História His DNA. - It's in his DNA.

It’s all about his kiss
Contaminates my lips
Our energy connects
It’s simple genetics
I’m the X to his Y
It’s the colour of his eyes
He can do no wrong
No, he don’t need to try
 

 – DNA; Little Mix.

Para mim, a vida tratava-se de ciência. Coisas que não comprovadas, não faziam o menor sentido e não havia a menor importância. Não para alguém como eu. Isso é claro, até ele me encontrar.  

James Buchanan Barnes. 

Definitivamente um alerta de perigo para toda a minha teoria sobre amor e suas comprovações cientificas. Bucky tinha uma forma peculiar de visão das coisas, e aquilo estava me afetando. 

Eu sabia que tudo aquilo eram simples hormônios. Adrenalina, dopamina, um pouco de ocitocina e vasopressina e pronto. Química pura.

Mas, eu não poderia me esquecer é claro, da noradrenalina. Ah sim, ela estava de uma forma deliciosamente assustadora, acabando com a minha pouca sanidade. Essa era a explicação em que eu insistia acreditar. 

O problema era, aquilo já não fazia sentido nenhum. 

Não quando eu estava perdidamente apaixonada. Não quando era tudo relacionando a forma sobrenatural em que me afetava quando os braços dele estavam em torno de mim. Aquilo jamais poderia ser uma explicação biológica. 

Talvez, tudo aquilo fosse uma questão de DNA. Não era comum. Sua linhagem era definitivamente diferente. 

Rolei na cama, irritada. 

Eu tinha o dia todo de folga do laboratório hoje. E mesmo assim, ao invés que assistir qualquer serie que me prendesse a atenção, em baixo dos meus cobertores, tudo que eu conseguia fazer, era pensar naqueles estupidamente maravilhosos olhos azuis. 

– Droga Bucky, seu estúpido. – Grunhi ao levantar da cama – Eu odeio você quebrando minha ciência. 

Caminhei preguiçosamente até a cozinha. Estava tarde, o céu já estava escuro, e mesmo assim em momento algum eu consegui me concentrar em algo produtivo para mim mesma. Eu não queria amor. Eu não queria estar apaixonada. Não queria ter que sentir as coisas inexplicáveis para as ciências exatas. 

A campainha tocou. 

– Ótimo. – Resmunguei seguindo desta vez até a porta. – Nem quando estou de folga eu tenho... – Acabei por interromper a mim mesma ao abrir a porta e encontrar aquelas íris azul que pareciam enxergar através da minha alma. 

– Oi. – Ele sorriu. 

Pernas bambas. 
 

Coração disparado.
 

Olhos fixos. 
 

Mãos suando. 

Ótimo, eu adoro não ter controle sobre meu próprio corpo.

– Bucky – Murmurei mais baixo do que esperava – O que faz aqui? – Perguntei. Talvez, as palavras tenham saído mais frias do que eu realmente queria, o que acabou por fazê-lo sorrir de canto, de forma incrivelmente hipnotizante.
Eu não deveria dar essa atenção. Algo parecia me dizer por dentro, que para ele, eu era um desafio e apenas isso. 

– Eu queria falar com você. Eu posso entrar?

Arqueei as sobrancelhas de forma analítica. Porque eu sentia que isso iria fugir do meu controle? Ele me encarou. Os belos olhos brilhando expectativa. E eu, grande fraca completamente absorta, acabei cedendo. 

– Tudo bem. 

O deixei entrar e fechei a porta. Segui para sala acompanhada por Bucky, e sentei no sofá o encarando. 

– E então? – Perguntei direta. 

– Adoro quando você fica irritadinha. – Ele riu, e minha vontade foi estapeá-lo – Você realmente acha que está intimidando alguém.

– E eu odeio quando me enrolam. Você realmente acha que eu vou ficar esperando você fazer alguma hora comigo. – Revirei os olhos. Ele deu de ombros, e sentou-se ao meu lado no sofá. – Porque você não vai direto ao ponto, Barnes? 

– Por que você não espera e me deixa falar sem ficar importunando? – Ele perguntou. O encarei ofendida. Ridiculamente estúpido, achava mesmo que eu era a incomoda aqui? – Fique calma, eu vou chegar ao ponto, pode ser paciente?

– Tá. – Resmunguei a contragosto. Ele sorriu convencido. 

Minha vontade, certamente era arrancar aquele sorrisinho perfeito daquele rosto adoravelmente bem esculpido. Eu odiava aquela aparência extremamente encantadora que ele tinha. 

– Você deveria parar de achar que seus sentimentos giram em torno da ciência. – Ele começou. Franzi sobrancelhas em entender onde ele queria chegar. – Você tem que parar com essa mania de querer colocar razão em tudo que você sente.  Pare de racionalizar as coisas. Sem complicações, sem motivos.  – Senti o coração bater mais forte quando sem nenhum aviso prévio ele se aproximou. Sorrateiramente. Como sempre fazia desde a primeira vez que eu o vi. – Desde o primeiro momento que eu vi, enfurnada naquele seu laboratório, parecendo querer se esconder do mundo, eu sabia que você seria de longe o desafio mais divertido que eu poderia sonhar enfrentar. – Ele sorriu – Você deveria me acompanhar no feito. Sentir apenas, sem questionar.

Pisquei um pouco surpresa quando os lábios dele foram prensados contra os meus subitamente. Corresponde-lo foi quase automático, como se meus comandos respondessem a ele. E antes mesmo que eu pudesse pensar em descrever todas as sensações que eu estava sentindo, minha mente nublou como da ultima vez em que seus lábios tocaram os meus. 
As mãos movimentavam-se e a aproximação era inevitável. Sim, eu realmente queria poder senti-lo em minhas veias, de todas as formas possíveis. E não, eu não poderia de forma alguma explicar qualquer sensação que ele me proporcionava. 

Afinal, era definitivo. Estava em seu DNA.