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História História 20 - ESCOLHA - Capítulo 6 - CONSEQUÊNCIAS


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! o/

Conversamos nas notas finais.

Espero que gostem do capítulo! =D

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 6 - Capítulo 6 - CONSEQUÊNCIAS


O último nome já havia sido revelado, assim como o último julgamento executado. O veredito, é claro, mais uma vez doi de culpa, mas não havia muitos que soubessem sobre o julgamento, o crime ou mesmo sobre o suposto juiz. E assim como a luz da lua que antes se via bloqueada já haviam voltado a brilhar no céu, os passos silenciosos de um misterioso capitão logo voltaram a ecoar pelo gramado do jardim.


Novamente, na mesma árvore de antes, uma figura feminina também se escondia em meio às sombras, entretanto, bem sabia Hitsugaya de não se tratar da acompanhante anterior. E sem sequer tentar buscar a presença em meio a copa, ameaçou:


- Eu sei que está aí. Identifique-se ou te entenderei como um inimigo. - Disse em tom baixo e firme.


Um riso breve ecoou e logo a mesma se apresentou, agora sentada em um galho exposto ao luar.


- Já foram muitos inimigos para uma única noite. Você não acha, capitão? - Disse a garota em tom sugestivo.


Ao ouvir a voz feminina, Hitsugaya imediatamente a reconheceu, assim como logo a direcionou o olhar confuso.


- Deveria estar na 4° divisão, Karin. O que faz aqui e o que aconteceu com os oficiais que deixei de guarda? - Inquiriu ele, surpreso.


A morena, todavia, desviou o olhar brevemente.


- Decidi dar uma volta para aproveitar a noite. Não estava fazendo o mesmo? - Questionou ela em tom afirmativo.


O capitão, então, franziu o cenho. Ao que parecia, ela o culpava de algo e ele, sem dúvidas, realmente era culpado. Mesmo que ela não devesse saber sobre a existência de tal culpa.


Obviamente, em momento algum, o rapaz verdadeiramente pensou que poderia enganá-la e, era lógico, também não foi o que ele tentou fazer. Hitsugaya não fez mais do que apenas ocultar os fatos. Não havia cúmplices que pudessem dizer qualquer coisa sobre a investigação particular, pois o esquadrão liderado por Soi Fong, assim como ela mesma, estavam sob o sigilo do próprio regimento interno, além de que não havia uma só testemunha do atos de Hitsugaya.


Assim, Karin não deveria conseguir ligá-lo a qualquer acontecimento dos últimos dias. Embora, logicamente, não duvidasse da capacidade de raciocínio da subordina.


Um pequeno (mas suficientemente impulsivo) passo foi dado e logo o rapaz já se via em pé no mesmo ganho no qual a garota se sentava.


- Decidiu se aproximar… Boa escolha, capitão. Não acho que queira uma conversa alta à distância. - Disse ela sugestiva com um sorriso vitorioso.


- O que fez com seus vigias? - Questionou ele mais uma vez, ignorando totalmente o comentário anterior da garota.


- Estão dormindo… Todos eles. - Respondeu ela diminuindo o tom de voz na última parte. Contudo, voltou o olhar para o amigo e continuou: - Não precisa me olhar assim, afinal não foi tão diferente do que andou fazendo atualmente. - Disse ela.


O olhar do capitão se estreitou um pouco. Bem, ela estava certa, mas não esperava que a morena adivinhasse até mesmo essa parte e, certamente, não deixaria que ela soubesse que estava certa em tal suposição.


- Não sei do que está falando. - Retorquiu ele ao se sentar juntamente à garota.


O olhar feminino o encarou de soslaio por um breve segundo. O grisalho, indubitavelmente, estava se esforçando para continuar a fingir que não sabia qualquer coisa sobre o assunto. Ainda assim, a jovem pareceu gostar da decisão e passou a encará-la como um desafio.


O faria confessar.


- Toushirou, você sabia? O frio é capaz de induzir o corpo a um sono profundo. - Declarou ela.


- E o que isso teria a ver comigo? - Questionou ele.


- Durante as noites em que a lua era coberta por nuvens repentinas, a culpa escondida no coração dos vis seria revelada e a alma levada pelos ventos gélidos do julgamento. Nenhuma só alma escapará e nenhuma só alma saberá daquela que foi julgada culpada”. - Repetiu ela palavra por palavra, do mesmo jeito que ouviu. - Noites com nuvens pesadas, exatamente como estava antes de você chegar. Seu poder também controla o tempo... - Comentou ela se fazendo de desentendida. - Engraçado, o boato também fala sobre ventos gélidos e um julgamento. E para haver um julgamento, primeiro deveria existir a culpa… Algumas pessoas já desapareceram, mas por algum motivo, tenho a impressão de que essa vai ser a última noite que algo assim aconteceu. - Opinou ela a encarar de soslaio o rapaz.


- E como poderia saber de algo assim? - Questionou ele.


Um sorriso de canto surgiu no rosto feminino.


- Porque tenho a impressão de que sei por qual crime foi feito o julgamento. - Declarou ela, confiante.


- Não imagino como pode saber de algo assim… - Desconversou ele.


O olhar preto-breu ganhou um tom irônico.


- É claro que não. - Respondeu ela. - Mas estou curiosa… Onde você estava até agora, então?


A resposta do capitão não tardou, mas também não enganou.


- Caminhando um pouco. - Disse ele.


O sorriso da garota se alargou subitamente.


- No céu? - Questionou ela a encará-lo de forma vitoriosa. - Te vi chegando, Toushirou, mas valeu a tentativa.


O olhar do rapaz fugiu para um canto qualquer. A primeira pergunta, decerto,  havia sido uma armadilha para que ele mentisse.


- Foi uma boa tentativa, mas não acha que está se arriscando demais? Poderia ser outro a te ver chegar. - Advertiu ela.


- Ainda assim, não há muitos que pudesse me ligar a qualquer coisa. Sair da divisão fora do horário de expediente não é necessariamente uma violação. - Explicou ele sem se abalar com a situação.


- Ou seja, o Os-san está metido nisso, ou pelo menos, está fechando os olhos para as suas saídas. - Concluiu ela.


Desta vez, não houve resposta (o que, evidentemente, confirmava a pensamento da garota).


- Sabe, eles também eram seus subordinados. - Lembrou ela.


- Não preciso de ninguém desse tipo na minha divisão. Além disso, os cargos só foram conseguidos por conta de suas famílias. - Explicou ele sem demonstrar a mínima emoção.


- O quer dizer que nunca seriam ligados a nenhum crime. - Sugeriu ela.


- Certamente que não. - Concordou ele com nítido desgosto. - Muito provavelmente, até mesmo a procura por eles deve ser bem mais elaborada e com duração maior do que a investigação oficial que fizeram sobre o seu caso.


- Fazer o quê? Parece que nem tudo neste mundo pode ser justo. - Comentou Karin despreocupada.


- Muita coisa neste mundo não é justa. Veio de Rukongai, então sabe bem disso. - Lembrou ele.


A garota deu de ombros.


- Seja neste ou no outro mundo, quem tem dinheiro sempre vai ser considerado mais importante, o que quer dizer que não sou mais importante que qualquer outro subordinado. Mas nem por isso você deveria decidir fazer as coisas por si mesmo. - Declarou ela despretensiosa, mas deixando um brilho travesso transparecer no olhar.


- Sabe bem que se continuasse como estava, algo como aquilo poderia se repetir. - Declarou o grisalho a olhar distraído para o horizonte.


- E você não permitiria que acontecesse novamente, apesar de que não sou tão importante assim para você arriscar seu cargo. - Continuou ela.


A resposta do rapaz quase veio de imediato, mas algo pareceu alerta-lo de que estava sendo minuciosamente analisado.


Um breve silêncio se fez.


O capitão parou então para analisar a expressão da morena ao lado. Mesmo que quase tenha respondido de imediato um “É claro que você é”, preferiu ficar calado durante alguns breves segundos analisando o brilhante olhar preto-breu e o confiante sorriso da garota. O comentário, explicitamente, havia sido feito de maneira a pegá-lo distraído. Aproveitando do próprio infortúnio, a jovem criara toda uma situação simplesmente para que ele admitisse estar preocupado com ela mais do que com qualquer outra coisa ou ser.


Prcebendo o caso, Hitsugaya começou uma curta discussão interna consigo mesmo. Aquilo havia sido uma evidente armadilha para ele, então, não teria o direito de devolver de igual forma?


Certo disso, portanto, iniciou o próprio jogo.


O silêncio do grisalho, até então, não havia sido mais do que um troféu para Karin. De fato, ele não respondeu imediatamente, mas deixou claro que o faria, até que pareceu entender a natureza do comentário feito. Contudo, já era tarde demais, pois ela, obviamente, havia conseguido atingir o propósito.


Porém, alguns instantes depois, algo pareceu mudar. Depois de um breve momento de concentração, logo um brilho irreconhecível surgiu no olhar verde-mar.


Hitsugaya nunca foi de demonstrar muitas expressões, era verdade, mas Karin possuía a habilidade de entender mesmo as mais sutis mudanças na feição dele, como aquela que no momento, para qualquer um que a visse, diria se tratar do mesmo de sempre: um rosto sem expressão. Mas para ela, que bem o conhecia, estava mais que claro haver um leve esticar no canto da boca, como em um quase (ao menos, para ela) imperceptível sorriso de canto (ou seja, um sorriso travesso).


O galho da árvore em que estavam sentados, naquele momento em especial, pareceu ser muito mais curto do que em qualquer outra noite (ou, pelo menos, foi a impressão que a morena teve ao sentir o rapaz se aproximar de forma lenta e constante). O olhar masculino, ainda com aquele mesmo brilho, a encarava de forma concisa enquanto, internamente, Karin passava por um repentino e confuso pânico.


A vontade de fugir e a de ficar eram imensamente conflitantes, não a deixando agir de modo rápido ou mesmo racional, mas se aquilo fosse uma brincadeira para constrangê-la, de certo, o capitão ganharia um belo olho roxo.


O capitão, no entanto, continuou a se aproximar. Um dos braços dele se apoiou no tronco, talvez para se posicionar melhor, ou talvez, apenas para impedir uma possível rota de fuga. Poucos instantes se passaram desde que o estranho brilho ocupou o olhar de Hitsugaya, mas para a morena, tudo pareceu uma eternidade.


Ela já podia sentir a respiração baixa e profunda do rapaz bater no rosto dela. E assim, ele deveria findar o que havia definido anteriormente como sendo o ponto final daquela “pequena travessura”. Todavia, não foi o que aconteceu.


De fato, o rapaz realmente já havia parado a aproximação, mas ao observar os resultado do que deveria ser uma travessura contra-ataque, acabou por esquecer-se até mesmo de quando deveria retornar para o próprio espaço.


Encarar a morena durante aqueles breves segundos e descobrir o brilho confuso e excitado do olhar feminino a encará-lo, bem como o leve movimentar inconsciente dos lábios dela como efeito da falta de palavras para questioná-lo qualquer coisa, acabaram por desencadear um movimentar inconsciente por parte do corpo masculino. A aproximação foi retomada e Karin logo pôde sentir o frio e, contraditoriamente, a maciez da pele dele tocar a dela.


Os furtivos lábios masculinos se moveram e capturaram o lábio inferior, sugando-o de forma leve. Em seguida, se afastaram minimamente, arrastando-se levemente pelo o traço de contorno dele e, por fim, de fato, se afastando um pouco mais do rosto dela. Sem que reparasse anteriormente, a garota finalmente identificou uma leve pressão na cintura, agora notando o paradeiro do outro braço masculino.


Os lábios da morena até tentaram se mover, mas não receberam nenhuma palavra por parte do cérebro para que expressem algum pensamento sobre o caso ocorrido. Ao que parecia, ele estava travado no momento, da mesma forma, os escuros olhos negros também não fizeram mais que brilhar e continuar a encarar o causador de toda daquela paralisia momentânea.


Não recebendo qualquer interrupção ou reclamação pelas próprias ações, o grisalho sentiu-se livre para continuar como queria e assim, após um breve suspiro, ao pé do ouvido da garota, sussurrou:


- Deveria ter mais cuidado com as consequências de suas brincadeiras, Karin. Posso me aproveitar disso. - Disse a voz rouca e quase inaudível, causando arrepios.


Entretanto, parecia ter sido o suficiente para um destravar dos movimentos sela.


- Então, está dizendo que isso foi uma brincadeira também? - Questionou ela a encará-lo de forma direta.


E assim que a pergunta foi feita, novamente, quase respondeu de imediato um “não”, mas isso, notoriamente, o retornaria a situação anterior criada pela jovem. Ainda assim, graças ao que já havia feito, o rosto do rapaz não conseguiu evitar ganhar alguns leves tons de vermelho, demonstrando de forma clara o próprio constrangimento.


Desta vez, Karin sorriu abertamente achando graça.


- É você quem deveria tomar mais cuidado com as consequências, capitão. - Comentou ela repentinamente puxando o queixo dele na própria direção.


Desta forma, foi a vez da morena cometer o ato furtivo. Roubando os lábios dele e tomando-os para si durante alguns instantes e, durante todos eles, recebeu a colaboração daquele que estava sob ataque e que parecia ter esquecido o constrangimento de minutos atrás. O fôlego começou a faltar e uma breve distância, enfim, foi tomada.


 - Achei que já tivesse entendido que sei fazer muito bem as minhas escolhas. - Comentou ela, confiante. - Aceito bem as consequências.


O rapaz encarou a garota um tanto satisfeito durante alguns instantes e logo depois, a surpreendeu levantando-a nos braços e pousando no chão, para então caminhar em direção ao corredor novamente.


- Fugir da 4° divisão não me parece bem um boa escolha, muito menos nocautear seus subordinados para isso. - Comentou ele a caminhar com a morena no colo.


- Eu não nocauteei eles. - Karin retrucou.


- Se estivessem conscientes, estariam com você. Nenhum deles ousaria desacatar minhas ordens. - Hitsugaya declarou.


- Isso não que dizer que nocauteei alguém. Eu apenas os fiz dormir com um feitiço… - Contou ela.


O capitão olhou de forma cética para ela.


- O resultado foi o mesmo. - Advertiu ele.


Ela, entretanto, pareceu contrariada.


- Não, não é. Nocautear necessita de danos e eu não machuquei ninguém… E eu consigo andar, Toushirou. - Lembrou ela.


- Para o seu bem, é melhor fingir que não consegue. Quem sabe assim conseguimos uma desculpa que impeça que você seja castigada pela Isane-taichou. Pode não parecer, mas ela consegue ser severa quando não seguem suas ordens médicas. - Contou o capitão.


Karin sentiu um leve arrepio passar pelas costas. Estava tão concentrada nos rumores que se esqueceu que Hitsugaya não era o único motivo de estar presa na divisão médica. E como uma ex-assistente na clínica do pai, a garota bem sabia até onde poderia ir a ira de um médico ignorado.


Assim, o caminho seguiu-se silencioso durante mais alguns minutos, até o grisalho ser o primeiro a quebrar o silêncio.


- Karin. - Chamou ele um tanto hesitante.


A morena, então, logo olhou para cima para encarar o amigo.


- Não se arrepende? - Questionou ele.


A garota pareceu confusa.


- Do quê? - Questionou ela.


- Das escolhas que fez. - Respondeu ele. - Você ainda tinha uma vida inteira para viver no mundo humano.


A morena, no entanto, deu um fraco sorriso nostálgico.


- Eu sinto falta da minha família, não vou negar, mas não. Não me arrependo. O caminho para o qual as consequências me levaram não é ruim… Além de que eu não estou sozinha aqui. Você está aqui e, apesar de exagerar na minha segurança, é suficiente. - Disse ela alargando um sorriso tímido e sincero.


O grisalho não respondeu, mas também não conseguiu esconder o sorriso que inevitavelmente brotou no rosto. Mais tarde, tudo que restou foi tentar explicar à capitã da 4° divisão o que uma das pacientes dela fazia fora do quarto e como Hitsugaya acabou com ela nos braços.


No, tudo que restou foi o novo rumor que passou a circular pelos corredores da organização shinigami. Ao que parecia, em uma distinta noite, o capitão de gelo da 10° divisão derretera alguns (vários) corações com um raro sorriso cujo motivo ainda era um mistério, mas que também possuía lá alguns rumores.


De fato, a vida como superior de Karin nunca deixaria de ser cada vez mais problemática.


Notas Finais


Olá, Minna-san! =D

Pois é, retornei! \o/

E aos poucos vamos atualizando uma a uma. Não disse que começaria a atualizar todas novamente? Rsrs'

Espero que tenham gostado do capítulo! =D

Até o próximo! o/

Kissus s2


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