História Inexplicável - O primeiro dia

Hermione chegou em casa ainda em estado de choque, sem acreditar nas conhecidencias do destino, ela havia sido contratada pela empresa do mesmo cara que lhe ajudara meses atrás, tudo certo até ai, se esse cara não fosse Draco Malfoy, para ela ainda era estranho encará-lo sem sentir vontade de socá-lo como fizera certa vez. Tirou o salto e o blazer colocando-os em seus devidos lugares e se jogou no sofá, puxando uma almofada e abafando seus gritinhos de felicidade com  a mesma, não podia assustar os vizinhos com seus gritos repentinos.

—Eu consegui! — murmurou para si depois de ter se cansado de gritar.

Apesar de tudo estava feliz por finalmente ter conseguido um emprego, isso significava que nem seus pais e nem seus amigos precisariam ficar preocupados com ela. Suspirou, finalmente colocaria sua vida no rumo novamente, um emprego era o que ela precisava para tirar da cabeça o processo de separação e Rony, principalmente ele. Apesar de três meses terem se passados ele ainda parecia querer insistir, ligando para ela todos os dias, tentando conversar com ela antes de uma audiência, tentando lhe dar presentes ou se desculpar pela trilhonesima vez. Ela não aguentava mais, estava física e psicologicamente cansada de mais para isso, só queria que aquele bendito processo acabasse logo.

Seu celular tocou e ela grunhiu, sem nenhuma vontade de levantar. Imaginando que talvez fosse Rony, ela não queria ter seu bom humor estragado por ele logo cedo. O toque do celular encerrou por um momento e ela voltou a fechar os olhos esperando que quem quer que fosse lhe deixasse em paz ao perceber que ela não havia atendido, mas o celular logo volta a tocar parecendo mais insistente e barulhento que antes, então ela resolve levantar de uma vez e procurar pelo mesmo em sua bolsa, em meio a papéis e outras várias coisas ela o encontra e atende sem olhar que estava lhe ligando.

—Hey, Hermione como foi na entrevista de hoje? Conseguiu arrumar alguma coisa?— A voz do outro lado era animada, como sempre.

Hermione torceu um dos seus cachos castanhos entre os dedos e deu um sorriso que espalhou pela abertamente por sua face ao ouvir a voz da amiga. A ruiva tinha aquele dom, conseguia deixar todos a sua volta felizes apenas conversando um pouco com eles, ela irradiava vida e era muito inteligente. Hermione suspirou e ficou muda por um tempo para dar um ar de suspense para a pergunta de Gina.

—Consegui sim e você não vai adivinhar onde!—Ela diz tão animada quanto sua amiga.

Hermione voltou a se jogar no sofá contando sobre o seu dia e recebendo comentários sarcásticos e engraçados de Gina, a ruiva não conseguia acreditar que a amiga realmente arrumara um emprego justo na empresa do Malfoy. O destino realmente era engraçado dissera.

—Tem um dedo dele ai acredite!— Ela falou depois de ponderar um tempo.

—Não, ele ficou tão surpreso quanto eu. — Hermione se lembra do elevador e o susto que levou por encontrá-lo lá, corou ao perceber que mais uma vez tinha feito papel de boba.

—Seeei, Malfoy é um bom ator, aposto que ele ficou caidinho por você da ultima vez que te viu e matou dois coelhos numa tacada só. — Uma risada baixa, Gina Weasley podia ser muitas coisas boas, mas também era fantasiosa ao extremo quando queria.

Hermione revirou os olhos mesmo sabendo que a amiga não podia vê-la.

—Aposto que não é nada disso. Você é paranóica Gina! Pa-ra-noí-ca — repetiu para dar ênfase em sua opinião

Gina deu um suspiro, Hermione quase conseguia imaginar a mulher colocando a mão sobre o peito e suspirando teatralmente.

—É o destino que está ligando vocês dois então — outro suspiro dramático— O amor de infância de Hermione Granger, aparece em sua vida depois de tanto tempo, mudado e muito mais gato, ao melhor estilo clichê vampiresco que deixa toda e qualquer mulher caidinha por ele instantaneamente!

Hermione riu.

—Por favor, Gina, não viaja, eu não fico jogando na sua cara o tempo todo quem você namorou ou gostou.

—Eu sei, mas se não fosse sua ajuda eu não estaria com Harry agora e como com meu irmão não deu certo eu quero te ver feliz! Com o Draco ou com qualquer outro, se você estiver feliz isso já é suficiente para mim, você sabe que é a irmã que eu nunca tive, não sabe?

Isso aqueceu um pouco o coração da castanha, Gina tivera muitos irmãos, mas nenhuma irmã e às vezes ela se sentia solitária no meio de uma atmosfera majoritariamente masculina

—Obrigada, você é uma ótima amiga e eu também te considero uma irmã, mas eu realmente não consigo pensar em ninguém agora, a separação ainda me deixa muito abalada e o fato do seu irmão não desistir e continuar insistindo em me atormentar também não melhora o fato.

—Rony é um idiota, passou anos sem parecer se importar muito com você e agora que você não quer mais saber dele faz uma coisa dessas. As pessoas realmente só dão valor para algo quando perdem...

— Vamos mudar um pouco de assunto... —Hermione diz um tanto incomodada— como vai sua gravidez?

—Um tédio, Harry esta super protetor! Acha que eu estou doente e não grávida. É claro que é super fofo ver a preocupação dele, mas às vezes ele realmente passa do limite, sem falar que eu também estou com vontade de comer muitas coisas e não posso! Eu enjôo muito fácil, é um saco! Mas ao mesmo tempo estou tão ansiosa, quero descobrir logo o sexo do bebê, não que isso importe muito porque esse bebezinho já é muito amado, mas a curiosidade me mata.

—Eu imagino que Harry está super protetor mesmo, mas você tem que ver pelo lado dele, perdeu os pais muito jovem e foi criado por aqueles tios horríveis e insuportáveis, ele provavelmente quer dar a você e ao bebê tudo que ele mesmo não teve.

—Eu sei e eu o amo muito por isso!

As duas mulheres continuaram falando por um tempo sobre gravidez e outras coisas atualizando uma a outra, como sempre faziam, quando Gina desliga já está no início da tarde. Hermione levanta do sofá no qual estivera jogada e se espreguiça indo em direção  à cozinha do local.
Ela abre a geladeira e pega os ingredientes para preparar uma refeição rápida, assim que termina ela se serve e senta na frente de seu notebook para começar sua pesquisa. Depois abre o guia e pesquisa “Malfoy" em menos de segundos a aba é preenchida com notícias de antigos escândalos que envolveram a família de seu chefe e outras famílias tão ricas quanto, escândalos esses que atingiram seu ápice no atentado contra Hogwarts. Uma ocasião que ela preferia não lembrar.

 Ela estala os lábios e digita "empresa Malfoy" os resultados são tão animadores quanto os primeiros, toda e qualquer notícia boa sendo tapada pela má reputação da família. Ela clica no site da empresa e descobre por ele que a empresa havia sido fechada há tempos.

 Então era por  isso que o nome da empresa onde ela conseguiria um emprego se chamava “Black” e não Malfoy. Depois de pesquisar um pouco sobre a empresa Black percebeu que essa não tinha uma reputação tão ruim, mas que Draco ainda era atacado por conta de seu sobrenome e o passado de seu pai, ele se mantinha escondido da mídia, evitando escândalos, entrevistas e tudo mais e mesmo assim recentemente uma revista havia voltado a atacá-lo, Hermione bufou, mesmo como jornalista nunca gostou dessas revistas de fofoca.

Anotou as informações em sua caderneta e terminou de comer. Por isso Draco parecia tão divertido e irritante no elevador. Era um trabalho em tanto, afinal ela não precisava limpar a imagem da empresa em si, essa tinha ótimas avaliações e serviços de qualidade, os aparelhos que vendiam era muito bem avaliados, ela precisava limpar a imagem da família de seu chefe, cuja reputação não era das melhores e bem, ela não sabia se queria limpar o nome Malfoy.

Enterrou a cabeça entre as mãos esperando que as idéias chegassem a sua mente. Era difícil, mas ela não desistiria tão fácil, especialmente porque inconscientemente ela queria tirar aquele sorriso debochado do rosto do loiro e mostrar que ela era capaz disso, isso ela poderia fazer, mesmo odiando sua família Draco não era sua família.

Suspirou pesadamente, ela tinha saudades da época em que os maiores dos seus problemas eram resolvidos indo até a biblioteca de sua escola, hoje os problemas eram relativamente maiores e uma ida a biblioteca, apesar de agradável, nem sempre ajudava.

Passou algumas horas fazendo pesquisas, queria impressionar logo no primeiro dia e mostrar que era capaz. Isso com certeza seria a chave para permanecer no emprego. Conforme as horas foram se passando ela começou a sentir dor nas pernas e nas costas e sua cabeça também latejava, havia tido inúmeras idéias, mas nenhuma dela parecia ser especialmente boa e todas lhe pareceram superficiais e não pareciam tratar o problema em si. Apenas arranhando a superfície do problema;

Uma chuva começou e Hermione se levanta da cadeira da cozinha onde esteve sentada boa parte da tarde e vai em direção a sacada do seu apartamento, abre a porta de vidro e entra naquele pequeno e agradável espaço, em segundos sente a chuva forte encharcado suas roupas e seu corpo, ela fecha os olhos e deixa a água lavar suas preocupações, controla a respiração e tenta se acalmar.

—Eu vou conseguir. —disse para si mesma.

Com essas palavras em mente ela deixou a chuva molhá-la mais um pouco antes de entrar, afinal, pegar um resfriado logo nos primeiros dias no emprego não seria nada bom.

Quando foi dormir as palavras que Gina havia lhe dito mais cedo ficaram ecoando na mente da castanha, será que o destino realmente queria que ela encontrasse um antigo amor depois de tantos anos e em uma fase tão delicada de sua vida? Ela teve uma noite calma e sem sonos, o que era novidade, ultimamente havia dormindo cada vez menos e sempre tinha pesadelos que não conseguia se lembrar quando acordava, porém lhe deixavam apreensiva quando no outro dia precisaria dormir novamente.

De manhã ela já estava de pé antes do despertador tocar, tomou um banho, escovou os dentes e tomou café rapidamente. Colocou as roupas formais que costumava usar em seu antigo trabalho, passou uma maquiagem leve, arrumou o cabelo em um coque e ficou matutando em ir ou não de carro, ela não tinha vendido o carro, mas naqueles três meses era realmente raro usá-lo. Por questões praticas, econômicas e emocionais.

Suspirando deixou a chave dentro da gaveta e decidiu pegar um taxi mesmo, não lhe faria mal andar em uma vez ou outra na vida. E lhe pouparia de lembranças com Rony dentro daquele carro.

☀☀☀

A mulher que lhe entrevistara mostrou a Hermione vários locais da empresa, a castanha ficou impressionada com o tamanho da sede e com as pessoas que trabalhavam ali. Quando chegaram a um corredor especifico a ruiva que lhe guiava desacelerou um pouco seu ritmo e deu um sorriso um pouco menos profissional.

—Aqui é a sala do nosso CEO. — Ela apontou para um conjunto de portas imensas e na cor prata que parecia sugar toda a beleza no ambiente e atrair o olhar diretamente para elas.

Hermione assente e as duas continuam seguindo pelo corredor, até parar na frente de uma porta um pouco menos glamorosa.

—Sua sala é aqui, tem sorte de ter pego uma sala nesse corredor. — Novamente a ruiva sorri verdadeiramente. —Nosso chefe não costuma vir muito a empresa, então acho que não irão se esbarrar com muita frequência, mas caso o encontre uma vez ou outra seja sempre gentil. Ele pode ter aquela aparência de durão, mas no fundo ele é uma ótima pessoa. —Ela dá um suspiro.

Hermione morde os lábios para não falar nada, que já conhecia Draco Malfoy e tirando pelas ultimas vezes que geralmente ele não gentil com ela.

—Entendi, tudo bem eu posso fazer isso!— A mulher tenta não encarar a outra quando diz isso.

A ruiva obviamente não sabia que Hermione e Draco se conheciam e pelo jeito que ela estava falando nele a Hermione resolveu não contar, tudo que ela menos precisava naquele momento era que a outra lhe odiasse por isso, afinal ela estava claramente apaixonada pelo chefe, se Hermione contasse provavelmente seria vista como rival (o que é um absurdo, mas a mente de uma mulher apaixonada é confusa) ou tratada mal e isso ela não queria, já tinha tido experiências suficientes de ódio de outras pessoas no trabalho, não queria repetir a dose de ódio gratuito.

—Venha, ainda tenho que te mostrar a sala e ensinar o funcionamento básico das coisas com as quais você vai trabalhar no dia a dia. —A ruiva voltou ao seu modo profissional indicando para Hermione a entrada da sala.

—Claro. –Respondeu Hermione ainda muito formal.

Elas entraram na sala que era de um tamanho mediano, com poucas decorações, porém aprazível. A ruiva indicou a cadeira para que Hermione sentasse e começou a explicar que sistema a empresa usava e lhe contar um pouco da história da fundação da mesma, às vezes fazendo perguntas que a castanha respondia de prontidão enquanto a outra fazia notas em seu caderninho, ela agradeceu mentalmente pela pesquisa que tinha feito no outro dia, estava lhe ajudando bastante.

—Estou apostando em você Srta. Granger, eu espero que faça boas e inteligentes propagandas. — Ela disse por fim depois de terminar de mostrar o último programa para a castanha.

—Espera... Propagandas?— Hermione tenta não parecer tão decepcionada e falha completamente.

—Sim Srta. Granger, como achou que ajudaria a melhorar a imagem da empresa?—Uma risada fraca e agradável. — Boa sorte, você vai precisar— Disse ela antes de sair da sala.

Hermione ficou encarando o computador decepcionada, propagandas eram boas para vender e anunciar produtos, melhorar imagens de empresas... Nem tanto. É, talvez aquilo seria um desafio maior do que ela esperava.  Deu um pequeno suspiro e abriu o programa para ver as propagandas antigas e esperar que a inspiração batesse, ela havia se formado em jornalismo, havia feito inúmeras chamadas quando trabalhava no jornal, propagandas deveriam ser fáceis para ela.

 —Você parece decepcionada, já vai desistir?— Uma voz masculina pergunta.

A mulher deu um pulo de sua cadeira e encarou a porta emburrada.
Draco estava encostado na porta lhe encarando com a mesma expressão irritante que usou no elevador no outro dia, ele vestia um terno elegante e bem cortado e sua gravata combinava perfeitamente com a cor de seus olhos, seu cabelo loiro-esbranquiçado estava puxado para trás lhe dando uma aparência um pouco mais velha, e um resquício de barba cobria sua face, ele parecia estiloso como se dissesse “hey, eu nem tirei a está manhã barba e mesmo assim estou maravilhoso”.

—Bom dia. – Ela respondeu. —Acabaram de me informar que o senhor não costuma vi muito aqui, então a que honra devo tão estimada visita? —Ela ergueu a sobrancelha, mas manteve a expressão neutra.

Ele fez careta.

—Por favor, não me chame de senhor... Fica muito estranho saindo de sua boca Granger e também faz com que eu me sinta mais velho do que realmente sou.

—Tudo bem, mas você continua sendo meu CEO, como espera que eu lhe trate? Tecnicamente não deveríamos nem ter contato, sou uma funcionária com uma função baixa, você o presidente da empresa se nos virem juntos vão lançar fofoquinhas e isso pode ser frustrante para ambas as partes.

—Isso também soa estranho. –Disso o loiro entrando e fechando a porta atrás de si. –Me chame apenas de Malfoy, como sempre. É muito melhor do que senhor ou chefe e soa bem mais natural... Aliais, o que você está fazendo?

Controlou-se para não dar uma resposta cortante e apontou para o computador.

—Tentando descobrir como vou melhorar a imagem de sua empresa através de propagandas — suspirou ainda não engolira a sua real função.

Ele coçou o queixo parecendo intrigado.

—Estou curioso quanto a isso, mas se tratando de você Granger, acho que vou me surpreender, afinal é a mulher mais inteligente que já conheci.

Ele falou isso de uma forma tão natural que Hermione não conseguiu controlar, e o rubor apoderou o seu rosto.

—A não ser que seu casamento com o ex-pobretão do Weasley tenha tirado isso de você também. Era para você estar comandando uma dessas — ele indicou ao redor parecendo alheio— e não atrás de uma mesa trabalhando para alguém. —depois de alguns segundos de silêncio constrangedor ele pareceu se dar conta do que disse. – me desculpe, acho que acabei falando de mais.

Hermione solta à respiração que ela estava prendendo inconscientemente e encara o loiro pasma.

—E-eu... —Ela começa a dizer, mas logo é interrompida por ele.

—Você me perguntou o que vim fazer aqui, então eu vou direto ao ponto: Eu te disse que o Draco Malfoy que você conheceu morreu há muito tempo, ou pelo menos boa parte dele, mas você não parece ter acreditado muito em mim. Por isso vou te propor um desafio, eu te mostro que realmente mudei e você se torna minha amiga... Pode parecer estranho para você, também é estranho para mim, mas você foi uma das pessoas que eu tratei mal quando era mais jovem, concertar isso seria muito bom. Me deixaria em paz comigo mesmo, entende? E também estou cercado de pessoas falsas, ter alguém verdadeiro ao meu lado seria agradável. — Ele coçou a nuca parecendo constrangido e sem encarar a mulher nos olhos. — Você quer ser essa pessoa Hermione?

Ela se encontrava de boca aberta e sem palavras, pelo fato dele tê-la chamado pelo nome e por ter sido tão sincero, piscou algumas vezes tentando processar o que acabara de ouvir e antes que o silencio ficasse desconfortável de mais ela deu um pequeno sorriso e levantou oferecendo a mão para o homem na sua frente.

—Eu devo dizer que a Hermione de alguns as atrás nunca imaginaria que ouviria algo assim vindo de Draco Malfoy e também obviamente não pensaria duas vezes em te dizer não... Na verdade, eu não sei bem o que te dizer agora, mas como já me surpreendeu bastante vou aceitar essa proposta. — sorriu novamente— Eu gosto de ser surpreendida.

Ela ofereceu a mão para Draco que apertou de prontidão, a pele dele em contraste com a sua era muito mais branca, a palidez do loiro realmente era algo surpreendente, as pontas de seus dedos tinham alguns calos, como os dedos de um músico, porém seu aperto era firme, depois do aperto eles soltaram as mãos rapidamente e ele apontou para o computador.

—Me surpreenda. –Falou antes de se retirar.

—Pode deixar. — Ela respondeu para uma porta fechada.

Voltou a se sentar e encarou o computador como um lutador encara o outro antes de uma luta e rapidamente começou a estudar as antigas propagandas, tomando notas e anotando o que podia ser melhorado. Não era grande coisa, mas já era um inicio, a conversa com Draco lhe animara o suficiente para pelo menos tentar fazer aquilo.

 “Você é a mulher mais inteligente que já conheci”.

A frase continuava a voltar em sua mente e Hermione sem querer se viu comparando a frase as que Rony lhe falava, nunca em todos aqueles anos de casados ele tinha dito algo do tipo. Ela parou de fazer anotações e se deu conta do que estava pensando batendo com as mãos em sua face logo depois.

O que ela estava fazendo? Draco havia sido apenas gentil e eles não tinham absolutamente nada para que ela o comparasse a Rony. Talvez fosse a paranóia de Gina finalmente entrando na mente de Hermione, talvez ela estivesse apenas muito confusa com tudo aquilo, mas a frase e a expressão de Draco quando lhe dissera aquilo continuou em sua mente pelo resto do dia.