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História História 14 - INCÊNDIO - Capítulo 15 - PARCEIRO


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! o/

Espero que gostem do capítulo de hoje! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 15 - Capítulo 15 - PARCEIRO


No chão, a jovem Ruriko jazia com o peito aberto por um buraco de bala, de onde também, escorria boa parte do sangue que começava a inundar a sala do capitão.

Do outro lado da sala, Hitsugaya ainda se mantinha em cima do corpo feminino da amiga, enquanto sentia a lateral de seu tórax arder em uma intensa e repentina dor causada pelo tiro levado que, por sorte, fora de raspão. A garota, no entanto, embora ainda estando viva, parecia estar em um estado de intenso choque.

A respiração estava fraca e o olhar arregalado, opaco e fixo no rosto do amigo grisalho.

- Kurosaki! - Chamava o rapaz. - Kurosaki! Está bem? - Questionava. - Kurosaki!

Aos poucos, o olhar da garota retomava seu brilho enquanto a brigada era invadida por inúmeros oficiais de policial. Os passos se aproximando no andar térreo já podiam ser ouvidos.

- Es… tou… - Balbuciou, finalmente voltando à realidade.

A garota voltou sua cabeça um pouco para trás, logo sendo seguida pelo grisalho. Na porta, agora, apenas o buraco formado pela bala perdida restara. O pesadelo finalmente havia acabado.

Poucos instantes depois, a polícia finalmente invadiu a sala e, mais adiante, os caminhões de bombeiro retornaram a brigada após o falso alerta de incêndio. Hitsugaya recebeu os primeiros socorros, o corpo de Ruriko foi retirado e a morena passara o restante da tarde dando esclarecimentos e contando todos os detalhes para a polícia local.

Mais tarde, em seu apartamento, mais uma vez, Hitsugaya pôde ouvir o bater em sua porta. Ao que se podia concluir, estava recebendo mais uma visita. Provavelmente, esta seria a 14° ou a 15° visita do dia. Dentre essas, estavam policiais em busca de depoimentos, sua tenente, alguns bombeiros que trabalharam consigo no turno da noite anterior e alguns daqueles que trabalhavam no presente turno, além de alguns outros de outras brigadas nas cidades vizinhas, como os capitães Ukitake Juushirou - da 13° brigada - e Kyouraku Shusui - 8° brigada.

A notícia do ocorrido espalhara-se rapidamente. Tanto pela enorme concentração de policiais na 10° brigada, quanto pelo fato do criminoso morto ser a filha de um influente político.

O dia, definitivamente, estava agitado.

E, mais uma vez, o grisalho levantara-se de sua cama e fora até a porta. Já conformado com a agitação que formara-se em seu apartamento, recebia sua visita com o mesmo desinteresse que no restante do dia. No entanto, sua atitude mudou ao ver a jovem policial que o esperava na porta.

Karin retornara.

A garota olhou para o rapaz, em especial para a faixa enrolada em seu tórax,  em seguida, levantou se olhar novamente enquanto perguntava se poderia entrar para que pudessem conversar. A morena precisava dar algumas explicações.

Agora, encostada na bancada de divisão entre a cozinha e a sala de Hitsugaya, encarava o rapaz acomodado em meio a travesseiros no sofá enquanto pensava por onde começar sua história. O grisalho, no entanto, pareceu entender o que ocorria na cabeça da morena e se propôs a direcionar a conversa a ser iniciada.

- Quando foi para a boate, já sabia que a garota era o assassino. - Sugeriu ele.

Karin assentiu com a cabeça.

- Quando ela me convidou para a boate, eu já sabia quem era ela e que tudo se tratava de algum tipo de armadilha. Nunca esperei, realmente, que ela montasse todo aquele incêndio para me matar, apenas esperava algum tipo de plano enquanto estivéssemos sozinhas. - Admitiu a policial.

- E quem é Takao? - O grisalho questionou.

O nome do rapaz, já há um tempo, incomodava o grisalho e em sua mente se repetia várias e várias vezes. “Takao” parecia ser a raíz de todo o sofrimento pelo qual Karin passara.

Contudo, após perguntar, o capitão vislumbrou a feição da garota se tornar nostálgica e, ao mesmo tempo, melancólica.

- Takao era o meu parceiro e também o namorado de Ruriko. - Contou. - Ele era um policial como eu e, ano passado, passou a ser meu parceiro. Na época, Ruriko já era namorada dele e foi quando eu a conheci. Além de namorada dele, ela ainda era filha de um político muito influente na polícia, então, quase sempre estava transitando pelo departamento. - Lembrou ela. - Mas algo nela sempre me incomodou um pouco. No início, achei que fosse apenas algum tipo de ciúmes. Takao era meu parceiro e passava muito tempo comigo. E, assim, acabou se tornando o meu amigo mais próximo. Ele era um pouco sério e ria pouco, mas era uma pessoa boa. Contudo, era pouco corajoso. - Disse achando graça ao se lembrar.

O rapaz observou a morena. Karin parecia realmente sentir falta do parceiro.

- Pouco corajoso? - Repetiu o capitão em questionamento.

- Praticamente um covarde. - Admitiu ela, conformada. - Takao não gostava de se envolver em situações perigosas. Na verdade, não conseguia. Ele tinha boa mira para alvos à longa distância ou em movimento, mas ficava tenso demais para acertar qualquer coisa se estivesse de frente para o inimigo ou sob pressão. Uma negação como policial se olhar por esse lado. - Hitsugaya não pôde deixar de concordar com a morena. - Contudo, ele gostava do trabalho do escritório. Não se importava em ficar horas e horas sentado numa cadeira enquanto lia e redigia centenas de relatórios. Enquanto eu, por outro lado, não suporto ficar muito tempo no escritório. Me incomodava a possibilidade de que os criminosos estejam agindo enquanto estou sentada. Assim, quando nos tornamos parceiros, nossos trabalhos se completaram. Eu ficava com o combate diretos e as infiltrações, enquanto Takao cuidava de fazer os relatórios e toda a parte burocrática, além de me dar cobertura. - Contou ela.

O grisalho olhou cético para a garota.

- Muito heróico da parte dele. - Comentou o rapaz.

Karin deu de ombros.

- Não era questão de heroísmo, apenas situações. Eu ficava com a parte que me interessava e ele ficava com a parte que interessava a ele. Takao, apesar de não ter muita coragem para combates diretos, possuía determinação. Assim como você, ele tinha o mesmo motivo para querer se tornar um policial. Queria fazer o mesmo que o cara que um dia salvou a família dele. - A garota deu um sorriso nostálgico. O parceiro sempre adquiria um brilho em seu olhar ao contar o motivo de sua escolha. - E, mesmo medroso, já me salvou algumas vezes. Parecia que ganhava coragem desde que o alvo não fosse ele. Era estranho, mas acontecia. E, lógico, depois do sufoco que passava, ele tentava gritar comigo e me dar uma espécie de sermão, mas desistia pouco tempo depois se conformando com minha forma de agir. Acho que não conseguia lidar bem comigo.

    O capitão fez uma pequena pausa antes de continuar a perguntar. Entendia bem o que a garota contava.

- E então, quando a garota passou a te perseguir? - Perguntou ele.

A morena fez uma pequena pausa antes de responder. Parecia estar um tanto triste em se lembrar da época.

- Pouco depois de Takao morrer. - A voz saiu um pouco seca. - Antes de tudo acontecer, ele havia começado a ficar um pouco estranho. Não olhava direito para mim e parecia estar sempre sério demais. Algumas vezes, com um pouco de insistência minha, ele conversava mais relaxado como antes, mas se a Ruriko chegasse, ele se tornava sério novamente. Parecia estar com problemas com algo, mas ela parecia ignorar totalmente o fato e agia como se nada tivesse acontecido. Eu estranhei isso e um tempo depois o fiz contar o que acontecia. Ele me disse que estava interessado em outra pessoa, mas que não falaria ou faria nada antes de terminar com a namorada. Na minha opinião, era o certo a se fazer, então não vi qual era o problema. Mas foi então que ele me disse que Ruriko era um pouco diferente do que se mostrava. Ela ignorava se ele tentasse começar alguma conversa a respeito do assunto e tentava fazer com que ele seguisse suas vontades, além de tentar se impor no trabalho dele. Depois disso, passou um tempo e ele parecia ficar cada vez mais tenso. Havíamos acabado de terminar uma missão e chamei ele para ir em um barzinho perto do departamento. Fazíamos isso sempre que saíamos vivos de alguma situação difícil no trabalho. Eu esperei ele como sempre, mas ele não apareceu. Enquanto esperava, meu celular tocou em uma chamada com número oculto e, quando atendi, uma voz eletrônica me disse que Takao não iria aparecer. - O cenho da garota se franziu, assim como a boca.

Um sentimento ruim inundava seu peito.

- Takao foi encontrado morto na própria casa e com um tiro na cabeça. O tiro veio, teoricamente, da arma dele e estava sozinho no apartamento. Ninguém viu ou ouviu qualquer coisa, incluindo o próprio tiro. A investigação não deu em nada e o caso foi arquivado como suicídio. - Informou Karin em óbvia revolta. - Mas eu conhecia o Takao, ele estava um pouco tenso, mas era só por causa do namoro. Não tinha qualquer tendência psicológica para suicídio. Eu o conhecia. Nós tínhamos acabado de sair de um caso difícil, quase morremos, mas lutamos para sair vivos. Ele não tinha porquê lutar para fugir se quisesse mesmo morrer. Takao era covarde demais para se colocar em perigo por nada, quanto mais para tirar a própria vida. Nós conversamos sobre nossos planos. Eu lhe disse que pretendia pedir a transferência para Karakura em breve e ele me falou dos planos dele para a próxima folga. Queria falar com a garota que se interessou e iria, finalmente, por fim no relacionamento com Ruriko. Iria pegar sua folga da semana para resolver tudo isso e viajar para relaxar. Mas no fim, morreu antes. Foi assassinado… E só eu sabia disso. - Contou ela.

Hitsugaya, por sua vez, observava quieto a garota e escutava com cautela cada palavra.

A policial suspirou profundamente para retomar sua calma e continuar seu relato. Mais tranquila, prosseguiu.

- Embora o caso tivesse sido arquivado, não consegui deixar por isso mesmo e iniciei minha própria investigação. No início foi difícil, não achava quase nada que me desse qualquer direção sobre para onde ir, mas depois as coisas começaram a andar. Por sorte, depois de mais um dia em que não havia achado nada, decidi ir até o apartamento dele mais uma vez para tentar achar algo lá. - A jovem fez uma breve pausa.

As lembranças, embora já passado considerável tempo, permaneciam tão recentes quando produzidas.

- O apartamento já estava limpo, mas eu queria ter certeza de que realmente não havia forma de qualquer um sair de lá sem ser visto e, neste dia, por acaso, o dono do edifício estava lá. Falei com ele brevemente e ele lamentou a morte do meu amigo, mas comentou algo que achei interessante. Disse que a namorada de Takao havia entregado, no mesmo dia, as cópias dela das chaves do apartamento. Mas ela não morava lá e, em seu depoimento, disse não ter ido lá antes da morte dele, mas o dono esteve de viagem todo esse tempo e, por isso, também não foi  chamado para depor, apenas sua mulher, que é meio surda e um pouco esquecida. Ele viajou horas antes de voltarmos da missão, quando Takao ainda estava vivo e comigo na missão, logo, não havendo como eles já terem conversado e se separado. Além disso, todos os outros depoimentos diziam não ter visto qualquer um entrar no apartamento, mas não vi qualquer coisa sobre sair. Ruriko ainda me visitava sempre no departamento, sempre estava perto de mim. - Contou. - E isso se intensificou depois da morte dele, embora a primeira impressão que tive dela também não me abandonou. - A garota admitiu amargurada.

O passado logo avisava sobre o futuro incerto.


Notas Finais


Quero agradacer a todos que estão sempre lendo, comentando e favoritando as minhas fics!
O apoio de vocês é muito importante para mim! Obrigada *-*

Espero que tenha gostado! =D

Até o próximo capítulo! o/

Kissus s2


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