca mais na minha frente.

Ela puxou o braço com raiva, pareceu querer jogar o embrulho em Draco mais depois pensou melhor e antes de lhe dar as costas falou:

 –Eu não me importo com o que você quer.  –Sua voz soou afiada, como se esperasse que ele respondesse.

Draco a ignorou, mas quando teve a certeza que ele já havia partido descontou sua raiva no quarto, rasgou os lençóis, socou as paredes, jogou o colchão no chão quebrou o espelho do guarda-roupa, espalhou as roupas da mulher no chão, gritando de frustração enquanto destruía as coisas ao seu redor.

Hollie o encontrou ali mais tarde, arrumou o quarto e imobilizou a mão que Draco machucara esmurrando a parede.  Depois isolou o quarto e ele não entrou ali desde então, sem coragem para se desfazer das coisas dela.

(Atual)

 –Você agiu bem, apesar de achar que você foi bruto de mais com a mulher – Falou o barman enquanto enchia mais um copo.

 –Ela me traiu! O que esperava que eu fizesse?

Ele e o barman conversaram por mais um tempo, aos poucos outras pessoas começaram a aparecer no estabelecimento, também compartilhando suas dores e bebendo em união, o dono do bar ouvia todos com atenção e paciência, sempre voltando a encher o copo de todos e dando dicas aqui e ali que de nada serviam, mas pelo menos ele estava tentando ajudar.

Draco não sabe ao certo quanto tempo passou ali, lembrava-se vagamente da música ter se tornado mais animada e o local mais quente, de conversar exageradamente com todos, dançar com uma garrafa e tentar jogar pôquer com os senhores que estavam no bar desde que ele chegou.

Sua cabeça pesava, no entanto, depois de tantos copos entornados ele estava livre de lembranças e sua animação parecia contagiar todos ao seu redor. Estava feliz sem razão aparente. Foi quando seu celular tocou, ele soltou inúmeras imprecações com todas as forças do seu ser, amaldiçoando qualquer um que estava atrapalhando seu momento de paz. Olhou o visor e se assustou com o nome que viu.

 –Estou indo. –Falou para o barman colocando algumas notas no balcão e se despedindo dos seus colegas de copo.

O celular voltou a tocar insistentemente e com um suspiro pesado e uma falta de equilíbrio incrível ele atendeu.

(Hermione Granger)

Os pés de Hermione doíam, fazia um bom tempo que ela não usava um salto tão alto. Ela foi até seu quarto, tirou o vestido e a roupa intima e colocou uma blusa folgada e um short se jogando logo depois na cama.

Não fora nada fácil arrumar a festa e convidar tanta gente importante para atrair a atenção dos paparazis, mas ela conseguira e estava satisfeita consigo mesma. E melhor ainda, havia ganho uma folga por ter ajudado a arrumar a festa, ou seja, poderia dormir até a hora que quisesse.

Depois de se sentir relaxada o suficiente levantou da cama – O que foi uma pequena luta, diga-se de passagem, e pegou o telefone para pedir algo para comer, não entendia comida de gente com dinheiro. Eram como pequenas amostras de supermercado que lhe deixavam com ainda mais fome. Mesmo quando comia nos melhores restaurantes Hermione sempre tomava o cuidado de pedir porções grandes, odiava comer tão pouco.

Depois de realizar o pedido ela sentou e ligou a televisão para procrastinar enquanto o tempo se arrastava na espera de sua comida. Conseguiu assistir um episódio inteiro de uma série qualquer antes da companhia do seu apartamento tocar, pegou o dinheiro na carteira e abriu a porta, depois de pagar o entregador se jogou novamente no sofá enquanto apreciava a comida chinesa.

Ela não havia chego nem na metade de seu delicioso prato quando o seu celular toca. Ela encara fixamente o celular do outro lado da sala, pensando se realmente valeria a pena se levantar e pegá-lo, por fim sua curiosidade acaba falando mais alto e ele se levanta para atender ao telefone.

 –Srta. Granger? – Era a voz de Peter do outro lado, ele parecia animado.

 –O que foi Peter, aconteceu alguma coisa?

Silêncio, como se ele estivesse se esforçando para lembrar.

 –Há mais ou menos uma hora o senhor Malfoy saiu da festa, ele não parecia bem. Pensei em ligar para a senhorita, já que os dois são mais próximos, talvez deva falar com ele.

Hermione arregalou os olhos preocupada, Draco parecia muito bem quando havia lhe deixado na festa.

 –Ele esta em casa?

 –Não, liguei para a casa dele, mas Hollie a governanta disse que ele não chegou em casa.

Hermione franziu os lábios de preocupação.

 –Tudo bem ligarei, muitíssimo obrigada, Ward.

 –De nada.  – A linha ficou muda.

Hermione andou pelo apartamento ligando para Draco e frustrada quando sua primeira ligação não deu retorno, ligou novamente insistindo, o celular chamou por um bom tempo e quando Hermione estava prestes a desligar e ligar de novo ele a atendeu.

 – Não quero falar com ninguém agora, me ligue amanhã – A voz dele estava carregada, como de uma pessoa bêbada.

 –Não ouse desligar na minha cara – Ela reclama – Você esta bêbado?

 –Sim.  –Ela se assusta com a sinceridade.

 – Onde você está? Não tente dirigir assim, vai acabar se machucando ou machucando alguém.

Ele murmurou algo provavelmente xingamentos incompreensíveis para Hermione. Depois de resmungar ele passou o endereço para ela.

 –Estou indo para ai, fique dentro do carro, não saia. Se sua voz está assim imagine seu corpo.

Depois de desligar Hermione colocou a primeira roupa que viu na sua frente: Uma blusa azul simples e uma calça jeans. Calçou seus tênis e pegou seu casaco no cabideiro de madeira anexo à parede.

Ela desceu até a garagem e pegou seu carro, dirigindo o mais rápido possível até o local indicado por Draco e torcendo mentalmente para que ele não tivesse mentido para ela, o que era bem provável já que ele havia dito entre protestos que não queria companhia. Após vinte e cinco minutos ela chegou ao local, não se surpreendendo ao encontrar um bar de beira de estrada qualquer. Ela procurou pelo local, mas nenhum sinal do carro dele. Bateu no volante frustrada e estacionou, entrou no bar e viu que esse estava se esvaziando, atrás do balcão um careca corpulento encarou Hermione.

 –O que deseja?

 –Meu amigo estava aqui? – Ela passou a descrição de Draco para o homem que coçou a barba falha antes de falar.

 –Ele não está bem, saiu rapidamente e seguiu a oeste. Do jeito que ele bebeu não vai muito longe, não consegue nem se manter em pé sem cambalear.  – Afirmou o cara.

Hermione agradeceu e se retirou do local, novamente torcendo para encontrar Draco. Alguns quilômetros depois viu o loiro parado na beira da estrada observando o carro que havia saído da pista e batido em uma árvore.

Ela estacionou ligando o alerta e correu até ele. Draco xingava a plenos pulmões, Hermione se assustou por que nunca havia visto o loiro naquele estado.

 –Porcaria, é só uma arvorezinha de merda...  – ele continuou reclamando com o carro como se ele pudesse fazer algo e depois insatisfeito chutou o pneu.

 – O motor está destruído, você tem sorte de não ter se machucado.  – Ele se vira para ela e ela percebe que havia um pequeno corte acima de sua sobrancelha. Fora isso ele parecia ileso. – Acho melhor chamarmos um guincho. –continuou.

 –Eu disse que não queria companhia.

 –Eu percebi, você me deu o endereço e depois saiu do lugar, nada cavalheiro da sua parte. O que aconteceu?

 –Nada. –Os olhos dele estavam inchados, como alguém que estava chorando.

 –Vou ligar para o guincho e depois vou levar você em casa.

Ele entrou no carro de Hermione sem protestar muito – Provavelmente porque não tinha outras opções além dessa – Ela ligou para o serviço 24hrs e se certificou que eles pegariam o carro ali, colocou a solicitação no nome de Draco e entrou no carro. O mesmo permanecia emburrado, ela resolveu não comentar nada, ele parecia frágil.

 –Você quer ir ao hospital? Para ver esse corte na sobrancelha?

 –Não, tenho um kit de primeiros socorros em casa, posso cuidar de mim sozinho.

Eles seguiram em silêncio por um tempo.

 –Desculpa. –Ele murmurou baixinho.

 –Por...?

  –Não estou te tratando bem... Eu só estou com a cabeça cheia e estou descontando nos outros, me desculpe.

Ela assentiu.

 –Eu sei o que a bebida pode causar nas pessoas- Respondeu pensando inevitavelmente em Rony.

Depois disso a viagem seguiu em silêncio total, quando chegaram à casa de Draco e estacionaram ela teve que passar um dos braços do loiro pelos seus ombros, já que o mesmo parecia estar bem tonto.

Subiram as escadas e Hermione tratou no corte na cabeça de Draco, felizmente não era muito profundo e nem tão grave. Ela colocou um curativo no local e pediu para que ele tomasse banho enquanto ela procurava algo na cozinha para ele, que parecia pálido e faminto.

Preparou rapidamente um suco e alguns sanduíches, procurou também algum remédio, a cozinha era enorme, mas depois de muita insistência acabou achando e voltou a subir as escadas em direção ao quarto de Draco, o mesmo estava estirado na cama, havia trocado sua roupa formal por uma calça e blusa de moletom. Depois de comer ele parecia melhor, menos pálido e reclamão. Hermione se senta ao lado da cama de Draco e o encara, agora ele estava de olhos semi cerrados, parecendo pensativo.

 –Você está melhor?

Ele assente.

 –Vai me contar o que acontecer para te deixar nesse estado? – Pergunta.

Dessa vez ela não obteve resposta, depois de um tempo dá um longo suspiro e se levanta.

 –Então acho que já posso ir. –Ela começa a se distanciar, mas ele segura seu braço.

 –Por favor, fica. – Sua voz é fraca o aperto no braço de Hermione diminui, ele desliza a mão do braço para a mão da castanha, segurando-a ali. Sem muitas opções Hermione volta a se sentar na poltrona, observando o fraco aperto de mão que os unia.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capitulo, vejo vocês no próximo! ❤
🌸 Aviso: Eu irei cursar o 3 ano do ensino médio, o último ano da escola (Ouvi um amém?) e a faculdade que quero fazer é muuuuuuito difícil de passar, simplesmente um dos cursos mais concorridos, a famosa medicina. Então se eu quiser passar nesse curso terei que me dedicar ao máximo na minha escola, que trabalha especialmente com o Enem e não está satisfeita até arrancar nossa alma do corpo. Terei aula de segunda a sábado e às vezes até no domingo e também irei começar a fazer um curso. Chegamos ao ponto que eu queria, não irei ter muito tempo para escrever durante a semana, vou tentar continuar a postar uma vez na semana, mas não posso prometer nada. Não pretendo largar a fanfic (e nem vocês), mas eu peço de coração que vocês tenham paciência com a atualização da história, eu vou me esforçar ao máximo para continuar trazendo, porém haverá semanas que eu não poderei postar, então espero que tenham paciência comigo e não desistam da fanfic! 🌸
Um beijo, um queijo e até mais!


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