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História Hipnosis - Manchete


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores amoress, aqui estou eu com mais um capítulo, como prometido.
Não foi revisado, então perdoem os erros <3

Nos vemos nas notas finais,

Boa leitura!

Capítulo 12 - Manchete


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - Manchete

Suas mãos tremiam e suavam, o coração saltava tão alto na garganta que Jungkook pensou que ele pudesse vir a pular para fora a qualquer momento. A sala estava cheia demais, um burburinho sufocante espremendo-o sobre o assento da cadeira e fazendo com que se sentisse pequeno, como uma criança que fez algo errado e espera pacientemente por sua punição.

Precisava se controlar, já estava a uma pilha de nervos e Taehyung nem tinha chegado ainda. Sentia-se, por um lado, ansioso para ver seu rosto, em busca do conforto de saber que alguém naquela sala estava passando pela mesma situação que ele mesmo. Por outro, não queria vê-lo. O vislumbre do rosto de Taehyung e seus olhos magnéticos só serviria para deixá-lo ainda mais apreensivo sobre o que estava prestes a acontecer.

Iriam revisitar a época em que estiveram juntos, e não seria de forma reservada.

Taehyung era certamente  melhor em lidar com esse tipo de coisa, sempre fora. Quando namoravam escondido, antes que ele perdesse a memória, era sempre o castanho a demonstrar seu incômodo por não poderem se assumir. Naquela época, Jungkook era ainda mais tímido, e durante muito tempo pensou que a melhor opção era fugir do mundo real e levar Taehyung consigo, para algum lugar em que não conhecessem ninguém e não pudessem ser julgados.

Mas isso foi há muito tempo atrás.

Agora, Jungkook esperava pacientemente pelo veredito de terceiros, com o poder nas mãos para decidirem a alternativa mais sensata de como se portaria perto do ex-namorado daquele dia em diante. Sentia-se ridículo e impotente, apenas sentado ali, as mãos tremendo incontroláveis enquanto aguardava a resolução de seu destino.

E quando ele enfim apareceu, o rosto familiar lhe trouxe um misto de paz e inquietação. Taehyung era mesmo mestre em fazê-lo ter sensações completamente opostas e simultâneas.

Ele parecia seguro, até mesmo sereno, e Jungkook tentou absorver um pouco de sua força. Sentiu um alívio enorme preenchê-lo quando Taehyung prontamente anunciou que tinham pessoas demais no recinto, sem deixar passar despercebido o ataque pessoal ao seu ex-produtor, Go Dongsun.

Forçou-se a levantar a voz e apoiá-lo, mesmo que não concordasse cem por cento com as próprias palavras.

Para Jungkook, era bem claro o número de pessoas que realmente precisavam estar ali.

Duas.

 

Capítulo 11 - Manchete

Só restaram seis pessoas na sala de reuniões.

Nos colocaram sentados na ponta da mesa, eu e Jungkook, feito réus num julgamento. Nem preciso dizer que eu estava bem aterrorizado, mesmo, mas ainda assim me arrisquei para dar uma olhadinha nas mãos de Jungkook. Ele estava apertando os braços da cadeira com tanta força que os nós dos seus dedos ficaram brancos feito papel. Pensei que se eu já estava me sentindo muito pressionado, Jungkook devia estar mil vezes pior.

Ou talvez não. Ele tinha se demonstrado bastante seguro há poucos minutos atrás, quando pediu que saíssem do cômodo, então eu posso estar errado. Talvez tivesse mudado bem mais do que eu imaginava. Só sei que se a mesma situação se desse há um ano e oito meses atrás, Jungkook estaria nervoso a ponto de querer vomitar.

E ele não estaria apertando o braço da cadeira, mas a minha mão, e estaria praticamente quebrando meus dedos sem nem perceber. E aí eu ia reclamar e provavelmente fazer uma careta, e Jungkook me daria beijinhos de coelho em cada um dos dedos.

Mas enfim, de nada me adiantava ficar imaginando o meu Jungkook de um ano e oito meses atrás, e eu me obriguei a afastar esses pensamentos da cabeça. Ainda assim, me senti mal por ele ter que passar por isso.

Estávamos os dois sentados em de frente ao retroprojetor. Eu não pensei que o pessoal seria sacana o suficiente para colocar imagens nossas naquela porcaria de telão, mas rapidamente me deram provas do contrário.

No lado da mesa mais perto de Jungkook, estavam Namjoon e Yoongi. Do meu lado, Dahyun e Jaebum, o coordenador da equipe de marketing. Resolveram que como eu estava pessoalmente envolvido na situação já não servia mais para ocupar meu cargo, então preferiram deixar Jaebum ficar na reunião. Eu não tinha o menor problema com isso, ele era um ótimo funcionário e meu braço direito na equipe, além de um bom amigo. Também não achava desagradável o fato de que era um homem incrivelmente bonito. Juro, muito bonito mesmo, chega a deixar a gente meio sem graça.

De qualquer forma, eu já tinha me acostumado a olhar pro rostinho simétrico do Im Jaebum todos os dias, então estava muito mais preocupado e concentrado no corpo musculoso de Jungkook a pouquíssimos centímetros de mim. Impressionante como a mera presença dele é suficiente para me provocar calafrios pelo corpo inteiro, e eu estava morrendo de vontade de tocá-lo, mas me contive.

A coisa toda começou de forma até que previsível. Primeiro, Namjoon hyung se levantou. Ele sempre teve aquela pinta de líder e era muito bom em dar sermões. Claro que ficava preocupado, e eu sabia disso, mas não me surpreendeu que ele logo tomasse o controle da situação. Abriu a internet na página do principal jornal de Seoul.

E lá estávamos nós, bem na manchete.

Pelo menos não estávamos nos beijando dessa vez. Isso teria sido constrangedor.

Fiquei encarando o semblante severo do Namjoon com a minha melhor cara de tacho, muito focado em não olhar para o lado. Tentei me preparar psicologicamente para o que estava por vir, mas é claro que não deu muito certo e eu notei Jungkook olhando para mim de forma nada discreta enquanto eu continuava a mirar nossos rostos na projeção.

Oh, céus. Eu sabia que seria difícil, mas se ele continuasse me encarando daquele jeito ia ficar impossível.

- Muito bem, vocês dois. – Namjoon começou, andando de um lado para o outro da sala feito um professor de ensino médio. Se eu não estivesse tão nervoso provavelmente teria achado engraçado – Eu não tenho ideia de quem vazou a notícia, mas não importa. Cedo ou tarde eles iam descobrir de qualquer forma. Como descobriram antes do esperado, não tivemos tempo para nos preparar e precisamos estudar o caso. As empresas dos dois estão em risco, tudo o que construíram por anos, e agora qualquer passo em falso pode fazer com que todos os nossos esforços escorram ralo à baixo.

Ele dava tanto medo quanto um professor de ensino médio também, falando todo formal daquele jeito esquisito. E estava funcionando, porque eu definitivamente me assustei, e quando olhei para Jungkook ficou bem óbvio que ele não estava muito bem, a julgar pelas mãos que continuavam a espremer os braços da cadeira.

E Namjoon estava falando bem sério quando disse que nós ficaríamos lá até arranjarmos um plano.

A gente continuou por horas e horas naquele escritório, até que a empresa fechasse e todos os funcionários fossem embora. Fiquei sentado ao lado de Jungkook até que a presença dele e seus olhares de esgueira já nem me afetassem mais tanto assim, até que minhas pálpebras começassem a se fechar contra a minha vontade por causa do sono. Discutimos cada possibilidade minuciosamente até chegarmos a uma conclusão em que todos concordássemos que a RM e a SUGA não correriam riscos estratosféricos.

Quer dizer, eles discutiram. Sinceramente, eu e Jungkook não tivemos muita voz no debate.

Ainda assim foi exaustivo, para dizer no mínimo.

O início foi menos pior. A primeira possibilidade a ser discutida, apresentada por Yoongi, foi a de que eu e Jungkook nos portássemos de forma estritamente profissional, simplesmente ignorando o fato de termos morado juntos e sido praticamente casados por quatro anos.

Mas Dahyun rapidamente foi contra a ideia, argumentando que se os investidores notassem algum tipo de tensão no nosso relacionamento, as ações iriam desvalorizar. Yoongi hyung não ficou nada feliz com ela, deixando bem claro que aquela opção era a melhor para todos os lados, e os dois discutiram um bom tempo até chegarem a conclusão de que eu e Jungkook pelo menos teríamos que fingir uma relação amigável, e isso era no mínimo.

Foi bem estranho assistir enquanto outras pessoas decidiam o destino da minha relação com meu ex. Eu fiquei a maior parte do tempo calado e minhas ideias e sugestões não eram muito bem vindas, visto que “meu ponto de vista era pessoal demais”, segundo Namjoon.

E o mesmo valia para Jungkook. Assistimos calados, ouvimos as críticas e até reclamamos um pouquinho de uma ou outra coisa, mas não trocamos nem uma palavra um com o outro.

Nos fizeram ler cada matéria de cada jornal coreano, e até que essa parte foi útil, apesar de parecer um método de tortura. Por fim, ficou bem claro que os pontos de vista sobre o nosso relacionamento se dividiam em dois bem distintos.

Primeiro: Os jornais mais tradicionais e sérios, voltados para economia e bolsa de valores, eram pessimistas. Para essa parte da mídia não tinha absolutamente nada de bom que pudesse sair da união e sociedade de um ex-casal, e o futuro seria incerto demais. Segundo esses veículos, poderíamos brigar a qualquer momento e trazer consequências irreversíveis a ambas as empresas e aos investidores.

Essa era a visão que dava mais medo neles.

Segundo: Os jornais e revistas mais leves, que tratavam de fofocas e comportamento. Estes eram especulativos. Para eles pouco importava o preço das ações, os investidores ou a bolsa de valores. Estavam mesmo interessados no romance, ou nos escândalos que poderíamos gerar. As páginas principais eram recheadas de fotos dos velhos tempos, e perguntas a serem respondidas. Iríamos voltar? Estavamos saindo com outras pessoas?

E a pergunta que mais me assombrava: Por que tinhamos terminado?

Não preciso nem comentar que essa era a visão que dava mais medo em nós. Tomo a liberdade de falar em nome de Jungkook também, porque foi mais assustador que qualquer ameaça da minha mãe jamais fora no passado.

Foi angustiante ter que ler e analisar aquelas matérias na frente de todo mundo. Eram em sua maioria um resumo da nossa própria história, uma biografia bastante detalhada do nosso relacionamento. Com fotos, vídeos, tudo.

Eu precisei me rever na televisão, com o olhar afetuoso e meus cabelos em seu tom natural de castanho, me declarando gay em rede nacional, admitindo que eu estava apaixonado. Tive que rever fotos nossas da universidade, andando livremente de mãos dadas pelo campus. Vídeos de Jungkook cantando letras que eu sabia terem sido escritas para mim. Basicamente assisti a tudo que eu estive tentando evitar com tanto afinco nos últimos vinte meses, em um intervalo ridículo de oito horas.

E doeu. Doeu ao ponto de eu agradecer por estar sentado, pois não sabia se conseguiria levantar. Doeu pensar que fomos felizes um dia, doeu imaginar o que Jungkook estaria sentindo, sentado bem ao meu lado e sendo atacado com as mesmas boas lembranças, que pareciam ser de outra vida, de outras pessoas. Foi como se nada daquilo me pertencesse mais, apesar da minha memória de cada ocasião ser bem clara e vívida dessa vez.

E enquanto nós éramos atacados com a linha do tempo do nosso relacionamento, os três continuavam a discutir entre si sobre como deveríamos agir a partir de agora.

Dahyun levantou para defender seu caso. Ela sempre fora extremamente persuasiva e eu tinha certeza de que ela iria bem – ou seja, provavelmente faria eu me sentir mal, nesse caso. Ela se levantou com uma de suas clássicas pastinhas coloridas, e a cor do dia era rosa bebê – a cor predominante na coleção de Namjoon.

Eu confio muito em Dahyun, e esperava que seu caso vencesse, como geralmente acontece. Ela disse que a primeira medida seria neutralizar as ameaças dos investidores. Isso incluía não só termos uma relação amigável na frente das câmeras, mas também organizar uma coletiva de imprensa esclarecendo o assunto e provando o apoio de todos os sócios majoritários naquela parceria.

Pensei que ela estava indo muito bem, mas Jaebum não tinha a mesma opinião.

- E se ainda assim eles verem algum risco?

- Bom, nesse caso a estratégia seria arrumar namorados falsos para os dois. Se provarmos que está tudo superado e que ainda assim eles mantém uma relação saudável, não haverá risco para as ações.

Tanto eu quanto Jungkook automaticamente torcemos o nariz para essa ideia insana. Namorados falsos? Nem pensar. O único ex que eu tinha, tirando a Dahyun, já me dava uma baita dor de cabeça.

E infelizmente eu preciso admitir que não acho que conseguiria me controlar ao ver Jungkook com outra pessoa, mesmo sabendo ser de mentirinha. Isso acabaria trazendo mais problemas do que soluções.

- Péssima ideia, maluca. – Yoongi interviu para meu alívio. Às vezes não dá pra saber se ele faz isso de propósito, só para contrariar a Dahyun, ou se realmente discorda dela. Mas nesse caso eu nem questionei e só agradeci mentalmente ao meu hyung pela defesa – Até parece que você não conhece esses dois, namorados falsos dariam uma confusão dos infernos!

Retiro o que disse sobre agradecer Min Yoongi. Ele continuava sem o mínimo de tato.

Jaebum, que apenas observava pela maior parte do tempo e mal havia dito qualquer coisa, parecendo mais uma planta de decoração no escritório – uma planta ornamental bem bonita, diga-se de passagem – resolveu finalmente se pronunciar após todos terem dado suas sugestões e argumentado seus casos. Menos eu e Jungkook, é claro.

- Vocês estão vendo tudo errado.

Foi bem assim que começou, e todo mundo ficou olhando para ele, embasbacados. Mas não tinha como ficarem bravos com Jaebum, não quando ele tinha aquele sorriso encantador e charmoso. Não precisa de muito mais do que isso para se ser um publicitário incrível, acreditem. Acho que ele convenceria um porco espinho a comprar um colar de spikes.

- Vocês três só estão focados nos investidores, acionistas e na bolsa de valores. Estão tão cegos que se esqueceram de que quem realmente determina tudo isso não são vocês, nem eles! São os consumidores. Se os clientes comprarem, pouco importa a briga de casal. O valor de ambas as empresas cresce.

Abri um belo sorriso para meu coordenador de marketing. Finalmente alguém que pensa, dentro daquela sala que mais parecia um antro de idiotas. Era só Namjoon hyung fazer umas roupas bonitas e a gente investir horrores em propaganda e promoções. Pronto. A empresa continuaria tão bem quanto sempre esteve.

Achei a ideia ótima, é claro, já que ela consiste basicamente em continuar fazendo tudo exatamente igual a sempre, simplesmente ignorando o fato de que eu estava trabalhando com o meu ex.

Afinal, era o que eu estava mesmo pretendendo fazer em primeiro lugar.

Mas eu comemorei a vitória cedo demais, e Jaebum não parou por aí.

- Existe um jeito de usar o relacionamento dos dois a nosso favor. Nós podemos ganhar em cima deles.

Inútil falar que eu não gostei nada disso. E piorou depois.

Im Jaebum abriu a porcaria do Twitter no projetor e digitou a maldita hashtag: #taekook.

Deu pra ver os olhinhos da Dahyun brilhando de longe, juro.

Eu por outro lado, senti vontade de vomitar. Olhei para Jungkook – e agora já não estava nem mais tentando disfarçar e olhava na cara dura mesmo – e ele parecia prestes a desmaiar, com os lábios que costumavam ser tão rosinhas mais brancos do que açúcar. Sério, a boca dele estava tão pálida que eu comecei a ficar preocupado de verdade.

Tenho certeza que nós dois queríamos fazer a mesma pergunta para Jaebum. Provavelmente todo mundo que estava ali queria, mas ninguém teve coragem de verbalizar o pensamento.

Nós não teríamos que “voltar”, teríamos?

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? O capítulo acabou ficando muito grande e eu precisei dividir, mas essa parte tem que ficar bem explicada porque é importante... Enfim, prometo que capítulo que vem vão rolar mais interações taekook (amém!)
Espero que vocês tenham gostado :) não se esqueçam de COMENTAR POR FAVOR! Me contem o que vocês acham que vai acontecer agora, quero saber o que andam pensando.

Muito obrigada a todos que favoritaram, comentaram ou só leram <3 vocês me deixam muito feliz!

Quem quiser conversar comigo:
twitter / curiouscat @ btsnoonafanfics

Nos vemos em breve (eu espero)
Beijocas amoras,

~BtsNoona


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