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História High Hopes - Temporada de caça


Escrita por: feelsobanghim

Notas do Autor


Olá! Bom, aqui está mais um capítulo que não sei se demorei tanto assim para postar. Obrigada pelos comentários e tudo bem, é sempre muito importante e muito bom ter vocês por aqui. Espero que aproveitem e boa leitura, vejo vocês logo mais <333

Capítulo 6 - Temporada de caça


Choi Youngjae sentia-se livre naquele momento, por mais que fosse uma causa repressiva em alguns pontos. Todas aquelas pessoas expondo seu apoio pela causa, pela comunidade, estavam reunidas por livre e espontânea vontade naquele local para expressar dois sentimentos: compaixão e comoção. Em primeiro momento o amontoado de pessoas gritavam por justiça e coisas relacionadas, mas assim que fora pedido o silêncio pairou de força fácil e não sufocante. A caminhada começou e manteve-se por um longo período calada, cada vez mais reunindo pessoas. Quando, enfim, pararam em um local amplo, o grupo de mais ou menos 30 mil de pessoas pôs-se parados fixando um único ponto: a bandeira LGBT erguida e pichada com as palavras “respeito e paz”. Era só isso que eles queiram, afinal. Um homem já na casa dos cinquenta anos subiu em um relevo natural do local e começou a falar.

 

- Meu nome é Lee DongYul, e pediram para que eu falasse alguma coisa aqui na frente. - O senhor começou a dizer e todos voltaram sua atenção para ele - Deram-me um papel com algumas coisas a dizer em memória ao rapaz, mas acabei negando pois prefiro dizer coisas que venham de mim.

 

No começo de tudo ele estava nervoso mas de um segundo para outro obteve uma expressão confiante e de fato estava; sabia com convicção o que diria enfrente aqueles mais de cinquenta mil protestantes.

 

- Eu não sou homossexual, na realidade sou casado há mais de vinte e sete anos e tenho três filhos. - Um sorriso aberto formou-se em seu rosto – Um deles está no exército agora, o mais velho, a do meio está no meio dessa multidão com seu marido e meu netinho de três anos, e meu filho mais jovem está ali, bem ali, olhem! - Ditou apontando para um garoto na primeira fileira o fitando orgulhoso – Esse é Lee Minhyuk, ele tem vinte e dois anos e é assumidamente gay. Meu filho. E não me envergonho de dizer isso, pelo contrário, posso repetir se quiserem. Lee Minhyuk, meu filho, homossexual! - Seu tom era carregado de orgulho e sua voz fora aumentando de intensidade com o passar do tempo - Quando eu era mais jovem meus pais eram extremamente rígidos e nos ensinavam o que era certo e errado, nos ensinaram que namorar alguém do mesmo sexo que você era um erro absurdo e respeitá-los era outro erro. Uma vez levei uma surra de minha mãe por questionar tal coisa, dizendo que eles mereciam ser respeitados pelo simples fato de serem humanos e não por sua sexualidade. Desde aquele dia tive certeza que não ensinaria meus filhos dessa maneira, eu os ensinei a respeitar tudo e todos, independente de qualquer coisa. Expliquei que eles não precisavam ser homossexuais para apoiarem a comunidade LGBT, expliquei que não precisavam estar em uma relação homoafetiva para respeitar quem está; bastava ter o mínimo de humanidade e consciência dentro de si. Quando meu pequeno Minhyuk se assumiu para a família, não vou mentir, nós choramos; não porque ele era gay ou namoraria alguém do mesmo sexo, choramos porque sabíamos que ele sofreria por uma escolha sua. Agora pensem comigo, seus pais choram quando vocês escolhem o que vão comer? Choram quando vocês escolhem o que vão vestir, ou qual carreira vão seguir? Choram quando chegam em casa um corte de cabelo novo? Não, eles não choram! E por quê deveriam chorar quando seu filho ou filha se assumissem homossexuais? Foi uma escolha dele, foi o que o coração dele escolheu para amar, uma escolha!!! Uns choram de desprezo, desapontamento, mas não eu, eu chorei por medo do que meu filho passaria dali em diante pois sabia que em diversas situações eu não estaria por perto para protegê-lo.

 

O senhor tirou um tempo para respirar e os aplausos não cessaram, somente quando o mesmo pediu e respirou fundo, voltando a falar.

 

- Ninguém nunca deveria bater em uma pessoa por sua orientação sexual, muito menos seus próprios pais. O quão frio um ser humano pode ser levado em consideração seu preconceito, não é? A que ponto a humanidade chegou, onde pais espancam seu filho até a morte e continuam batendo no mesmo depois de morto por ele ser gay! Isso é o cúmulo. Cúmulo para qualquer um mas acima de tudo aos pais; pais deveriam amar suas crias acima de tudo. Eu jamais levantaria a mão para meu filho ou qualquer outra pessoa que fosse por sua orientação sexual e nem por isso sou homossexual. - Youngjae, no meio daquela multidão toda, tinha seus olhos marejados e aplaudia todo tempo o que era dito – Não tem ninguém aqui pedindo para que você venha para a comunidade LGBT, não tem ninguém lhe obrigando a ser gay, lésbica ou qualquer outra coisa, ninguém quer que você se relacione com quem você não quer, nunca vão lhe forçar a nada do tipo, só estamos pedindo uma coisa: respeito. Se você não gosta de uma coisa, não se envolva com ela, fique longe, mas não a desrespeite porque você não gosta, saiba que outros gostam! Só estamos lhes pedindo uma única coisa e sempre lhes pediremos uma única coisa: respeito. Respeite ao próximo independente da sua orientação sexual, da sua cor, religião ou classe social. O mundo está perdido e logo mais, se não for controlado, mataremos uns aos outros e sabem qual o princípio de tudo isso? Preconceito. Eu, Lee DongYul, com quase sessenta anos estou aqui nesse protesto com toda a minha família, segurando essa bandeira LGBT para fazer somente um pedido a todos vocês: respeitem a todos. Só isso. Respeitem independente de qualquer coisa e, então, verão o quão para frente a humanidade andará. Obrigado.

 

Depois do dito, o senhor desceu de onde estava com ajuda do seu filho e foi guiado para o ponto onde o resto de sua família estava, sendo aplaudido a todo instante sem cessar. Suas palavras foram ouvidas de modo limpo e claro, deixando o recado grudado na mente de todos os presentes. Não havia uma pessoa naquele lugar que não estivesse o aplaudindo e devidamente emocionado, um deles era Youngjae que estava posto mais ao norte da multidão e não conseguia conter as lágrimas que misturava orgulho do senhor antes a sua frente e indignação com diversas pessoas pela terra que cometiam barbáries do tipo. Choi sabia o que era ser vítima de preconceito constantemente, sabia o que era andar com medo na rua e se sentir inseguro quase todo o tempo. Os hematomas em seus braços e tronco denunciavam isso.

 

Do lado oposto ao seu, mais para o lado sul da multidão, estavam Mark e Jackson de mãos dadas erguidas. O casal não tão assumido assim sabia também como era ser vítima de preconceito e acharam, assim como Youngjae, as palavras do senhor algo esplêndido. O recado, como antes dito, era claro: você não precisa fazer parte para respeitar, é só ter o mínimo de humanidade dentro de si.

 

E ali permaneceram durante horas reunidos, gritando, cantando e fazendo barulho, mas quando deu meia-noite todos os presentes fizeram silêncio contínuo por respeito durante dez minutos seguidos para depois seguirem seus caminhos de volta para casa. Algumas pessoas que passavam pelo local um tempo antes concordavam com o que era dito, respeitavam, outras faziam caretas e até mesmo expressavam nojo. Estamos longe de atingir o mínimo de respeito necessário em todos as pessoas, mas não podemos nunca desistir disso.

 

///

 

Jaebum negou o convite dos amigos para ir a esse protesto, mas era explícito que apoiava e respeitava, só não estava com mente para isso. A única coisa que conseguia pensar era em Youngjae e como aquela maldita coincidência aconteceu. Algumas vezes, bem poucas, imaginou como agradeceria o rapaz caso o encontrasse novamente mas só pensou nisso porque tinha certeza que não o encontraria nunca mais na vida. É, maldito destino. Em seu interior sentia-se nervoso pois sabia que, assim que ele ou o rapaz tocasse nesse assunto, ele seria obrigado a agradecer por tudo que Choi havia feito, mesmo não se sentindo de fato agradecido.

 

E se ele contasse a alguém sobre o que aconteceu? Bom, por mais que não soubesse da história, Youngjae pegou uma das partes mais importantes, tipo quando você abre um livro em uma página aleatória e lê algo que não deveria; era exatamente isso. E se isso afetasse sua imagem perante os funcionários e seu trabalho em si? Não, isso não poderia acontecer de forma alguma, Im Jaebum não admitiria algo do tipo.

 

Ainda mais estranho era que, depois de tudo o que passou, começou a sentir-se feito uma pedra e sentia irrelevância por outras pessoas. Não todas, somente seus amigos estavam fora disso, somente eles ainda surtiam um sentimento dentro de JB, não o deixando morrer por completo. Mas era diferente com Youngjae, ele não sentiu verdadeira irrelevância quando fitou o mais jovem nem quando trocou poucas palavras com o mesmo, na realidade não sentiu nada além de desconfiança e um incômodo, mas já era algo. Não eram sentimentos bons na realidade, embora sejam sentimentos diferente de irrelevância e é a primeira pessoa que fez o novo Im sentir isso. Afinal, talvez não fosse tão ruim assim. Só era esquisito.

 

Inesperadamente algo invadiu seus pensamentos, tomando toda sua atenção de uma só vez e, por incrível que pareça, não era algo que fosse o fazer recordar de SunHee e como ela havia o destruído. Era uma memória boa, uma memória de anos atrás quando estava jogando videogame com Jackson na casa de seus pais e riam alto juntos. Uma memória simples mas que nunca fora esquecida, algo que sempre o fazia sorrir quando recordava. Acabou adormecendo com um leve sorriso de canto e com uma leve expressão pela primeira vez dentre aqueles dias.

 

///

 

Sua mente girava só de vê-lo em sua frente agindo de modo tão sério e um tanto quanto frio, não era assim que ele estava quando o “conheceu”. Na realidade Choi deveria assumir que não o conhecia de verdade, não o conhecia nem um pouquinho sequer. Mas o incomodava profundamente aquele olhar indecifrável à sua frente, tinha certeza que ele não se lembrava de nada, também pudera, como lembraria? No estado em que estava naquele dia talvez nem se lembre de ter sido ajudado por alguém, quem dirá sua fisionomia.

 

Na realidade Im Jaebum lembrava-se de tudo, cada detalhe, momento e palavras; mas não era opcional. Estava fazendo uma enorme força naquelas horas quais estavam hora conversando, hora debatendo sobre coisas da empresa para não acabar com todo aquele assunto e o expulsar de seu escritório. A voz de Choi o irritava de um modo que nem o mesmo entendia, o jeito com que o mais jovem sabia de tudo e debatia todos os pontos que Jaebum colocava sobre a mesa o deixava extremamente frustrado.

 

Quando enfim terminaram de discutir o que era necessário e o presidente explicar algumas coisas que os outros não haviam dito, ambos relaxaram seus corpos nas cadeiras e soltaram suspiros pesados e cansados. Desde o começo do expediente até agora, quase no final dele, estavam trancados naquela sala resolvendo coisas. Papeis por todos os lados, contratos analisados, reuniões marcadas e tudo mais. Cada parte de seus corpos estava cansada, assim como ambas as mentes. Choi sentia uma enorme necessidade de dormir e ainda assim transparecia total disposição, diferente de Im que deixou toda sua postura e formalidade de lado e relaxou de modo largado em sua cadeira confortável, pendendo a cabeça para trás e a apoiando no estofado marrom. Depois de alguns minutos descansando o mais jovem se levantou e arrumou tudo o que lhe pertencia em sua bolsa, depois fez o favor de ajeitar rapidamente a mesa pois coisas bagunçadas davam nervoso no menor. Pigarreou logo após terminar, ficando em pé com uma postura correta e fazendo o presidente formar um leve bico nada satisfeito nos lábios e abrir sutilmente os olhos.

 

- Podia ter deixado bagunçado. - Jaebum disse, ainda com aquela expressão.

 

- Não gosto de bagunça.

 

- Mas o escritório é meu. E esse não é seu trabalho. - Deu uma leve risada anasalada e fez o mais jovem revirar os olhos.

 

- Disse que não gosto de bagunça, não que o escritório é meu ou seu. E de nada, sei que não era minha obrigação.

 

- Se não era, não existe um por quê para mim lhe agradecer por isso.

 

- Tudo bem, não preciso que me agradeça. - Ditou sincero e nem um pouco ofendido - Se me permite, vou para casa, o expediente já acabou. A não ser que tenha algo a mais. - Jaebum ajeitou-se na cadeira e passou a apoiar os cotovelos na mesa, assentindo em permissão – Ótimo, até amanhã, Senhor Im.

 

- Obrigado. - O rapaz mais velho ditou se levantando e fazendo o outro parar perto da porta e virar-se para si.

 

- Disse que não iria me agradecer por isso. - Choi ditou com uma expressão confusa.

 

- Não por isso, mas por outra coisa. - A fala saiu em um tom limpo e alto o suficiente, ainda que fosse calma – Sabe do que estou falando, Choi.

 

- Sim. - Respondeu engolindo a seco, sentindo um nervosismo aflorar em seu âmago – Eu pensei que o senhor não se lembraria e, por minha parte, não tocaria nesse assunto nunca.

 

- É, mas eu me lembro, e muito bem por sinal. - Jaebum evitava olhar para a figura do menor, enquanto o outro o encarava incessavelmente – De qualquer forma, muito obrigado, Choi Youngjae. E por favor, não conte isso a ninguém.

 

- Não se preocupe quanto a isso. Sei manter segredo tanto quanto formalidade profissional.

 

- Ótimo. - Respondeu e fitou o rapaz que tinha um singelo sorriso em seus lábios, junto com a vontade gigantesca de questionar como o mais velho estava. Mas não o faria.

 

- Ok.

 

Assim que o baque da porta fora escutado Jaebum sentiu como se um peso fosse tirado de suas costas, agora não devia mais nada ao outro. Já Youngjae passou a sorrir abertamente assim que as portas do elevador se chocaram e encontrou-se sozinho dentro do mesmo. Sentia-se feliz por saber que Im lembrava dele e do que o rapaz havia feito, não que ele quisesse reconhecimento algum pelo que fez, só tinha curiosidade de saber se o mais velho lembrava de alguma coisa.

 

Depois de mais ou menos uma hora ambos estavam no conforto de suas casas; Youngjae recebia a visita de Bambam e Yugyeom para jantarem juntos como tinham o costume de fazer algumas vezes. Jaebum encontrava-se jogado no sofá confortável com um balde de pipoca em seu colo. Era estranho como ambas as vidas eram diferentes e se encaixavam em alguns pontos, como quando o mais velho aprendeu a conviver com o tédio contínuo e solidão não tão temporária, enquanto o outro deixou de ficar sozinho na maior parte do tempo e permitiu-se estar sempre ocupado com algo qual o chamasse a atenção. As coisas encantavam facilmente Youngjae, ver coisas novas o despertava curiosidade e coisas antigas o remetiam a uma sensação reconfortante como nostalgia; tudo o encantava e facilmente o agradava. Por outro lado Jaebum perdeu o encanto por tudo ao seu redor; nada mais o impressionava, nada mais o chamava a atenção ou despertava um sentimento bom nem ruim, era como se tudo em sua volta estivesse completamente sem vida mas, quem de fato estava morto e vendo as coisas em tom cinzentos, era ele. As únicas coisas que ainda o despertavam um real interesse e tinham tonalidades fortes e alegres eram seus amigos e até mesmo seu trabalho. De resto, para ele, nada importava. E isso é muito triste. Ver uma pessoa vivendo sem motivo, sem paixão por nada ou quase nada é deprimente.

 

///

 

O tempo começou a passar depressa devido aos dias corridos de todos na empresa. Funcionários novos contratados as pressas, outros infelizmente demitidos, projetos sendo executados, reuniões a todo momento, contratos para analisar e sessões para expirar. De fato todos ali dentro precisavam de um descanso rápido assim que esses três meses apressados terminassem e tudo voltasse a ser mais calmo. Todos estavam em seus limites, nunca em todos os 67 anos de funcionamento da empresa ela fora vista em algo parecido. Era bom para o rendimento anual, o lucro estava altíssimo, os salários foram consideravelmente aumentados e mais sócios estrangeiros assinaram contratos. Quando Jaebum saiu de seu escritório naquela sexta-feira às 21hrs, todos os funcionários que andavam de um lado para o outro com pilhas enormes de papeis, atendiam telefonemas e analisavam coisas pararam para o fitar quando o mesmo pediu atenção.

 

- Pessoal, eu sei que todos estão muito cansados, mas por favor prestem atenção. - Não fora necessário muito esforço para que o silêncio reinasse ali e todos os olhares estivessem sobre si – A “temporada de caça” está, oficialmente, encerrada! - Ditou e gritos alegres foram proferidos por todos, inclusive Jackson que veio gritando e correndo do outro extremo até onde ele estava, parando ao seu lado – Calma, deixem-me terminar. Sei que foram três longos meses e preciso agradecer por todo o trabalho duro de vocês que foram essenciais nisso tudo, todos aqui foram importantes, cada um de vocês. Foram três meses de trabalho pesado e horas a mais, saibam que serão devidamente recompensados por isso. Hoje, terminem o que estão fazendo e voltem para casa e descansem com suas famílias. Voltaremos a trabalhar somente na terça-feira mas para recompensá-los por tudo que passamos e deixar essa aura pesada de lado, convido todos vocês para uma confraternização amanhã às 21hrs. Jackson passará o endereço e tudo mais. - Terminou e obtinha um sorriso sincero em seu rosto, assim como todos os outros presentes.

 

Voltou ao seu escritório e mesmo assim conseguia escutar os comentários animados por todos os lados e risadas, todos estavam tão aliviados agora. Sorria de canto por toda a animação e aura boa que passou a pairar pelo ambiente em questão de segundos, não se recordava da última vez que isso lhe aconteceu. Nesses meses que estiveram entupidos de trabalho, Jaebum chegou a dormir na empresa por dias, 18 ao total. Isso quando dormia, pois na maioria das vezes passava a noite acordado e tomava diversos copos de cafés seguidos, tais que eram seus únicos companheiros na maioria das vezes, isso quando Mark ou Jinyoung não estavam junto. Youngjae estava quase na mesma situação, passou mais de três noites acordado trabalhando e acabou dormindo em seu escritório menos de sete vezes. Essa temporada não fora nomeada de “temporada de caça” à toa.

 

A confraternização não chamava a atenção de JB, fora total ideia de seus amigos com um grande incentivo de Youngjae. Ele não queria sair ou se divertir, não estava nem um pouco afim disso, e já estava concretizado que não iria para a festa e daria uma desculpa depois, tal que não era de sua obrigação.

 

Um pouco depois da meia-noite, trancou seu escritório e viu o local quase que vazio por completo se não fosse pela presença de vice-presidente que voltava da cafeteria no mesmo andar com dois copos de café e seguia em sua direção.

 

- O senhor já está indo? Estava levando isso para você. - Estendeu uma das mãos com um copo de café para o hyung que o pegou e assentiu.

 

- Obrigado. - Seguiram para o elevador e entraram no mesmo juntos. Tudo estaria em silêncio se não fosse o som de ambos bebericando o líquido quente e do barulho abafado dos carros na rua. Im percebeu a inquietude do mais jovem e passou a se incomodar com isso – Você quer falar alguma coisa, Choi? Está tão inquieto que me incomoda.

 

- Ah, não, desculpe. - Disse pegando seu celular e fitando as horas – Só estou quase atrasado para um compromisso.

 

- A essa hora? Parece bem cansado, deveria descansar e deixar para sair depois. - Não era como se Jaebum se importasse mas era visível o cansaço do menor.

 

- Não vou sair, vou receber alguém em minha casa. - Respondeu normalmente e terminou seu café assim que a porta do elevador se abriu, deixando todo aquele ar frio bater contra os dois.

 

Saíram lado a lado e encolheram-se quando sentiram que o frio do lado de fora era bem pior que o do lado de dentro. Haviam estacionado seus carros do outro lado da rua pois o estacionamento subterrâneo do prédio estava em reforma. Foi esquisito como os dois fizeram as coisas no mesmo tempo; destravaram os carros, abriram uma das portas de trás e depositaram suas bolsas e algumas pastas e seguiram para a frente. Quando Youngjae tomou noção disso, caiu na risada e fez Jaebum franzir o sobrolho com a expressão do menor, sem contar com a risada escandalosa que ele dava. O mais jovem reverenciou e foi respondido igualmente, entrando em seu carro e indo embora, deixando para trás um Im totalmente perdido. O modo como a risada do menor invadiu seus tímpanos o deixou paralisado por um momento fitando o carro desaparecer do seu campo de visão, incomodando-o de uma forma esquisita. Sua curiosidade também o incomodava naquele momento, quem o rapaz receberia em casa tarde da noite? Era a primeira vez que Jaebum se viu nessa situação de querer saber algo sobre Youngjae. Não era uma necessidade, era só curiosidade.



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