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História Hipnosis - À força


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores amores :) Ainda lembram de mim?
Me esforcei muito para terminar esse capítulo hoje, então espero que gostem!
Meu computador ainda está impossibilitado, mas minha irmã está me emprestando o dela de vez em quando para que eu possa digitar as fics (estou escrevendo quase tudo à mão).

Nos vemos nas notas finais,

Boa leitura!

Capítulo 11 - À força


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - À força

Quando a porta finalmente se abriu, Dahyun e Yoongi viram um Jungkook conturbado sair feito um foguete, sem prestar a menor atenção ao que acontecia ao seu redor, e entrar direto na porta que dava para as escadas.

Sem pensar duas vezes, Yoongi foi atrás dele. Não sabia o que tinha acontecido, nem qual fora a motivação para que seu dongsaeng tivesse corrido daquela forma atrás do ex-namorado, mas havia o ouvido cantando e aquilo não podia ser um bom sinal. Há anos não o escutava cantar, salvo pelas gravações, e sabia que isso tinha alguma coisa a ver com Taehyung, apesar de Jungkook não gostar nem de tocar no assunto.

Abriu a porta pesada das escadas, já esperando ter que correr para cima ou para baixo atrás do moreno. Mas, para sua surpresa, encontrou-o sentado em um dos degraus, o rosto completamente pálido molhado de suor. Ele havia desabotoado os primeiros botões da camisa, e sua respiração pesada fazia eco pelo cenário de cimento.

- Hyung. – Ele praticamente arfou, sua voz baixa e falha – Eu não vou conseguir.

Yoongi se sentou junto dele nos degraus, apoiando uma mão amiga no seu ombro. Estava preocupado, tão preocupado quanto há cerca de um ano e meio atrás, quando Jungkook havia voltado de turnê, completamente despedaçado. Podia reconhecer a mesma expressão abatida e os olhos tristes, que ele fazia tanta questão de esconder de Taehyung.

- Você cantou para ele, Jungkook. Eu e Dahyun ouvimos. Sabe como eu fiquei em choque? – Yoongi bufou, sem conseguir esconder sua frustração – Merda! Faziam anos que…

- Eu sei, fui patético. – Interrompeu, quase num choramingo – Mas eu não consigo ver ele mal e simplesmente assistir sem fazer nada.

- Nem deveria. Isso seria fora do mundo real, infernos! Depois de tudo o que vocês passaram, você não pode simplesmente se obrigar a não sentir nada. Você precisa aceitar isso antes que acabe explodindo.

Jungkook negou com a cabeça, teimoso, e Yoongi pensou que não havia condições que continuasse daquele jeito. Ele estava apenas condenando a si mesmo, se machucando por erros do passado. O mais velho não conhecia em detalhes a história do término entre ele e Taehyung, mas sabia que já tinha passado da hora de encarar aquele fardo. Pelo próprio bem de Jungkook.

- Você ter cantado para ele, mesmo que não quisesse… Talvez esse tenha sido um sinal. Acho que não tem mais como ignorar isso.

Jungkook escondeu o rosto entre as mãos.

 

Capítulo 10 – À força.

 

Eu li a letra daquela maldita música um milhão de vezes desde o dia do meu ataque de pânico. Uma rápida pesquisa no Google e eu descobri que a música tinha sido gravada mais ou menos um mês depois que Jungkook tinha me deixado no apartamento, e nunca fora incluída em álbum nenhum, nem em coletâneas. Ele tinha distribuído gratuitamente na internet.

Na hora eu fiquei embasbacado e sentimental, mas depois de pensar muito sobre o assunto – bem mais do que eu deveria, na verdade – comecei a achar que aquela coisa toda de "você vai ficar bem sem mim, me dê um tempo, eu ficarei bem" da letra, era uma grande babaquice. Eu até entendia Jungkook querer se fazer de vítima por causa das coisas que eu falei naquele dia, mas a letra fazia parecer que ele me queria de volta, e não foi bem assim. Se ele quisesse, teria me procurado. Ou pelo menos atendido aos meus telefonemas.

Enfim, depois disso eu passei semanas evitando encontrar com meu ex-coelhinho. Sempre que eu ficava sabendo que ele estava transitando pela RM, preferia me manter trancado no escritório, marcar reuniões bem no horário e arrumar todo tipo de desculpas para ficar longe. Isso definitivamente não é nada do meu feitio, e eu detesto ser covarde, mas admito que estava morto de vergonha por causa da coisa toda no outro dia. O ataque de pânico também, mas principalmente por ter chamado ele no final. Ele me iludiu com aquele olhar carinhoso e eu fui estúpido o suficiente para chamar pelo seu nome, vergonhosamente implorando por atenção. E o que ele fez?

"Tae... Nós não temos nada para conversar"

Confesso que me dá vontade de vomitar só em lembrar desse constrangimento, completamente desnecessário. Eu estava indo muito bem, com os olhares felinos, mantendo meu orgulho intacto. Mas foi tudo pelo ralo. Depois disso, nada mais justo do que tirar um tempo só para mim, para refletir.

Numa situação comum eu teria ido correndo para os braços da minha terapeuta, mas – para a minha própria surpresa – não foi o que eu fiz. Na verdade, foi o extremo oposto, e eu comecei a evitar a Dra. Lana também. Ela ia começar a falar todo tipo de asneiras, não ia me deixar começar o negócio da hipnose e eu ainda estava decidido a ir atrás de Jin hyung e conversar com ele sobre o assunto. Ainda não tinha tido coragem, confesso, mas estava decidido.

Além do mais, eu ainda não tinha superado aquilo que ela me disse da última vez que eu fora ao consultório, sobre competir mais um vez contra Go Dongsun e estar com medo de que Jungkook o escolhesse no meu lugar. Na verdade, acabei deixando esse assunto um pouco de lado. Fugir era o caminho mais fácil, e eu o peguei sem nem pestanejar.

Ou seja, eu comecei a evitar todo mundo que resolveu me contradizer e demonstrar que eu estava errado. Me orgulho disso? Não, mas detesto gente jogando meus erros na minha cara, e simplesmente ignorar todo mundo pareceu a solução perfeita. Eventualmente as coisas voltariam ao seus devidos lugares.

Pelo menos eu achei que voltariam, não é? Mas é claro que tem sempre alguma coisa para atrapalhar meus planos. Eu estava muito bem, ou no mínimo moderadamente bem, me excluindo do mundo real, só que os problemas teimam em me perseguir mesmo que eu tente fugir na velocidade da luz.

Cada vez mais eu tenho certeza de que alguma força soberana resolveu praticar bullying comigo.

Já faziam umas duas semanas desde o ataque de pânico e eu estava trabalhando tranquilamente no meu escritório nesse dia, ciente de que Jungkook e Dongsun estavam na RM para a gravarem do teaser da coleção. O tema que Namjoon hyung havia escolhido para a estação era: Chuva de pétalas O milagre das flores de cerejeira na primavera.

Irônico, não? Pois é. Até o tema da coleção fazia com que eu me lembrasse de Jungkook. Eles provavelmente tirariam boa parte das fotos em algum lugar cheio de flores de cerejeira. Eu nem podia ver uma cerejeira desde que tinha me separado de Jungkook, toda vez me dava um sentimento horrível, e eu quase podia escutar a voz dele sussurrando docemente nos meus ouvidos. “Somos um”.

Eu não pretendia passar nem perto das flores de cerejeira.

Eles estavam filmando a parte do teaser que seria no estúdio, quando a Dahyun entrou correndo no meu escritório sem bater na porta ou pedir licença. Isso por si só já não é um bom sinal, mas acontece bem mais vezes do que eu gostaria, e a Dahyunie pode ser meio dramática de vez em quando. Tudo bem, muito dramática. Mas nesse dia deu para ver na cara dela que a situação era grave e eu involuntariamente me lembrei do dia que ela me contou sobre Jungkook e Yoongi serem os agentes da nossa modelo. Então eu já premeditei as más notícias.

- Oppa! – Ela disse, no me soou como metade choramingo infantil e metade berro histérico.

Suas sobrancelhas estavam franzidas, e ela fazia um bico infantil, numa baita cara de dó.

Já senti o coração disparar. Se a Dahyun estava com dó de mim, a coisa devia mesmo estar feia.

- Vai direto ao ponto – Cortei logo. Minha ex podia ser a rainha das apresentações e dos debates, mas adorava uma bela enrolação, e eu não estava com ânimo para ser torturado.

Felizmente, ela atendeu ao meu pedido.

- Liga a televisão.

Confesso que fiquei com cheio de medo quando ela disse isso. Eu não sou sortudo como o Jungkook, e duvidava muito que fosse ligar a TV para ver meu coelhinho se declarando para mim em rede nacional, como eu havia feito há muitos anos atrás. Quem me dera fosse isso.

Fiquei meio paralisado pelo medo e a Dahyun se adiantou, caminhando até a televisão e ligando o aparelho. Senti meu estômago se afundar ao rever na tela uma cena bastante conhecida, mas que eu já não via há anos.

Eu e Jungkook na cafeteria. Nos beijando.

Antigamente eles não tinham passado isso na televisão, e por um mísero segundo eu detestei aquele avanço social.

Era a imagem vívida daquilo que muitos anos antes havia sido censurado pela mídia tradicional, e vazado apenas pela internet. O dia em que nos assumimos, o dia em que “taekook” nasceu.

E a manchete estava bem clara, destacada em letras garrafais vermelhas, bem embaixo das nossas caras.

REENCONTRO DE UM AMOR ANTIGO: KIM TAEHYUNG ESTÁ TRABALHANDO COM O EX-NAMORADO JEON JUNGKOOK NA NOVA COLEÇÃO DE SUA MARCA, RAP MONSTER.

Claro como cristal.

- Vazou, Tae. Eles descobriram que vocês estão se vendo de novo, e desenterraram toda a história! As pessoas estão loucas no Twitter, as fotos antigas estão por todos os lados, a hashtag está nos trending topics, tem um bando de gente chegando na porta do prédio-

- Calma! Deixa eu primeiro assimilar.

Estava completamente atordoado. Como se já não me bastasse o retorno do meu ex, o babaca do Go Dongsun passeando diariamente pela minha empresa, e a minha terapeuta me obrigando a revisitar as dores do meu passado e abrir o apartamento. Não, o resto tinha que voltar também. Senti como se eu tivesse voltado no tempo, como se todos os meus fantasmas tivessem resolvido ressurgir ao mesmo tempo, sem nem me dar tempo para pensar sobre o que fazer.

Não tinha mais como fugir. Eu ia ter que encarar tudo o que eu vinha tentando ignorar, e não seria por vontade própria. Ia ser à força.

- Cadê o Jungkook?

- Então, oppa, isso que eu estava tentando te falar. Ele está na sala de reuniões.

Aquilo me deu um tremendo dejá vù, ou seja lá o que dizem os franceses. Não fazia tanto tempo assim desde que Dahyun havia me dito que Jungkook me esperava na sala de reuniões, bem ali naquele mesmo escritório.

Eu sabia o que aquilo provavelmente significava, mas não quis mesmo acreditar.

- O que diabos ele está fazendo lá?

- Namjoon chamou uma reunião emergencial para discutir essa bagunça toda. Estão te esperando.

Dessa vez, eu estava mais disposto a encarar meu triste destino. Mesmo que meu estômago não parasse quieto no lugar e que meu corpo todo formigasse de nervosismo com a perspectiva de ir até lá mais uma vez, a noção vívida de que podia ser ainda pior do que foi antes. Ainda assim, me obriguei a levantar da poltrona, determinado a ignorar as pernas bambas e terminar logo com aquilo.

- Eu realmente espero que essa seja a última vez que você entra no meu escritório falando para que eu encontre Jungkook na sala de reuniões, Dahyunie.

~x~

Acompanhado por Dahyun, cheguei ao corredor da sala de reuniões. Só aquilo ali já me deixou assustado, cheio de gente olhando para mim como se eu fosse algum animal de zoológico. Aparentemente, todos os funcionários da RM deveriam estar lá, enfurnados naquele corredor, e eu tentei dar uma espiada pela janela da sala de reuniões para tentar entender o que estava se passando lá dentro, mas as persianas estavam fechadas.

A surpresa ao entrar na sala não foi nada agradável. Gente de tudo quanto é departamento, alguns que eu nunca nem tinha visto na vida, viraram as cabeças curiosas para mim ao mesmo tempo assim que eu pisei o pé para dentro. Demorei para encontrar Jungkook, sentado em uma ponta de mesa, com Go Dongsun bem ao lado.

De novo, o coração fora de controle começou batucar incessante dentro do peito, mas eu não me renderia aos sintomas dessa vez. A coisa toda nem tinha começado ainda.

Aquele povo todo estava lá, esperando para que eu e Jungkook pudéssemos ter uma bela discussão de relacionamento, pública. Seríamos obrigados a revisitar nosso passado juntos, na frente de uma plateia que incluiria Go Dongsun, coisa que eu não ia aceitar assim tão fácil.

Então apesar das mãos trêmulas, dos batimentos rápidos, do medo e da vergonha, eu resolvi que era hora de buscar bem fundo em mim mesmo por aquele garoto mimado e inconsequente de vinte e poucos anos, o Taehyung que lutava pelo que queria sem pedir desculpas a ninguém. Eu precisaria dele.

- Isso tem a ver comigo e com Jungkook. Eu entendo que também envolve a SUGA e a RM, mas não tem nada a ver com Go Dongsun e sua produtora. Da forma como eu vejo, ele não deveria estar aqui.

Pronto, falei. Estava tremendo feito louco, mas cerrei os punhos com força e fiz o possível para não demonstrar meu nervosismo. Finalmente encontrei Dongsun no meio daquela confusão toda, e vi um sorriso cínico brotar em seus lábios. Coitadinho, tudo o que ele mais queria era estar ali e colocar mais fogo no picadeiro, e eu cortei as asinhas dele. Bem feito, otário.

Um silêncio tenso tomou conta do cômodo e ninguém teve coragem de dizer nada. Pensei que Dahyun fosse intervir ao meu favor e apoiar meu pedido, mas acho que ela ficou tão chocada com meu pronunciamento repentino que emudeceu.

Para o meu espanto, foi Jungkook o primeiro a quebrar o silêncio mórbido.

- Taehyung está certo. Isso aqui não é a redação de uma revista de fofocas, e só quem é realmente necessário devia ficar. O resto está dispensado.

Seria mesmo aquele o meu ex-coelhinho? Aigoo! Ele falou de forma tão segura que eu senti um calafrio esquisito subindo por toda a minha espinha e os pelos da minha nuca se arrepiaram, me fazendo tremer os ombros de leve. Ele tinha baixado aquele santo que eu conhecia tão bem, a outra personalidade confiante e ousada que até hoje eu só tinha visto entre quatro paredes.

Mas não era hora de pensar nisso.

Juro que me deu vontade de rir da cara do imbecil do Go Dongsun quando eu vi ele revirar os olhos antes de se levantar para ir embora. Além dele, mandamos um bando de gente desnecessária para fora. A maior parte do povo que estava lá só era curioso demais e não tinha o menor interesse em trabalhar.

Quando finalmente todos saíram, só restaram seis pessoas dentro da sala de reuniões. Namjoon hyung conferiu se as persianas estavam bem fechadas e caminhou até a porta, fazendo questão de trancar a fechadura. Ele se virou para nós e disse num tom sério:

- A gente não sai daqui sem um plano.

 


Notas Finais


E AÍ, O QUE ACHARAM? Estou curiosa. Sim as coisas estão andando.
Vou contar que já tenho parte do próximo capítulo de Hipnosis escrito no caderno, mas ainda não tive tempo de digitar tudo. É um baita trabalho escravo isso, juro... Muito chato e trabalhoso. Mas o que eu não faço por vocês, não é? Sou dependente <3

Então por favorzinho, comentem! A falta de computador também dificulta que eu responda aos comentários, como sempre faço. Gasto meu tempo com o computador emprestado pra ficar digitando as coisas do caderno (eu sei que escrever no celular seria bem mais prático, mas minhas unhas são ENORMES, eu detesto digitar no celular e compreendam que a noona é meio idosa, rs) <3 sou bem old school mesmo, paciência!

Enfim, isso tudo foi pra dizer que se ninguém comentar eu vou ficar com preguiça de digitar os capítulos.
Quem está esperando Incógnito, fiquem avisados que ainda essa semana tem mais Jeongguk, garoto incógnito e alma ruim para todo mundo <3

E conversem comigo porque sou carente.
twitter/curiouscat: @ btsnoonafanfics

Até muito em breve (eu espero)
Beijocas amoras,

~BtsNoona


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