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História Hipnosis - Sirva-se


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores amores!
Sei que vocês estavam ansiosos, então espero não decepcioná-los com o capítulo :)
Não revisei, terminei agora e estou mortinha de cansaço, então me perdoem qualquer errinho que possa ter passado batido.
Sem mais delongas,

Boa leitura!

Capítulo 16 - Sirva-se


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - Sirva-se

- Você devia conversar com ele. – Yoongi disse.

- Eu já conversei.

Estavam no carro, a caminho do salão de eventos onde seria o jantar e o desfile. Yoongi estava cansado de conversar com Jungkook e não conseguir chegar a lugar nenhum. Ultimamente, só o via em dois estados de espírito: sério e carrancudo, ou amuado e angustiado. Era irritante, e Yoongi não sabia mais o que fazer para ajudá-lo. Tinha tentado o máximo possível para que aquela ideia estúpida de fanservice não fosse para frente, porque sabia que ia machucar Jungkook. Estava sem meios de protegê-lo da influência de Taehyung agora.

- Aham, imagino como foi essa conversa.

- Eu disse pra ele pegar leve no fanservice. Coloquei uns limites.

Yoongi revirou os olhos. Jungkook sabia tão bem quanto si que era inútil tentar impor limites a Kim Taehyung. No máximo, o impulsionaria a quebrá-los.

- Então vocês dois não conversaram sobre coisa nenhuma. Sabe o que isso está me lembrando? Há uns bons anos atrás, quando a mãe de Taehyung o levou à força da sua casa. Você lembra?

Jungkook franziu as sobrancelhas, num semblante de dúvida.

- Lembro. Você ficou comigo, me disse para ir atrás dele. Me chamou de covarde.

- É a mesma maldita ladainha agora! Você não vê? Da outra vez a ameaça era a mãe do Tae, mas agora é o próprio Taehyung que está te deixando intimidado. Você não vai resolver esse assunto fugindo, Jungkook. Eu não tenho mais nenhum jeito de te ajudar, você precisa ir conversar com ele. Tenho certeza que Taehyung vai aproveitar essa oportunidade do fanservice pra te provocar daquele jeito metido dele.

- Eu sei que vai. – Jungkook interrompeu – Eu vou ficar bem.

Yoongi bufou, desistente. Sabia que ele não ia ficar bem coisa nenhuma, e que cada uma das brincadeiras do Taehyung o afetariam muito mais do que ele demonstrava. Mas o que mais podia fazer? Estava falando, mas Jungkook não queria ouvir.

- Você está sendo covarde, Kook. Vai acabar fazendo alguma bobagem idiota e piorando a droga da situação.

 

Capítulo 15 – Sirva-se
- Você por acaso se esqueceu de com quem está brincando? Não se lembra de como a nossa relação na cama funcionava, hyung?

 

“Muito bem” – pensei, mas me mantive calado. O cheiro de perfume dele me confundia os sentidos, e senti-lo duro contra mim era tão delicioso que eu perdi as palavras, focado demais na boca rosinha e convidativa, na língua à mostra pelos lábios entreabertos.

Me tornei submisso, de novo, e Jungkook estava no controle da situação. Gostei disso. Gostei porque eu sabia que aquilo o excitava, e eu estava cansado de me conter. Meu membro pulsava, desejando por ele, e eu queria simplesmente ignorar o mundo do lado de fora e fazer um sexo muito sujo em cima do balcão do camarim. Ou no chão mesmo.

Ele forçou tanto o quadril contra a minha virilha que eu fui obrigado a me sentar no balcão atrás de mim, e Jungkook se enfiou no meio das minhas pernas, as mãos apoiadas no espelho às minhas costas. Dava pra sentir aquilo, grande, se friccionando contra mim. Naquele momento eu não consegui lembrar do Jungkook frio, do tempo em que ficamos separamos, da briga horrível que tivemos na sala do nosso apartamento no dia 21 de maio. Fui preenchido por tesão, o mesmo desejo de antes, correndo pelas veias, explodindo dentro de mim feito fogos de artifício e choques elétricos, e senti como se eu tivesse engolido o inferno inteiro, o próprio diabo bem na minha frente, me comendo com os olhos negros.

Oh, merda. A pintinha embaixo do lábio inferior estava bem perto agora, e eu podia vê-la claramente pela primeira vez em mais de um ano. Quis me lançar logo pra cima dela, mas achei que seria arriscado demais. Ao invés disso, mirei a outra pintinha, também muito conhecida minha. A do pescoço. O pescoço dele estava molhado de suor e suas veias um pouco saltadas – de raiva ou desejo, provavelmente ambos – e a pinta parecia muito, muito apetitosa. Mas também tinha o lóbulo da orelha, o ponto fraco de Jungkook, tão suculento e branquinho. Ele não conseguiria resistir se eu fosse ao lóbulo da orelha.

Queria mesmo avançar em tudo de uma vez só, e não conseguia decidir por onde começar.

Ele continuava me encarando. Olhos negros profundos, os lábios inchados e vermelhos graças as mordidas que ele mesmo havia dado em si. Parecia esperar meu próximo movimento, ao meu dispor.

Era como se estivesse dizendo "vá lá, Taehyung, sirva-se". Não podia perder a oportunidade. Resolvi ir ao ponto mais óbvio e seguro, aquele que o faria se render por completo, e avancei com a boca sobre sua orelha, no que ele arfou e gemeu, só para mim.

O gosto dele era exatamente o mesmo que eu me lembrava, e foi como provar minha comida favorita depois de anos de abstinência. Como aquele gosto doce e nostálgico da infância que você nem se lembra mais como é, mas ao provar outra vez reconhece de imediato. Eu não me lembrava mais do gosto de Jungkook, e me permiti aproveitar cada nota palativa de sua pele, do seu suor. Queria degustá-lo todo.

Ele pressionou mais seus quadris contra os meus, e eu fiquei tão duro que chegou a doer. Encarei seu semblante, os olhos fechados, os lábios entreabertos, transbordando luxúria. Jungkook afundou o rosto na curva do meu pescoço, sobre a camisa social, e inalou meu cheiro como um ex-viciado faria. Ele subiu com o nariz roçando pelo meu pescoço até alcançar a pele exposta e abocanhou um ponto sensível embaixo do meu maxilar, a língua quente e úmida passeando sem pudores sobre mim. Eu tremi sob seus lábios. Jungkook sabia me deixar insano.

Puxei seu paletó e a peça facilmente escorreu para o chão. Acho que Jungkook nem percebeu, distraído demais com a língua no meu pescoço. Eu tirei a camisa social dele de dentro das calças e enfiei minhas mãos por debaixo do tecido, desesperado por mais da textura de sua pele macia e quente, tateando pelo tronco forte e definido dele.

Meu coelhinho é muito gostoso. Devia ser proibido isso, ter um corpo como o de Jeon Jungkook. Devia ser crime, atentado ao pudor!

Ele gemeu prazerosamente quando eu arranhei suas costas com minhas unhas curtas, e juro que me deu vontade de chorar de tão lindo e erótico que era. Isso que estávamos vestidos!

Ainda. Por pouco tempo, eu esperava.

Deixei um beijo molhado sobre a pinta do pescoço dele antes de trilhar caminho com minha língua até a orelha de Jungkook outra vez. Mordi seu lóbulo gentilmente, arrastando meus dentes pela pele clara, só aplicando força suficiente para deixá-lo um pouquinho vermelho. Bem pouquinho que fosse, mas eu queria marcá-lo.

A mordida surtiu o efeito que eu esperava e ele praticamente choramingou no meu ouvido, incitando o quadril mais para frente, roçando sua ereção contra mim, e eu não consegui reprimir um gemido alto, bem mais alto do que eu deveria, afinal, um desfile ia acontecer do lado de fora, e a porta estava destrancada.

Merda. A porta estava destrancada.

- Tranca a porta, Jungkook-ah. – Sussurrei em seu ouvido.

Eu até iria até lá trancar por conta própria, mas Jungkook estava me prendendo em cima do balcão com aquelas coxas musculosas enormes dele.

Ele se afastou, a respiração descompassada, e hesitou por um segundo. Deu pra perceber que ele estava pensando sobre o que fazer, os olhos cintilando fogo na minha direção, mas no fundo eu vi outra coisa, e soube logo que ele cogitou a ideia de ir embora.

Quando Jungkook foi até a porta, eu não sabia se ele ia trancar ou se ele ia sair.

Mas ele trancou.

Ele voltou com o olhar determinado pra cima de mim, e eu lambi os lábios de novo. Jungkook me puxou pelo pulso, me fazendo descer da bancada, e me virou de costas. Ele pressionou o quadril atrás de mim, e eu precisei apoiar as mãos na bancada. Ficamos de frente pro espelho e eu encarei a bela visão que era Jungkook se insinuando contra mim, os olhos queimando de desejo, e meu próprio rosto vermelho, meus lábios pendendo entreabertos.

- Você ficou muito sexy loiro.

Soltei um gemido rouco. Ele ficou esfregando sua ereção em mim, simulando sexo, e eu fiquei completamente alienado do mundo de fora, a única coisa que me importava era aquela coisa me tocando, e Jungkook lambendo minha nuca, a língua molhada dele queimando minha pele.

As mãos dele, que antes estavam segurando meu quadril, encontraram o caminho até o cinto da minha calça. Ah, finalmente! Suspirei aliviado, o coração batendo umas quinhentas vezes por segundo, enquanto observava as mãos habilidosas dele pelo espelho, desafivelando meu cinto, abaixando o zíper da calça, numa tortura lenta e sádica. Ele deu uma risadinha satisfeita ao encarar meu reflexo, e enfiou a mão por dentro da minha cueca, alcançando minha ereção pulsante, e eu tremi em sua mão quando ele me segurou com força.

- Você está tão duro, hyung. Do jeito que eu gosto. – Jungkook abaixou a frente da minha calça e cueca, só o suficiente para libertar meu membro dos tecidos, e passou a fazer movimentos lentos, muito lentos. O maldito estava brincando comigo e nem teve a decência de tentar disfarçar, mas na hora eu nem liguei. Estava muito ocupado me concentrando na mão dele deslizando sobre mim, no volume imprensado às minhas costas. – Você não devia ter me provocado.

Ah, devia sim. Estava sendo premiado por causa das provocações, e quando Jin hyung me disse que a bomba estava prestes a explodir eu não fazia ideia de que seria essa bomba. Se eu soubesse, tinha provocado muito mais.

Eu já nem lembrava mais que estávamos num camarim, no backstage do nosso primeiro desfile da coleção, das dezenas de câmeras do lado de fora, esperando por nós. Como antigamente, quando estávamos eu e Jungkook, era só isso que importava: eu e Jungkook. O resto do mundo podia desmoronar do lado de fora e eu não estava nem aí.

- E você caiu feito um patinho. – Encarei os olhos negros e flamejantes através do espelho. Ele podia até se fingir de seguro e mandão, mas estava tão desnorteado quanto eu. – Você está indo muito devagar.

Me virei de frente pra ele e enfiei meus dedos pelos cabelos macios. Nós não tínhamos todo o tempo do mundo – eu certamente não queria perder tempo – e também já tinha cansado de brincar de passivo submisso. Fui com os lábios pra cima dele, faminto por provar logo de sua boca, mas Jungkook desviou a cabeça e eu acabei beijando seu maxilar.

Então ele não queria me beijar, pensei. Ah, que ótimo. Na hora não tive muito tempo para analisar o assunto ou me sentir ofendido, mas aquilo foi um beliscão doloroso no meu orgulho. Fingi que não notei o gesto e mordi a pele clarinha do pescoço dele com um pouco mais de força do que deveria, como uma pequena vingança pessoal, e ele gemeu no meu ouvido. O celular fez um barulhinho irritante.

Ah, não. Agora não. Ignorei o som de mensagem recebida e soltei a fivela do cinto dele. Fui bem ávido no processo, e o membro dele saltou pra fora, tocando o meu. Senti um calafrio desnorteante me queimar por dentro e Jungkook segurou minha bunda com força e me puxou para perto, atiçando nossas virilhas uma contra a outra.

O celular começou a tocar.  Era o povo do lado de fora atrás da gente, eu sabia, mas tinha sangue demais nas minhas partes baixas, e o tesão fez com que eu não me importasse em estar foragido.

Empurrei Jungkook até uma cadeira próxima e o fiz sentar, depois me acomodei em seu colo, uma perna de cada lado, e me movi para frente e para trás, provocando. Queria saber onde estavam aqueles limites que ele tinha falado no outro dia, porque pelo visto, tinham-se evaporado todos. Ou, quase todos, levando em consideração que ele não tinha me beijado.

- O celular não para de vibrar no meu bolso. – Ele comentou, levantando minha camisa até a clavícula e abocanhando um mamilo, e eu choraminguei em aprovação.

- Deixa vibrar. Deve estar até gostoso.

Jungkook riu soprado contra a minha pele.

- Você é um desgraçado. – Alcançou minha ereção, voltando a me masturbar, me fazendo arquear as costas. Arranhei seus braços, os espasmos já começando, e eu pensei que não ia durar nada nas mãos dele. – Não pense que eu estou bom com você só por causa disso.

- Pode ser mau, eu não me importo.

Eu estava quase lá, quase mesmo. O barulho do meu celular tocando ia ser a trilha sonora do melhor orgasmo que eu tive no último ano, mas foi felizmente abafado pelos nossos gemidos baixos e roucos. Jungkook enfiou os dedos de sua mão livre pelos cabelos da minha nuca e doeu quando ele puxou minha cabeça pra perto, encostando os lábios na minha orelha.

- Espero que se lembre dessas palavras quando eu estiver te fodendo com força, hyung.

Eu quase cheguei ao êxtase ao ouvir meu coelhinho sendo assim tão sujo, mas um som oco de batidas na porta ressoou pelo cômodo e interrompeu meu momento. Mesmo assim, até que não atrapalhou muito. A adrenalina em saber que tinha alguém do lado de fora subiu pelo sangue, me deixando com mais tesão, e eu senti que chegaria ao ápice. Eu tinha consciência de que não era o momento ou local apropriados, mas eu precisava.

- Não ouse parar. – Disse, e apoiei as duas mãos nos ombros dele, apertando a pele sobre o tecido da camisa. Ele acelerou os movimentos e mordeu os lábios, os olhos focados na sua tarefa. Sua pele brilhava suor, as sobrancelhas franzidas e as bochechas rubras, e eu pensei que, merda, eu estava com saudade daquela cara de safado dele. Eu o puxei pela nuca e segurei meu impulso de beijá-lo, temendo que ele se afastasse outra vez, mas colei nossas testas e o encarei bem fundo nos olhos ao me desmanchar de vez na sua mão.

Ficamos assim por alguns segundos, as testas grudadas melando de suor e respirações ofegantes. As batidas na porta continuaram no fundo, cada vez mais insistentes. Tinha alguém forçando a droga da maçaneta.

- Abram a porcaria da porta! – Ouvimos uma voz abafada vinda do lado de fora. – Eu sei que estão aí. Espero que vocês tenham se matado aí dentro, porque o Namjoon vai arrancar as cabeças de vocês quando saírem.

Delicado, como sempre.

- É o Yoongi. – Murmurei baixo. – A gente devia ir.

Ele afirmou com a cabeça. Sua mão ainda estava segurando meu membro, e tinha ficado toda suja. Fiquei triste por ele não ter chegado ao orgasmo. A ereção dele ainda estava à todo vapor, apontada pra mim, e eu teria abocanhado de boa vontade se não fosse o inconveniente do Yoongi batendo na porta.

- Estamos indo! – Jungkook gritou.

Saí do colo dele e alcancei uma toalha de rosto que, por sorte, estava jogada em cima da bancada. Sequei o suor do rosto e do pescoço e me limpei, jogando a toalha para Jungkook em seguida. Fiquei me olhando no espelho e percebi que seria inútil tentar negar o que tinha acontecido ali. Ou estávamos numa briga bastante intensa – que por acaso envolveu algumas mordidas no pescoço – ou estávamos fazendo o que realmente estávamos fazendo. Não tinha outra opção e, apesar da briga não parecer assim tão absurda, soube que assim que a gente botasse os pés do lado de fora todo mundo ia descobrir logo.

Não achei a coisa tão ruim assim. Yoongi ia ficar bravo e Dahyun me encheria de perguntas idiotas, mas eu passaria por isso com um sorriso no rosto se Go Dongsun pudesse nos ver. Desejei que ele estivesse bem do lado de fora pra notar nossos cabelos despenteados e bochechas rosadas.

Olhei para Jungkook e ele estava afivelando o cinto. O rosto dele ficou sério de novo, do nada, mas eu já não estava preocupado com isso. Agora que sabia que o desejo de Jungkook tinha tanto fervor quanto o meu, não tinha motivos para ficar me segurando perto dele.

- É melhor fechar seu paletó. – Ri ao notar sua ereção marcada na calça, e ele me lançou um olhar severo.

- Você vai ter que dar um jeito nisso depois, Taehyung.

- Na minha casa ou na sua?

Jungkook não respondeu e apenas fechou os botões do paletó antes de abrir a porta.

~x~

Namjoon hyung não arrancou nossas cabeças. Quando a gente saiu do camarim, Yoongi nos deu uma bela olhada dos pés a cabeça e revirou os olhos enfaticamente. Percebi que Jungkook olhou pro lado e fingiu que não era com ele.

Como esperado, Go Dongsun estava mesmo do lado de fora e ficou espiando a gente meio de longe. Foi ainda melhor do que a encomenda, porque Namjoon chegou e começou a dar um sermão, dizendo que era impossível a gente subir na passarela naquele estado. Ele deu muita ênfase ao nosso ‘estado’ – em total e completo desalinho, as camisas amassadas, os cabelos grudados na testa e vergões avermelhados nos pescoços – e eu espero mesmo que o imbecil do Dongsun tenha escutado tudinho. Foi o sermão mais útil que já recebi.

Fiquei até feliz por não precisarmos subir mais na passarela, e Namjoon hyung nos dispensou pras nossas cadeirinhas. Jungkook voltou a ficar todo calado, e eu pensei que era melhor não provocar dessa vez. Depois da situação toda que passamos era bem provável que ele ainda estivesse duro, e ficar provocando seria muito cruel, então deixei pra lá.

Assistimos o discurso rápido de Namjoon – por sorte ele não se alongou demais dessa vez, acho que foi porque nós atrasamos o desfile com o nosso sumiço – e ele apontou pra nós ao falar da maravilhosa parceria com antigos amigos. Eu e Jungkook demos tchauzinho pras câmeras e forçamos sorrisos simpáticos.

Tinha um fotógrafo especialmente chato que não parava de jogar seus flashes na nossa direção. Mais especificamente, na minha. O desfile já tinha começado, mas aquele cara parecia muito mais interessado em fazer um ensaio fotográfico meu. Eu até que não o culpo, mas ele estava brincando com a própria sorte ao chegar tantas vezes perto de mim com Jungkook sentado bem ao meu lado. Jeon Jungkook, o rei soberano dos ciúmes. Reparei de canto de olho quando ele pressionou a bochecha com a língua, por dentro da boca. Aquilo nunca era bom sinal.

Jungkook estava inquieto, coisa que eu percebi, mas o fotógrafo suicida não. Ele continuou tirando suas fotos, transitando pelo espaço da imprensa, chegando cada vez mais perto. Quase enfiou a câmera na minha cara uma hora, e Jungkook colocou a mão sobre a minha coxa, me dando uns apertões. Aquilo bastou pra me dar uns calafrios e eu tremi por dentro. Eu sabia bem o que Jungkook estava fazendo, marcando território, me tratando como posse dele e demandando controle de sua presa. Lembrei de antigamente, de como ele costumava fazer isso sempre que alguém olhava tempo demais para mim. E, modéstia à parte, acontecia com muita frequência. Olhei pra ele meio ofendido – afinal, não era culpa minha que o fotógrafo parecia ter se apaixonado – mas Jungkook só continuou com os olhos fixos no desfile e não me deu nem uma espiada. Mas deixou a mão lá, no meio da minha coxa.

O fotógrafo rapidinho desapareceu, e eu gostei de ver Jungkook agindo daquela forma. Na verdade, apesar das minhas reclamações quanto aos ciúmes exacerbados dele, eu gostava de quando ele fazia esse tipo de coisa meio protetora e discreta. Fez com que eu me sentisse dele de novo.

Pressenti que terminaria aquela noite de joelhos. Não no sentido figurativo, mas literalmente de joelhos. O que não me soava nada mal, na verdade. Com o perdão da palavra, eu queria engolir ele todo.

Mas poxa, sem beijo? O troço ficou na minha cabeça. Eu não ia cobrar sexo amorzinho como fazíamos antes, nem dava pra pedir isso na situação atual do nosso relacionamento, mas transar sem beijo já era exagero. Deixava a coisa toda impessoal demais, e eu decidi que não ia transar se Jungkook não me beijasse. Por mais que ele fosse me provocar, me deixar muito duro e falar perversidades bem sujas no meu ouvido, eu estava determinado a resistir.

Jungkook com certeza não ia aguentar, e acabaria me beijando no fim das contas. Eu sempre fui bem melhor em resistir do que ele.

Ele deslizou a mão sobre a minha coxa, pressionando os dedos, e eu fiquei encarando aquela mão branquinha, lotada de veias saltadas. Estava louco para que a gente saísse logo dali, e imaginei um monte de cenários tentadores com aquela mão.

Ah, merda. Ia ser muito difícil resistir. Queria só que ele parasse com aquela bobagem e me beijasse logo de uma vez. Afinal, a gente já tinha beijado um bocado antes. Qual era o problema?

A parte narcisista e segura da minha mente berrou que ele não quis me beijar porque tem medo de reavivar uma chama antiga e ficar baqueado. Mas ao mesmo tempo não fazia tanto sentido assim. Diabos, a gente tinha feito coisa bem pior do que só beijar!

Por outro lado, a parte mais racional do meu cérebro cogitou a possibilidade de que ele quer que nossa coisa – que obviamente ainda não tem nome – fique só no nível sexual, sem misturar com sentimentalismo. Infelizmente, essa possibilidade pareceu bem coerente.

Tanto faz. De qualquer jeito, sem beijo não ia dar.

Nos dois sentidos da palavra.

 

 


Notas Finais


E então, o que acharam? Não chegaram nos finalmentes ainda, mas só porque as condições não eram das mais proícias, né? E poxa, Jungkook... Nem um beijinho? Que vacilão!
Obrigada a todos os muitos comentários do capítulo passado. Eu sei que fui malvada e parei numa parte tensa, então dessa vez encerrei o capítulo numa parte mais tranquila (eu acho?). Enfim, não fiquem bravos comigo, por favor! <3

Não se esqueçam de comentar! Por favor <3 Principalmente em capítulos assim mais ~safadinhos~eu fico morrendo de vergonha, e bem nervosa sobre o que vocês vão achar, então deixem suas considerações! A autora agradece :)

Se quiser falar comigo:
twitter/curiouscat @ btsnoonafanfics

Nos vemos em breve, mas se eu estiver demorando demais podem vir me cobrar (com amor, por favor).
Beijocas amoras,

~BtsNoona


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