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História Hino ao Amor - Um caminho para se guiar


Escrita por: makkachin

Capítulo 15 - Um caminho para se guiar


Victor teve que respirar fundo o ar fresco da noite enquanto guiava Yuuri pela própria cidade dele, querendo que os dois chegassem o mais rápido ao Onsen. Eles não se falaram muito, mas também, era só Victor dar uma olhada para Yuuri que ele ficava todo envergonhado, vermelho em suas bochechas, e Victor queria ver aquilo mais e mais, não queria fazer outra coisa.

O caminho para casa foi mais curto do que o comum, e sem nem eles verem os dois estavam de volta. Ninguém estava de pé no Yu-topia, por isso Victor arrastou Yuuri para dentro, guiando ele para o corredor onde era o quarto de cada um. Victor sabia que Yuuri não tinha ideia do que estava acontecendo, mas depois do beijo dos dois, Victor não queria deixar toda a química deles se esvair. Ele queria aproveitar o máximo daquilo.

“Victor?” Yuuri pediu, apenas alguns passos antes de eles chegaram perto do final do corredor.

“Sim?”

A corrida de Victor parou um pouco e os dois ficaram olhando um para o outro. Yuuri não disse nada.

“Você aceita vir pro meu quarto?” Victor nem se controlou muito, porque ele queria colocar aquela pergunta pra fora antes mesmo que Yuuri dissesse qualquer coisa sobre o receio que tinha, ou sobre as dificuldades entre os dois.

Talvez fosse o momento errado, mas Victor só sentia que se ele não aproveitasse essa oportunidade, ele não sabia se conseguiria fazer essas indagações algum dia, e Victor queria passar um tempo com Yuuri, queria a chance de continuar de onde eles começaram as coisas outro dia, e depois se beijaram de novo lá no rinque. Agora ele queria continuar tocando Yuuri, se ele deixasse.

Após a pergunta de Victor Yuuri arregalou os olhos, mas não disse que não. Pelo contrário, ele parecia ansioso, e Victor esperou por uma resposta. Yuuri olhou para os lábios de Victor, engoliu em seco, e depois apenas confirmou com a cabeça.

Victor conseguiu respirar fundo, e puxou Yuuri para seu quarto. Quando ele fechou a porta, logo empurrou Yuuri contra ela, e os dois ficaram se olhando sob a pouca luz da lua que entrava pela janela. O rosto de Yuuri parecia nervoso, mas ao mesmo tempo seu corpo mandava sinais de que estava excitado também, e Victor se sentia também daquele jeito.

Os olhos dos dois se conectaram. Como se fosse alguma coisa maior do que apenas o olhar, Victor sentia algo que os ligava. Não que ele nunca tenha sentido atração por outras pessoas, claro que tinha sentido, mas desde que ele chegou no Japão e ficado junto com Yuuri, ele sentiu coisas diferentes. A atração poderia ser como qualquer outra, mas haviam elementos diferentes. Não só Victor queria ajudar Yuuri, queria que ele avançasse em sua carreira, e havia esse investimento de Victor em Yuuri, tinha algo nele que atraía Victor. Talvez fosse essa necessidade de mostrar as coisas do mundo  a ele, guiar Yuuri por um mundo diferente, da mesma forma como ele parecia sempre querer fazer.

Não que Victor fosse uma pessoa controladora, mas ele se sentia muito melhor em um relacionamento com alguém que o deixava ditar o passo, deixava ele ser o guia, e Yuuri conseguia ceder naturalmente a Victor. Tudo isso se combinava da melhor forma.

“Você é tão lindo desse jeito,” disse Victor.

Mesmo no escuro foi possível ver as bochechas de Yuuri ficando vermelhas, e ele olhou para baixo. Victor pegou seu queixo com cuidado e direcionou para o alto, colocando eles bem pertinho.

“Não precisa ter vergonha dos meus elogios.”

“Eu não tenho,” sussurrou Yuuri.

“Então porque você não olha para mim?”

O pedido de Victor ficou sem resposta por um momento, e outra vez Yuuri olhou para o lado. Mas só por um pouquinho, pois ele logo virou para Victor mais uma vez, e seu olhar ficou decidido.

“Eu tenho medo de olhar demais pra você e me perder,” disse ele em uma voz bem baixa. “Eu tenho medo de me perder e não querer te deixar ir embora. Todo o tempo que nós passamos juntos foi… estranho. Diferente. Mas eu nunca tive a oportunidade de estar com alguém que me fez crescer como pessoa, que me forçou a ir em frente, e eu não queria perder isso.”

Yuuri sacudiu a cabeça, e do momento sensual que eles estavam, Victor quase se perdeu com a fala dele. Havia um choro seco no rosto de Yuuri.

Victor colocou suas duas mãos com carinho no pescoço de Yuuri, fazendo eles ficarem um de frente ao outro.

“Quer dizer que você disse não pra mim há uns dias, e agora tem medo de me perder?”

A pergunta fez Yuuri fechar os olhos. “Eu só não queria fazer isso acontecer, a gente chegar tão perto e depois… E depois se separar.”

Victor colocou a testa de um e de outro bem próximas. Era possível sentir o cheiro de suor de Yuuri, mas era um cheiro que excitava Victor, cheiro de um homem simples, sutil, mas forte, valente.

“Mesmo que a distância dois aumente, não tem motivos pra nós dois nos separarmos para sempre. Podemos voltar pra esse momento, para o que está acontecendo agora.”

Yuuri sacudiu a cabeça de novo. “E se não for o bastante?”

Victor respirou fundo.

“Eu tenho que voltar a Rússia. Yakov ficou sabendo que eu voltei aos rinques e ele me quer como auxiliar. E de uma certa forma, a Federação Russa de patinação ainda tem o controle de alguns dos meus contratos. Eles me deixaram descansar, mas não vai ser tão fácil assim dizer não. E eu sei que devo muito do meu sucesso a eles, que confiaram em meu talento.”

Yuuri assentiu.

“Por isso mesmo eu sei que não posso obrigar você a ficar aqui, sei dos seus compromissos.”

“Ainda assim, a gente pode conversar, podemos marcar de você vir me visitar?”

“Eu não… Eu não tenho muitos fundos para correr o mundo.”

“Então eu poderia-”

“E não vou deixar você fazer isso por mim. Nós ainda nem somos nada, Victor. Eu sei que quero você mais tempo comigo, pelo menos pra descobrir mais disso que me faz querer ficar com você, mas ainda existe um mundo de coisas entre nós que não me deixa aceitar tudo que aparece em minha cabeça.”

Era até estranho Yuuri estar tão consciente naquele momento, mas Victor estava feliz que pelo menos Yuuri não estava dizendo que não queria nada, ainda que ele também fosse orgulhoso demais para aceitar muito de Victor, o que era estranho vindo de alguém que queria que Victor ficasse.

Por um momento a conversa morreu, e apenas as respiração deles foi ouvida. Victor pensou em como eles poderiam fazer as coisas. Ele teria que ajudar Yakov a treinar seus estudantes, e iria viajar com os patinadores para as competições. Talvez ele pudesse tentar ir às mesmas que Yuuri estivesse, e então passar um tempo com ele, pois agora que eles estavam quase entrando na temporada do Grand Prix o tempo seria curto para tudo.

“Nós vamos encontrar um jeito de ficar junto, então. Nem que seja apenas para descobrir como isso que existe entre nós vai sobreviver.”

Yuuri concordou com as palavras de Victor.

“Só que pra gente saber se isso vai seguir em frente, a gente precisa tentar alguma coisa, não?” pediu Yuuri, e essa pergunta dele foi feita em uma voz tão inocente que por um momento Victor quase se sentiu um pervertido. Mas na sua frente estava um homem não longe de sua idade, um homem que queria Victor, e um homem que Victor queria também.

O beijo deles, pela terceira vez, tomou uma emoção diferente. Se ele já foi calmo e singelo, e depois nervoso e necessitado, dessa vez era como se Victor estivesse provando dos lábios de Yuuri, tentando saber até onde ele chegaria, até onde eles poderiam ir. E na forma como Yuuri deixava se beijar, deixava Victor tomar conta dele, parecia que eles poderiam ir longe.

Com os olhos fechados, Victor abraçou Yuuri e tentou apertar ele contra seu corpo, sentir o homem o mais perto de si que podia. Era bom ser mais alto e forte que Yuuri, porque aí Victor conseguia cobrir ele por completo, se sentir o controlador, o homem que chamava as jogadas.

Uma de suas pernas se encaixou entre as duas de Yuuri, e Victor sentiu a ereção com o joelho, forçando-se contra Yuuri, e fazendo ele gemer. Era sensual demais poder ouvir aquele gemido cortado, baixo, mas quase hipnotizado. Era incrível saber que ele causava aquelas reações em Yuuri, porque era o que Victor queria fazer.

Ele adorava saber que se mordesse o lábio de Yuuri iria ganhar um gemido, ou se colocasse sua língua o mais fundo que pudesse, testando se Yuuri conseguiria engolir ele inteiro, o corpo de Yuuri tremeria todo. Ou se apertasse sua perna contra a ereção de Yuuri, o homem à sua frente iria perder o equilíbrio. A parede era um lugar difícil de continuar aquilo, mas Victor queria poder apertar Yuuri o quanto quisesse.

Quando os lábios e boca dos dois já tinham o mesmo gosto, Victor soltou Yuuri e deixou sua boca percorrer o caminho para baixo, beijando o queixo de Yuuri, depois mordiscando a pele de seu pescoço, até não encontrar mais pele nua.

“Nós temos que tirar essas roupas de você,” falou Victor, e Yuuri tinha força apenas para assentir.

Foi fácil desnudar ele de sua jaqueta, da blusa e depois da camiseta, até que o peito branco de Yuuri ficou à mostra. Ele estava ofegante, e Victor colocou a mão por sobre a pele para sentir o coração de Yuuri batendo forte. Os pelos ao redor da mão de Victor se eriçaram, e logo em seguida ele sorriu, antes de atacar Yuuri outra vez.

“Oh, Victor,” gemeu Yuuri, colocando uma das mãos sobre a cabeça de Victor e a outra no seu ombro.

Beijar e morder Yuuri aleatoriamente era tão gostoso quanto comer o melhor katsudon, talvez até melhor. E se você colocasse o calor de Yuuri, a forma como ele tremia sob as mãos de Victor, aquilo era melhor ainda.

Sem nem falar muito Victor foi descendo e descendo. Calmo, ele ajoelhou no chão e depois deixou sua boca se separar do corpo de Yuuri, fazendo o homem gemer. Ele olhou para baixo, tentando achar um motivo para aquilo, e Victor pode ver como seus olhos estavam perdidos, enuviados.

“O que foi?” Victor pediu. Os olhos de Yuuri ainda não se encontraram, e nem ele, porque Yuuri apenas sacudiu a cabeça, como se nem soubesse o que queria dizer.

Victor sorriu para si mesmo, e então colocou sua mão esquerda sobre o membro duro de Yuuri, fazendo ele respirar fundo.

“Posso te tocar aqui?”

Yuuri assentiu.

“Eu preciso ouvir.”

“Por favor,” ele suspirou. “Por favor, Victor.”

E aquilo era o bastante, porque Victor apertou sua mão em volta da ereção de Yuuri, fazendo seu próprio coração começar a correr mais forte. Já fazia um bom tempo que ele tinha feito aquilo pela última vez, mas tocar Yuuri agora parecia completamente diferente, uma aventura nova.

Ele sentiu em volta de Yuuri por um momento, apenas deixando sua mão experimentar daquele  toque. Yuuri não era tão grande, aliás, bem menor do que Victor, mas ele tinha seu membro bem grosso, e o cheiro que vinha dele era inebriante, mas Victor não iria continuar ali agora.

“Yuuri?”

“Sim?”

“Eu quero que você troque de posição comigo,” mandou Victor, e mesmo com toda a dificuldade do mundo, Yuuri conseguiu se ajoelhar, deixando Victor encostar as costas na parede.

A visão de Yuuri no chão, sem camisa, completamente ereto, suado e com a boca brilhando era um sonho. Victor colocou a mão na cabeça de Yuuri, acariciou seus cabelos, e depois pressionou o rosto dele na frente de suas calças, bem lentamente, apertando Yuuri aos poucos contra seu membro até que o homem estivesse quase sem ar. Victor fechou os olhos e respirou fundo, sentindo o jeito como Yuuri lambia ele mesmo sobre a calça.

“Você quer uma provinha?”

Yuuri gemeu o seu sim. Victor sorriu.

“Mas você vai ter que deixar suas mãos nas costas, e não pode gozar até eu deixar, certo?”

Yuuri apenas assentiu, e logo apontou com seu nariz para Victor, pedindo que ele abrisse suas calças. Victor fez Yuuri sofrer um pouquinho, mas então colocou suas mão na cintura, e abriu os botões até conseguir colocar sua mão dentro da cueca, tocando o membro duro. Ele o tirou para fora, deixando sua ereção no ar.

O olhar de Yuuri pegou fogo, e foi só Victor fazer que sim com a cabeça que Yuuri o engoliu inteiro.



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