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História Inexplicável - O outro lado


Escrita por: LuxeDragneel

Notas do Autor


Antes de mais nada, obrigada pelos 29 favoritos, vocês são de mais ♥
AGORA HEEEY,olha que está de volta! Me desculpem pela demora de 20 dias para postar esse capítulo, mas passei (ainda estou passando) alguns problemas pessoais (que prefiro não comentar) e fiquei totalmente sem ânimo e sem inspiração pra escrever. Sem falar que último bimestre do meu segundo ano e os professores estão botando pra acabar.
Maaaaas, eu estou de volta e vou tentar não sumir de novo. Espero que me perdoem, amo vcs ♥
Umas coisas que precisam saber sobre esse capítulo: Ele é na visão do nosso Draco e foi incrivelmente complicado escrever na visão dele, como vocês poderão perceber ele passou por alguns problemas no passado e atualmente na fanfic ele não está bem, pelo menos não 100 por cento. Então se as vezes ele for meio contraditório ou muito pessimista vocês já sabem o pq.

Boa leitura e nos vemos nas notas finais!
P.s: Já assistiram animais fantasticos e onde habitam? Eu assisti ontem e gostei muuuito ♥

Capítulo 6 - O outro lado


Fanfic / Fanfiction Inexplicável - O outro lado

O despertador tocou e ele abriu lentamente os olhos, olhou para o relógio confirmando o horário, com um grunhido levantou, não estava com saco para enfrentar mais um dia exatamente igual ao anterior, em sua rotina chata e talvez um tanto deprimente. Para muitos, Draco vivia uma vida de sonhos, tinha mais dinheiro do que poderia querer, o visto carimbado com os melhor locais do mundo para se visitar, casas e carros excelentes e todo o conforto que o dinheiro poderia proporcionar para alguém, mas se lhe perguntassem de fora se ele era feliz a resposta certamente seria não.

 Na verdade, não era feliz há muito tempo e desde que seu pai morrera e sua mãe resolvera explorar o mundo deixando-o sozinho tudo só tinha piorado.

Ele se sentou na cama jogando o cobertor de tecido macio para o lado e sem muitas escolhas além daquela se levantou para seguir com a sua rotina, depois de realizar sua higiene matinal ele começou a se vestir, na hora de abotoar a camisa como sempre ele reparou naquela cicatriz fina e mais branca que sua pele na vertical que tomava uma boa extensão do seu antebraço, de uma vez que ele perdera completamente a cabeça. Era uma lembrança triste e a marca daquela lembrança ainda se encontrava em seu corpo, todo dia ele encarava a cicatriz e passava o dedo sobre, para se lembrar de nunca perder a cabeça a tal ponto novamente. Ele devia seguir em frente e continuar, seria mesquinho de sua parte desistir depois de tudo. Ele escolheu a esmo um dos seus muitos relógios e o colocou como sempre fazia para esconder o inicio daquela cicatriz. Pegou a caixinha de remédio e tomou um, engolindo com um copo d’água que estava em sua cabeceira.

Depois de se arrumar e dando bom dia para algumas das pessoas contratadas para limpar a casa ele saiu sem tomar café. Se sua governanta Hollie descobrisse ele estava ferrado, aquela mulher era impossível, ela havia “adotado” ele depois que Narciza Malfoy havia saído da cidade.

Ligou seu carro, colocando o som do carro baixo tocando uma playlist aleatória e seguiu para o trabalho.

Fazia algum tempo que ele não ia para a sede da empresa, geralmente ele ficava em um escritório isolado onde gostava de receber possíveis clientes e fazer reuniões, assim reduzia o contato com boa parte dos funcionários e evitava os olhares, que por muito tempo o magoaram, mas agora só serviam para lhe causar uma irritação profunda.

Ajeitou novamente a gravata e entrou, assim que entrou alguns olhares foram direcionados a ele, como sempre. Ele se lembrava da primeira vez que entrou na empresa do pai, os funcionários olharam para ele daquela mesma maneira, só que na época ele não sabia que eram olhares de medo e de receio e durante a sua adolescência, quando descobriu o por que daqueles olhares ele até gostava, o que provava o quão fútil ele já havia sido. Não era a mesma empresa, mas os olhares eram os mesmos. Carregados de medo, como se a qualquer momento ele fosse sacar uma arma e atirar em todos ali, por favor, ele não era seu pai.

Uma mulher se apressou em sair de trás da bancada para recebê-lo, ela sorriu tentando parecer relaxada, conseguindo um resultado deplorável, também parecia ter medo que ele fizesse ou dissesse algo contra ela.

—Senhor Malfoy! Que bom vê-lo aqui hoje, como está se sentindo hoje?

Ele sorriu com a bajulação, a empresa era cheia daquele tipo de pessoa, que achavam que tratando-o “bem” evoluiriam mais rápido nos cargos. Eram fúteis e errados aqueles pensamentos.

—Bem obrigado. — Forçou um sorriso como sempre fazia.

Ora, as expressões faciais podem ser armas quando usadas corretamente e ele tinha aprendido a usá-las com perfeição, havia aprendido há muito a esconder o que sentia. Um sorriso bem colocado aqui e ali. Sempre funcionava.

A mulher sorriu com o sorriso dele, corando um pouco. Isso não era novidade, desde sempre todo o tipo de mulher parecia ser atraída por ele, geralmente envolvia algum tipo de interesse.

—A reunião está marcada para as 11h30min, o senhor chegou cedo, quer que eu lhe pegue algo?

—Não, se eu quiser algo mais tarde peço para minha secretária, não se incomode.

Ela se encolheu e afastou-se dado o tom dele quase como uma meia reverência. Bem, não era sua intenção ser rude, mas ele precisava demonstrar que bajulá-lo não iria adiantar nada para melhor de cargo.

Entrou no elevador e ficou observando a cidade de cima, era uma bonita visão e lhe transmitia um pouco de calma. Durante boa parte do dia ele ficou sentado em sua sala atrás de uma pilha de papéis, propostas e mais propostas para a empresa, modelos de celulares aqui, contratos para assinar ali. Um completo tédio.

Com o passar do dia sua mente começou a ficar mais pesada e a fome bateu, olhou o relógio de pulso a reunião ainda aconteceria dali à uma hora.

Levantou saiu da sala, o rapaz que estava substituindo sua secretária veio em sua direção (que em casa cuidando de um bebê recém nascido e Draco nem sabia que ela estava grávida) era um garoto jovem, cheio de espinhas causadas pela idade e provavelmente ainda em estágio, pois estava muito preocupado em fazer tudo certo e muito nervoso.

—Senhor Malfoy! Precisa de alguma coisa?— Ele parecia se esforçar para não gaguejar, gotículas se suor brotavam em sua testa.

—Sim, eu quero que me ligue quando a reunião estiver prestes a começar, isso é se eu me atrasar no meu almoço, afinal seria estranho se eu chegasse atrasado, não é?

A boca do garoto tremeu, ele parecia nervoso de mais tendo contato com o chefe, ele não o culpava, provavelmente achava que não o veria durante sua estadia no local.

—Ah... Claro, sim senhor!

Ele bateu de leve no ombro do mais novo que tomou um pequeno susto e se retirou, pretendia pegar o carro e dirigir para algum restaurante ali perto e almoçar sozinho como de costume.

Pegou seu celular e começou a mexer a esmo, quando o elevador chegou apitando ele o guardou e entrou se surpreendendo com quem encontrou lá dentro.

Ela estava de costas, vestida formalmente e seus cabelos que sempre pareciam incontroláveis estavam presos, ele sorriu, um sorriso verdadeiro que ele não estava mais acostumado em dar.

Hermione Granger, não ele nunca a chamaria de Weasley, ela estava se separando do marido, e ele não conseguia imaginá-la casada com ele, sua mente simplesmente não processava que alguém tão aparentemente inteligente havia cometido tão burrada.

Não que ele imaginasse a vida da Granger. É claro.

Mas ela era alguém interessante, aparecera no seu caminho três meses atrás e apesar de ser uma sujeitinha curiosa tinha feito o dia dele mais feliz e transformado sua rotina, mesmo que minimamente. Hermione era alguém imprevisível e ele gostava disso.

Agora o que ela estava fazendo ali? Como ele não sabia e encará-la não lhe responderia a pergunta ele colocou as mãos no bolso e falou:

—É incrível, não é? Por isso mandei construir assim.

Ela deu um pulo que derrubou uma pasta e todos os seus papeis no chão.

—Olá Hermione, eu percebi que esta cada vez mais comum nos esbarramos pela cidade. Eu só não decidi se gosto disso ou não. –Deu outro sorriso sincero de canto, é claro que ele gostava dos encontros que tinha com ela, ela apenas não precisava saber disso.

—Não foi nada, tudo bem. – Ela se abaixa para pegar os documentos parecendo constrangida por ter se assustado com sua presença.

Ele se abaixa para ajudá-la:

 —Desculpa por isso também. — pediu sincero.

—É sério, tudo bem. —Ela parecia evitar olhar em seus olhos, o que fez os ombros dele pesarem. É claro, depois de tudo que ele fizera para ela no passado, não esperava que ela gostasse dele ou que percebesse o quanto ele mudou com apenas um ato de gentileza.

— O que está fazendo aqui mesmo?— Ele perguntou tentando não soar rude e ao mesmo tempo querendo satisfazer sua curiosidade.

—Bem... Eu acho que trabalho aqui. —Ela o encarou pela primeira vez, trazia uma expressão confusa.

A resposta dela o intrigou ainda mais.

—Trabalha?— Ele ergueu a sobrancelha para ela— Em que exatamente?

Ele realmente precisava vir mais a sede da empresa, coisas interessantes aconteciam ali e ele nem ficava sabendo.

—Acessória de marketing, começo amanhã— Ela apertou a pasta junto ao corpo, nervosa por ele estar lhe interrogando.

—Ah, então você vai tentar limpar a imagem da empresa fazendo coisas bonitinhas?—Draco colocou novamente as mãos no bolso da calça erguendo a sobrancelha em questionamento.

—Eu vou tentar, por quê?

Ele deu seu melhor sorriso de “eu sei mais que você” para ela, a garota que antes lhe encarava parecendo confusa fez uma careta involuntária e lhe encarou extremamente irritada.

—Bem, é meu andar. — As portas do elevador se abriram e ele saiu— Boa sorte com isso, Granger. Estou botando a imagem da minha empresa em suas mãos.

No elevador ele viu a careta de irritação da mulher se transformar em uma cara de espanto e estupefação. Era uma boa oportunidade para mostrar a ela que tinha mudado. Por algum motivo se sentia muito tentado a isso, tentado a mostrar que ele não era mais o Draco que ela conhecera.

Ele havia descido alguns andares antes e parou no setor de contratação, as cadeiras estavam vazias, mas o local estava um pouco desorganizando mostrando que algumas pessoas estavam ali antes.

A ruiva responsável por aquele setor estava de costas organizando fichas quando ele chegou, ela cantarolava baixinho uma música que ele conhecia mais não lembrava o nome.

—Faz um bom tempo que não dou uma olhada no quadro de funcionários, que acha de me passar à ficha dos ultimos contratados?

Ela deu um pulo e se virou sorrindo. Ele realmente tinha que parar de assustar as pessoas assim.

—Senhor Malfoy! Há quanto tempo não vem nesse setor, tinha se esquecido de mim?

Ele percebeu que ela inconscientemente tentava ajeitar a roupa, o cabelo e tudo mais para parecer mais apresentável. Ela não precisava é claro, era uma mulher muito bonita e mesmo que sua roupa estivesse completamente amassada ela não ficaria feia.

—Me desculpe por isso, mas você sabe que a maioria das pessoas da empresa parece não gostar de mim, e eu odeio aqueles olhares. Então evito ao máximo o contato visual com todos. –Ele observou o quanto à sala estava com tudo perfeitamente arrumado, com tudo em seu devido lugar e separado por cores, bem diferente de como ele faria se ocupasse o lugar dela, não gostava de perder tempo arrumando coisas mínimas.

Ela ajeitou o cabelo mais uma vez antes de se inclinar na direção de Draco e colocar algumas fichas em cima da mesa.

—Besteira da parte deles, se lhe conhecessem saberiam que é uma pessoa maravilhosa.

Ele sorriu e deu um disfarçado passo para trás, estava na cara que a mulher gostava dele, é claro que ele não correspondia à absoluta obsessão que ela parecia ter por ele, gostava dela, como uma “amiga” e nada mais e não queria iludir ninguém, sabia como era a situação e não gostava nenhum pouco desse sentimento.

— Por que está tão interessado no quadro de funcionários de repente, Senhor Malfoy?— Ela ergueu a sobrancelha fina intrigada.

—Ora, às vezes pode não parecer, mas eu sou o chefe disso aqui tudo — com uma mão ele indicou os arredores.

Ela sorriu.

—Sei— ela revirou os olhos para ele— Bom, apenas cinco pessoas foram contratadas recentemente, duas mulheres e três homens. E eu finalmente consegui alguém para dar uma melhorada na imagem da empresa, desde que aquela revista começou a atacar e difamar o senhor ficou mais complicado conseguir alguém para tentar ajudar.

Ele se fez se inocente.

—É mesmo? Pode deixar uma cópia das fichas na minha sala?

—Claro que posso!—Ela sorriu exageradamente.

—Mas é claro que pode fazer isso depois de almoçar comigo, não é?

—Faço isso assim que... O que? Está me convidando para almoçar?

—Claro, no quero almoçar sozinho hoje, estou de bom humor e acho que uma companhia me faria muito bem. E então, vamos? Como amigos, é claro. — ele carregou a palavra amigos, para deixar sua intenção clara, mas ela pareceu não notar e se notou não se importou nem um pouco.

—Eu quero! Pode esperar um pouco? Vou tirar o uniforme— Ela estava corada e parecia muito feliz com a proposta do loiro.

Sem esperar a resposta ela saiu apressadamente da sala e ele coçou a nunca.

Ok, ele dissera que não gostaria de dar esperanças para ela, no entanto, coisas simples assim lhe saiam naturalmente. Draco Malfoy sabia o efeito que causava nas mulheres, elas podiam odiar sua origem, mas o jeito “bad boy malvado” conquistava muitas. Contraditório? Talvez, mas não podia evitar, aquele era seu jeito há muito tempo.

Eles almoçaram em um bom restaurante, a mulher não parava de falar, contando várias coisas da empresa e da própia vida que não eram muito interessantes, ele se dignou a fingir ouvir, concordando ou discordando com algo de vez em quando e aquilo parecia ser o suficiente para ela, depois do almoço eles seguiram juntos para o trabalho, mas ela desceu antes dizendo que não era bom que os outros funcionários os vissem juntos ou poderiam inventar fofocas (o que ele tinha certeza que era exatamente o que ela queria apesar de não admitir).

Ele voltou para o escritório, à reunião começaria logo e ele tinha que se preparar psicologicamente para as propostas e possíveis reclamações dos seus assessores, seu secretário não estava na sala quando ele entrou, provavelmente estava em seu horário de almoço.

Pegou algumas coisas em sua mesa e se deparou com as cinco fichas que tinha pedido, encostando-se na mesa ele abriu a ficha da Granger e leu algumas das informações, não tinha muita coisa sobre sua vida ali, só que lendo a ficha ele já sabia mais sobre ela do que jamais imaginou saber. E mesmo olhando apenas informações vagas em sua ficha ele sorriu, ela realmente parecia alguém interessante de se conhecer.

Colocou a ficha de volta na mesa e saiu antes de olhar as outras. Havia várias pessoas esperando por ele na sala de reunião quando chegou e incrivelmente ele estava bem relaxado, nem parecia que estava prestes a enfrentar mais uma reunião extremamente cansativa que sempre o deixavam de mau humor pelo resto do dia, mas o fato de ter um desafio em mente lhe deixava bem mais relaxado, ele de uma forma inexplicável queria que Granger esquecesse o antigo Draco e se tornasse sua amiga, ela era muito confusa, contraditória e um mistério que ele queria e pretendia desvendar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, um super beijo no coração de vocês e até o próximo capitulo! ❤


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