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História História 14 - INCÊNDIO - Capítulo 8 - FUGA


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! \o/

Desculpem a demora! Meus prazos estão apertados esse mês =/

Mas eu consegui! E ai vai mais um capítulo! \o/

Espero que gostem! =D

Enjoy, minna-san o/

Capítulo 8 - Capítulo 8 - FUGA


Novamente, a policial analisava sua situação.

A garota suspirou profundamente tentando se acalmar. Estava presa em um lugar fechado e em chamas com dezenas de pessoas em pânico. Pedir para se acalmarem sem ter uma solução não seria algo inteligente.

Era necessário pensar em uma saída.

As portas estavam trancadas e foram as primeiras a serem queimadas. Como combustível, fora usado gasolina, o que indicava que utilizar água estava totalmente fora de cogitação. Os seguranças tentavam apagar o fogo, mas o números de extintores não seriam suficientes e a policial já tinha consciência disso. Além do que já se vira, o lugar estava repleto com bebidas alcoólicas e equipamentos eletrônicos e, em pouco tempo, tudo aquilo se transformaria em perigosas bombas. Logo, apagar o fogo não era uma possibilidade viável.

Karin deveria priorizar a fuga.

A morena precisava analisar mais. Qualquer coisa que lhe servisse. Qualquer pista que lhe ajudasse a pensar em como sair era válida, mas em meio à tantas pessoas, seu campo de visão se estreitava cada vez mais.

A garota precisava subir. Um lugar alto talvez lhe desse visão para aquilo que ainda não vira.

Seu alvo foi logo encontrado e, em meio à uma difícil corrida entre tantas pessoas agitadas, a garota finalmente conseguiu chegar ao seu destino.

O palco do salão de shows.

Com imensa agilidade, os olhos da garota percorriam todo o lugar. Portas de acesso em chamas, paredes maciças, um pavimento subterrâneo e a falta de aberturas para que a fumaça se dissipasse…

A situação estava difícil.

Karin precisava retirar todas aquelas pessoas do local, mas não havia entradas ou saídas de ar disponíveis, com exceção do sistema de ventilação do local, e, que no momento, em nada lhe ajudava.

A culpa começava a pesar na mente da policial. Se ao menos tivesse esperado um pouco mais antes de ir para o banheiro, talvez pudesse ter percebido a gasolina, impedido que esta fosse queimada ou que os bandidos tentassem qualquer outra coisa. Mas a música alta, o excesso de pessoas e o cheiro forte de bebida lhe causavam tanta irritação…

E, em meio à sua própria culpa, como um raio a resposta lhe veio.

As janelas do banheiro feminino eram de vidro e possuíam uma ou outra trinca, o que automaticamente informava não serem blindados ou reforçados. Elas eram largas o suficiente para se assemelhar a uma porta na horizontal e podiam facilmente ser usadas como a solução de seus problemas.

A morena finalmente achara a saída.

Seu último desafio agora estaria em achar o microfone. As pessoas estavam em pânico e o único modo de entrar em contato direto com todos era aumentar o volume de sua voz o suficiente para chegar a todos os cômodos do estabelecimento. E, jogado em um canto qualquer, as orbes negras logo identificaram o objeto de desejo e, tão logo, a jovem o pegara em mãos.

- Atenção, pessoal! Atenção aqui! - Chamou a morena. - Sou uma policial e preciso que me escutem para tirar vocês daqui! - As palavras da garota, entretanto, pareciam não chegar aos jovens na boate. Sem tempo para tentar ser escutada por bem, a garota conseguiu o silêncio do seu modo mais rápido.

Karin atirou no teto. E, assim, todas as atenções se voltaram para ela.

- Vou dizer mais uma vez. Eu sou uma policial e vou tirar vocês daqui. Calem a boca e me escutem! - Pediu ela sem muita paciência. - Se direcionem ao banheiro feminino e quebrem as janelas para sair. Não entrem em pânico, mas tentem sair o mais rápido possível. Evitem ficar perto do bar ou qualquer outro componente altamente inflamável. Quem estiver inteiro e lúcido, ajude a direcionar os que não estiverem em  condições! É tudo! Vamos lá, pessoal! Vamos sair desse inferno! - Declarou ela largando o microfone enquanto todos se apressavam para o banheiro.

Apressada, direcionou-se as portas em chamas para falar com os seguranças que ainda tentavam amenizar as chamas.

- O aviso vale para vocês também. Não há extintores suficientes para apagar tudo isso. Ficar aqui é perigoso. Vão para o banheiro e ajudem a quebrar as janelas para sair. - Ordenou e, com a arma ainda em mãos, acrescentou: - Espero que não queiram discutir comigo. - Ameaçou.

Os seguranças, tendo consciência da pouca paciência que a jovem já demonstrara, não demoraram a soltar os extintores e se direcionarem ao banheiro.

O plano de fuga já estava em ação. As janelas foram quebradas e as portas arrancadas e utilizadas como rampas. As pessoas conseguiam sair sem muita dificuldade, mas o espaço era limitado, não conseguia comportar muitas pessoas ao mesmo tempo e, com isso, o esvaziar da boate demorara mais tempo do que deveria.

O tempo estava se esgotando rapidamente e Karin tinha total consciência disso.

As últimas vítimas, por fim, estavam saindo e ela seria a última delas. Era seu trabalho como a única oficial presente no local. Entre os seus deveres estava o de certificar-se de que todos já estivessem em segurança.

Faltavam apenas três pessoas saírem, mas uma jovem de cabelos ruivos parecia ter dificuldades em tentar passar pela passarela improvisada. O pé estava machucado e, visto a situação em que se encontrava, parecia ter entrado em desespero. Várias pessoas já haviam passado por si, mas também temendo por suas próprias vidas, ignoravam a presença da garota usando uma bota ortopédica e passavam por si como se nunca estivesse estado ali.

A policial logo se enojou. Humanos facilmente podiam mostrar uma face mesquinha desde que seu “eu” fosse ameaçado. O tempo era curto, era fato, mas ainda assim havia tempo para ajudar a jovem e assim todos saírem vivos.

Sem quem tomasse tal atitude para si, ela mesma decidiu por fazer e empurrando a garota porta acima com toda a força que podia, a ruiva logo estava fora do local em chamas. E, imediatamente, a oficial desceu novamente a passarela. Ao subir com a vítima, reparou na instabilidade na qual a porta se mantinha. Mais um passo e a folha se partiria em duas metades.

Ironicamente, assim que desceu, uma enorme placa de gesso desprendeu-se após uma pequena explosão no cômodo ao lado. O fogo parecia estar se aproximando da bebida no salão de shows. O prédio não iria durar muito tempo mais.

Com a explosão e a queda do gesso, os gritos de pânico voltaram ao local provindos das vítimas que ainda restavam, além de uma incômoda nuvem de poeira que subirá com o cair do gesso. A visão logo foi dificultada e Karin foi pega de surpresa pelas costas.

Em meio a poeira, a morena receberá uma forte pancada em sua nuca com um objeto pesado de metal que ouviu ser largado no chão logo após. Seu agressor pareceu não aguentar o peso de sua própria arma. Um grunhido de dor imediatamente escapou de seu lábios, no entanto, determinada a não se entregar embora a confusão criada pela agressão sofrida, manteve-se de pé enquanto tentava recuperar os sentidos afetados.

O criminoso, ao que lhe diz respeito, não conteve-se apenas com seu sucesso em pegar a policial de surpresa, iniciando um novo ataque assim que percebeu que seu alvo ainda não havia sucumbido. De imediato, os braços envolveram o pescoço da jovem em uma chave de braço, recebendo como resposta um empurrão com todo o peso e que força que ainda restava para a morena.

A falta de ar e a visão turva indicavam a jovem oficial que suas energias já haviam se exaurido em tentar se manter de pé após tão violenta pancada. Estava perdendo a consciência, contudo, ao menos tentaria tirar a deu seu agressor também. Se iria morrer, pelo menos levaria consigo aquele que tentará fazer mal à vida de tantas pessoas ao mesmo tempo. Com suas últimas forças, levou com seu próprio corpo o corpo de seu adversário para bater no vidro do espelho que existia na parede esquerda do banheiro feminino. Karin podia não enxergar graças à poeira e a perda natural de seus sentidos, mas sabia bem onde estava e o quanto faltava para chegar a parede atrás de si.

Logo sentiu o corpo atrás de si impactar no espelho e um grunhido de dor ecoou pelo banheiro. Os braços que o pescoço lhe circundava logo afrouxaram como resposta direta de seu ataque,m as ainda não fora o suficiente para que o derrubasse de vez. Entretanto, a policial já perdia a consciência e o corpo feminino escorregou até jazir no chão imundo do banheiro semi-destruído de uma boate qualquer.

E assim, o quarto criminoso fugiu e Karin morreria queimada no incêndio… Ao menos, assim seria se Hitsugaya não a tivesse salvo.

O grisalho suspirou pesado. A situação fora ainda pior do que havia imaginado.

- Então, ela estava mesmo escondendo algo… - Comentou o rapaz preocupado.

A tenente, no entanto, não entendeu as palavras do rapaz.

- Do que está falando, taichou? - Questionou ela, confusa.

- Desde que a encontrei, algo tem me incomodado. Ela está com um ar diferente. Não sabia bem o que era, mas achei que ela estivesse com algo de falso. - Lembrou. - Ela me disse que o 4° criminoso havia conseguido fugir e que eu deveria tomar cuidado, mas não disse muito mais do que isso. Achei estranho, mas agora entendi. O problema não é apenas o fugitivo, é o que ele é capaz. Sua história conta que ela desmaiou abaixo do espelho, à esquerda, mas eu a encontrei soterrada com entulho à direita. O criminoso, de fato, fugiu, mas antes disso quis se certificar de que a Kurosaki não fosse encontrada. Ela disse que não viu quem era, mas provavelmente não foi o que ele achou. - Analisou o capitão.

A ruiva pôs-se horrorizada com a revelação do rapaz. Karin, claramente, havia passado por bem mais do que se deixava aparentar.

- Karin-chan… - Murmurou preocupada. - E pensar que ela passou por tudo isso e ainda consegue agir como se nada tivesse acontecido… Eu não percebi nada. Achei que estava apenas cansada por causa do  incêndio e tudo mais… - Comentou.

A feição do superior claramente se mostrava preocupada. Hitsugaya se perguntava se isso era tudo o que a garota escondia. Ela estava em seu apartamento. Ninguém sabia de sua relação com ela, muito menos aonde ela estava. Por ora, a morena estaria segura e ele precisava manter isso.

Karin não deveria sair sozinha até que tivesse certeza de sua segurança. Ele a protegeria.

- Ainda acho que ela está escondendo algo mais. - Comentou o capitão, pensativo.

- O que mais ela poderia esconder? - Questionou a mulher preocupada.

Hitsugaya passou a mão pelos grisalhos fios e bufou.

- Não sei ainda, mas ela está. Ela sempre esconde qualquer coisa que possa preocupar os outros. Se tiver algo ainda, ela vai esconder. - Declarou o bombeiro com certeza de suas palavras. - Não acho adequado deixá-la ir a qualquer lugar antes de ter certeza que não corre perigo algum.

A preocupação do grisalho intrigou a mulher.

- Eu entendo que a Karin-chan seja um pouco preocupada demais, mas não acha que está pensando demais? Parece ter certeza do que fala. - Comentou a ruiva se interessando pelo modo de pensar do superior.

- É porque tenho. A Kurosaki sempre fez isso. Não gosta de preocupar outras pessoas e prefere resolver tudo sozinha. - Contou ele.

A tenente pareceu pensar um pouco. Karin entendia Hitsugaya e ele, de igual forma, fazia o mesmo. Pensavam de forma parecida e agiam da mesma forma.

- Taichou, não acha que está se interessando pela Karin e por isso quer protegê-la? - Sugeriu ela.

A repentina pergunta da ruiva pegara de surpresa o competente capitão.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo! o/

Kissus s2


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