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História História 16 - REFLEXO - Capítulo 19 - TENSÃO


Escrita por: Tsurugaakira e RonoroaZoro-kun

Notas do Autor


Olá, Minna-san! =D

Bom, como alguns já sabem, estou com o tempo um pouquinho apertado por enquanto, mas estou atualizando as fics no passo em que consigo, ok? Então podem ficar tranquilos que não vai ter fic parada! Contudo, algumas estão demorando mais para sair, pois estou adicionando mais detalhes a elas para poder postar.

As fics #INCENDIO e #EFEITO #BORBOLETA já foram atualizadas! E hoje, obviamente, estamos atualizando #REFLEXO. \o/

Em breve ainda teremos #MISSAO e #ANJO! Então, fiquem tranquilos!

Espero que gostem do capítulo de hoje! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 19 - Capítulo 19 - TENSÃO


Sentada de frente para o grisalho, Karin lhe encarava à espera de alguma reação por parte do amigo.

- Estou esperando sua resposta. - Lembrou ela. - Se não entendeu, vou dizer mais uma vez. Posso fazer com que recupere todo o tempo que ficou sem treinar em dois meses. A questão é: Você realmente quer ficar mais forte?

O jovem capitão, na realidade, havia ouvido perfeitamente da primeira vez, porém muitas dúvidas ocupavam sua mente no momento.

Nos últimos oito anos, Hitsugaya apenas se escondera debaixo de cabelo e papel após sentir cada olhar piedoso que lhe era direcionado. Parou de treinar, seu corpo relaxou e o rapaz se viu cada vez mais dependente da vontade alheia.

E, graças a isso, uma imensa amargura se formou ao ponto de não conseguir encarar seu próprio reflexo sem sentir pena de si. No último mês, entretanto, um perfeito e poderoso furacão passou desgovernado por sua vida e tudo o que havia sido construído e se enraizado em sua alma fora completamente destruído.

Esse furacão, como todos os outros existentes, possuía um nome feminino. E o deste era justamente Karin.

Após anos sem ver a criança que conhecera no mundo humano ou sequer ter notícias da mesma, ela simplesmente aparece em sua porta, com uma bolsa nas costas e uma bola nos pés lhe dizendo para voltar a jogar. Embora agora como adulta, fizera da mesma forma de quando criança, apenas impondo sua vontade de que este a acompanhasse em mais uma partida.

Contudo, a criança agora se via muito mais diferente do que meramente em idade.

Karin estava poderosa. Não lhe pedia mais ajuda. Não contava seus problemas e, assim como havia aparecido, logo iria novamente desaparecer. Ela mesma já o havia avisado sobre o caso. Mas antes, assim como quando chegou, estava novamente a lhe fazer propostas que lhe davam esperança e que em muito pareciam improvável de se cumprir. Recuperar o tempo perdido, algo já dado como impossível pela mente do grisalho há tempos atrás.

Todavia, ainda com todos os fatores lhe dizendo que a proposta de fato era improvável, o olhar intenso da garota lhe passava segurança para acreditar de que o feito era sim possível.

Mas no fim, a mesma dúvida ainda lhe consumia.

Por quê?

Por que Karin insistia em lhe ajudar se ele mesmo a havia praticamente esquecido no mundo humano?

Sua condição nunca fora culpa dela e sua amargura não lhe dizia respeito. E a morena, ainda assim, se importava e intervia em tudo o que não lhe era falado ou devido sobre Hitsugaya.

Karin, sem dúvidas, era uma mulher difícil demais para o jovem capitão entender.

Uma garota que só falava por ações e que nunca lhe pedia nada em troca, além de ocultar o seu próprio passado. Seus próprios problemas.

Tudo ainda permanecia oculto.

A jovem novamente lhe encarava à espera de uma resposta premeditada por ela mesma. Era fácil lê-la, pois os grandes e brilhantes olhos não possuíam um só vestígio de real ansiedade ou hesitação. Karin, em momento algum, pensou realmente na possibilidade de receber um “não”. Sua confiança era inabalável.

- Não me parece realmente estar esperando uma resposta. - Disse, por fim, o grisalho.

A morena deu um sorriso de canto e pendeu um pouco a cabeça para o lado, apoiando a bochecha na própria mão, fazendo o rapaz se desconcertar levemente ainda que não sabendo da maturidade e até mesmo a sensualidade que conseguia passar com a simples expressão adicionada ao gesto sutil.

- É porque você também não pareceu pensar duas vezes sobre o assunto. Não vai recusar. Ao menos, é o que esse olhar curioso e  intenso está me dizendo. Não pode mentir para mim. - Contou ela, satisfeita.

E como ela mesma declarou, ele realmente não iria recusar. Hitsugaya ansiava por poder.

Proteger.

Esse era o desejo mais profundo e motivo de sua existência. Proteger o que lhe era valioso.

E Karin sabia disso.

- Estou entendendo isso como um “aceito”. - Declarou ela. Levantando-se do sofá, pegou sua bolsa e novamente jogou-a sobre seu ombros. - É isso! Estou de saída agora. Preciso tomar um banho e cortar meu cabelo novamente. Seria estranho voltar para o mundo humano com o cabelo quase um metro maior do que saí no dia anterior. E a propósito, você tem visita. - Disse ela já se encaminhando para a porta.

- Ainda não me falou o que pretende fazer. - Disse ele.

- Te conto depois que terminar sua conversa com a garota. - Respondeu ela. Hitsugaya logo entendeu, Hinamori aproximava. - Prepare seu sorriso mais galante e uma boa desculpa, capitão. - Sugeriu ela e, assim que terminou de dizer, abriu a porta sem dar tempo para que o grisalho respondesse.

Ao abrir a porta, Karin imediatamente encontrou a tenente pronta para bater à porta.

- Não precisa bater, ele já sabe que está aqui. - Contou a morena. - Pode entrar. Ele está esperando.

Sem dar tempo de resposta à confusa garota, Karin saiu da sala. Deixando assim, os dois shinigamis à se encararem estáticos.

Hinamori olhou mais uma vez para trás antes de entrar na sala e fechar a porta.

- Ela é uma garota um pouco estranha, né? - Comentou ela.

- Creio que sou obrigado a concordar. - Opinou o rapaz também confuso.

E Karin, ao menos para si, realmente não fazia sentido.

- Podemos conversar? - Perguntou ela.

O grisalho apenas assentiu e fez sinal para que a garota se sentasse, logo sendo obedecido. A tenente, por sua vez, observou novamente o amigo. Há muito não via o capitão tão bem disposto e arrumado. A imagem do que realmente era.

- Mudou seu visual. Esse cachecol parece muito com o que você usava antes. - Lembrou ela. - Esse tipo de coisa sempre lhe cai bem.

- … - O grisalho não sabia lidar bem com esse tipo de resposta. - Obrigado.

- Isso foi coisa dela também? - Perguntou ela.

- Um tipo de punição. - Comentou.

- Punições costumam ser desagradáveis, não parece ter sido o caso. Lhe fez bem. - Disse Hinamori.

    Hitsugaya apenas deu de ombros. Não sabia o que pensar, logo, também não sabia o que responder.

- Ela não parece gostar muito de mim. - Opinou com um sorriso conformado.

- Deve ser apenas impressão. - Mentiu ele. Karin lhe lembrava inúmeras vezes o quão irritante ela achava a outra moça.

- Ela sempre saí quando eu chego perto. - Apontou a jovem.

- Foi apenas coincidência. Ela acabava de dizer que estava de saída para se banhar e cortar o cabelo quando você chegou. - Contou ele.

Hitsugaya não era muito de falar, mas, por ora, tentava ganhar tempo enquanto escolhia as palavras certas para finalmente se desculpar com a amiga por seus atos.

- Hmm… Mas ela não iria precisar da tesoura? - Questionou a jovem subitamente.

- Sim. Por quê? - Perguntou confuso com a pergunta óbvia.

- Não é aquela ali? - A garota apontou para a tesoura que ainda repousava sobre a mesa.

O capitão, assim como a tenente, olhou a tesoura por alguns instantes. De fato, era a mesma a qual a garota utilizara em seu cabelo. No entanto, quase que imediatamente, ouviram-se batidas na porta.

- Toushirou, sou eu. - Disse a conhecida voz feminina.

Embora a garota nunca pedisse permissão para entrar, desta vez ela apenas chamou-o na porta sem nem ao menos abri-la. Talvez por respeito para não atrapalhar  - com uma chegada súbita - a conversa que Hitsugaya há tanto tempo adiava.

O rapaz não demorou para entender o motivo que a fizera voltar. Conformado, pegou a tesoura em mãos e direcionou-se à porta. E, ao rodar a maçaneta e começar abrir a porta, ouviu vozes.

- Kurosaki. - Chamou uma voz grave.

Da pequena abertura da porta com poucos centímetros, o rapaz pode ver a amiga encarar com hostilidade o capitão da 6° divisão. Uma intensa tensão surgiu entre os dois.

- Já disse para não usar meu sobrenome. - Disse ela. - O que quer aqui?

- O que fazia trancada com o capitão da 10° divisão? - Questionou ele.

- Não é da sua conta. - Respondeu a garota.

O capitão de longos cabelos negros não pareceu gostar da resposta.

- Ainda não terminamos nossa conversa. - Declarou ele.

- Lembro-me de ter terminado perfeitamente e lhe dito para não se aproximar mais. - Respondeu ela.

- Não lhe dei permissão para sair naquela hora. - Retrucou Byakuya.

Karin, imediatamente, rangeu os dentes e estreitou o olhar.

- Não tenho que pedir permissão para você para nada do que faço. Não se engane, Byakuya, não sou sua subordinada nem nada do tipo. Ser um nobre ou capitão não faz diferença para mim. Não sou deste mundo e não vou nem sou obrigada à seguir suas ordens. - Exclamou ela com visível irritação.

- Karin. - Chamou o outro capitão. Hitsugaya se via extremamente sério. - Algum problema?

A garota bufou cansada.

- Nenhum. - Respondeu ela ainda olhando com hostilidade para o moreno. - Esqueci minha tesoura na sala.

O grisalho estendeu sua mão entregando-lhe o objeto. Contudo, seu olhar permanecia no outro capitão.

- Obrigada. - A garota já se virava em direção à porta de seu dormitório, mas ao Byakuya fazer menção em tocá-la, parou encarando-o de soslaio. - Não ouse me tocar! - Ordenou e, finalmente, seguiu seus poucos passos até se trancar em seu quarto.

- Não é do seu feitio incomodar garotas. O que quer com ela, Kuchiki? - Questionou Hitsugaya à encará-lo.

O homem observou o jovem de cima à baixo antes de responder qualquer coisa.

- A garota é apenas uma amiga, não é? - Devolveu o moreno.

- Em que isso te interessa? - Retrucou o grisalho, desconfiado.

- Então, não tenho porquê lhe dizer qualquer coisa. - Retirou-se repentinamente sem se importar em esperar uma resposta.

Hitsugaya rangeu os dentes vendo o outro capitão se afastar pelo corredor. Por algum motivo, não gostava do que quer que estivesse acontecendo.

- Shirou-chan, - Chamou Hinamori, confusa. - Algum problema?

- Ainda não sei… - Respondeu ele, sério.

    O rapaz não gostara do vira nem ouvira. As palavras e o tom de Byakuya ainda ecoavam por sua mente.

    Karin realmente escondia algo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo! o/

Kissus s1


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