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História História 20 - ESCOLHA - Capítulo 4 - PROBLEMAS


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! o/

Voltei! \o/

Desculpe a demora. Depois que meu celular apagou o capítulo que eu tinha planejado, ficou dificil refazer.

Enfim, espero que gostem! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 4 - Capítulo 4 - PROBLEMAS


Após a chegada de Karin na 10° divisão, algum tempo se passou e, como prometido, boa parte dele Hitsugaya se via em nada mais do que problemas. A papelada, era verdade, nunca mais foi vista como um problema, pois mesmo que não fosse a atividade preferida da garota, ela ainda a executava com eficiência, tal como deveria ser feita.


Entretanto, todo o restante foi transformado em puro problema. Insubordinação para com outros oficiais e discussões com nobres eram apenas algumas das muitas reclamações que semanalmente o grisalho passou a receber e, como se já não bastasse, ainda havia o relaxado e sorridente comandante.


Kyouraku, quase que diariamente, fazia questão de visitar o capitão da 10° divisão e, é claro, fazia questão de sempre que possível (ou seja, quando o rapaz estava momentaneamente sozinho) deixar clara a opinião sobre como a presença da garota parecia mexer com o mais novo.


Obviamente, Hitsugaya bem sabia que tudo aquilo não era mais do que a habilidade e o prazer que o mais velho sentia em perturba-lo, pois era certo que ele nunca deixou transparecer nada, nem mesmo quando as palavras do comandante realmente começaram a conter alguma verdade.


Logicamente, o capitão não era do tipo idiota que se apaixonava por toda mulher que sorria para ele, mas também não era idiota a ponto de não reparar quando um desses sorrisos começasse a fazer diferença no dia-a-dia dele. E, dos problemas que Karin poderia causar, esse era o mais desastroso.


Saber que o irritante comandante não havia reparado que algo havia mudado era fácil, pois as insinuações em nada mudaram (o que tornava óbvio não passar de mera implicância, pois do contrário, era certo de que a vida do grisalho se tornaria algo bem mais próximo ao inferno).


E como se não bastasse o fato de que teria que continuar a manter um postura de mero capitão e amigo dia após dia durante todo o tempo que passavam juntos (o que se dava durante o dia todo), ainda havia o golpe final: a perpetuação da situação.


Até onde se sabia, Karin era apenas uma ajudante temporária e, sendo assim, após o retorno de Matsumoto, a garota logo deveria ser designada para algum outro posto na divisão, diminuindo assim, o tempo de exposição de Hitsugaya à morena.


Contudo, não foi o que aconteceu.


Matsumoto, de fato, voltou da missão, mas com o bom desempenho de Karin como a tenente da 10° divisão, a ruiva foi promovida a capitã sem qualquer impedimento burocrático, seja por nível de poder ou tempo de serviço, ocupando assim, o cargo em uma das divisões ainda defasadas pela guerra. 


Dessa maneira então, a vida do jovem capitão se definia em não mais do que um conjunto infinitos de problemas que, aos poucos, quase o levavam à insanidade.


Como era de se esperar, mais uma vez, o capitão de cabelos grisalhos se via irritado e também, como era de se presumir, a culpa não era de ninguém mais do que de um relaxado comandante que, sentado em um dos sofás da ampla sala de Hitsugaya, o findava a pouca paciência que restara ao mais jovem.


- Hoje o dia está tão solitário, não acha, Hitsugaya-taichou? - Sugeriu o homem.


- Se está sentindo solidão, sinta em outra divisão e me deixe trabalhar em paz. - Exigiu o rapaz ainda com o olhar nos papéis. - Desde que chegou, tudo que fez foi suspirar e fazer comentários sem sentido.


- Que cruel, taichou. Estava apenas compartilhando de sua solidão, visto que a nossa bela jovem não está consigo hoje. - Comentou ele.


O grisalho então, tentando reunir o mínimo de paciência para que não gritasse com o moreno, respirou fundo e finalmente levantou o olhar para o homem no sofá.


- Se ela não está aqui, é porque está em missão, ou seja, está trabalhando. Por que não aprende com ela e vai trabalhar também? - Sugeriu ele.


E de fato, era realidade.Karin, dessa vez, não estava consigo.


Depois de algum tempo da chegada à 10° divisão, a jovem passara a executar algumas missões para Hitsugaya e, sempre que ela se ia, Kyouraku fazia questão de visitar o capitão e o lembrar que estava sozinho. Um atitude infantil, sem dúvidas, mas que também passou a irritá-lo bastante, já que com a garota longe, obviamente, ele não possuía meios de protegê-la (missão que incubiu-se de cumprir).


Graças aos lembretes do homem de chapéu de palha e tapa-olho, Hitsugaya nem ao menos conseguia se distrair sobre o caso, já que também não podia impedir a garota (que agora era uma shinigami) de executar o trabalho dela.


- Não precisa ficar tão agressivo, Hitsugaya-taichou. Até porque, pelo horário, certamente a sua jovem e bela assistente já deve estar retornando. - Lembrou ele.


E de certa forma, estava correto.


A missão de Karin, dessa vez, era no próprio distrito (ou seja, lugar que ela conhecia bem, como também tornara-se um lugar mais tranquilo desde que Hitsugaya o tomara para ele). Assim sendo, realmente não havia porquê se preocupar.


Todavia, mesmo com todos os fatores já mencionados, algo ainda incomodava o shinigami. Não sabia o exato porquê, mas desde que o horário de retorno vinha se aproximando, uma sensação de angústia havia começado a crescer dentro dele.


Karin era uma shinigami poderosa e a missão dela não era mais do que apenas fazer um breve reconhecimento no próprio território para saber se tudo andava de forma tranquila por lá. Uma inspeção de rotina, não havendo com o que se preocupar, até porque, a garota também era uma tenente, o que, obviamente, a dava uma das mais respeitáveis posições dentro da hierarquia shinigami.


Contudo, era verdade também que tão rápida progressão não agradou à todos, em especial, aqueles que possuíam títulos graças ao status familiar. E talvez, justamente por isso, Hitsugaya possuía um receio ainda maior em deixá-la sozinha.


O receio que sentia naquele dia em especial pareceu muito mais agressivo do que qualquer outro dia e, para a infelicidade, não poderia ser mais exato…


Não muito tempo passado naquela mesma tarde, uma aviso chegou a central da Gotei 13 e, com ele, a notícia de que uma tenente havia sido encontrada surrada e acorrentada em uma antiga árvore próxima a floresta dos menos.


A mensagem chegou aos ouvidos do jovem capitão como a confirmação de um dos piores pesadelos que já tivera e, antes mesmo que tivesse tempo para pensar, o corpo já se movia, sendo seguido um pouco mais atrás pelo comandante e alguns poucos (mas necessários) oficiais que reuniu pelo caminho.


Finalmente, ao chegar ao destino descrito pelo alerta recebido, Hitsugaya logo pôde vislumbrar uma imagem que fez com que o próprio corpo congelasse por um instante.


Ao pé da árvore, um pequeno grupo de almas murmuravam e vislumbravam aterrorizados a cena da garota presa lá no alto.


Acorrentada com grossas correntes negras, a morena desacordada e com o corpo completamente machucado, pendia metros acima do chão com o uniforme surrado e rasgado, mas que ainda assim deixava óbvia a função como uma guardiã do mundo espiritual.


A temperatura, repentinamente começou a cair e, talvez por isso, o oficial que emitiu o alerta finalmente reparou na chegada do respeitado capitão da 10° divisão. Apressado, o homem aparentando algo em torno dos 50 anos adiantou-se em pedir passagem e apresentou-se ao superior.


- Hitsugaya-taichou! - Disse ele ao se curvar.


- O que… - Iniciou o rapaz em tom baixo. - O que aconteceu com ela? - Questionou sem conseguir retirar os olhos do alto da árvore e da garota que lá pendia.


O oficial levantou o olhar, finalmente reparando na face horrorizada do capitão à frente.


- Eu… Eu não… Não sei, senhor. - Respondeu ele com dificuldade. O homem ainda se via perplexo por tão incomum expressão no rosto de tão gélido capitão. - Eu apenas a encontrei assim. - Concluiu e, em seguida, estendeu um objeto na direção de Hitsugaya. Um pequeno objeto talhado em madeira com o símbolo da 10° divisão.


O grisalho, então, baixou o olhar para o objeto. Os lábios se franziram, tal como o cenho, e a culpa de não tê-la protegido misturou-se com a raiva daqueles que a poderiam ter causado mal.


- Eu fico com isso. - Comentou o comandante recém-chegado. - Creio que o Hitsugaya-taichou tenha algo mais importante para fazer agora, oficial. Se puder abrir caminho para ele… Temos  uma jovem para atender.


- A-ah… Claro. - Respondeu o homem que logo deu passagem para o capitão, sendo seguido por todos que ainda se encontravam no local.


A cada passo que se seguia, flocos de gelo se formavam pela vegetação rasteira pisada e logo o frio se espalhava a congelar tudo próximo ao caminho que o capitão fazia. O silêncio sepulcral formado pela população e pelos poucos oficiais que o seguiram até ali deixavam ecoar solitários os sons dos céus que, agora, nublavam-se e pareciam quebrar-se acima das nuvens em plena fúria.


Por fim, os passos estagnaram-se e, logo após uma diminuta pausa, deram lugar ao som quase imperceptível de um rápido e meticuloso saltar. Em pouco menos que uma fração de segundos, o capitão, irado, quebrava as correntes congelando-as instantaneamente e estraçalhando-as com os próprios punhos, talvez em um alerta simbólico de que a fúria dele despedaçaria todo aquele que tivesse qualquer ligação com tão brutal ação.


O corpo feminino, surrado e inconsciente, logo foi tomado pelos braços gentis do capitão que, ainda silencioso, acomodou-o aninhado-a ao peito dele tentando dar à garota o máximo de conforto que a situação permitia. Cuidadosamente liberta e acomodada, o esboço do rapaz logo desapareceu, tornando-se visível novamente ao pé da antiga árvore.


O rosto masculino, ainda que sem expressão, deixava escapar o olhar nublado e a reta linha que os lábios agora formavam, mas que deixavam visíveis rugas causadas pela tamanha força utilizada para mantê-los em tal forma. O caminho congelado novamente foi feito e, de igual forma, nenhuma só alma se atreveu a invadi-lo ou mesmo, novamente, macular tão sagrado silêncio.


Entretanto, mesmo com toda a fúria que o grisalho tentava conter em si mesmo para não acabar destruindo tudo em um raio de bons quilômetros, os sentidos mantinham-se alertas. Tão alertas a ponto de perceber alguns olhares culpados e chorosos a observar a passagem. E assim entendido, os passos novamente pararam antes que chegassem ao oficial da 4° divisão ao lado de Kyouraku.


O olhar frio foi o único a se mover, pousando sobre um grupo de crianças.


- Por que a culpa? - A voz gélida e inexpressiva ecoou, assustando à todos.


Cabeças moviam-se de um lado para o outro como se tentassem entender o que acontecia, mas nenhuma resposta se fez presente.


- Irei perguntar uma última vez e espero uma resposta clara. Por que a culpa? - Questionou mais severo. Desta vez, o rosto do capitão direcionou-se diretamente para os alvos.


Um medo imensurável afligiu as pobres crianças. As vozes pareciam sumir enquanto o corpo congelava instantaneamente com apenas um olhar de tão poderoso capitão. Um garotinho, entretanto, abriu os lábios como em menção de tentar dizer algo, mas foi calado antes mesmo de tentar por um movimento repentino e fraco provindo da garota.


Ao mão fina e machucada cobriu de leve os lábios do grisalho, que imediatamente voltou o olhar para a garota nos próprios braços. Percebendo ter conseguido a atenção que queria, Karin soltou um sorriso frágil e esforçado.


- Está assustando… as crianças, Toushirou. - Disse a voz fraca. - Deixe-as… Não vão dizer nada. - Alertou e voltou o olhar para os pequenos. Eles, em reação, apenas conseguiram chorar tristes pela que chamaram de “Onee-san”.


Hitsugaya, no entanto, deixou uma visível ruga transparecer no cenho franzido em tristeza ao encarar novamente a figura feminina em tão miserável estado.


- Karin… - Iniciou, mas a garota sorriu novamente como se pedisse para não perguntar mais nada.


Soltando um longo suspiro, o grisalho voltou a caminhar, recebendo um outro sorriso fraco como se tivesse concordasse com a escolha do rapaz. Os olhos negros se fecharam e logo a garota pareceu voltar a perder a consciência. Finalmente depositando-a na maca levada pela 4° divisão, o capitão se afastou da morena, embora, claramente, a contragosto.


- Hitsugaya-taichou. - Disse o comandante. Sem um só traço da personalidade relaxada, o homem, sério, dirigia-se ao grisalho.


Novamente, apenas os olhos se moveram no rosto impassível do rapaz.


- Isso não ficará sem punição, tenha a certeza. Então, se acalme ou vai acabar matando alguém. - Aconselhou ele.


- Tenho certeza que não ficará. - Respondeu o capitão, apenas.


Logo após tais palavras, o mais jovem novamente desapareceu, deixando para trás apenas o som da enorme árvore que agora partia-se em ínfimas partículas a se tornarem uma fina e gélida poeira.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo! o/

Kissus s2


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