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História Inexplicável - Lembranças Ruins.


Escrita por: LuxeDragneel

Notas do Autor


Oie!! Estou de volta e quero agradecer imensamente vocês, caramba! Eu realmente não esperava que a fic fosse ser tão bem recebida. Vocês são uns amores! Obrigada as 8 maravilhosas pessoas que favoritaram a fic e um obrigada super carinhoso para quem comentou ♥
P.S:Esse capitulo se passa no flashback da Hermione, sim apenas lembranças ruins (isso não significa que não existam memórias boas hahaha)
Boa leitura ♥

Capítulo 2 - Lembranças Ruins.


Fanfic / Fanfiction Inexplicável - Lembranças Ruins.

–Granger?

 "Ah não, ele não"–Ela pensou e antes que ela desse conta um mar de lembranças invadiu sua mente.

11 anos atrás:

 Hermione Granger estava em êxtase por ter conseguido uma vaga na tão famosa Hogwarts, a melhor escola de ensino fundamental e médio de Londres. A garota tinha vindo da França atrás dessa escola e não podia estar mais animada para o inicio de suas aulas. Seus pais partilhavam o sentimento da garota.  No malão recém comprado estava todo seu material novo e seus livros (que ela já tinha começado a ler, é claro).

Era primeiro de setembro e a estação King’s Cross fervia com vida. Muitas crianças passavam com suas malas enormes e se despediam dos pais, algumas estavam sozinhas, mas todas pareciam animadas. Hermione se dirigiu para a plataforma reservada para o trem da escola e seus pais olhavam tudo com um brilho nos olhos, orgulhosos da filha que tinham, ela se despediu deles com um ultimo thauzinho e entrou no trem sorrindo, animada com as possibilidades que Hogwarts abriria para ela.

Ao entrar se deparou com muitas pessoas no corredor, escolhendo seus vagões e tentando se desviar do tumulto esbarrou com um garoto. Levantou os olhos, era um garoto bonito e com olhos intensos como prata derretida, cabelos loiros esbranquiçados postos para trás com gel, um rosto fino e um olhar arrogante. Suas roupas pareciam brilhar de tão novas. Ele encarou a menina de volta e sua boca se moveu em uma careta de escárnio.

–Me desculpa. –Ela disse estendendo a mão para ele tentando soar simpática – Sou Hermione Granger.

 –Sai da frente sujeitinha. –Reclamou ele empurrando ela para passar e quase derrubando a garota no chão.

 –Mais que garoto mal educado!–Reclamou ela colocando as mãos na cintura e revirando os olhos. Pessoas bonitas com uma péssima personalidade, típico.

☀☀☀

 Hermione tinha conhecido Harry (uma pessoa maravilhosa) e Rony (ela não sabia o que dizer do ruivo ainda) e estava ao lado deles no saguão de entrada esperando para entrar na sala de jantar de Hogwarts, que pelo o que ela tinha lido era incrível, quando o garoto de cabelos loiros esbranquiçados apareceu novamente.

–Então Harry Potter veio para Hogwarts! – Ele de aproxima dos três, sua pose demonstrava confiança, como se ele já estivesse acostumado a não se intimidar diante de ninguém, ele estava acompanhado de dois garotos com carancas parecidas, tinham a aparência que os professores geralmente julgavam como encrenqueiros – Esses são Crabbe e esse Goyle e eu sou Malfoy, Draco Malfoy.

Hermione segura à vontade de rir, o jeito que ele pronunciou seu sobrenome, como se o mesmo fizesse dele alguém extremamente superior havia sido engraçado, felizmente Rony riu por ela. Draco olha para Rony e suas roupas de segunda mão e depois para Hermione com um olhar reprovador, como se perguntasse a si mesmo o que eles faziam ali.

– Acha meu nome engraçado, não é? Nem preciso perguntar o seu– ele passa a mão nos cabelos engessados, parecendo ainda mais esnobe – Cabelos ruivos, vestes de segunda mão. Você deve ser um bolsista, ou pior, um Weasley. –Draco volta a encarar Harry com um olhar irritantemente superior – Com o tempo vai descobrir que algumas famílias dessa escola são melhores que outras e a escolher melhor seus amigos.

O loiro oferece a mão pálida para o moreno a sua frente, Harry com um rosto ainda chocado nega a mão estendida de Malfoy.

–Acho que eu posso escolher meus amigos sozinho. – declara ele, carregando a ultima palavra.

Draco faz uma cara de espanto e depois sussurra um "vai se arrepender disso, Potter". Hermione esboça um sorriso quase imperceptível para os demais, porém Draco percebe e aperta os olhos para ela, como um aviso.

Como Hogwarts era uma escola de tempo integral, a enorme turma de primeiro ano era dividida em espécies de "casas" que dividiam os dormitórios, acumulavam pontos e competiam entre si. Em tese, isso era pra organizar a escola, mas em grande parte servia apenas para a discórdia entre pessoas de diferentes casas. Hermione não se importava com isso, mesmo sem admitir era bem competitiva e ter um motivo a mais para se esforçar em ser a melhor não era nada mal.

 Quando faziam sua matrícula os alunos tinham de preencher um questionário e um teste de personalidade e na hora do jantar a vice–diretora Minerva Mcgonagall lia o nome deles e para qual casa eles tinham sido selecionados, e eles eram acompanhados até a mesa por um homem com a voz grave e rosto extremamente marcado pelo tempo, ele parecia um chapéu usado, a comparação mental fez a garota sorrir.

 Hermione foi designada para Grifinória, assim como Harry e Ronald, já o loiro aguado e havia sido designado para a Sonserina. Uma casa com gente quase tão esnobe quanto ele.

 "Pelo menos ele não ficou na mesma casa que eu"–Pensa ela divertida encarando o loiro na outra mesa.

☀☀☀

 Malfoy havia aprontado novamente, mas como de costume apenas Harry havia levado uma punição, eles comiam enquanto discutiam exasperados.

 –Por que Malfoy faz coisas tão ruins e continua impune?–Perguntou Harry por cima de um pedaço de torta de abobora.

 –O pai dele é um criminoso conhecido, ninguém se mete no que ele faz por isso. Todos têm medo de fazer algo contra Draco que faça seu pai se revoltar. –Respondeu Rony enquanto devorava mais uma fatia de torta.

–Mas se ele é tão conhecido assim por que ainda está solto?–o moreno volta a perguntar.

–O grande problema é esse, sabemos que ele é um criminoso, só que nunca conseguiram achar provas disso. Infelizmente, tudo que ele faz ele faz muito bem. Meu pai já investigou a casa dele algumas vezes e não tem nenhum rastro das coisas que ele faz, Malfoy é bom nisso.

 Hermione ficou pensativa e virou para a mesa da outra casa. Draco Malfoy não parecia alguém tão perigoso. Ok, ele era idiota, convencido e mesquinho, mas não parecia ser mais que isso. Uma espécie de “cachorro que ladra, mas não morde”.

–Ei, Hermione você está me ouvindo?–Pergunta Harry erguendo a sobrancelha para ela.

. –Não, pode repetir?–ela volta sua atenção pra o garoto na sua frente– Eu estava um pouco pensativa.

 ☀☀☀

 –Você vê esses uniformes e esse equipamento Potter?–Malfoy gesticula apontando para os equipamentos da equipe da Sonserina novíssimos e de aparência super cara. – equipamento de ultima geração, bem diferente disso que vocês usam na Grifinoria.

O grupo de Draco riu. Hermione cruzou os braços e rebateu:

 –Pelo menos ninguém da Grifinória pagou para entrar no time, Malfoy. –Responde ela tentando imitar o tom de desprezo dele.

–Cala boca sua sujeitinha de sangue-ruim –Falou Malfoy.

Hermione arregalou os olhos assustada com a agressividade do loiro. Sangue-ruim era como pessoas como Malfoy chamavam imigrantes como ela, preenchendo toda sua amada Londres com sua “viralatice”

 –Retire o que disse!–Grita um Rony enfurecido.

Isso só fez Draco rir mais. Rony partiu para cima do loiro e os dois rolaram no chão trocando socos, chutes e pontapés, a equipe de Draco os observava, todos surpresos de mais para fazer alguma coisa.

 Rony se deu mal nessa briga, um dos professores viu quando ele partiu para cima de Malfoy e o colocou na detenção por uma semana. Como de costume Malfoy não foi punido, o olho roxo como a única lembrança da briga, Rony vomitando a beça pelo soco recebido no estomago, porém a maior ferida havia sido em seu ego.

☀☀☀

–Eu não acredito que realmente vão matar Bicuço!–Ela fala ferozmente.

Bicuço era a águia de Hagrid, uma espécie rara que crescia muito. Ele havia ganhado ela de presente de seus inúmeros contatos e mostrado a eles na aula de trato aos animais, mas Malfoy havia sido idiota o suficiente para provocá-la e o animal havia bicado-o sem perdão, enchendo o braço do garoto de talhos sangrentos.

Harry e Rony estão seguindo uma Hermione zangada e quando saem para o imenso campo onde os alunos têm suas aulas relacionadas à biologia e animais em geral visualizam três figuras encostadas: um grupo de Sonserinos estava encostado em pedras grandes e Malfoy esta se exibindo para seus amigos. Como era comum a ele.

–Ouviram isso? –Ele riu sem humor– meu pai disse que eu posso ficar com a cabeça da águia, acho que vou doar para o pessoal da Grifinória, para eles enfeitarem aquilo que chamam de salão da casa –ele riu novamente e seus dois amigos idiotas o acompanharam,parecendo vilões caracteres de um filme ruim.

–Você!– grita Hermione caminhando furiosamente em sua direção– Sua barata nojenta, abominável e asquerosa!

–Olha só quem esta aqui! –Fala Draco soando debochado, ele o braço que não esta na tipóia e envolto em ataduras e encara o grupo com seu típico olhar.

 –Hermione, não vale à pena se estressar com ele – Declara Rony querendo colocar um pouco de sensatez na cabeça da amiga e não querendo que ela acabasse em apuros por ser meter com Malfoy

Ela sabia que o amigo tinha razão, se virou para ir embora só que a risada de deboche do loiro foi demais para ela, elevou sua raiva ao máximo e antes de pensar no que estava fazendo ela deu meia volta e acertou um soco em cheio no rosto dele, o som que saiu de sua mão acertando a carne do menino foi estranhamente satisfatório

Ele encarou a garota surpreso, como se não estivesse acostumado a ser tratado daquela maneira e provavelmente não era mesmo, todos pareciam querer lamber os sapatos de Malfoy.

–Não conte isso pra ninguém! –Ele ameaçou antes de sair correndo com seus amigos.

Hermione encarou a sua própria mão assustada ela já havia começado a ficar vermelha por conta da pancada, realmente havia dado um soco em Draco Malfoy?

–Legal... –Comenta Rony surpreso.

(Agora)

Um turbilhão de lembranças ruins relacionadas à Draco Malfoy surgiram naquele momento em que eles se encararam. Hermione estava com a maquiagem borrada, salto quebrado, com frio e com o coração ferido. Estressada o suficiente para repetir o soco que deu nele anos atrás caso ele ousasse rir de sua situação.

As memórias que tinha dele não eram exatamente as melhores, Malfoy era alguém que ela esperava nunca mais encontrar na vida, entretanto ali estava ele, na sua frente no pior momento possível. Certamente o universo lhe odiava. Uma demissão, uma briga horrível com seu marido e um encontro com uma das pessoas que ela menos suportava no mundo.

–Malfoy. –Respondeu ela tentando não chorar na frente dele e colocando o máximo de desprezo possível em suas palavras.

Draco vestia um sobretudo preto fechado e um gorro de lã também preto, o único ponto de cor na suas roupas e na sua pele ainda mais pálida pelo frio era um cachecol verde que balançava com o vento gélido. Suas mãos que antes se encontravam dentro dos bolsos do sobretudo foram para os botões da peça e ele começou a abrir o mesmo ignorando o tom de desprezo de Hermione.

 –Qual é o seu problema? – pergunta realmente soando bravo– está muito frio aqui para você ficar correndo por ai apenas de vestido –ele bufa e revira os olhos para ela, novamente com aquele olhar irritante.

 –Eu não preciso da sua opinião para nada, Malfoy – ela se virou novamente e constou que Rony não a seguia ate aquele momento, não sabia se sentia aliviada ou não com isso, decidiu se manter neutra, não podia demonstrar-se ainda mais fraca perante o homem a sua frente.

–Esta fugindo de alguém Granger?–Ele sorriu de canto com o olhar distante– acho que você não esta em posição de reclamar de nada, se ficar nesse frio ficará com hipotermia.

Ele tinha razão, é claro, mas Hermione não queria admitir, estava tão frio que ela podia ver sua própria respiração, que estava ficando cada vez mais e mais difícil. Ele terminou de desabotoar o sobretudo e o tirou colocando sob os ombros da mulher. Por baixo Draco usava uma roupa de frio e tons de azul e preto.

 –Por que você esta sendo gentil comigo? Por que está sendo gentil com a sujeitinha de sangue-ruim? –Hermione encara o loiro tentando entender seu repentino ataque de bondade.

O semblante de Draco pareceu escurecer e Hermione viu seus ombros caírem, como se ele houvesse envelhecido anos apenas com aquela frase. A expressão que ele fez... Como se aquela lembrança doesse fez com que Hermione lhe encarasse assustada e com um pouco de... Pena? O que estava acontecendo?

 –Aquele Draco que você conheceu não existe mais ou pelo menos boa parte dele. –sua voz soou rouca, ele parecia distante, perdido em memórias– Me deixa te ajudar, acho que te devo algumas por tudo que te fiz no passado – dessa vez a sua voz soou suplicante.

Hermione continuou encarando–o surpresa e sem saber o que responder.

 –Minha casa é aqui perto, cinco minutos de caminhada se você for bem devagar. Se quiser pode passar a noite lá, já que não vai achar hotel nenhum hoje e também não parece com vontade de voltar para casa.

 –É natal, por que você saiu para caminhar sozinho no natal? –ela perguntou ainda desconfiada, porém se aninhando da melhor forma possível dentro do sobretudo.

–Sou ateu – ele fala como se fosse óbvio, o que pensando agora realmente era. Hermione não conseguia imaginar Draco num domingo na igreja quieto e calado, se mostrando inferior a alguém ou algo. –Ei, aquele ali virando a esquina nesse momento não é o Weasley?–Perguntou ele erguendo a sobrancelha olhando através dela, ainda esperando a resposta.

–O que?–Ela se desesperou, se virasse corria o risco de ser reconhecida pelo ruivo. E ela não queria ver a cara de Ronald Weasley tão cedo, não depois do que ele falou. – Eu aceito Malfoy, eu aceito...

“Só espero não me arrepender”–Acrescentou mentalmente.

Sem olhar para trás Hermione ajeitou o casaco de modo a ficar o mais escondida possível, tanto do frio como do ruivo e seguiu Draco que caminhava a passos largos na sua frente.

 Depois de algum tempo de caminhada apressada Draco parou repentinamente e virou–se para Hermione colando a mão dentro de um ponto da roupa que havia lhe emprestado e tirou um molho de chaves.

Ela se virou constrangida e encarou a casa do loiro. Sua boca se abriu num "O". Por casa Draco Malfoy queria dizer uma mansão enorme em tons fortes com características da era vitoriana. Ele abriu o portão de metal um pequeno portão lateral, que provavelmente servia apenas para a entrada de pessoas e abriu os braços em um sinal de “boas vindas”. A mansão era um lugar espantosamente grande e bem conservado tomando boa parte da quadra daquela rua. Chamar de casa era quase um insulto. Na porta de madeira o sobrenome “Malfoy” estava entalhado com elegância. Draco abriu a porta e deu um passo para trás, incentivando Hermione a entrar, ela o fez.

– Bem vinda à minha casa Granger.

 


Notas Finais


Então foi isso! Espero que tenham gostado e até semana que vem ♥


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