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História Hipnosis - Contrato


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores-amores!
Nem deu tempo de sentir minha falta. Eu faço esses capítulos dramáticos demais, depois fico me sentindo culpada por deixar vocês tristes nos comentários e rapidinho vou escrever o próximo, pra ver se acalma. hahaha
Foi o caso dessa vez! Espero que gostem desse capítulo.
Não foi revisado, então perdoem caso encontrem erros.
Sem mais delongas,

Boa leitura!

Capítulo 3 - Contrato


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - Contrato

Jeon Jungkook era um cara ciumento.

Racionalmente, sabia que muitos dos seus ciúmes eram bobos e infundados, mas justamente por ser tão ciumento ele conseguia entender o porquê de Taehyung ter estourado daquele jeito. Ciúme é um sentimento que nos consome por dentro, e ele já estava há muito tempo convivendo com seus ciúmes de Go Dongsun.

Mas Taehyung não era nem de perto tão bom quanto Jungkook em segurar a língua, ainda mais depois de ter bebido.

Sentiu-se mal pelo ocorrido e pior por Taehyung ter ido embora. Mas se tinha uma coisa da qual Jungkook entendia, era de ciúmes. Era melhor dar um tempo para Taehyung, deixa-lo sozinho até a raiva passar, até ele conseguir pensar direito sobre o assunto, sóbrio.

Então, iria atrás dele.

Em um dia, no máximo dois, Jungkook iria ao apartamento de Dahyun, pediria desculpas e traria seu namorado de volta para casa. O moreno sabia que estava errado, que deveria ter se arriscado mais e dado um jeito de ligar para Taehyung. Estava se sentindo mal por ter sido tão obediente com seu produtor Dongsun, por não ter tido coragem de contradizê-lo.

As palavras de Taehyung machucaram e fizeram Jungkook chorar, mas ele sabia que elas tinham sido em vão. Sentou-se no sofá, se sentindo péssimo, e puxou o embrulho de papel prateado para seu colo.

Capítulo 2 – Contrato

Fiquei andando sem rumo por sei lá quanto tempo antes de finalmente cumprir o que eu tinha dito e ir para casa de Dahyun.

Eu ainda estava tenso e com um nó enorme na garganta e, enquanto vagava pelas ruas de madrugada, não consegui derramar nem uma só lágrima. Me lembrou o dia em que eu e Jungkook enfrentamos meus pais, e eu só chorei de verdade quando pisamos em casa. Não sei por que, mas não consigo chorar pra valer em lugares públicos. Dessa vez foi bem parecido, e assim que eu entrei no conhecido apartamento da minha ex e vi seu semblante sonolento e preocupado, desatei a chorar sem parar.

Demorou até que eu recuperasse o fôlego e conseguisse explicar para Dahyun o que estava acontecendo. Tadinha, ela ficou feito doida andando de um lado para o outro pegando coisas que pudessem me reconfortar. Me cobriu na cama, me trouxe água, comida, calmantes e até mesmo me entregou seu coelhinho de pelúcia favorito – o que foi o método mais efetivo de me acalmar.

O coelhinho me lembrava Jungkook.

Eu já não estava mais tão bravo e comecei a me sentir cada vez pior conforme o álcool foi perdendo seu efeito. As palavras que eu disse ficavam se repetindo milhões de vezes na minha cabeça e eu soube que não teria coragem de encará-lo naquela noite. Resolvi dormir na Dahyun.

No dia seguinte, eu era um lixo humano. Acordei com uma ressaca fenomenal, agarrado ao coelhinho de pelúcia da Dahyun e suando em bicas. Apesar da dor de cabeça, a ressaca moral era ainda pior e eu estava morrendo de vergonha de mim mesmo. Queria ir atrás de Jungkook e pedir desculpas por tudo, mas não me sentia no direito de fazê-lo, e ainda estava muito constrangido.

Mas não tinha problema. Porque Jungkook viria atrás de mim.

Eu acreditava piamente nisso.

Depois de tudo o que ele fez para que ficássemos juntos, pensei que não fosse desistir assim tão fácil. Não estava esperando flores e um pedido de desculpas, mas pensei que ele fosse aparecer lá e me chamar para uma conversa. Pensei que no mínimo me mandaria uma mensagem, principalmente depois de ver como eu me esforcei para agradá-lo no nosso aniversário e depois de abrir o presente que eu havia comprado para ele. Achei que ele me conhecesse bem o suficiente para saber que eu disse aquilo tudo porque estava bêbado e com raiva, e que foi só da boca para fora. Eu tinha certeza de que ele viria.

Só que ele não veio.

Passaram dias e eu não tive noticias suas. Também não tive coragem de ir atrás dele e proibi Dahyun de interferir porque sou orgulhoso demais e não queria demonstrar que estava errado.

Afinal, foi ele quem me deixou plantado no nosso aniversário. – Eu pensei.

Mesmo que no fundo eu soubesse que não tinha razão, meu orgulho maldito ficou tentando me convencer do contrário. Durante mais de uma semana eu me neguei a ir atrás de Jungkook, convencido de que ele apareceria a qualquer momento pela porta do apartamento e nós resolveríamos as coisas. Eu até tentava parecer bem e dizia a Dahyun que eu era o correto da história toda, mas na verdade eu estava me sentindo a pior pessoa da face do planeta. Horrível o suficiente para pensar que eu não o merecia, e que não deveria ir atrás dele.

Quando eu finalmente percebi que ele não viria, aí sim a minha ficha caiu. Foi aí que eu percebi que tinha perdido o amor da minha vida para sempre, e que ele não ia voltar para mim tão fácil. Eu repentinamente entrei em um estado catatônico e logo em seguida fui tomado pelo desespero, que me impulsionou a levantar da cama e tomar uma atitude.

Não podia terminar assim. Se Jungkook não viria mesmo até mim, então eu precisava ir até ele.

Eu saí correndo feito louco até o nosso apartamento, mas quando abri a porta da frente soube que não o encontraria lá, já que seus sapatos não estavam na soleira. Pensei que ele pudesse estar trabalhando e entrei em casa, determinado a espera-lo voltar para que conversássemos e fizéssemos as pazes, mas percebi logo que ele não voltaria para lá também.

As coisas dele já não estavam mais no apartamento. O único vestígio de Jungkook que eu consegui encontrar foi a aliança de prata, descansando em cima da mesinha de centro da sala.

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O resto é resto e eu não gosto nem de lembrar. Entrei numa depressão horrível e não consegui ficar por lá. Pouco depois descobri que Jungkook tinha saído em turnê às pressas com aquele idiota do Go Dongsun.

Tranquei nosso apartamento e não tive mais notícias de Jungkook.

Eu tentei ligar um milhão de vezes e mandei centenas de mensagens. Mas acho que Jungkook mudou de número assim que resolveu desaparecer e eu entendi isso como um pedido para que ficasse longe e não tentasse mais nada. Então eu parei.

Resolvi concentrar todos os meus esforços na RM, que nessa época já era uma empresa de sucesso, porém ainda com porte médio. Me afundei em medidas de marketing e vendas, fiz milhares de pesquisas de mercado com a Dahyun e foi o ano que mais crescemos desde que lançamos a marca. Pelo menos meu término com Jungkook serviu para isso.

Eu queria mudar e me desapegar de Jungkook. Apesar de deixar o apartamento, não tive coragem de vendê-lo nem de aluga-lo e resolvi só deixar o imóvel fechado sem nenhuma utilidade. Minha terapeuta não gosta nada desse fato e sempre me manda vender aquilo logo, mas gosto de pensar que todos os meus momentos bons com Jungkook estão trancados lá em segurança. Pode não fazer o menor sentido, mas eu me sinto melhor.

Tranquei todas as nossas lembranças lá e aluguei um apartamento perto o suficiente da RM para que eu pudesse ir a pé. Descolori meu cabelo até chegar num tom bem claro de loiro e comprei um bando de roupas novas que não tinham nada a ver com as que eu usava durante meu relacionamento com Jungkook, e lembravam mais o modo como eu costumava me vestir quando ainda namorava Dahyun e era obrigado a frequentar eventos da alta sociedade. Camisas sociais, sapatos caros, ternos, gravatas e mais ternos.

Queria me sentir um novo Taehyung.

As notícias que eu tinha vinham todas por alto, e meus amigos evitavam falar de Jungkook na minha frente. Eu também passava longe da internet, desinteressado em qualquer coisa que se relacionasse a ele. Ouvi dizer que a mídia notificou nosso término, apesar de nós já estarmos juntos há quatro anos e taekook ter virado assunto antigo e esquecido. Alguns meses depois eu fiquei sabendo que Jungkook havia voltado de turnê e que não gravaria outro álbum. Achei estranho, já que ele amava cantar, mas procurei não pensar muito sobre o assunto.

Eu via Dahyun e Namjoon hyung todos os dias, já que trabalhávamos juntos. Seokjin hyung se tornou um psicólogo e pesquisador de sucesso e eu também o via bastante. Ele e Namjoon haviam se casado há alguns anos, e ele sempre estava pela RM quando não tinha pacientes para atender ou casos para estudar. Yoongi, Jimin e Hoseok, eu já quase não via mais. Depois que eu e Jungkook terminamos, a turma acabou se distanciando. Fiquei sabendo que Yoongi e Jungkook estavam montando sociedade para uma nova produtora, já que os dois eram formados em música. Até onde eu sei, Jimin e Hoseok – graduados em dança contemporânea – também estavam envolvidos nisso. Mas não tive acesso a muitos detalhes, e como já disse antes, nem queria ficar sabendo mesmo.

Fazia mais ou menos um ano e meio desde que eu havia deixado meu coelhinho sozinho no nosso apartamento e eu pensei que estava bem.

Quer dizer, eu sabia que deixar Jungkook foi a coisa mais idiota que já fiz na vida, mas segui em frente e realmente pensei que estava bem. Eu me acostumei com a sua falta e pensei que conseguiria viver o resto da minha vida atolado num monte de trabalho, e ficaria tudo muito bem comigo, obrigado.

E eu andava bastante atolado. Dezembro era sempre o maior caos por causa das férias, feriados, natal, meu aniversário, ano novo... Tínhamos que fechar o orçamento do ano, calcular os lucros, estudar o funcionamento do marketing, enquanto Namjoon estava trabalhando feito louco para terminar logo de desenhar a coleção primavera-verão que já precisava estar pronta em janeiro para que pudéssemos lançar em março.

Enfim, fim de ano é uma confusão só. Depois do meu aniversário de 29 anos – pois é, estou ficando velho – eu só queria relaxar um pouco e resolvi deixar a direção de marketing nas mãos dos meus subordinados por míseras duas semanas enquanto eu dava um pulinho na Europa para visitar meus pais.

Pois é. Só duas semaninhas, apenas catorze dias de paz.

Tá, nem tanta paz assim porque eu tive que aturar a minha mãe. Mas até que ela andava bem quietinha nos últimos tempos e não me atazanou demais. Acho que depois de seis anos ela simplesmente resolveu parar de se intrometer na minha vida. Demorou, né? Mas acho que ela caiu na real. Quando eu terminei com Jungkook ela não fez nenhum comentário, e eu também não esperava isso dela. A gente mal se falava.

Enfim, voltando à RM. Fiquei fora por duas semanas e confiei nos meus funcionários, mas foi só eu voltar que eles viraram o mundo de cabeça para baixo.

Eles só tinham uma única função: Seguir o planejamento de marketing e arranjar modelos que traduzissem a imagem da RM para a coleção primavera-verão. Fácil, né? Eles só precisavam olhar portfolios, falar com agências e produtoras, fazer algumas entrevistas, e encontrar o garoto e a garota propaganda perfeitos para a nossa marca. Catorze dias para que quando eu voltasse ao escritório, encontrasse na minha mesa um foto e um contrato assinado.

Meus funcionários são competentes – pelo menos isso – e foi exatamente assim que aconteceu. Após minhas pequenas férias na Europa e um longo e cansativo voo, eu cheguei à minha escrivaninha e dei de cara com a foto de uma menina jovem, linda, com um sorriso cativante e cabelos castanhos, ao lado de uma folha contratual que eu assinei sem nem ler. Nunca lia os contratos, não por falta de interesse, mas porque eu sabia que se estava na minha mesa é porque pelo menos umas dez pessoas já deviam ter lido antes, e eu confio – ou pelo menos confiava – nos meus funcionários.

Ótimo, agora o garoto. Era muito bonito, alto, de porte atlético e rosto jovem. Na foto ele estava com os cabelos pretos – o que não me trazia muito boas lembranças – mas ele tinha aquele tipo de rosto suave que combinaria com qualquer diabo de cor que eu resolvesse mandar pintar. Achei-o perfeito. Assinei o contrato.

Então eu me estiquei na minha poltrona, coloquei os pés em cima da escrivaninha e pensei que tudo estava magnificamente bem. Olha que ótimo, meus funcionários tinham feito tudo direitinho e nós estávamos dentro do prazo para começarmos os ensaios fotográficos da nova coleção. Perfeito.

Até a Dahyun aparecer.

Ela entrou feito um foguetinho no escritório, dando uns daqueles berros histéricos bem típicos dela. Senti meu estômago gelar ao finalmente conseguir entender que ela estava dizendo.

- Não assina, não assina, não assina, não assina! – Assim, bem rápido e enrolado.

Levantei num pulo da poltrona.

- Como assim “não assina”? Por que não? – Fiquei estático. Achei que era algo grave, ela estava com os olhos castanhos super arregalados e me deu até medo.

- A menina! Você assinou a menina?

- Ué? A bonitinha magricela de cabelos castanhos? Por que não assinaria com ela, Dahyun?

Dahyun levou as mãos a cabeça e soltou um suspiro resignado.

- Ela é nova idol. Vai debutar em breve – Ela respondeu num tom meio abatido, e eu fiquei sem entender nada.

Ué, melhor ainda – pensei. Modelos idols fazem bem mais sucesso.

- Isso é ótimo, eu pessoalmente pedi para darem preferencia aos idols. – Dei de ombros, ainda tentando decifrar onde a garota queria chegar. Ela estava parecendo uma maluca.

Tá, isso não é muito diferente do normal. Mas nesse dia ela estava parecendo mais maluca, e isso sempre me deixa preocupado.

- A empresa dela é nova. – Minha ex continuou, falando bem devagar agora. Ou ela falava depressa demais, ou parecia uma tartaruga.

Não que tartarugas falem, mas deu pra entender a metáfora.

- E... – Tentei apressá-la um pouco, já estava ansioso com aquele desespero todo. – Fala logo Dahyunie!

Dahyun bufou com a minha impaciência e fez uma careta. Depois ela puxou um monte de ar de uma vez só e disse a próxima frase num único sopro.

- A empresa de entretenimento se chama SUGA e eles estão lá embaixo te esperando para uma reunião com os produtores.

Ela falou super rápido e sem pontuação mesmo. Mas eu já estava acostumado e entendi tudo.

- Aigoo, tudo bem. Era só isso? – Respirei aliviado. Não entendi porque ela estava tão exaltada, mas às vezes não adiantava tentar ficar entendendo a Dahyun.

- Tem um detalhe, oppa. – Disse e parou. Fiquei encarando-a, esperando que ela me contasse logo o tal detalhe – Os ditos produtores que estão te aguardando na sala de reuniões são Min Yoongi e Jeon Jungkook.

Dahyun fechou os olhos e mordeu os lábios, numa expressão que denunciava que ela estava esperando que eu gritasse. Mas eu não consegui gritar, fiquei mudo. Demorei alguns segundos para enfim absorver o que ela tinha dito, até tomar consciência do fato que Jungkook estava me esperando no andar de baixo.

Jungkook era o agente da garota.

Caí sentado na poltrona, com a boca entreaberta e os olhos arregalados. A realização de que eu estava a apenas alguns minutos de reencontrar Jungkook fez minha pressão baixar e eu senti calafrios por todo o meu corpo. Fiquei meio zonzo, aéreo, sem saber o que fazer ou dizer.

Por que diabos eu assinei o maldito papel?

 

 


Notas Finais


Ahá! E aí, gostaram? Atualizei rapidinho e esse capitulo ficou até bem grandinho se comparado com os outros.
Maaas, ainda não teve aparição do biscoito. Ahhh T-T Desculpa!
Vão ter que esperar pelo próximo.

Tem uma coisinha, vai rolar um concurso de fanfics e eu vou precisar da ajudinha dos meus leitores-amores caso resolva participar. Estou pensando em escrever uma one-shot, mas não sei se faço taekook ou yoonmin. O que vocês acham? Tô com medo de fazer yoonmin e flopar hahaha!
Ah, os melhores comentários serão publicados também. Então se preparem para fazer um comentário bem maravilhoso e ajudar sua unnie/noona <3

Enfim, vou tentar não demorar na atualização!
Muito obrigada aos favoritos, comentários, leitores-fantasmas e todo o amor que vocês tem dado a Hipnosis apesar desses capítulos tristes! Saranghae.

Beijocas amoras,
~BtsNoona


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