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História História 14 - INCÊNDIO - Capítulo 4 - FATOS


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! \o/

Pois bem, hoje é o meu ultimo dia aqui no meu estado e, como já avisado antes, ainda não tenho internet já garantida no RS, logo, não tenho como saber quando vou poder postar aqui no Spirit novamente. Visto isso, decidi adiantar mais um capítulo de "INCÊNDIO" para vocês! =D

Espero que gostem! *-*

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 4 - Capítulo 4 - FATOS


Embora seu repentino desmaio, Karin não demorou muito para recobrar sua consciência, acordando poucos minutos depois de começar a receber oxigênio em uma das ambulâncias ainda disponíveis no local do incidente.

Assim que a garota desabou sobre si, Hitsugaya imediatamente cuidou de levantar-se e levar a antiga amiga para receber atendimento. Embora viva, a morena se encontrava bastante debilitada por conta da fumaça que inalara e do tempo que ficara sem respirar.

Deitando-a na maca, a equipe de socorristas cuidava de examiná-la e efetuar os primeiros-socorros, enquanto o grisalho, sentado em um dos lugares do banco da ambulância, segurava em suas mãos a arma que a pouco fora lhe apontada. E, trocando seu ponto de foco entre o objeto e a garota, tentava imaginar o porquê dela possuir um dispositivo como aquele consigo.

A chuva tratara de lavar quase toda poeira e fuligem de seus corpos. Karin estava mais pálida e com arranhões e pequenos cortes pelo corpo, contudo, essas eram as principais diferenças que restaram em comparação com suas lembranças. O cabelo negro estava na mesma altura de quando ainda era uma adolescente e o corpo, obviamente, havia crescido como algo natural para todo ser humano.

Já era ela uma mulher adulta.

Brincos pequenos e um fino e delicado cordão no pescoço era o que possuía como adornos.

O estilo discreto de sempre.

Também não havia aliança ou qualquer outro anel nos dedos, bem como marca destes.

Não estava casada.

Das roupas, a diferença se via apenas no uso do vestido e dos saltos. A morena não costumava gostar muito desse tipo de vestuário, alegando sempre dificultar sua locomoção.

A garota já era adulta, podia ter mudado sua opinião ou, no mínimo, aprendera a suportar ter que usar tal vestimenta quando necessário.

No entanto, era algo que agora lhe caía bem.

A casa de shows também não seria o tipo de lugar que a garota das suas memórias frequentasse. Um local fechado, com um alto número de pessoas concentradas em um mesmo espaço e com barulho excessivo.

Este não era um lugar que ela frequentaria mesmo depois de anos, mas fora de um desses - em chamas - que ele acabava de retirá-la.

Ainda assim, nada que pudesse pensar explicava sua dúvida mais vital: o porte de uma arma.

Suas memórias não coincidiam mais com a realidade.

Hitsugaya nada sabia sobre  a morena.

Em meio à seus devaneios, a jovem começava a dar sinais de recobrar a consciência. E, novamente, parecia procurar por algo no coldre vazio na altura da coxa.

A ação da jovem o aborreceu um pouco.

- Não precisará da arma agora, Kurosaki. - Anunciou ele.

A morena moveu a cabeça levemente para o lado, encontrando os olhos claros a lhe encarar com intensidade.

- Toushirou… - Reconheceu de imediato e, logo em seguida, analisou as roupas do rapaz.

A farda de bombeiro.

- Parece que não foi um sonho nem delírio. Está mesmo aqui. - Comentou ela se levantando.

- Por favor, continue deitada. Ainda não terminamos. - Pediu a socorrista.

- Não precisa continuar. Já estou bem. - Respondeu ela levando a mão à nuca dolorida.

- Deixe-a cuidar de você. Estava morta até alguns instantes atrás. - Aconselhou o capitão.

- Mas agora estou viva e bem. Para quem estava morta, me parece ser suficiente. - Disse ela.

- O sarcasmo e a teimosia, ao menos, parecem intactos. - Declarou Hitsugaya.

- Como eu disse, estou ótima. - Respondeu ela, ironicamente vitoriosa. A socorrista, por fim, se retirou. - E então, o que faz aqui?

- Se está falando da ambulância, estava apenas garantindo que não apontaria uma arma para mais alguém da minha equipe. - Respondeu ele com seriedade.

Karin pareceu pensar um pouco enquanto olhava o objeto nas mãos do amigo.

- Apontei ela para você… - Lembrou. - Foi mal por isso, eu ainda estava meio apagada. Achei que ainda estivesse no banheiro e não sabia quem era. - Contou.

Muitas perguntas surgiam para si, mas decidira por começar pela que mais lhe intrigava.

- O que faz com uma dessas? - Questionou o grisalho referindo-se à arma.

Karin olhou um tanto curiosa para o rapaz, mas respondeu mesmo assim.

- Bem, é o que um policial usa. O que esperava? - Devolveu ela.

O capitão pareceu surpreso com a resposta. Visto a confusão do amigo, Karin levantou ligeiramente o vestido até a altura das coxas, mostrando o distintivo preso no coldre vazio ao lado de um outro pequeno compartimento de couro preso na mesma faixa que circundava sua perna.

- Pelo visto, meu irmão não te contou. - Analisou ela. - Que seja… Não é como se ele gostasse da ideia também. Pode me devolver? - Referiu-se ao armamento.

O grisalho entregou-o de volta, embora ainda não gostasse da ideia de vê-la armada.

- Não lembro de vestidos e saltos serem a farda dos oficiais de polícia da cidade vizinha. - Comentou ele.

Karin sorriu achando graça do comentário.

- Se fossem, teria que pedir transferência. - Respondeu. - Não estava aqui a trabalho. Estou de folga.

- E continua armada... - Apontou ele.

- Eu estou de folga, mas não posso dizer o mesmo dos criminosos da cidade. - Disse ela. - Carrego ela por precaução.

Um breve silêncio se formou, ao menos assim foi até Matsumoto aparecer na entrada traseira do veículo.

- Karin-chan! - Exclamou a ruiva a quase sufocar a morena em seu abraço. - Ai, que sufoco você nos fez passar! Quase morri do coração quando a Ruri-chan disse que você ainda estava lá dentro.

A garota, já conhecendo bem a forma um tanto exagerada da tenente demonstrar seu amor, conseguira se soltar sozinha do abraço de urso.

- Bom te ver também, Rangiku-san. Parece ótima como sempre. - Comentou ela com um sorriso satisfeito. - Encontrou a Ruri-chan? Aonde ela está?

- Está na outra ambulância. Estava recebendo os primeiros socorros agora. Apenas alguns cortes nas mãos e arranhões pelo corpo, além de um pequeno ferimento na parte de trás da cabeça, mas ela está bem. Ainda assim, foi uma experiência um pouco forte para ela. - Contou. - Tadinha, estava tão desesperada quando a encontramos. Quando ela disse seu nome e que você havia desaparecido atrás dela, meu coração quase parou.

A morena deu um riso fraco.

- Parece que acabei preocupando vocês. Desculpe e obrigada. - A morena levantou. - Tenho que dar uma olhada nela e falar com alguns policiais. Toushirou, podemos conversar depois?

O rapaz estranhou o pedido, mas assentiu.

- Nos vemos depois, então. - Despediu-se ela e, ainda um pouco debilitada, direcionou-se para as portas.

Hitsugaya obviamente já havia notado o  estado de exaustão da morena, mas ainda assim ela insistia em se esforçar.

- Matsumoto, acompanhe-a.- Ordenou. - Ela mal se aguenta em pé.

E a ruiva, percebendo o mesmo, prontamente o obedeceu.

Hitsugaya ainda não entendia o porquê, mas algo em Karin o incomodou.

Matsumoto, seguindo ao lado da morena, viu a jovem loira, se debulhar em lágrimas em um abraço apertado com a amiga recém resgatada das chamas. E, pouco tempo depois, permaneceu como companhia para Ruriko enquanto Karin se reunia em um breve relatório junto à polícia local. Por fim, lembrando-se das palavras finais trocadas entre seu capitão e a antiga amiga, convidou-as para seguir para a brigada juntamente com a equipe que retornava após concluir seu trabalho no local.

A morena, no entanto, tentou convencer a amiga para ir para casa descansar, porém esta parecia estar bastante animada em conhecer a sede da 10° brigada de incêndio e insistiu em continuar mais um pouco com ela. E assim, Karin, Ruri, Matsumoto e Hitsugaya acabaram por viajar no mesmo veículo, contudo, os dois não trocaram uma só palavra. Um clima estranho se instalou entre os amigos, em especial, por parte da morena. A jovem evitava dar respostas longas e resumia tudo à um curto sorriso comercial. Mesmo a ruiva percebia tal comportamento e, não sabendo a exata causa, preferia não forçar uma maior interação com a mais jovem.

Já na brigada, na recepção que antecedia a sala de Hitsugaya, a tenente ofereceu um pouco de café para as duas jovens sentadas à mesa da bombeira e  enroladas em grossas e felpudas toalhas como tentativa de vencer o frio. As roupas encharcadas seriam um problema se usadas por muito tempo.

- A noite foi horrível! Devem estar exaustas, tadinhas. - Comentou Matsumoto.

- Foi mesmo, mas não deve ser diferente para vocês que tiveram que trabalhar e se arriscar naquele incêndio. Vocês tem muita coragem. - Respondeu Ruri em um tom gentil.

A ruiva pôs-se orgulhosa com o elogio, enquanto Karin preferiu chamar um pouco da atenção da loira para si.

- Ruri-chan. Está cansada e a noite foi difícil. É melhor ir para a casa agora. - Aconselhou.

- Estou um pouco cansada sim, mas estou bem. Se alguém aqui tem que descansar, é você. Está cansada, ferida e ainda teve que enfrentar aqueles bandidos… - Comentou preocupada. - Sua cabeça ainda deve estar doendo. Por que não vem comigo? Eu te espero.

A garota fez uma pausa diminuta e sorriu minimamente, mas meneou negativamente.

- Fique tranquila, estou ótima. - Respondeu ela. - O que tenho que falar com eles é procedimento padrão e pode demorar bastante. Quando terminar aqui, vou para um hotel. Já tenho tudo acertado. Quer que eu ligue para sua casa? - Questionou.

A loira recusou.

- Não, não precisa. Eu pego um táxi e chegarei rapidamente. Temos uma casa aqui também. - Respondeu agradecida pela preocupação.

- Tudo bem, então. Rangiku-san, pode ajudá-la a conseguir um táxi? - Pediu.

- Claro que sim, Karin-chan. Se é sua amiga, é nossa amiga também. Vou chamar um que eu conheço agora mesmo. - Disse a ruiva.

A morena agradeceu e, logo em seguida, a jovem se despedia de todos e agradecia mais uma vez pelos serviços prestados pela brigada naquela noite.

À sós após a saída da loira, Karin chamou Hitsugaya para conversar em particular na sala dele.

A garota tinha um importante pedido para fazer.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Da próxima vez que nos falarmos, muito provavelmente, estarei há 26h de distância ~ de carro ~ do Espirito Santo \o/

Até lá! =D

Kissus s2


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