Capítulo V - Marionete
- Façam exame de sangue! – Ordenou ele e se levantou. Ino em seguida adormeceu.
...
- Olá, irmão – Disse uma loira ao médico.
- Oi Temari. Oi Shika – Cumprimentou a irmã e o marido dela que estava ali.
- E como está o estado da loira? – Perguntou Temari
- Bom, pelo que me parece ela está com anemia.
- Vimos vários hematomas quando a salvamos de se afogar no rio, na parte de trás do vestido tinha sangue, mas não percebemos nenhum corte. – Disse Shikamaru
- Bom, quando fui atender ela já estava com a roupa do hospital e não analisei, apenas vi se estava com anemia. Vou voltar quando ela acordar, verei com mais detalhes.
- Mantenha-nos informados – Disse Temari e logo se retirou do hospital junto a Shikamaru.
Algumas horas depois Ino havia acordado e uma enfermeira se apressou em fazer alguns exames e anotá-los.
- Que lugar é esse? – Perguntou a loira encarando a enfermeira que aparentava ter 50 anos.
- Está num hospital querida. – Disse a senhora educadamente enquanto media a pressão de Ino.
- Hospital? Por quê? – A loira não fazia a mínima ideia de onde estava, mas no fim de tudo, nada importava.
- Mocinha, você já está aqui desde cedo, temos que comunicar seus familiares, poderia dizer onde moram? – Perguntou.
“Família?” – Pensou Ino, mas não respondeu nada apenas encarou o crucifixo no pescoço da enfermeira.
- Alguém próximo...
- Não tenho família... Sou sozinha! – Disse ela levantando o olhar para encarar os olhos da senhora que tinha um olhar encrédulo.
- Qual sua idade menina?
- Dezoito...
- Não tem ninguém mais próximo a você? Amigos? Diga-me pelo menos o primeiro nome e sobrenome dessas pessoas, alguém tem que saber sobre você!
“O clã Hyuuga é o mais próximo de mim, mas não quero incomodá-los” Pensou
- Mocinha? Por favor, apenas me diga um nome.
- Hyuuga Hinata... – Disse baixo
- Sua amiga?
Ino assentiu com a cabeça que sim e a enfermeira sorriu, arrumou algumas coisas no quarto e logo saiu.
- Hana! – O médico de cabelos vermelhos aproximou-se da senhora. – O estado da paciente? – Perguntou e a viu suspirar.
- Ela está melhor, pressão normal, porém aparenta estar muito anêmica. Tem um pequeno problema, ela não tem parentes, ninguém é responsável por ela, apenas me disse um nome... – Hana olhou para a folha em suas mãos procurando algo. – Hyuuga Hinata, deve ser uma amiga...
- Hyuuga? – Perguntou o ruivo olhando a folha para ter certeza do que tinha ouvido.
- Gaara, cadê o relatório? – Uma loira com cara de poucos amigos caminhou até o médico.
- T-Tsunade, bom... Não acabei... – Disse sem graça.
Tsunade era diretora do hospital, uma mulher de um belo corpo e que não aparentava a idade que tinha.
- Tcs... – Resmungou irritada. – Chegou ao meu escritório que uma garota foi salva e trazida para cá nesta manhã, disseram que foi uma tentativa de suicídio, mas ainda está no ar se ela se jogou ou foi jogada e obviamente, terei que dar depoimentos a delegacia sobre a situação da garota...
- Não sabemos ao certo o que houve. Temari e Shikamaru apenas viram ela quando já estava afundando
- Quero vê-la! – Disse a loira e seguiu Gaara até uma sala.
- Eu conheci essa garota quando estava descendo a cachoeira, já faz algumas semanas, ela me disse que se chamava Yamanaka Ino.
- Yamanaka? Hum...
- Conhece?
- Já ouvi dizer sobre esta família, mas era apenas uma lenda.
- Entendo – Disse e empurrou a porta e deu passagem para Tsunade passar.
Ino estava sentada olhando por uma janela o que havia de mais lindo do lado de fora do hospital; uma cerejeira.
- Ino? – Chamou Tsunade e a loira logo a olhou sem dizer nada.
- Sou diretora deste hospital. Imagino que já deve saber o por quê você está aqui, certo?
Ino assentiu.
- Você se lembra de algo? – Disse Tsunade se aproximando da cama, pegou os dois braços da menina e os encarou. Olhou para Gaara e este se aproximou e também encarou os braços da loira.
-Ninguém estava comigo se é o que querem saber... – Disse a loira encarando Tsunade.
Ino tinha hematomas de uma suposta agressão, envolta dos pulsos tinham sinais “apagados” de dedos, como se alguém tivesse apertado com força a ponto de quase quebrar seus ossos. Algo peculiar chamou atenção da diretora, uma mancha roxa no pescoço da loira. Ao perceber toda aquela análise sobre si a loira puxou um dos seus braços e levou a mão para tampar o hematoma no pescoço.
- Algum problema? – Ino perguntou séria após tantos olhares estranhos.
- Seja sincera Ino, o que houve antes de você cair?
- Não houve nada e mesmo que houvesse, imagino que não seja importante para vocês...
- Ino, colabore conosco, precisamos saber se você sofreu alguma agressão. – Disse Gaara. – Sou psicólogo também, pode dizer pra mim o que aconteceu, não contaremos para ninguém.
Ino suspirou e tentou formular uma história que fizesse sentido para contar a eles. Tsunade e Gaara sentaram-se em cadeiras próximas a cama e encararam a loira esperando que ela dissesse algo.
- A minha família foi assassinada 10 anos atrás, fui a única sobrevivente, uma amiga da família me criou, mas depois de um tempo ela teve que ir embora e eu fiquei morando sozinha em uma casa no campo... – Ino começou a olhar para cada canto do cômodo enquanto pensava no que diria.
- Desde quando mora sozinha?
- Doze anos...
Os dois médicos não acreditaram no que acabaram de ouvir, a menina viveu sozinha desde os 12 anos, como isso foi possível?
- Você estudava? – Perguntou Tsunade
- Sim, ela me ensinou tudo que eu precisava saber e sempre tinha livros variados em casa...
- E do que se alimentava?
- Ora, de alimentos vindos da terra – Disse Ino como se aquele fosse mais que óbvio... E de fato era.
- Isso explica a anemia dela... – Disse Gaara e Tsunade assentiu concordando com ele.
- Continue Ino, tudo até hoje de manhã! – Pediu Tsunade.
- As pessoas que mataram meus pais voltaram depois de dez anos... Eles queriam um diamante que guardei comigo, era o tesouro da minha família encontrado naquelas terras que nos pertencia. Eu consegui fugir, mas deixei que levassem o diamante, era ele ou eu. – Disse tentando demonstrar que dizia a verdade.
- E depois disso?
- Depois disso nada mais aconteceu.
- Ino, ninguém estava junto a você quando despencou aquela cachoeira? – Perguntou Tsunado.
- Não!
- Então, você escorregou e caiu? – Perguntou Gaara e a loira negou novamente.
- O que quer dizer com isso, Ino? – Perguntou a diretora.
- O que quer dizer que tentei o que vocês já devem imaginar – Disse Ino
- E o que seria?
- Suicídio! – Disse calma e natural, como se aquilo que ela acabou de confessar fosse a coisa mais normal do mundo.
- Vou tentar entrar em contato com a família Hyuuga. – Disse Gaara sério se levantando.
- Quando vou poder sair daqui? – Perguntou Ino já incomodada com toda aquela situação.
- Não deixaremos você sair daqui sem um responsável...
- Que eu saiba posso cuidar de mim mesma e se eu quiser me jogar de cima de um prédio eu me jogo, não vou fazer falta e não tenho motivos nem obrigações mais.
- Preste atenção no que está dizendo menina, não podemos deixar que se mate!
- Eu não ligo... – Ino alterou o tom de voz e podia ver os olhos marejados. – Parem de fingir que se importam, eu sei que estão fazendo isso por obrigação, não sou idiota e não acredito em nada que falarem, guardem toda essa falsidade para vocês! – Disse irritada e permitindo que as lágrimas invadissem seus olhos. Mordeu o lábio inferior e olhou para aquela bela cerejeira florida, ignorando o que Tsunade falava.
A diretora logo saiu do cômodo e pediu para que uma enfermeira ficasse de olho em Ino.
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Hinata comia cereais calmamente enquanto escutava Neji reclamar sobre ter visto ela e o delegado se beijando. A morena levantou-se e colocou o prato vazio na pia espreguiçou-se e foi para a varanda da casa.
- HINATA, PARA DE ME IGNORAR! – Berrou o Hyuuga
- Por Kami Neji! CALE A BOCA SEU VIRALATA! – Berrou Hanabi estava andando para perto de Hina.
- Olha como fala comigo, Hanabi!
- Ah me erra! – Disse a garota bufando – Hina Hina me conte tudo sobre o delegado! – Disse ela pulando e segurando as mãos de sua irmã.
- Ele é lindo Hana! – Disse lembrando-se do loiro.
Neji irritado com a situação saiu de perto das duas. O telefone do mesmo tocou e ele logo atendeu.
- Sinal péssimo como sempre! – Resmungou ele escutando um chiado. Caminhou para fora da casa procurando por um sinal melhor.
Depois de atender o telefonema correu para perto das meninas.
- Hinata!
- O que é Neji? – Perguntou irritada
- Ino com problemas...
- Nani? –Disse preocupada.
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Sasuke aproveitou a tarde ensolarada para curtir a praia para nadar e surfar. Ficou sentado na prancha encarando o pôr do sol no horizonte. Sua prancha foi virada e ele caiu na água, abriu os olhos e enxergou a criatura que ele julgava ser a mais bela, Sakura. Nadaram por alguns segundo e voltara para a superfície.
- Quer me matar é? – Perguntou ele rindo arrumando a prancha e subindo na mesma para se sentar.
- Talvez... Não é isso que sereias fazem? – Perguntou ela sentando-se na prancha de surf também, aproximou-se do moreno e colocou a mão na nuca dele o puxando. – Seduzimos pobres e indefesos marinheiros, os levamos para o fundo do mar e devoramos suas almas. – Disse ela sorrindo e logo o beijou, ele retribuiu sem pensar duas vezes.
- Oh, tenha piedade de nós, bela sereia – Disse ele rindo a fazendo rir também. – Mas falando sério agora... Está gostando de me ver, não? – Perguntou convencido.
- É um pouquinho – Confessou
Aproveitaram o pôr do sol juntos e conversaram sobre o fato dele ter que voltar para Konoha e a rosada ir visitar amigas na cidade. Combinaram de se encontrar mais vezes e até mesmo dividir o apartamento na cidade.
Sakura voltou para casa e foi direto tomar um banho, quando saiu vestiu apenas uma lingerie branca de rendas, vestiu uma camiseta longa e um pouco transparente, caída no ombro. Procurou por Shiemi e não a achou. – Deve ter saído com alguém. Bom que ela se distrai. – Disse e sentou-se no sofá, era pouco mais de 18 horas, ligou a TV e ficou assistindo a um documentário.
A campainha da casa soou e a rosada levantou-se desanimada para atender, abriu a porta e a fechou assim que viu quem era, porém sua ação foi barrada quando a pessoa segurou a porta.
- Ah, o que quer Sasori? Olha, está de noite, não tem ninguém pra sugar não infeliz?
- Ora minha cerejeira, não seja mal educada... – Ele empurrou a porta e entrou. Sakura o encarou de braços cruzados.
- Olha, eu não deveria lhe surrar por causa da confusão que me trouxe?
- Você sabe que não aguenta Sakura...
- Ah, não me diga! – Sakura cerrou os punhos e mirou um soco em direção ao rosto do rapaz que reagiu e rapidamente segurando a mão dela. A puxou e a jogou em cima do sofá ficando por cima e pressionando o corpo da mesma o móvel. – S-SAI DE CIMA, SASO... – O ruivo tapou a boca de Sakura e pressionou. Os olhos do rapaz se tornaram vermelhos como sangue e Sakura ao encara-lo acabou por entrar em um tipo de hipnose, seus olhos perderam o brilho e se tornaram foscos. Sasori levantou-se saindo de cima dela e em pé a encarou deitada no sofá com um olhar morto.
- Minha perfeita marionete! – Disse com um sorriso de canto e movimentou os dedos, neste instante a rosada se levantou e caminhou até ele sem ter noção e controle dos seus atos e movimentos. O ruivo pegou uma mecha do longo cabelo róseo e enrolou delicadamente fazendo formar cachos e soltou-o em seguida. – Sabe, “Saky-chan”, você se julga ser a mais forte, a mais destemida, a mais esperta dentre as três Hime, mas no final de tudo isso para mim você é apenas... – Disse enquanto caminhava em volta da garota parando atrás dela, retirou do ombro as longas mechas de cabelo que ali caíam e aproximou-se – Uma presa! – Disse e em seguida cravou as presas do pescoço da rosada, esperou o sangue escorrer e bebeu daquele líquido que para o paladar dele era adocicado.
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Hinata, Neji e Hanabi chegaram ao hospital naquela noite e foram atendidos por Gaara que contou a eles tudo o que havia acontecido com a Yamanaka, desde quando ela foi salva até a hora em que contou sobre sua história.
Hinata apressou-se em ir até o quarto de Ino assim que pode, entrou sozinha e foi até a loira que estava sentada encarando aquela cerejeira.
- INO! – A loira olhou para Hinata e deu um sorriso fraco. Hinata sentou-se na beira da cama e segurou a mão da amiga. – Cadê suas asas, Ino? – Perguntou baixinho para que só a Yamanaka ouvisse.
Ino suspirou e segurou o choro.
- Eles levaram Hina-chan – Disse baixo.
- Quem levou?
- Akatsuki...
- E o cetro?
- Quebrou...
Hinata tinha os olhos arregalados e estava sem palavras. A Akatsuki havia levado o diamante da terra e a pedra da lua.
- Eles levaram a pedra da lua também...
Ino a olhou incrédula.
- L-Levaram a sua chave também?
- Sim... Eu espero que não tenham conseguido levar a pérola dos sete mares, se levaram, tenha certeza que o mundo que conhecemos irá acabar...
- Gomene... Eu falhei como guardiã. Perdi minhas asas, meus poderes, não sei mais quem sou... – Lamentou Ino.
O Cetro de Ino e o cajado de Sakura armazenavam quase todo o poder mágico delas, caso estes fossem quebrados, elas perderiam quase toda sua magia e seriam apenas uma mera fada sem asas e uma simples sereia. Hinata, por sua vez, não corria esse risco, mas quanto mais longe ela estiver da pedra da lua, mais fraca fica.
- Temos que alertar Sakura e recuperar as pedras... – Disse Hinata
- Não, Hina... Eu não me importo mais...
- Mas Ino, somos guardiãs e...
- Hina... Eu não escolhi muito menos pedi para ser guardiã. Amaterasu que quis que eu fosse e por ser a ultima Yamanaka viva não tive escolhas a não ser aceitar e cuidar do diamante e do campo, mas chega! Quando eu precisei dela e de Sai, eles não apareceram! Não me responsabilizo por aquela droga de diamante! – Resmungou
- Saiba que estou contigo Ino não importa qual seja sua decisão, seremos sempre amigas. Mas por um bem maior, por favor, nos ajude, ou todo o equilíbrio dos dois mundos se perderá, nós sabemos muito bem o que a Akatsuki pretende com as três pedras mágicas, eles querem abrir o portal do infinito e tornar seu líder um deus!
Ino suspirou e passou a mão no cabelo.
...
- Gaara – Um enfermeiro caminhou até o médico que conversava com Neji e Hanabi e o entregou um envelope. – Os resultados do exame de sangue.
- Obrigado, Kuma. – Agradeceu pegando o envelope e o abrindo.
- É de Ino? – Perguntou Hanabi curiosa
- Sim...
- E o que diz?
- Bom... Veja você mesma. – O ruivo mostrou para a garota o papel e apontou em um determinado local, a morena sorriu e olhou para Neji que leu também e coçou a nuca.
...
- Hina-chan vem cá! – Chamou Hanabi entrando no quarto e mostrando o papel para a irmã.
- O que está escrito neste papel? – Perguntou Ino curiosa olhando a reação das amigas ao lerem o que estava escrito ali.
- Ino... Você está grávida! – Disse Hinata olhando a loira que agora estava pasma.
- C-Como?
Hinata entregou o papel na mão da loira que leu várias vezes a mesma frase cujo dizia “positivo” para gravidez. Uma lágrima escorreu de seus olhos e ela sorriu.
- Eu não sou mais a ultima Yamanaka!
- Ah, Ino, quem é o pai? – Perguntou Hanabi.
Ino ficou em silencio pensando.
- Eu vou criar meu filho, sozinha! – Disse decidida
- Mas, ele tem o direito de saber, não? – Perguntou Hinata preocupada.
- Não, depois do que ele fez, não direito sobre nada que se diz respeito a mim... E agora, muito menos a meu filho!
- Você não vai mais voltar para o campo?
- Não... Vou seguir minha vida como uma pessoa normal, Hina...
- Eu entendo... Vou te ajudar! – Disse a morena decidida.
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- Sakura! Sakura! Sakuraaa!! – Shiemi balançava a menina caída no chão da sala.
A rosada abriu os olhos sonolenta e encarou sua avó.
- Obaa-sama?
- Porque está dormindo no chão da sala? – Perguntou preocupada.
- N-Nani? – Sakura sentou-se e percebeu que estava deitada no chão até então. Lembrou-se da visita de Sasori e começou a se perguntar o que ele havia feito com ela. – Onde estava?
- Eu fui visitar uma amiga.
- E que horas são?
- 6 horas
Sakura suspirou e levantou-se seguindo para o banheiro, se despiu e tomou um banho, secou-se e vestiu um roupão de banho, caminhou até seu quarto e encarou o reflexo do seu corpo no grande espelho. Fez um coque alto e encarou seu pescoço e a estranha mancha roxa ali. – Furos? Tcs... Ele me mordeu! – Resmungou e tirou o roupão encarando agora seu corpo nu, arregalou os olhos assustada ao ver inúmeros hematomas espalhado por seu corpo, braço, pernas, abdômen e até mesmo acima dos seios. Engoliu em seco e foi vestir uma roupa para ir a faculdade. – O q-que ele fez comigo? Ah, por Kami! – Dizia sentindo um enorme incômodo no peito e uma tremenda dúvida. Foi até um armário no quarta de Shiemi e pegou uma maleta de primeiros socorros, vasculhou até achar faixas com remédio e alguns curativos com adesivos. Vestida apenas com lingerie começou a tampar cada hematoma em seu corpo, enrolou faixas no pulso e por fim colocou um curativo sobre o hematoma em seu pescoço o tampando. Vestiu um vestido curto e simples de mangas longas, meia calça 7/8 e botas. Pegou a bolsa e seguiu caminhando até a universidade. Comprou comida pelo caminho e entrou um pouco antes do horário das aulas. – Você me paga, Sasori!! – Disse entre os dentes.
No intervalo Sakura foi até os armários e pegou alguns livros pequenos folheou alguns para ter certeza do que pegava e os guardou na bolsa.
- Sakura-chan, vai treinar hoje? – Uma moça aproximou-se dela
- Ah bem... Não
- Você está bem?
- H-Hai... – Disse tentando disfarçar o incômodo que sentia.
- Okay... Até mais!
-Até...
Os corredores foram se esvaziando em segundos até ficar apenas Sakura ali
- Olá Hime-sama
Sakura ao reconhecer a voz que vinha a uma pequena distancia dela, cerrou os punhos e virou-se para a pessoa mirando socos e chutes que foram desviados e bloqueados com um pouco de sufoco do alvo da rosada.
- SASORI!! – Disse desferindo outro soco e dessa vez teve seu pulso segurado.
- Está bem ativa, Sakurinha... – Disse ele com um sorriso sarcástico
- O que fez comigo noite passada seu idiota? – Se debateu para soltar-se das mãos do ruivo.
- Ora, foram longas horas, minha querida, não se lembra?
- N-NANI? – Indignada tentou chutá-lo em todas as áreas de seu corpo.
- Ah... BASTA! – Disse irritado a segurando com mais força e pressionando-a contra a parede. Sakura gemeu de dor ao sentir suas costas de chocarem bruscamente contra a parede. Sasori suspirou e a encarou – Não lhe violentei se é isso que está pensando...
- Então por que caralhos eu estou com inúmeros hematomas?
- Apenas desfrutei do seu doce sangue, minha pequena! – Disse sorrindo de canto.
- I-Idiota... Eu não me lembro de nada! O que fez comigo?
- Conhece marionetes Sakura? Bom... É uma especialidade minha! – Ele riu causando calafrios na rosada.
- Algum problema aqui? – A voz grossa chamou a atenção dos dois. Sasori olhou para o rapaz ao seu lado com cara de poucos amigos e Sakura se sentiu aliviada pela presença daquela pessoa. O ruivo afrouxou a mão e soltou Sakura em seguida dando alguns passos para trás.
- Nenhum problema! – Disse firme – Conversamos depois, Saky-chan – Disse ele lançando um olhar que de certo modo causou medo na Haruno.
Sasori se afastou e Sakura levou as mãos para o local onde Sasori apertava.
- Sakura, tudo bem?
Sakura olhou o moreno e sorriu sem jeito, seu coração ainda estava acelerado e sua mente fazia inúmeras perguntas para si.
- S-Sim, obrigada... A propósito, o que faz por aqui, Sasuke?
O moreno suspirou
- Itachi esqueceu uma pasta em casa, apenas vim trazer, mas acabei me perdendo na escola... – O moreno encarou Sakura dos pés a cabeça procurando por qualquer machucado, com uma mão afastou o cabelo róseo caídos sobre o ombro dela e viu o curativo ali. – O que aconteceu? – Perguntou preocupado mas sem desfazer o tom e o olhar sério.
Sakura puxou as mechas de cabelo novamente até que tampassem o ferimento coberto.
- E-Eu cai em casa... – Mentiu e começou a caminhar de vagar, mas foi impedida pelo moreno que a puxou para perto de si.
- Eu já ouvi mentiras melhores! – Disse sério e puxou o curativo revelando o hematoma e as estranhas cicatrizes. – O que é isso? Ou melhor dizendo, quem fez isso?
Sakura não sabia o que responder apenas engoliu em seco e mordeu o lábio inferior. “Porque diabos ele está aqui? Tcs, que situação!”- Pensou ela
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