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História História 14 - INCÊNDIO - Capítulo 6 - SEMELHANÇA


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! o/

Tudo bem com vocês? =D

Bem, creio que a maioria aqui já me conheça das minhas outras fics #HitsuKarin. Então, já devem saber que eu vou sempre adiantando os capítulos que eu já tenho prontos e que não consigo me segurar nisso kkkk

Pois bem, sendo assim, aí vai mais um de #INCÊNDIO \o/

Espero que gostem! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 6 - Capítulo 6 - SEMELHANÇA


Como a própria ruiva havia descrito, o apartamento realmente era extremamente perto, bastando apenas sair da brigada e entrar no primeiro prédio à esquerda.

O edifício de 4 andares não possuía uma fachada luxuosa ou qualquer tipo de requinte, possuindo apenas uma fachada neutra de cor branca e com uma pequena vegetação paisagística - que em muito se assemelhava à um pequeno jardim - muito bem cuidada.

Subindo apenas um lance de escadas, as duas mulheres caminharam por um espaçoso corredor até finalmente chegar frente à uma porta de madeira maciça e branca com a plaquinha “13” indicando o número do apartamento. Como prometido, a morena realmente havia chegado ao seu destino em muito menos que 5 minutos.

Com o chaveiro em mãos, escolheu a chave que o grisalho havia lhe indicado ao entregar o objeto e, finalmente, abriu a porta.

Karin e Matsumoto adentraram o escuro e silencioso ambiente. Um leve perfume mentílico exalava no ar, o mesmo usado pelo rapaz.

A luz finalmente foi acesa e as duas, um tanto maravilhadas, observaram a extrema limpeza e organização do lugar.

Embora o ambiente não tivesse mais do que as paredes de divisão entre o banheiro e o restante do apartamento de cômodos integrados, todos os espaços eram facilmente identificados. Nada se via fora do lugar, nada estava sujo ou jogado. As paredes continuavam tão brancas como a neve; a mobília em madeira também possuía a mesma cor e limpeza, enquanto os tecidos, em contraste, possuíam apenas um tom mais escuro na cor cinza. Contudo, tudo se via impecável de igual forma.

Hitsugaya, sem dúvidas, era um homem extremamente organizado.

Ao lado da porta, um aparador em madeira branca permanecia debaixo de um largo espelho pendurado.

Do outro lado, encontrava-se o painel da televisão. Um tapete quase negro cobria o chão até encontrar um confortável sofá de canto cinza, do qual também se avizinhava uma pequena mesinha com algumas poucas leituras em seus compartimentos baixos e um abajur clássico em cima. Logo atrás do sofá, um pequeno corredor era formado entre o móvel e a cama de casal, completando o quarto de decoração simples, porém elegante. Á direita, um imenso guarda-roupa preenchia a parede, atrás da cama, longas cortinas cinzas desciam do teto ao chão e a esquerda, um pequeno criado-mudo determinava também o tamanho do corredor de passagem entre a cama e a parede, dando acesso para a porta do banheiro e a entrada da cozinha, sendo esta determinada pela abertura entre a parede e a bancada de divisão com a sala.

Para perceber o forte senso de organização do rapaz, bastava apenas vislumbrar sua própria casa durante poucos segundos.

Embora seu breve momento de surpresa, era algo que ela podia esperar do rapaz. Hitsugaya, mesmo quando adolescente, sempre mostrava-se responsável e organizado.

A essência metódica de um capitão nato.

A  porta finalmente foi fechada após o breve momento de contemplação do apartamento. Karin estava cansada, precisava de um banho e de algumas boas horas de sono.

Enquanto ia banhar-se, Matsumoto cuidou de procurar no armário do superior qualquer coisa que servisse para a jovem. A garota estava aos farrapos e precisava de uma muda de roupas limpas e algumas toalhas e, mesmo não possuindo qualquer vestimenta feminina no apartamento, não demorou muito à serem conseguidas pela ruiva. Uma das muitas camisas pretas do armário e algumas das brancas toalhas do capitão foram surrupiadas das coisas do rapaz e quando perguntado pela mais jovem, a tenente fez questão de deixar claro que ele com toda certeza não se importaria de emprestar a roupas para a garota que acolhera em seu próprio apartamento.

Durante seu breve e muito desejado banho, a morena respirava aliviada em saber que poderia descansar ao menos um pouco. Seu corpo estava dolorido e possuía vários arranhões, a cabeça doía, seja pela pancada recebida ou por toda a situação pela qual passara na boate e, por fim, ainda havia respirado muita fumaça e poeira no incêndio. Karin nunca desejou tanto algumas poucas horas de descanso.

Ao sair do banho, Matsumoto lhe ajudava com o tratamento dos arranhões e dos outros ferimentos, enquanto também aproveitava para sanar sua curiosidade sobre o caso da boate. A policial, não vendo qualquer problema, respondeu a ruiva, de forma resumida, mas lhe contando o que se passara na casa de show desde o momento em que lá chegara.

Em meio as suas explicações, a tenente se horrorizava com os inúmeros perigos passados pela mais jovem naquela noite. Ela, por sua vez, tentava  amenizar as preocupações dizendo estar acostumada com esse tipo de situação.

Todo o tratamento não demorou muito tempo. Karin finalmente poderia deitar na cama de casal e esquecer todos os seus problemas, ao menos, durante aquela curta noite de descanso que lhe restara.

Contudo, a garota deu uma última olhada no ambiente antes de adormecer. Algo no local incitara a curiosidade da jovem policial. A mesma paisagem que lhe impressionara no primeiro momento, agora lhe incomodava a paz.

Tudo era organizado demais, quase solitário.

- Rangiku-san, o Toushirou sempre fica em casa quando não está trabalhando? - Questionou Karin.

A ruiva achou a pergunta um tanto curiosa, mas respondeu.

- Na verdade, sim. Por quê? - Devolveu ela curiosa.

A garota olhou mais uma vez todo o apartamento.

- Não parece que alguém realmente mora aqui. Me dá a impressão de vazio. - Respondeu ela um tanto consternada.

Os lábios da ruiva se abriram em uma exclamação muda. A jovem, como sempre, tinha uma ótima percepção.

- O taichou é jovem, mas tudo que faz é trabalhar. Não parece se apegar a nada, nem ninguém. Vive sozinho aqui... Acho que talvez ele acabe passando esse desapego para sua própria casa. - Disse a mulher, no entanto, logo sua feição se tornara extremamente amável. - Embora não ache que mais alguém além de você conseguisse perceber isso só em olhar o apartamento por alguns instantes.

A morena deu de ombros, não se dando o trabalho de responder o comentário. Preferia se manter calada quanto ao assunto. Matsumoto, entretanto, também não tentou continuar o assunto. Preferia deixar que a mais jovem descansasse.

Contudo, ao dar as costas em menção a ir-se embora, Karin lhe chamara uma última vez.

- Rangiku-san, - Chamou a mais jovem, pensativa. A ruiva logo lhe deu atenção. - O que aconteceu com a Momo?

A pergunta pegou a mulher de surpresa. Matsumoto não esperava uma pergunta tão direta sobre o assunto.

- Bem, algumas coisas aconteceram… - A ruiva parecia pensar em como explicar de forma simples. - O taichou não amava ela de verdade, apenas confundiu o amor fraterno com a paixão. Com a Hinamori-chan não foi diferente. Ela já amava outro e tentou esquecê-lo com o taichou. Não deu certo. Além disso, ela sempre se preocupava demais com o trabalho dele e por causa disso eles discutiam bastante. Acho que os dois entenderam que, no fim, nunca foram compatíveis. - Contou ela.

A garota processou a resposta durante um breve momento e pareceu entender de imediato a situação. Com isso, foi a vez da ruiva lhe fazer uma breve última pergunta, sendo esta logo respondida pela policial.

Karin parecia extremamente cansada e, estando Matsumoto ciente disso, decidiu se dar por satisfeita com a única pergunta. A garota precisava descansar.

A tenente, então, se despediu e a morena, exaurida de suas forças, finalmente adormecia, envolta pela maciez dos travesseiros e lençòis, em um sono profundo e necessário.

Ao menos, a difícil noite que passara finalmente terminara para si.

Enquanto Matsumoto não retornava de sua missão em ajudar Karin a se acomodar no apartamento, o capitão permanecia em seu escritório à pensar sobre tudo que acontecera durante a noite que se iniciara e isso incluía, é claro, a aparição da morena na cidade natal, bem como o mistério que a rondava.

Karin escondia algo.

Talvez algo sobre o que ocorreu durante o incêndio ou antes dele. Talvez algo meramente relacionado à si mesma, mas era certo de que algo estava errado. O incômodo que Hitsugaya sentira era algo recente. Embora algum tempo tivesse passado desde a última vez em que se viram, não havia outra explicação para o que sentira.

Conhecendo-a bem, Karin nunca fora alguém que falava muito sobre si. Diferente de quando se tratava de esporte, a garota nunca falou qualquer coisa sobre si. Nunca falou sobre seus medos, suas tristezas, seus problemas. Silenciosa e gentil, a morena apenas observava as pessoas que amava tentando não incomodá-los consigo.

Ajudar sem pedir nada em troca.

O som de batidas na porta finalmente despertaram Hitsugaya de seus devaneios. A longa noite em que se encontrava parecia ter se tornado em um estopim para que a mente do grisalho se afundasse em dúvidas, todavia, Matsumoto agora retornara e, quem sabe assim, poderia obter ao menos algumas das muitas respostas que buscava.

    A ruiva logo entrou na sala após o rapaz lhe dar permissão para entrar, contudo, esta apenas se sentou frente à mesa do superior e, parecendo estar distraída em seus pensamentos, olhava continuamente para o nada.

    O homem observou a tenente em seu estado meditativo durante alguns instantes. Ainda não sabia o porquê de tudo aquilo, mas preferiu esperar que a mulher finalmente se pronunciasse. E, Não demorando muito, a ruiva finalmente pousou seu olhar sobre o superior como se o analisasse brevemente, finalmente expressando sua dúvida ao final de sua conclusão mental.

- Taichou, - Iniciou ela. - está solteiro há bastante tempo já, não é? - Questionou subitamente.

O capitão se surpreendeu com a repentina pergunta, além de se aborrecer imediatamente com ela. De todas as possíveis conversas que poderia ter com a ruiva, sua vida amorosa não era uma opção cogitada por ele.

- Que tipo de pergunta é essa agora? - Retorquiu ele irritado. - Não estou interessado em falar da minha vida pessoal, Matsumoto.

A mulher, no entanto, pareceu continuar um pouco distraída.

- Não é esse o ponto… - Disse, deixando o rapaz confuso com suas palavras. - Sei que seu namoro não durou muito tempo, - Uma veia começou a saltar na cabeça de Hitsugaya. - mas, você nunca sentiu medo? - Concluiu a frase deixando o superior novamente confuso.

- Do que está falando, Matsumoto? - Questionou por fim.

A tenente suspirou pesado.

- Estou perguntando se nunca sentiu medo de entrar nas chamas e não retornar… Não por você, mas por quem ficou te esperando do lado de fora. - Explicou. Os olhos azuis da mulher pareciam realmente esperar uma resposta sincera.

- Nunca pensei nisso, para ser honesto. - Respondeu o grisalho. - Salvar vidas é o meu trabalho e não penso em outra coisa além de conseguir executá-lo quando estou trabalhando.

Ela, por sua vez, pareceu já esperar por aquela resposta.

- Entendo… Vocês são parecidos… - Comentou. E, vendo o grisalho lhe olhar à espera de alguma explicação, acrescentou: - Karin-chan me contou o que aconteceu na boate. Ela passou por uma situação muito perigosa lá, mas não pareceu se importar muito com o que pudesse acontecer depois. Por isso, fiz uma pergunta parecida para ela e a resposta foi praticamente a mesma que a sua… “Estava fazendo o meu trabalho...”. - Contou.

Ouvir que a morena havia dado a mesma resposta que ele não o agradou muito. Eram seres diferentes e viveram de maneiras diferentes. Ele era apenas um bombeiro que viveu sua vida praticamente toda em uma brigada de incêndio. Era tudo o que sabia fazer e decidira fazer. Vivia sozinho e não possuía qualquer família. Karin, entretanto, possuía uma irmã gêmea fraterna dedicada e preocupada, um pai idiota e babão e um irmão amoroso e protetor. Ela deveria se importar. Precisava se importar.

- O que realmente aconteceu naquele lugar? - Inquiriu o bombeiro.

Matsumoto suspirou cansada. A história era longa e sua intuição já lhe dizia que Hitsugaya não gostaria do que ouviria, mas decidiu contar mesmo assim.

- Vou contar exatamente como ela me contou...


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo! o/

Kissus s2


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