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História História 14 - INCÊNDIO - Capítulo 7 - INCÊNDIO


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! =D

Mais um capítulo! \o/

Espero que gostem! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 7 - Capítulo 7 - INCÊNDIO


Embora estivesse de folga, a jovem usando um vestido azul de alças finas aborrecia-se com o lugar, com a música e com as pessoas.

Karin havia acabado de retornar para a sua cidade natal depois de um longo tempo longe e, agora, se encontrava em um barulhento salão de shows no pavimento subterrâneo de uma boate.

Querendo se tornar uma policial, a jovem deixou claro suas intenções para sua família e, em especial, o irmão e, sendo ele extremamente protetor, se opôs à decisão da morena. Contudo, após algum tempo de longas discussões, concordou com o fato da irmã mais nova se tornar uma policial, isto é, desde que esta estivesse na mesma cidade que ele, pois ao menos assim - acreditava ele -, haveria a possibilidade dele socorrê-la se a situação em seu trabalho se tornasse perigosa.

Agora, estando de folga, voltava à sua cidade natal com uma amiga e, que por acaso, também seria o motivo da morena estar em um lugar consideravelmente apertado, barulhento e que em nada lhe agradava.

O som alto da música se confundia com as vozes risonhas e um tanto irritantes - estas provindas dos bêbados visitantes da casa de shows - à se vangloriar de suas conquistas, reclamar de suas obrigações e galantear o sexo oposto sem qualquer intenção de compromisso real.

Um clima visivelmente desagradável à uma pessoa que não aguentava baderna sem sentido e com possuindo um forte senso de espaço próprio.

A falta de espaço incomodava à percepção da morena, o som irritava sua audição, o cheiro forte de bebida embrulhava seu estômago e o jogo de luzes com a máquina de fumaça afetavam sua visão.

Sua noite de folga estava péssima.

No entanto, para a acompanhante da policial, a noite se via perfeita. A jovem de pele branca e de longos cabelos loiros parecia se alegrar com o ambiente agitado, além de se divertir com os comentários galantes que recebia da população masculina da boate. Ela, Ruriko, esperava ansiosa por aquela noite já há algum tempo.

Karin não era o tipo de garota que se interessava por esse tipo de lugar e, exatamente por isso, a jovem gastara um bom tempo para convencer a amiga a lhe acompanhar no show. E, com argumento de que ela poderia ajudá-la a conhecer a cidade e tudo mais, a morena acabou por aceitar a proposta da loira.

Ruriko era uma jovem rica e filha única de um conhecido político do país. Sendo assim, sua visita a lugares públicos possuíam diversas restrições, incluindo entre elas, uma escolta armada. E a garota, muito facilmente, se aborrecia com a falta de privacidade que a exigência criava.

Todavia, nesta noite, ganhara uma permissão especial. O show ocorria na cidade natal de Karin e ela, lhe acompanhando e sendo uma policial eficiente como era, cumpria a exigência da escolta armada - mesmo a garota não sendo uma dos empregados do seu pai - e, sendo ela apenas uma amiga da própria jovem, também lhe resolvia a questão da privacidade.

Ruriko havia encontrado em Karin a parceira perfeita.

A morena, no entanto, não se via com a mesma sorte. Sua cabeça começava a rodar e seu estômago, já havia perdido as contas de quantas vezes embrulhara, tentava resistir ao repúdio ao cheiro do álcool.

A policial precisava se recompor.

A jovem avisou a sua acompanhante que precisava se afastar por um breve momento de todo aquele tumulto e, dessa forma, a informou que estaria no banheiro feminino pelo curto tempo que necessitaria para relaxar.

A amiga não se importou com o aviso e Karin logo se apressou em fugir de todo aquele inferno que lhe fazia doer a cabeça e embrulhar seu estômago.

E, por meio de passos rápidos e alguns encontrões com alguns jovens que não lhe davam passagem embora já tivesse pedido, finalmente chegara ao ambiente destino. O banheiro não se encontrava totalmente vazio ou silencioso como preferia, mas ao menos havia muito poucas garotas e o maior som provinha das mesmas criaturas.

O som alto do show na boate se tornara um baixo som ambiente e as gargalhadas das garotas lhe incomodavam bem menos do que todas aquelas vozes e gargalhadas das dezenas de jovens do salão principal.

Apesar de ainda barulhento, a policial poderia, com certeza, considerar aquilo como uma paz “condicional”.

Após alguns breves momentos de olhos fechados enquanto encostada em uma parede, a garota novamente observou o local.

Paredes e pisos brancos; alguns boxes em granito com sanitários; um enorme espelho na parede à esquerda; iluminação extremamente branca e o cheiro de desinfetante eram as informações que compunham o local.

Tudo parecia em perfeito estado, com exceção, é claro, das duas grandes básculas que serviam de ventilação para o ambiente. Estas se encontravam levemente danificadas com uma pequena parte do vidro de isolamento trincado. Alguém, algum dia, muito provavelmente deixou qualquer coisa bater alí enquanto passava, visto que essas ficavam à altura da rua e, por isso, agora deixava um pouco da água da chuva escorrer pela parede.

Alguns pouco minutos se passaram e o incômodo da morena se amenizou. A cabeça lhe pesava menos e o estômago se aquietara.

Estava na hora de retornar.

Karin lavou seu rosto e olhou-se no espelho, ganhando coragem para prosseguir. Tinha que retornar ao salão.

Dando uma última olhada no espelho, conferiu seu reflexo, bem como também que sua arma, presa em sua perna, não marcava em seu vestido. Precisava mantê-la escondida para qualquer caso de necessidade.

Pronta, ela finalmente direcionou-se para a porta, mas ao abrí-la, ouviu um tumulto ainda maior do que a festa, começar.

Alguns gritos de horror ecoaram para dentro do banheiro, a música parou e um clima de tensão se instalou no ambiente.

Algo de estranho acontecia na boate.

Devagar, a policial abriu a porta de modo que pudesse sair sem fazer qualquer barulho e, silenciosa, percorreu todo o corredor até para ao lado do vão de acesso. De arma em punho, fez sinal para que alguns jovens - que também se escondiam no local - se afastassem e fizessem silêncio.

Precisava manter-se oculta enquanto analisava o que acontecia no estabelecimento.

Esgueirada  na porta, a morena verificou a situação. Três homens armados, fumantes e vestidos de preto, pediam silêncio e faziam exigências. Um deles estava de costas para o corredor de acesso aos sanitários e com um refém em seu poder, enquanto os outros dois, posicionavam-se frente às duas enormes portas duplas de saída.

Claramente, pretendiam impedir a fuga de qualquer um no local.

Karin rangeu os dentes, justamente Ruriko era a refém utilizada. Entre as exigências, estava o pedido de dinheiro e a presença do pai da garota para que esta fosse liberada juntamente com todas as outras pessoas. Contudo, este era um péssimo dia para pedir a presença do senador em questão.

O pai de Ruriko estava fora do país.

A loira continuava a chorar desesperada, tentar explicar que o pai não poderia aparecer e pedir por ajuda, mas de nada adiantava. Ninguém se movia ou tentava qualquer coisa.

A situação estava tensa e perigosa demais.

Karin, por sua vez, também não podia se mover. Havia muitas pessoas juntas que podiam ser atingidas, os bandidos estavam em maior número, além de distantes entre si. Por mais que atirasse em um, os outros dois poderiam facilmente transformar a boate em um mar de sangue.

A garota estava certa sobre a boate. O lugar realmente era incômodo para si...

Sem solução, a morena novamente escondeu sua arma, embora sem prendê-la no coldre. Estaria preparada para agir na primeira chance que tivesse.

Suspirando fundo, adentrou no ambiente tomado.

- Esperem! Esperem! - Pediu a morena em tom máximo de sua voz. De braços erguidos, a policial se preparava para negociar. - Ela está dizendo a verdade. O senador não está no país! Não vão conseguir trazê-lo aqui. - Declarou Karin.

O homem que mantinha a jovem como refém apontou a arma para a morena em ameaça.

- Mandei todo mundo ficar quieto! Quer morrer?! - Questionou ele, irritado.

- Eu entendi, fica calmo! Fica calmo! - Repetiu a garota. - Ela é minha amiga. Está comigo. O pai dela não está no país, não adianta mantê-la como refém. - Argumentou.

O homem pareceu não gostar do que ouvira.

- Eu disse para ficar quieta! - Gritou. - Ele tem que vir! A filha dele está comigo! - Exclamou o homem a balançar o revólver na direção de Karin.

- Mesmo que tentem, ele não vai vir. Ele está a mais de 13 horas de voo daqui. Pretendem nos manter aqui por mais de 13 horas? Até lá, a polícia já terá cercado o local. Deixem a garota e fujam enquanto podem! - Aconselhou ela tentando recuperar a jovem amiga.

- E como pensa que conseguiremos fugir? Vocês já nos viram! Todos vocês! Estávamos mortos desde o momento que entramos aqui! E, se vamos morrer, levaremos todos vocês juntos! - Declarou ele. - Acendam! - Ordenou o homem.

Karin se desesperou. Galões de gasolina foram jogados nas portas de acesso e os cigarros foram jogados sobre o líquido inflamável, que imediatamente queimou.

Os galões estavam escondidos pelo campo de visão estreitado com o excesso de pessoas no salão, além de seu odor escondido pelo forte cheiro de bebida no local. A policial não podia identificá-los.

Gritos de terror ecoaram no tumulto criado pelas chamas.

As únicas portas de acesso para fora do edifício estavam em chamas e três homens armados atentavam contra a vida das pessoas na boate.

O tempo de negociação, para Karin,  havia acabado.

A policial, por fim, gritou para que todos se abaixassem e, rapidamente, sacando sua arma, atirou na cabeça do homem que mantinha a amiga como refém, atirando, logo em seguida, nos outros dois que fizeram menção em sacar suas armas novamente.

Os três caíram ao chão enquanto as pessoas, em pânico, gritavam e se desesperavam com a situação vivida.

Três pessoas foram mortas e mais algumas dezenas os seguiriam se continuassem presos na casa de shows.

Os seguranças do lugar apressavam-se em pegar extintores e tentar apagar o fogo enquanto a população se desesperava.

O problema criado pelos criminosos, agora, se estendia a mais do que puro terror. As chamas aumentavam cada vez mais e, embora mortos, a ameaça criada por eles ainda existia.

Ruriko já havia sido liberada, mas sumiu em meio à multidão desesperada. A morena tentou veemente buscar pela garota, mas a movimentação constante de um grande número de pessoas naquele pequeno espaço não estava lhe proporcionando nenhum sucesso em sua busca.

Tentar procurar a amiga, alí, era praticamente inútil.

Karin possuía um problema maior no momento. Achá-la sem poder sair do ambiente em chamas em nada lhe acrescentava agora.

A policial precisava criar uma solução ou todos morreriam.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo! o/

Kissus s2


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