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História Hino ao Amor - Ouro


Escrita por: makkachin

Capítulo 44 - Ouro


Victor não sabia se corria para Yuuri ou se olhava para o telão esperando pela nota. Ou pior, ele não sabia se olhava para anel em sua mão ou olhava para Yuuri ou olhava para o telão, ou simplesmente pensava em tudo que havia acontecido desde o primeiro momento em que eles se viram e como a vida de Victor tinha mudado depois que ele conheceu Yuuri.

“A nota de Yuuri Katsuki, no programa livre, é 201.34, o que o coloca em primeiro lugar e…” Não foi nem possível escutar mais nada porque toda a arena explodiu em gritos e ovação para Yuuri por ter ganho o ouro na final do Grand Prix.

Enquanto Victor enxergava Yuuri pulando junto com Yuuko no kiss and cry, Victor estava tentando passar a barreira de segurança para conseguir chegar até ele, mas era impossível. Nem as credenciais que ele tinha conseguiam garantir a passagem de Victor. Ele queria tocar Yuuri, abraçar ele e dizer que sim, que ele iria amar Yuuri para sempre, que não tinha mais motivos para eles se separarem, porque Victor não queria mais ficar longe de Yuuri.

“Por favor, eu tenho que falar com Yuuri,” ele disse para um dos seguranças, que não se moveu do lugar. “Você não viu que ele fez toda aquela declaração pra mim e agora eu tenho que ir falar com ele?”

Victor continuou reclamando, mas os homens não queriam deixar ele passar, pelo menos não até o presidente da Federação Internacional aparecer e deixar Victor passar.

“Deixe o homem ir buscar o amor da vida dele,” o Thomas disse aos seguranças, mas aí Victor já estava correndo em direção a Yuuri, que estava no meio de uma entrevista com a TV que transmitia a final para o mundo.

Houve um meio segundo de debate na cabeça de Victor sobre a possibilidade dele invadir a entrevista para falar com Yuuri, e ele se tocou de que o que eles fizessem iria aparecer para o mundo todo, mas depois do que Yuuri tinha revelado nos seus programas, Victor também tinha que fazer o seu melhor.

Yuuri estava falando alguma coisa, de costas para Victor, por isso ele nem viu quando Victor pulou nele e o abraçou com tudo.

“Eu te amo, eu te amo, eu te amo,” Victor disse no ouvido de Yuuri, que desfez o abraço para poder ficar frente a frente com Victor.

“Eu te amo também.”

Por um momento os dois apenas se olharam, ouvindo o estádio inteiro torcendo pelos dois. Havia um pequeno sorriso no canto dos lábios de Yuuri, como se ele estivesse surpreso com tudo aquilo, mas querendo ainda mais Victor. E só havia uma coisa a se fazer.

Em frente a toda a torcida e das câmeras levando essas imagens ao mundo todo, Victor e Yuuri se beijaram. Se o barulho na arena tinha sido grande antes, agora era impossível até de se entender lá dentro, mas aquilo era o que menos importava. Depois de tantos dias separados, depois de tantos anos sem ter nem ideia do que o amor poderia ser, Victor tinha a certeza agora de que isso era amor.

Amor era uma coisa que podia fazer as pessoas de todas as cores e raças diferentes se unirem, era aquilo que fazia elas se emocionarem, torcerem pela felicidade um do outro. O amor era o movimento fluído de um corpo de encontro ao outro, a música com a letra mais bonita, o gelo se transformado em cores e formas na roupa de alguém. Amor era aquela tremida na perna quando Yuuri abraçou Victor com força, e também o gemido que ele escutou em seus ouvidos quando colocou a língua dentro da boca de Yuuri.

Amor era aquele anel na mão de Victor.

“Porque você me jogou um anel e não colocou no meu dedo?” Victor pediu assim que eles se separaram por um momento.

Yuuri apenas sorriu e se colocou de joelhos, e outra vez o público na arena reagiu.

“Por isso,” falou Yuuri, procedendo a tirar um anel de seus dedos, um anel que Victor nem tinha visto que estava lá.

Yuuri tomou a mão de Victor, e com carinho colocou o anel em seu dedo. Não haviam palavras para expressar esse momento, então Yuuri apenas deixou que o público falasse por ele. Victor nem conseguia acreditar no que estava vendo, porque mesmo que Yuri tenha dito para ele isso ontem, agora vivendo tudo em tempo real era outra coisa.

Quando terminou de colocar o anel, Yuuri beijou a mão de Victor e se levantou.

“Agora você faz o mesmo com o anel que eu te dei.

E então Victor pegou o anel que estava no colar, o tirou de lá, e pegou na mão de Yuuri, colocando o anel com carinho em seus dedos. Ele nem se ajoelhou, porque assim que o anel estava na metade do caminho para se acomodar, ele já avançou por cima de Yuuri e o beijou outra vez. Victor queria fazer esse momento entrar na sua memória, queria fazer tudo ficar guardado lá dentro para nunca mais esquecer, porque isso aqui era lindo demais para ser esquecido.

~*~

Demorou um bom tempo para eles conseguirem passar pela imprensa, passar por um mundo de fãs e fotógrafos querendo fotos deles dois, um mundo de pessoas querendo parabenizá-los pela união, até que os dois conseguiram ir para o hotel de Victor, onde ele tinha um quarto só dele. Yuuri não ficou bravo por um momento sequer ao passar por tanta gente que queria saber deles dois, porque ele estava feliz.

Muito mais do que feliz.

No dia seguinte ele teria que fazer um agradecimento especial a todos os fãs que ajudaram Yuuri, a todo mundo que se doou para ele conseguir chegar aonde tinha chegado, e também agradecer ao carinho de todo mundo pela medalha em seu peito.

Em nenhum momento de toda a sua preparação Yuuri chegou a considerar que iria sair com o ouro. Sim, ele tinha treinado para chegar e fazer seu melhor, surpreender o mundo, mandar uma mensagem de amor para todos, e claro, conseguir Victor para ser somente seu. Mas por nenhum segundo ele se deixou pensar que chegaria ao pódio.

Naquele momento, tudo que ele havia passado até então não parecia mais tão difícil, todos os momentos ruins e as coisas que ele teve que superar eram apenas degraus na caminhada. Tudo fazia sentido agora, porque Yuuri não era mais apenas um patinador japonês, ou o sexto colocado no campeonato nacional. Ele agora era o campeão da final do Grand Prix, e noivo de Victor Nikiforov.

“Yuuri?” A voz de Victor o tirou dos pensamentos. Yuuri estava sentado na cama, um tênis fora dos pés e o outro ainda ali. Ele sorriu.

“Só estava perdido no momento,” ele falou, colocando uma mão na medalha em seu peito e apertando ela com força.

Victor olhou para ele, e havia um certo fogo em seu olhar, aquele fogo que Yuuri tinha sentido falta no último mês. E na verdade, tinha sentido falta toda a sua vida. Mas não era só aquele fogo que brilhava entre os dois, os anéis nos dedos de cada um também reluziam.

“Eu posso fazer amor com você?” Victor pediu, ainda um pouco distante da cama.

Yuuri nem disse nada. Ele tirou os seus tênis, puxou as calças para o chão, tirou as blusas e a camiseta, tirou todas as suas roupas, menos a medalha do peito e o anel do seu dedo. Ele nem tentou ser sexy enquanto fazia aquilo, porque assim que ele se encostou na cama, todo nu, Victor riu dele. Mas não era uma risada ruim.

Enquanto Victor ria, ele tirou as suas roupas também, se desnudou para subir na cama e deitar por cima de Yuuri, beijando ele. A medalha era fria entre os dois, mas logo ela se aqueceu. Yuuri usou a mão que tinha o anel para colocar no rosto de Victor enquanto eles se beijavam. Logo os metais não era a única coisa rígida entre eles dois.

Como se fosse a culminância de algo grande e bonito, aquele momento entre eles era importante. Yuuri podia sentir em seu corpo o rastro metálico da aliança no dedo de Victor enquanto roçava por ele, assim como ele também podia sentir como o anel em seu dedo ia marcando o corpo de Victor quando ele passava.

Quando largou dos lábios de Yuuri, Victor se abaixou para poder beijar a medalha dele no peito, alternando entre os mamilos e o ouro para satisfazer suas vontade. Outra imagem linda foi ver a aliança no dedo de Victor em contato com o membro de Yuuri, ao mesmo tempo em que ele sentia a força de seu homem o agarrando.

Yuuri juntou sua mão à de Victor, e os dois tocaram a ereção de Yuuri. Logo Victor se ajeitou outra vez por cima de Yuuri e juntou seu membro ao dele, circulando a mão entre os dois, e Yuuri fez o mesmo. As mãos deles se entrelaçavam enquanto os corpos achavam um caminho único para percorrer.

“Victor,” gemeu Yuuri, “eu te amo.” Ele falou para o ar, para o vento, para as alianças e para o amor de Victor, fechando os olhos enquanto sentia seu corpo responder ao toque do homem mais importante para ele no momento.

Não demorou muito para o toque ser demais, mas Yuuri queria algo ainda maior. Victor não hesitou em alcançar no criado-mudo por preservativos e lubrificante, colocando um pouco em seus dedos para tocar na entrada de Yuuri, colocando um dos dedos lá dentro, e depois mais um, enquanto a sua mão que vestia a aliança tocava no membro de Yuuri.

Poucas palavras faziam sentido para serem ditas no momento, porque existia uma urgência em finalmente poder tocar um ao outro, em estar juntos naquele momento, e Yuuri não conseguia pensar muito no que dizer. No dia seguinte as palavras viriam, para ele poder agradecer aos deuses e ao mundo, mas naquele momento ele só queria ter Victor para si.

“Posso?” Victor pediu ao tirar seus dedos de dentro de Yuuri. A falta de alguma coisa nele fez Yuuri gemer, mas ele assentiu, e assim que Victor se cobriu, ele mirou a cabeça de seu membro na entrada de Yuuri, e fez um pouco de força.

Assim como se ele estivesse de volta para sua casa, Victor encontrou seu lugar dentro de Yuuri. Era tão bom sentir ele lá dentro outra vez, sentir Victor assim perto dele. Da mesma forma como era lindo sentir o hálito de Victor em seu nariz, ter os olhos do homem grudados aos seus. Ainda melhor quando ele fazia força para entrar ainda mais fundo, fazendo os dois gemerem em uníssono.

“Eu senti tanto a sua falta,” falou Victor em meio a sua respiração ofegante.

“Eu também senti,” disse Yuuri, abraçando Victor com força.

Enquanto o mundo ia e vinha, ou era a cama deles que se mexia tanto, a boca de um encontrou alento na do outro. As mãos de um procuravam pelo toque da outra, e o amor que existia entre eles apenas alçava voos ainda mais altos. Era incrível sentir Victo assim tão perto, dentro de Yuuri, sentir o suor dele pingando em seu peito, sentir o gosto de Victor enquanto ele se beijavam.

Cada estocada de Victor fazia um pequeno choque correr pela espinha de Yuuri, ao mesmo tempo em que ele se sentia tão cheio dentro de si que era difícil até respirar. Mas quando se tinha alguém oferecendo todo o ar que ele precisava, Yuuri não tinha como reclamar.

A cada segundo parecia que eles chegavam ainda mais alto, até que Victor mordeu no queixo de Yuuri, gemendo alto ao gozar dentro dele, e então Yuuri não tinha nem como se controlar, porque o som de seu homem era lindo demais para não mover ele, fazendo Yuuri esporrar entre os dois.

Como um trem desgovernado eles saíram dos trilhos, voltando a si mesmo apenas um tempo depois, abraçados e suados na cama. Anéis e medalha a única coisa que os separavam da completa nudez.

Quando os olhos de um e de outro finalmente se encontraram, Yuuri sabia que seu hino ao amor tinha encontrado o mais alto dos céus, e voltado a terra como benção. Voltado à terra como ainda mais amor.

 



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