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História Hino ao Amor - Ainda não é hora


Escrita por: makkachin

Capítulo 24 - Ainda não é hora


“Yuuri!” A voz de Victor soou alto em seu ouvido ao mesmo tempo em que os braços de Victor envolveram ele. Depois da competição a cabeça de Yuuri ainda estava correndo, mas estar assim perto de Victor era bom, fazia o coração de Yuuri se acalmar um pouco, o que parecia estranho porque geralmente a presença de Victor causava o contrário.

Ele abraçou Victor fortemente. “Eu fui bem?” Yuuri perguntou, deixando escapar um pouco de insegurança em sua voz. Depois de tanto tempo sem competir internacionalmente daquela forma, em competições importantes, Yuuri tinha executado seu programa curto perto da perfeição - ou pelo menos do que era possível para ele.

“Claro que foi bem, Yuuri.” Victor abriu uma distância entre os dois para eles poderem se olhar. “Eu estava torcendo pra você nas arquibancadas, e fiquei mais do que feliz quando vi que você chegou ao final do programa cumprindo todas os elementos. Estou muito orgulhoso.”

Quando Victor disse aquelas palavras Yuuri sentiu seu coração tropeçar no peito. Victor falava tudo como se fosse a mais pura verdade. E será que era? Yuuri às vezes não conseguia nem pensar direito em tudo que Victor dizia.

“Obrigado.” Yuuri abaixou a cabeça em sinal de respeito.

Dentro do vestiário alguns dos atletas estavam pegando suas coisas, se trocando ou apenas conversando. Yuuri não queria mostrar muito mais das suas afeições ali na frente de todos deles, não que houvesse qualquer problema porque os patinadores tinham um código de respeito uns com os outros, muitas coisas que aconteciam internamente na comunidade jamais chegavam aos ouvidos dos fãs.

“Você quer ir pro hotel?” Victor perguntou.

“Tem mais competições ainda, você precisa ficar com seus patinadores,” Yuuri falou, levantando seus olhos. Ele não poderia pedir a Victor que deixasse a sua delegação sozinha, ainda que saber que ele estaria disposto a ir com Yuuri fizesse o coração dele palpitar.

Victor suspirou, como se tivesse se esquecido daquilo. Ele chegou mais perto de Yuuri e olhou nos olhos dele, colocando algo na mão de Yuuri. “Aqui é o cartão do quarto. Eu quero que você vá pra lá, tome um banho, relaxe, espere por mim, certo?”

Ao mesmo tempo em que aquilo era uma ordem, havia a promessa de muitas coisas naquele olhar. Yuuri só conseguia pensar em algumas coisas que estavam escondidas naquele olhar.

Ele assentiu.

Victor sorriu, apertou a mão de Yuuri e então deu meia volta para sair. Ele cumprimentou os outros patinadores que estavam no vestiário, e foi embora. Yuuri não esperou muito tempo para sair também, pois ele não queria ver a cara de ninguém ou ficar ouvindo o que iriam falar sobre ele, se iriam falar alguma coisa.

 

~*~

 

Yuuko ficou no rinque para assistir a competição das mulheres, mas deu suas ordens para Yuuri assim mesmo, pedindo que ele fosse descansar para poder ir ao programa livre no dia seguinte com sua mente relaxada. O treino já seria cedo no outro dia, então ele nem teria tanto tempo a perder.

A viagem de volta até o hotel correu sem problemas. Ele viu alguns dos outros patinadores oferecendo autógrafos antes de entrar no ônibus ou ao saírem, mas ninguém veio pedir nada para Yuuri. Talvez era porque a competição ainda estava acontecendo, ou porque ninguém se importava com ele mesmo.

Era difícil entender como as pessoas tinham ele em mente, porque afinal de contas Yuuri era uma incógnita, não apenas como competidor mas como pessoa. Depois do seu aparecimento e desaparecimento da cena famosa da patinação as pessoas tinham esquecido dele. Agora ele tinha dúvidas da forma como ele queria ser lembrado pelas pessoas.

A chuva descia fina pelo céu quando ele chegou no hotel, e Yuuri desceu rápido para ir ao quarto de Victor. Ninguém estava com ele, e Yuuri nem procurou por conversa com outras pessoas, ele só seguiu seu caminho até o quarto. Assim como Victor pediu, Yuuri deixou sua bolsa no chão, tirou as roupas e as jogou numa cadeira, indo ligeiro até o banheiro para preparar o banho.

Deitar na banheira cheia de água e esquecer o mundo era maravilhoso. Só era algo que ele não conseguia fazer, pois assim que ele relaxou, Yuuri pegou seu telefone e foi procurar por vídeos de sua apresentação para assistir. O nervosismo correndo por seu corpo era algo bobo, mas ele não podia controlar.

Tudo que ele viu foi o que ele havia feito há pouco tempo no rinque, e parecia bobagem ele estar tão preocupado em assistir. Ele viu seus saltos perfeitos, os movimentos que seu corpo fazia, e como as coisas se encaixavam no programa. Porém, assim que viu a pequena falha na combinação de saltos Yuuri quase escondeu o telefone. A reação dos comentaristas foi muito interessante porque parecia que eles estavam torcendo por Yuuri.

Era complicado entender aquilo às vezes, mas Yuuri estava aprendendo a ver que mais pessoas torciam por ele.

Yuuri não viu o vídeo além de sua apresentação, não querendo assistir sua reação no kiss and cry. Além daquilo, ele queria assistir aos outros competidores, e ver o nível com que cada um tinha vindo para a competição. Todos os outros tinham mais saltos quádruplos que Yuuri, e saltos mais difíceis. Ele não queria admitir, contudo, que ele tinha um nível um pouco mais avançado que eles nas qualidade de patinação.

Num nível impessoal ele conseguia ver aquilo, mas admitir para si mesmo era quase impossível. Yuuri sabia que tinha velocidade em seus movimentos, todos os giros eram constantemente bem executados, e ele tinha o controle total das lâminas de suas botas, conseguindo fazer exatamente aquilo que queria. Ter aquelas qualidades todas contava muito para a segunda nota, a que envolvia os componentes da patinação - e quando ele foi procurar pelos protocolos de pontuação, ele viu exatamente aquilo, que por mais que ele não tivesse a maior dificuldades, sua nota nos componentes foi boa.

Se ele tivesse acertado o último salto, quem sabe as notas seriam ainda melhores, mas não adiantava ele ficar pensando nisso agora. No dia seguinte ele teria o programa longo para se preocupar, e era praticamente outra competição que Yuuri tinha que se concentrar.

Com bastante força ele conseguiu colocar o telefone ao lado da banheira e relaxar um pouco.

 

~*~

 

Victor estava esgotado da competição. Além da prova feminina ele teve que ficar até o final da dança no gelo, aguentando o drama de dois casais russos competindo pelo terceiro lugar. Ainda se eles estivessem brigando pelo pódio ele entenderia melhor, mas pelo bronze, Victor não queria nem pensar.

A única coisa boa daquela noite era chegar ao hotel e ter Yuuri apenas para si mesmo. Ele subiu com pressa e quase correu pelos cantos do hotel. Assim que chegou ao seu quarto, com a outra chave que tinha pedido na recepção, Victor abriu a porta querendo ver seu homem, e assim que o fez, sorriu.

Yuuri estava deitado na cama, vestindo apenas uma camiseta de Victor e assistindo algum desenho na TV. Yuuri se virou para Victor e sorriu também, e como se o peso do mundo tivesse sumido de suas costas, Victor fechou a porta e largou suas bolsas no chão. Ele não queria ir pra cama com suas roupas de fora, então ele começou a se despir no momento. Yuuri olhou para ele com surpresa.

“O que foi? Eu não quero ficar tão vestido com você quase nu na minha cama.”

Yuuri riu para si mesmo, e Victor pode ver ele escondendo seu sorriso. Assim que ele estava apenas de cueca, Victor caminhou até a cama, indo de joelhos até se colocar por cima de Yuuri, que apenas deixou seus olhos se fixarem em Victor. A proximidade dos dois era capaz de tontear Victor, e depois de um dia tão exaustivo, estar ali com Yuuri era a melhor coisa.

“Não que eu queira pedir muito de você, mas eu gostaria de poder te tocar, Yuuri.”

Por um momento parecia que Yuuri não entendeu muito bem o que Victor queria, mas no minuto seguinte ele assentiu, e sem nem falar nada colocou suas mãos em volta de Victor, fazendo o corpo dos dois se colarem. Era possível sentir Yuuri começando a endurecer dentro da cueca, e Victor já estava no mesmo caminho.

Enquanto os olhos dos dois se namoravam, Victor empurrou sua pélvis contra a de Yuuri, obrigando os dois a realmente sentirem um ao outro. Yuuri suspirou.

“Eu vivo pelos sons que você faz, Yuuri.”

Era possível sentir os tremores de Yuuri enquanto eles se beijavam. Victor tinha algo bem objetivo em mente para aquela noite. Não era todo dia que ele precisava chegar ao máximo do prazer, pois o que ele mais gostava era poder fazer alguém gritar o nome dele. E naquele dia em especial Victor tinha vontade de fazer algo diferente.

Sem nem explicar nada ele soltou dos lábios de Yuuri e começou a trilhar um caminho para baixo. Quando a pele de Yuuri se escondeu embaixo da camiseta de Victor ele apenas se concentrou no cheiro dos dois juntos, fazendo sua boca descer até a cueca de Yuuri, que já cheirava a homem excitado.

Victor beijou Yuuri, e depois usou seus dentes para puxar a cueca para baixo. Yuuri ajudou ao se levantar da cama para Victor conseguir liberar ele de sua roupa, deixando apenas a camiseta em Yuuri. A visão dele com sua bochechas em fogo e seu peito ofegante era hipnotizante.

Com uma última olhada para Yuuri, Victor colocou sua boca nele, provando da pequena gota cristalina na cabeça de Yuuri. Ele sentia falta daquele homem a todo o momento, mas com sua boca sugando ele, Victor quase poderia esquecer dos momentos ruins.

“Ah, Victor,” a voz de Yuuri implorou por alguma coisa que ele não conseguia colocar em palavras.

Era exatamente aquilo que Victor queria, liberar sua alma das preocupações sabendo que ele conseguia mandar alguém aos céus e depois pegar ele em seus braços quando caísse por terra. Victor colocou o membro de Yuuri com calma para dentro de sua boca, lambendo ele em volta da cabeça, sentindo o gosto de Yuuri. Como ele não era tão grande, Victor conseguia enterrar-se nele, empurrando os poucos pelos de Yuuri com seu nariz, e era bem ali que o cheiro dele era muito mais forte.

Naquele momento respirar nem era uma prioridade, porque os sons de desespero de Yuuri eram tudo que Victor precisava. Ele se levantou um pouco e olhou para Yuuri, notando como ele não sabia onde colocar suas mãos, como ele queria agarrar alguma coisa mas não sabia o que.

Victor o soltou. “Pegue na cabeceira da cama,” ele disse. E no mesmo instante se levantou um pouco para poder tirar sua cueca. Ele a alcançou para Yuuri. “E morda isso, porque eu não quero acordar todo o hotel.”

Com sua cara entre o susto e o prazer, Yuuri fez exatamente aquilo, colocou a cueca de Victor em sua boca e agarrou na cabeceira da cama. Victor ficou cuidando a expressão de Yuuri quando ele tivesse o cheiro e o gosto de Victor em sua boca, e ele adorou o que viu.

Daquele jeito era fácil voltar sua atenção ao pequeno membro de Yuuri. E com forças renovadas, Victor se jogou. Enquanto sua boca descia e subia lascivamente em Yuuri, Victor fazia pressão com suas bochechas, sugando ele com tudo que tinha. Ao mesmo tempo em que usava uma de suas mãos para segurar as bolas de Yuuri, sua outra mão estava apertando o próprio membro contra a cama.

Victor sabia que poderia gozar daquele jeito, mas ele queria fazer diferente. Por isso que Yuuri seria o primeiro a sentir seu prazer. Victor nem contou o tempo, ele só queria fazer Yuuri gozar, por isso ele nem percebeu quando o gosto adstringente atingiu sua boca, justamente quando um grande gemido partiu de Yuuri, que tensionou seu corpo ao máximo.

O próprio Victor gemeu ao sentir o gosto de Yuuri, e ele sugou tudo que Yuuri o ofereceu. O ato ia amontoando sensações em Victor, até que ele percebeu que ia gozar também, e com rápidos movimentos ele se levantou de pé em cima da cama, e deixou Yuuri apenas o olhando enquanto ele esporrava de seu membro.

O gozo de Victor pintou o peito de Yuuri, seus braços, as pernas e até o rosto.

A respiração dos dois foi a única coisa a ser ouvida por um bom tempo. Victor ajoelhou-se ao lado de Yuuri, com calma tirou sua cueca da boca dele e a usou para limpar os dois. Ele fez Yuuri tirar sua camiseta e limpar o resto que precisava, jogando as roupas no chão para poder deitar.

Nenhum dos dois disse nada, apenas ficaram um ao lado do outro e se abraçaram. Victor tinha palavras em sua boca que ele não sabia se eram as certas a dizer, por isso ele permaneceu em silêncio.

Talvez ainda não fosse a hora certa. Ainda.

 

 



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