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História High Hopes - Por quê me odeia tanto?


Escrita por: feelsobanghim

Notas do Autor


Hello, sweets, vejam só quem voltou! Bom, antes de tudo, pra quem acompanha a minha outra fanfic que está sendo atualizada basicamente junto a essa e pode estar se perguntando sobre a atualização de Playground, fiquem tranquilos, pretendo atualizar amanhã se tudo der certo.
Quanto a essa aqui, um aviso: é agora que as coisas começam a "andar", digamos assim. Conseguiram entender, certo? AHHAHAHHA
Espero que gostem do capítulo e continuem dando muito amor a mim e a fanfic, espero ver vocês no comentários, boa leitura <33

PS: POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

Capítulo 7 - Por quê me odeia tanto?


Os planos de Jaebum consistiam em acordar tarde, comer qualquer coisa e passar o dia assistindo televisão. Sua mente estava tão desanimada e exausta quanto seu corpo, traços refletidos em sua feição. Entretanto, quando chegou em casa naquela noite, seus pensamentos insistiam em se questionar sobre Youngjae e quando notava que estava mais uma vez intrigado em meios a pensamentos submersos sobre o rapaz, bufava e revirava os olhos. “Aquele idiota convencido” pensou antes de se jogar na cama e fitar o aparelho que não parava de fazer barulho irritante com inúmeras notificações, desligando o mesmo e o deixando na mesinha ao lado da cama. Necessitava de horas de sono para repor as energias, pelo menos parte dela. Remexeu-se por alguns minutos na cama incomodado com algo qual não sabia o que era, para depois entrar em um sono tão almejado.

 

Youngjae, depois que os visitantes em sua casa foram embora, jogou-se na cama sentindo um peso enorme em seu corpo e sua lombar doía bastante. Fechou seus olhos que ardiam incessável e, por mais que gostasse das pessoas que foram o visitar hoje, agradeceu mentalmente a todas as entidades quando os mesmos foram embora e o deixaram sozinho. Permitiu que um sorriso de canto fosse posto em seus lábios quando se lembrou da cena do carro com Im. “Aquele idiota convencido” pensou enquanto puxava sua coberta para cima e ajeitava-se na cama, logo caindo no sono.

 

No sábado o mais jovem acordou com seu telefone notificando diversas vezes debaixo de seu travesseiro e, ainda com os olhos fechados, passeou a mão por debaixo do objeto fofinho e apanhou o aparelho. Quando o pôs em seu campo de visão ainda bem embaçado viu que as notificações eram no grupo de funcionários da empresa. Todos estavam comentando no grupo a animação e preparação para a confraternização daquela noite e fazendo comentários um tanto quanto informais. Jogando a cabeça de volta no travesseiro, Choi respirou fundo depois de ver que já se passavam das três da tarde e precisava levantar. Fazia força parar sair do lugar mas seu corpo não o respondia por pura preguiça e indisposição, choramingando de modo manhoso por isso. Desenrolou a coberta de seu corpo quase que em uma luta e se sentou na beirada da cama com os olhos estreitos e o rosto inchado. Espreguiçou-se e jogou o celular em qualquer lugar na cama de casal bagunçada, levantando-se e indo direto ao banheiro de seu quarto. Desde que se mudou de um dormitório para um apartamento consideravelmente grande para alguém que mora sozinho, começou a ter sentimentos misturados sobre isso; as vezes sentia-se livre em um lugar só seu, outras se sentia sozinho. Mas nada que abalasse aquele sorriso contagiante de Choi Youngjae pois, depois de tanto tempo, aprendeu que nada nem ninguém poderiam lhe roubar o direito de sorrir e ser feliz. Assim que entrou no banho e a água fria o despertou de verdade, sorriu ao fitar seus braços e partes do abdome e perceber que os hematomas não estava mais ali. Sentiu um alívio tão grande que um sorriso gigantesco predominou sua feição o fazendo suspirar.

 

Algumas horas depois, perto das 19hrs, quando o mais jovem estava perambulando pelas ruas de Gangnam à procura de algumas peças de roupas para comprar e utilizar na festa daquela noite, Im ainda não estava completamente desperto, mas, ainda assim, perambulava pela cozinha procurando algo para comer idêntico a um zumbi. Seu cabelo bagunçado com alguns fios caídos em sua testa, os olhinhos quase que fechados por completo em seu rosto sonolento; nem se dera o trabalho de colocar alguma camiseta e nem deveria já que estava em sua casa, vestia apenas uma calça de moletom preta e consideravelmente larga. Seus planos até aquele momento estavam dando certo e só de pensar que faria a mesma coisa por dias, tendo que apenas voltar a rotina normal no meio da semana, o deixava imensamente feliz. Como já havia afirmado para si mesmo, não iria para a confraternização naquela noite e por isso desligou o celular, não queria ninguém perguntando o motivo pelo qual o presidente não comemoraria com os outros e tudo mais.

 

Jogou-se no sofá e ligou o aparelho televisivo pondo em um canal aleatório e assistindo ao programa que era transmitido enquanto devorava seu lámen sem educação alguma, também pudera, estava esfomeado. Com suas pernas cruzadas e o pote com a comida no meio de suas pernas, esticou-se para pegar a bebida gelada, bebericar um pouco e colocá-la de volta sobre a mesinha de centro sem desviar o olhar da televisão um segundo sequer. Distraiu-se tanto que nem percebeu a campainha tocando e as batidas proferidas na porta e, quando se deu conta, a porta estava sendo aberta por um Jackson impaciente.

 

- Mas que merda é essa? - Ditou assustando-se e pondo a comida sobre a mesa – Que susto, seu idiota. Como foi que entrou aqui?

 

- Tenho as chaves e decidi usar já que o hyung decidiu não atender a porta e muito menos minhas ligações.

 

- Desde quando você tem as chaves da minha casa?!

 

- Desde que você resolveu desaparecer, Im Jaebum. - Respondeu parando em frente a televisão e desligando-a descaradamente.

 

- O que você pensa que está fazendo, Jackie? Eu estava assistindo! - O tom do mais velho era alto mas não continha raiva de verdade. Se levantou e pegou o controle da mão do menor com rapidez, fazendo o outro lhe fitar com os olhos semicerrados.

 

- Dorama, hyung? Sério?

 

- Muito sério! Você também assiste, para de birra.

 

- Assisto mesmo, mas não sábado à noite quando tem uma ótimo festa prestes a acontecer! - Jackson disse e fez o mais velho revirar os olhos. A maldita festa. - Por que ainda não está pronto?

 

- Porque eu não vou. - Ditou jogando-se novamente no sofá com o controle televisivo em suas mãos, prestes a ligá-la, mas o dongsaeng tomou de sua mão. - Jackson Wang, me devolve logo isso e sai da minha casa!

 

- Não. - Respondeu cruzando os braços e parando de frente para si.

 

- Jackson!

 

- Sim?

 

Se tinha uma coisa que Im odiava era ter que debater com Jackson sobre qualquer coisa pois o rapaz sempre acabava cruzando os braços e utilizando aquele olhar irônico sobre si, quase como uma birra de gente grande. O mais velho revirou os olhos com aquela cena e fez o outro soltar um suspiro longo com a atitude do hyung. Jackson não aceitava um não e Jaebum sabia disso, mas não estava com disposição para sair de casa e encontrar uma aglomeração de pessoas felizes bebendo, dançando e socializando. Ele só queria ficar em casa jogado em seu sofá assistindo aquele dorama e comendo lámen até não aguentar mais, era pedir muito?

 

- Eu não vou, Jackie. Então por favor, não perca seu tempo aqui. - Disse de forma calma, cessando aquela discussão em tom alto e fazendo o menor adquirir um biquinho.

 

- Hyung… - Choramingou.

 

- Jackson, não.

 

Jaebum parecia convicto do que queria e até mesmo tinha grandes chances de não ceder, mas Wang sempre foi um ótimo chantagista, sabia fazer qualquer um ceder a seus pedidos, seja qual for. Ainda mais sobre esse hyung, em especial, tal que conhecia tempo o bastante. Jackson bufou e andou apressadamente até ele que estava sentado no sofá lhe fitando, setando no colo dele, pondo uma perna de cada lado.

 

- Hyung, por favor. - Com ambas as mãos nos ombros de Jaebum, Jackson ditou fazendo um biquinho manhoso.

 

- Sai de cima de mim, garoto. - Respondeu rindo da situação.

 

- Só quando você disser que vai pra festa.

 

- Mas eu não vou. Já disse.

 

- Então vou continuar aqui em cima de você. - Respondeu simplista e ali permaneceu no colo do seu hyung.

 

A situação era ridícula e Im não conseguia parar de rir, ficando até mesmo vermelho. Vez ou outra o dongsaeng deixava escapar a risada que estava prendendo, mas ainda assim empinava o nariz e o fitava incessavelmente. E ficaram naquela posição por alguns minutos, poucos para Jackson e infinitos para Jaebum que odiava admitir mas, se não concordasse com a proposta do outro, passariam o resto da noite ali já que Wang não cederia por nada.

 

- Tudo bem, eu vou. - As palavras fizeram o mais jovem arregalar os olhos e sorrir abertamente – Mas se a festa estiver chata, vou voltar para casa sem pensar uma vez sequer.

 

- Quanto a isso não se preocupe, não estará chata. - Saiu de cima do hyung, dando passagem para que ele fosse se banhar e arrumar.

 

Jaebum praguejou seu dongsaeng durante o banho, enquanto trocava de roupa e também durante o caminho para o salão de festa. Até mesmo quando Jackson parou para buscar Mark, até mesmo na presença do outro, JB continuava o xingando em voz alto e isso arrancava risadas escandalosas do casal. Óbvio que ele não estava satisfeito com nada daquilo, não pretendia sair de casa naquela noite e nem noite nenhuma, mas até que no fundo se sentia bem por ter feito a vontade de seus amigos e assim deixado os demais felizes.

 

Quando adentraram o local ficaram impressionados com a quantidade de gente que havia ali. Já era de se esperar várias pessoas já que todos os funcionários da Skyway - Seul foram convidados, mas parece que foram multiplicados os números. Uma coisa não podiam negar: o lugar parecia bem legal e descontraído. De qualquer forma isso era quase que uma regra e a confraternização social de uma das maiores empresas passou a ser uma festa descontraída entre todos os funcionários; pudera, uma empresa onde três-quartos dos funcionários estão abaixo dos 37 anos não necessitava dar uma festa onde o intuito era comemorar do modo mais leve possível de um jeito social e sério. Não teria graça. E Im Jaebum sabia disso quando contratou aquele salão de festas gigantescos, DJ, barman e tudo o que fosse para deixar cada pessoa ali se sentindo bem. Não queria que ninguém se privasse de diversão por ser uma festa da empresa, não mesmo. As roupas que vestiam era algo espontâneo, como se realmente estivessem indo a uma balada no final de semana mas, do mesmo jeito, todos estavam de se admirar aos olhos do presidente já que nunca havia encontrado nenhum funcionário – além de seus amigos – em uma festa do tipo. Tudo organizado pela única pessoa que não queria estar ali de forma alguma.

 

- Pode tirando essa cara de gente morta, hyung, vai ser divertido. - Jackson disse e JB concordou sorrindo para não deixar o menor incomodado ou preocupado.

 

Depois de cumprimentarem algumas pessoas no local, subiram para o segundo andar onde haviam algumas mesas grandes e um outro bar, como uma área vip. Sendo puxado por Jackson e Mark, Jaebum não via outra saída a não ser segui-los sem hesitar ou seria arrastado à força. Algumas mesas estavam ocupadas por diferentes funcionários de diferentes setores e, por um momento, Im permitiu-se relembrar da última vez que havia ido em uma festa da empresa quando seu pai ainda estava vivo. Não ficou triste com a lembrança mas sim deu um leve sorriso ao lembrá-lo, era um ótimo homem e o criou muito bem, sempre relembrando como sua mãe o amava e, por mais que Jaebum não conseguisse lembrá-la direito pois acabou falecendo quando o rapaz tinha 5 anos, nunca duvidou disso. Seu pai faleceu há três anos, já havia superado. O local e a situação em si lhe remetiam às boas lembranças mas não queria ficar preso nelas, então tratou logo de expulsá-las.

 

Uma mesa especial estava fechada para a presença do presidente e seus amigos que o acompanhariam. Im fitou o local e avistou Jinyoung sentado à mesa bebendo um drink colorido enquanto tinha suas íris sobre alguém do outro lado do ambiente e um sorriso um tanto quanto provocativo. Os outros lugares ao seu redor estavam vagos mas, pela quantidade de bebidas sobre a mesa, dava pra saber que tinha companhia.

 

- Não são nem meia-noite, Jinyoung, e você já está dando em cima de alguém? - JB ditou sentando-se à mesa ao lado do que dirigiu a palavra, acompanhado por Jackson e Mark que riram com o comentário.

 

- Não podemos perder tempo, muito menos oportunidades. - Respondeu risonho enfim desviando o olhar para os amigos.

 

- Você não toma jeito mesmo. - Comentou Mark – Onde estão os outros?

 

- Foram pegar bebida no bar. - Ditou e então olhou para trás de Jaebum, apontando – Até que enfim, achei que nunca mais voltariam com as bebidas.

 

Im viu o amigo sorrir e virou-se para trás franzindo o sobrolho. “Isso só pode ser uma brincadeira” sussurrou para si mas fora alto o bastante para que Jackson escutasse e o chutasse sob a mesa, arrancando um “aish” arrastado e quase rosnado do amigo. Os primeiros a se acomodarem foram Yugyeom e Bambam, sentando-se ao lado de Junior, como era carinhosamente chamado por íntimos. Ambos sorrindo abertamente colocaram algumas latas e copos de bebidas sobre a mesa mas as risadas soltas foram recolhidas assim que fitaram o presidenta da empresa os fitando surpreso. Então reverenciaram.

 

- Pensei que fossem menores de idade. - Comentou Im.

 

- Mas não são. - Uma outra voz disse, posta ao seu lado, quase que cortando sua fala – Yugyeom tem 19 e Bambam 20 anos, Senhor Im.

 

Desviando o olhar para a pessoa posta ao seu lado, olhar um tanto quanto fuzilador, fitou Youngjae; suas íris instintivamente passearem por toda a estrutura do rapaz analisando cada local e roupa para depois olhar novamente em seus olhos, soltando um murmúrio irônico e voltando-se a mesa. Questionou-se mentalmente como Choi poderia ser daquele jeito tão… Choi Youngjae. Isso o estressava. Bufou sem tentar disfarçar quando o mais jovem se sentou ao seu lado, mas não era opcional, Youngjae também não queria se sentar ao lado de alguém que revira os olhos por estar em sua presença, mas era o único lugar vago na mesa.

 

- Desculpa, meninos, não quero que fiquem sem jeito na minha presença, eu só não queria que vocês bebessem sendo menores. Mas já que não são, divirtam-se. - Direcionou a palavra aos mais jovem que assentiram sorridentes.

 

///

 

Não se sabe quando exatamente isso aconteceu mas quando Im parou para perceber estava sozinho na mesa. Antes estava distraído em seu celular e assim ficou durante horas e horas, bebericando tudo o que sua mão alcançasse na mesa. Lembrou-se então de quando boa parte dos que estavam na mesa lhe avisaram que desceriam para dançar e o chamaram, mas era claro que ele recusou mesmo sem nem prestar atenção no pedido. E agora olhando ao seu redor reparou que a maior parte das pessoas que estavam naquela área haviam descido para aproveitar mais a noite; não que o local estivesse vazio, tinham algumas pessoas espalhadas por ali, algumas no bar privado, outras perto da grade minimamente moldada onde dava visão para o salão de baixo e um casal trocando palavras perto um do outro em um sofá de estofado escuro no canto pouco iluminado. Assustou-se ao perceber que era Jinyoung e uma funcionária do setor três, tal que provavelmente era a mesma que trocava olhares com ele mais cedo. Segurou a risada por alguns segundos quando os dois passaram andando perto de si e Park piscou para o hyung de modo sacana. “Ele nunca vai mudar mesmo” pensou.

 

Sacudiu a cabeça quando seu amigo desapareceu do seu campo de visão e foi até o bar, pegando mais algumas garrafas de soju, o necessário para que ele não dormisse sobre a mesa. Ok, isso seria impossível também pelo som exorbitante no local. Mais uma vez estava fissurado em seu aparelho celular vendo coisas que nem ao menos o interessavam mas, pelo tédio contínuo, roubavam-lhe sua atenção. Entretanto acabou se distraindo enquanto brincava com os dedos sobre o gargalo da garrafa e a girava sobre a mesa, uma volta no sentido horário e outra volta no sentido anti-horário. Sua mente ultimamente se desligava do mundo com tanta facilidade que era de se assustar.

 

- Ah, eu estou cansado. - Escutou uma voz reclamar enquanto se jogava de modo nada educado em uma cadeira, tendo outra que os separassem. Jaebum desviou o olhar para a pessoa e em menos de um segundo voltou a fitar a garrafa que brincava quando reconheceu a feição de Youngjae. - Soju! Posso pegar um?

 

- Não. - Quando terminou de dizer o menor já havia pego, aberto e já estava bebendo fervorosamente a bebida destilada, fazendo o hyung bufar. - Tudo bem, então. - Deu de ombros e o menor sorriu.

 

Em silêncio permaneceram por longos quinze minutos, Im rezava para que algum de seus amigos aparecessem por ali antes que Youngjae resolvesse abrir a boca para proferir qualquer coisa que seja e ele o enforcasse sem dó. Choi passeava os olhinhos por todo o local onde as luzes mudavam constantemente de cor mas, no segundo andar, a luz vermelha se destacava, mesmo tendo algumas luzes roxas perto do bar. Até que suas íris pairaram sobre o mais velho que havia mais uma vez se distraído com a garrafa - maldita garrafa - percorrendo por toda sua extensão. Estava tonto devido a bebida mas com consciência o suficiente para admitir a si mesmo que Im Jaebum estava lindo. Na realidade deveria admitir que seu chefe era muito bonito e ele reconhecia isso, só não admitia. Mas especialmente naquela noite ele parecia três vezes mais belo com camisa cinza coberta por um casaco de couro preto, uma calça jeans no mesmo tom, não diferente dos sapatos. Nunca havia reparado quantos furos na orelha ele possuía e minha nossa, eram muitos. Sem contar a cor de cabelo rubro que o deixava ainda mais bonito. Merda, Im Jaebum era inteiramente maravilhoso e ele praguejou-se quando admitiu isso em sua mente. Por um segundo sentiu seu corpo inteiro tremer quando o mais velho lhe lançou aquele olhar desafiador, não por medo, mas por parecer bem mal e extremamente sexy.

 

- Vai passar a noite toda me admirando? - Indagou fazendo o rapaz corar de vergonha e desviar o olhar para a mesa.

 

- E-eu não... Desculpe. - Respondeu sem graça e o outro continuou o encarando incessavelmente.

 

Era estranho para Im se ver naquela situação, não que houvesse algo demais nela, mas não a deixava confortável; situação qual pegou-se analisando rapidamente, mais uma vez, o rapaz à sua frente. Por quê ele parecia tão bonito naquela calça de couro vermelha e justa? Por quê aquela droga de camisa social branca lhe caia tão bem?

 

- Senhor Im? - O chamou ainda sem o fitar e Jaebum agradeceu por isso, senão poderia ter sido pego. Simplesmente levantou o olhar e respondeu com um murmúrio, esperando o pronunciamento do outro – Por quê me odeia tanto?

 

- Você está exalando cheiro de álcool, Senhor Choi, não sabe o que está falando.

 

- Minha mente está sóbria o suficiente.

 

- Não te odeio.

 

- É claro que odeia, Senhor Im. Está exposto em seu rosto. - Suspirou por um momento – O jeito como você me olha como se fosse me matar a qualquer momento me assusta às vezes, como também bufa quando falo ou penso em falar, também quando revira os olhos quando estou no mesmo ambiente que o senhor. Dou o máximo de mim para não desapontá-lo e recebo no máximo um “obrigado” que nem é verdadeiro. Por quê me odeia? O que eu fiz? Talvez possa reverter isso e termos um bom convívio dentro da empresa.

 

- Odeio que tomem o que é meu e você fez isso quando estive fora. - A expressão do menor era de desentendimento e o outro bufaria mais uma vez, mas por alguma razão resolveu não o fazer.

 

- Foi necessário. Fiz pelo bem da empresa ou estaríamos em…

 

- Completo caos. - Completou – Eu sei. Mas de qualquer forma, sou cabeça dura demais para admitir que não tivemos uma crise porque você tomou meu posto durante as semanas que não estive.

 

- Eu jamais tomaria seu lugar, Senhor Im. A empresa veio da sua família e sei o meu lugar. Só fiz o que foi necessário, mas, de qualquer forma, me desculpe. - Levantou-se e se desculpou com formalidade em uma reverência que seria longa se o outro não tivesse o interrompido.

 

- Aish, pare com isso. - Ditou estreitando os olhos. Normalmente deixaria a pessoa reverenciar o tempo que quisesse, se fosse mesmo necessário, mas não era. Era tudo coisa de sua mente e sabia admitir isso, mesmo que contragosto. Deu um longo suspiro e abriu duas outras garrafas de soju, empurrando a outra até que deslizasse pela mesa de metal até Choi. - Tome, beba isso.

 

Em um singelo obrigado proferido pelo outro, ambos olharam para pontos distintos. Youngjae queria sorrir abertamente como sempre fazia pois aquele ato representava, pelo menos naquele momento, uma trégua por parte do mais velho e isso o deixava tão leve. Enquanto Jaebum sentia seu âmago se remexer, com certeza era só pela quantidade alta de álcool que estava ingerindo.

 

- Amo essa música. - Sussurrou quando uma canção famosa começou a tocar, não com a intenção que alguém escutasse, e sim como um comentário aleatório.

 

- Vá dançar. - Jaebum ditou, tomando a atenção do rapaz.

 

- E o senhor vai ficar sozinho?

 

- Não preciso de companhia, Choi.

 

- Mas eu preciso. - Ditou de nariz em pé e levantou-se sorridente – Senhor Im, vamos dançar, saia dessa cadeira ou acabará se fundindo a ela.

 

- Eu não danço.

 

- Agora dança. - Convicto, mas ainda assim um pouco receoso, segurou a mão do hyung e o puxou, levando-o para o primeiro andar e para o meio da multidão de funcionários que gritaram eufóricos quando viram que o presidente estava no meio de todos com um sorriso tímido.

 

Era a primeira vez que Jaebum dançava e tentava se divertir depois de tudo aquilo. Era a primeira vez que Youngjae o via descontraído. Também a primeira que conseguiu arrancar um sorriso do maior. Era, principalmente, a primeira vez que Im não se sentiu incomodado na sua presença. Era como se naquele momento o velho Im Jaebum, pelo menos até o resto da festa, estivesse de volta. Sorridente, brincalhão, solto. Ah, como seria bom se ele voltasse por completo.


Notas Finais




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