- Blair's POV -
Hailey desliga na minha cara, e eu estou em choque com tudo que acabei de escutar. Não sei explicar o que estou sentindo no momento.
Meu celular ainda está na minha mão, com a tela acesa, e meu olhar está perdido.
B – Chata? Fã desesperada?
Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, só não sei se são lágrimas de tristeza ou raiva.
B – Quem ele acha que é pra me usar assim? Vem pro Canadá, não conhece mais ninguém, aproveita pra sair comigo, transa comigo, e depois simplesmente me apaga da vida dele e ainda me chama de fã desesperada?
Estou bufando de nervoso.
B – E aquela magrela? Quem ela pensa que é pra falar assim de mim? Da minha cidade? Da minha profissão? Ah não, me poupe.
Logo minhas lágrimas secam e eu coloco meu celular no criado ao lado da cama.
B – Os dois realmente se merecem. Podres iguais. Tenho nojo de gente assim! Não quero mais contato com nenhum deles, e agora já decidi: Justin não saberá de nada. Ele não merece isso.
Percebo que estou falando sozinha esse tempo todo. Então apenas arrumo minha coberta e meu travesseiro, viro para o lado e resolvo dormir.
Acordo no dia seguinte com a luz da manhã que atravessa minha janela. Meus olhos doem devido à claridade intensa, mas logo essa sensação passa.
Olho para os lados procurando a campainha para chamar uma enfermeira, e me deparo com uma surpresa linda.
B – Rosas vermelhas?
Sorrio já sabendo de quem são.
Encontro a campainha e aperto-a. Logo Tyler entra no quarto.
T – Bom dia, senhorita Blair? É isso?
Rimos.
Ele se senta ao meu lado na cama.
T – Como se sente?
B – Melhor.
Ficamos em silêncio por alguns segundos.
B – São lindas.
Falo enquanto olho para as rosas.
Ele sorri e segura minha mão.
T – Blair, precisamos conversar.
Volto minha atenção pra ele. Fico tensa.
B – Eu juro que não sabia...
T – Eu sei, eu sei. Fica tranquila. Deu pra perceber.
Ficamos em silêncio novamente.
T – E me desculpa se invadi sua privacidade. Você não precisa me contar nada sobre isso, não tem obrigação. A vida é sua, a criança é sua! Se não quiser me falar sobre o pai da criança, tudo bem também! Se não quiser ter a criança, eu vou te apoiar! A vida é sua e eu não deveria ter me intrometido.
Fico surpresa com tudo que acabei de ouvir.
B – Então você não ta bravo comigo?
Ele sorri.
T – Claro que não... Eu não vou te abandonar agora. Vamos passar por isso juntos! Isso, claro, se você quiser assim.
PAZ. É isso que estou sentindo nesse momento. Algo que não sentia há um bom tempo já. Mal posso acreditar que estou ouvindo aquelas palavras. Tyler é realmente incrível, e cada vez mais estou criando sentimentos bonitos e verdadeiros por ele.
Sorrio.
B – É claro que eu quero assim.
Ele sorri de volta.
B – Obrigada.
Me levanto com cuidado e me aproximo, dando um beijo na bochecha dele, afinal estamos no ambiente de trabalho.
Ele retribui de maneira fofa, beijando minha testa.
T – Agora descanse, vou te liberar daqui algumas horas.
B – Ai que bom, já to cansada de ficar aqui.
Ele ri e sai do quarto.
- Justin's POV -
Acordo e procuro meu celular para ver que horas são.
JB – Ué?
Meu celular não está no meu criado, aonde deixo todas as noites.
JB – Tenho certeza de que tinha deixado aqui.
Me levanto, olho a hora no despertador que fica no criado do outro lado da cama, e vou atrás de Hailey.
Vejo que ela está na cozinha.
JB – Hailey, você viu meu celular?
Ela parece agir meio estranho.
H – Ah, vi sim. Ta ali.
Ela aponta para a mesinha da sala de TV.
Pego meu celular e vou até ela.
JB – E porque estava lá?
H – É que eu... Eu precisei fazer uma ligação hoje de manhã, e meu celular estava sem bateria.
Fico olhando pra cara dela, me perguntando se ela acha que eu sou tonto.
JB – Seu celular estava sem bateria, ai em vez de você colocar pra carregar e fazer a ligação, você pega o meu?
Ela engole seco.
H – Era urgente.
JB – E posso saber o que era tão urgente assim?
Ela fica quieta por alguns segundos, depois se levanta da mesa e começa a guardar o café da manhã.
H – Ai Justin, é pessoal. Para de pegar no meu pé.
JB – Então você sabe a senha do meu celular, é isso?
Ela me olha, nitidamente tensa.
H – Não Justin, eu não sei a senha do seu celular. Tanto que eu nem consegui fazer a ligação que precisava.
Essa menina só pode estar de brincadeira com a minha cara.
Fico nervoso e bem estressado.
JB – Hailey, você ta achando que eu sou idiota ou o quê? Até agora tava falando que usou meu celular pra fazer a sua ligação urgente e na hora que eu pergunto se você sabe a senha você diz que não conseguiu fazer a ligação?! Ta achando que eu sou o quê? Palhaço?
H – Claro que não, ninguém ta falando que você é palhaço. Eu só to te falando a verdade. Pode abrir seu celular e ver, olha suas chamadas, eu não usei seu telefone!
Fico mais irritado ainda.
JB – Brincadeira hein! Eu não fico mexendo nas suas coisas!
H – EU NÃO MEXI NO SEU CELULAR!
Começamos a gritar.
JB – TA BOM HAILEY, TA BOM. EU VOU FINGIR QUE ACREDITO EM VOCÊ SÓ PRA GENTE PARAR DE DISCUTIR, BELEZA?
Ela fica quieta.
JB – Agora dá licença que eu vou sair.
H – Aonde você vai?
Ela tenta se aproximar.
JB – Sair.
E eu apenas me viro e volto para o meu quarto.
Chegando lá me troco, escovo os dentes, e sento na minha cama. Pego meu celular e troco a senha.
- Blair's POV -
Finalmente Tyler me libera do hospital. Pego o ônibus para ir para casa, mas em vez de ir direto, resolvo parar no parque.
Desço do ônibus e vou caminhando por entre as árvores.
B – Estava precisando de ar fresco.
Vejo cachorros correndo atrás de bolinhas e levando de volta para seus donos, que os aguardavam com um sorriso no rosto.
Casais e amigos fazendo piquenique na grama, com uma cesta gigante e muita comida gostosa.
Sorrio.
Crianças brincando e correndo de um lado para o outro, e então me sento no banco que estava mais perto.
Observo uma menina que deve ter cerca de uns 3 anos pegando uma flor no chão, e depois levando para seus pais, que estão sentados apenas observando-a brincar.
De alguma maneira estranha, sinto meu coração aquecido e uma certa felicidade.
B – E se eu ficasse com o bebê?
Olho para minha barriga e já sinto algo estranho de novo.
B – Ou também posso começar a procurar famílias que gostariam de adotar.
E então me levanto rapidamente e vou para casa.
Chegando em casa, minha avó me espera com um delicioso chá e alguns biscoitos.
Hillary – Como se sente? Estávamos preocupados! Tyler disse que te liberou há 1 hora.
B – Resolvi passar no parque antes de vir para casa.
Vovó sorri.
Hillary – Você ia muito naquele parque quando era pequena! Principalmente com o Justin... Sempre andavam de bicicleta lá.
Concordo com a cabeça sem nenhum sorriso no rosto.
Nos sentamos à mesa e começamos a comer os biscoitos.
Hillary – Já decidiu o que quer fazer?
B – Ainda não... E não sei se vou conseguir decidir rápido.
Hillary – E nem precisa. É uma decisão séria... Tome seu tempo.
Sorrio e logo em seguida tomo um gole do chá.
Hillary – Justin retornou sua ligação?
Olho para baixo.
B – Não. E sei que nem vai.
Minha avó segura na minha mão.
B – Não vó, ta tudo bem. Mesmo. Eu nem ligo pra isso, nem pra ele. Eu decidi que não vou falar nada pra ele.
Hillary – Aconteceu algo pra tomar essa decisão tão rápido?
Respiro fundo.
B – Eu só acho que vai ser melhor assim.
Minha avó concorda com a cabeça.
Meu celular toca.
B – Alô?
T – Blair? Como você ta?
B – Tyler, oi! Bem melhor... E você?
T – Bem também... Eu queria saber se você ta muito cansada, e se tem algum compromisso hoje?
Sorrio.
B – Não estou cansada e nem tenho compromisso hoje, porque?
A linha fica muda por alguns segundos.
T – Você quer sair pra jantar, ir ao cinema, algo do tipo?
Sorrio mais uma vez.
B – Eu adoraria.
T – Legal! Passo ai às 20h, pode ser?
B – Perfeito!
T – Até mais tarde então.
E desligamos.
Olho para o relógio: 18h30.
B – Bom, acho que vou começar a tomar banho e me arrumar então! Tenho um encontro.
Olho para vovó e ela sorri.
Hillary – Tyler é especial. Gosto muito dele.
B – Eu também gosto, vovó. Cada dia mais.
Hillary – Ele estar do seu lado nesse momento demonstra muito caráter da parte dele. Sabe disso, né?
Concordo com a cabeça.
Hillary – Então vai se arrumar! Pode deixar que eu cuido da louça! E aproveita e dá uma atenção pro seu cachorro, ele latiu a noite inteira!
Rio.
Vou até o meu quarto e Thor está dormindo na maior paz. Me sento ao lado dele, e mesmo que ele esteja dormindo, começo a conversar com ele.
B – Oi minha bolinha branca.
Sorrio ao olhar pra ele.
B – Você não vai acreditar no que aconteceu... A mamãe está grávida.
Fico em silêncio por um minuto.
B – Pois é, mas eu não sei se esse irmãozinho ou irmãzinha será seu...
Percebo que ele está em sono profundo e apenas deixo ele dormir.
Me levanto e vou até o banheiro. Tomo um banho, faço hidratação no cabelo, depois faço babyliss, maquiagem, escolho uma roupa e...
B – Não serve?!
Me olho no espelho.
B – Mas já?!
Viro de lado e continuo me olhando.
B – Mas eu nem consigo ver a barriga ainda...
Minha avó abre a porta do quarto, rindo.
Hillary – Desculpe, querida. Não queria me intrometer mas estava para bater na porta quando ouvi você falando sozinha.
Rio.
Vovó se senta na minha cama.
Hillary – Você não consegue ver a barriga ainda porque não existe uma barriga ainda. E você provavelmente não terá uma barriga muito grande... Mas pode perceber que você esta mais inchadinha sim.
Me olho no espelho novamente, dessa vez entortando a cabeça de todos os jeitos possíveis até que consigo enxergar.
B – Mas eu to com 1 mês só!
Hillary – Você é e sempre foi muito magra, Blair! Qualquer coisa já faz aparecer um inchadinho, e suas roupas vão parar de servir sim! Principalmente as mais apertadas...
Abro meu armário e pego um macacão preto. É mais soltinho, então com certeza serve. Além de disfarçar a “barriga”.
B – Que tal?
Visto-o e peço a opinião da vovó.
Hillary – Você é linda de todo jeito.
Sorrio.
Hillary – Já estava quase me esquecendo! Vim aqui para te avisar que Tyler já chegou! Está lá fora te esperando!
Me assusto e pego um sapato correndo e arrumo minha bolsa com pressa.
Encontro Tyler e logo vamos para um restaurante.
T – Você ta linda.
Sorrio.
B – Obrigada.
T – Sabe Blair... Logo que te conheci me encantei pelo seu jeito delicado e carismática de ser. E cada dia que passa me surpreendo mais com você, sempre quero saber mais a seu respeito.
Sinto minhas bochechas corarem.
T – Eu não sou o tipo de cara que vai te abandonar só porque a situação ficou difícil... Não. Eu to aqui, e eu quero que você saiba que eu to aqui.
Estou sentindo um frio na barriga.
T – E a situação é complicada? Sim. Mas eu não quero te perder por isso, na verdade quero fazer disso algo que nos aproxime. Eu consigo enxergar que você é única, e que eu não vou encontrar ninguém assim... Eu quero te ter por perto, e pode parecer cedo, mas eu sinto que preciso fazer isso.
Não consigo parar de sorrir.
T – Isso não é só uma demonstração do meu apoio pra qualquer decisão que você tomar, mas também quero que veja que você é realmente especial. Blair, quer namorar comigo?
Meu coração dispara ao ouvir aquelas palavras.
B – Sim!
Damos um beijo rápido por cima da mesa e logo o garçom chega.
T – Vamos comemorar! Um vinho? Champagne?
B – Eu... Acho que vou ficar no suco mesmo.
Tyler arregala os olhos.
T – Meu Deus, eu já tinha me esquecido! Mil desculpas.
Rio.
B – Imagina! Eu também ainda não me acostumei.
E a noite segue... Comemos pratos deliciosos, tomamos um suco de laranja com morango divino, e depois vamos ao cinema.
Já são 00h30 e Tyler me deixa em casa.
Estamos parados dentro do carro.
T – Eu to bem feliz, sabia?
Ele me olha sorrindo e eu sorrio de volta, e seguro na mão dele.
B – Eu também.
Beijo-o. Um beijo demorado e gostoso.
T – Qualquer coisa que precisar, me liga.
B – Pode deixar!
Falo enquanto saio do carro e fecho a porta do mesmo.
Ele espera eu entrar em casa e então vai embora.
Tiro os sapatos para não fazer barulho e vou andando em direção a sala, que está com a luz acesa.
Chegando lá fico paralisada.
B – O que você ta fazendo aqui?
JB – Blair... Você ta... Nossa!
Os olhos dele brilham.
Minha avó chega por trás de mim.
Hillary – Ah, você chegou querida! Tentei te ligar para avisar que Justin estava em casa, mas você não atendeu o celular!
Minha avó me olha como se também não estivesse entendendo nada.
B – Eu... Eu coloquei no silencioso, tava no cinema.
Minha avó concorda com a cabeça.
Hillary – Bom, agora que você chegou vou deixa-los a sós.
JB – Desculpe o incômodo e principalmente o horário, Hillary.
Ela se vira para Justin e sorri. Querendo ou não, minha avó ama ele.
Hillary – Imagina querido, eu ainda vou assistir House Of Cards.
Ele ri. E eu ainda estou paralisada sem entender nada.
Vovó sobe as escadas e eu escuto a porta do quarto fechando.
JB – Você tava no cinema?
B – Você ainda não respondeu a minha pergunta.
Meu coração está disparado e estou ficando sem ar. O que ele está fazendo aqui?
JB – Precisava de uma amiga...
Fico incrédula.
B – Desculpa, eu acho que não entendi direito.
Ele parece confuso.
JB – Eu e Hailey tivemos uma briga enorme e eu precisava voltar pra algum lugar, pra alguém que me entendesse.
Me sento, porque estou prestes a desmaiar de tanto nervoso.
B – Eu ainda não to entendendo.
JB – Você bebeu alguma coisa hoje?
Me sinto insultada.
B – Como assim se eu bebi algo hoje?
JB – Eu to te explicando a situação com todas as palavras e você continua me falando que não ta entendendo...
B – É claro que eu não to entendendo! Você some da minha vida e me exclui da sua e depois aparece aqui pedindo ajuda? Amparo? É isso que eu não to entendendo.
JB – Te excluir da minha vida? A única pessoa que fez isso foi você! Não atende mais nenhuma das minhas ligações! Não retorna minhas mensagens de voz! E mesmo assim eu to aqui!
Justin fica em pé e começa a ficar nervoso também.
B – Não, não, não, não, não. Eu acho que você ta confundindo a história. Quem não atende minhas ligações e não responde as minhas mensagens é VOCÊ! Eu tenho te ligado desde o dia que você foi embora, tentando manter contato e não tive NENHUM sinal de vida seu.
Ele parece confuso e ao mesmo tempo nervoso. Não para de travar o maxilar.
JB – Do que você ta falando? Quem te liga todos os dias sou eu! Você não me atende, nunca! Sempre cai na caixa postal!
Fico em pé e vou para perto dele, encostando o dedo na cara dele.
B – Olha aqui, você para de mentir e de pirraça pra cima de mim. A Hailey atendeu seu telefone ontem mesmo, quando te liguei, e me disse tudo!
JB – O QUÊ? Do que você ta falando?
Ele abaixa meu dedo.
B – Como assim do que eu to falando? Eu to falando do fato de você não querer falar comigo, falar pra ela que eu sou uma chata e que pareço uma fã desesperada! Eu tento manter uma porcaria de amizade com você e é assim que você me trata? Eu te ajudo durante as suas férias e é assim que você fala de mim pros outros?
Começo a perceber que ele está em choque.
JB – Não! Não! Eu não falei nada disso!!!!
Ele leva as mãos até a cabeça e fecha os olhos de nervoso.
JB – Me escuta! O motivo pelo qual eu vim aqui é por causa da minha briga gigante com a Hailey. E o motivo da minha briga com ela é porque eu descobri que ela anda mexendo no meu celular!
Ele pega o celular e procura meu número.
JB – Esse é o seu número, não é?
Ele me entrega o celular.
Olho confusa.
B – Não!
Ficamos em silêncio por alguns segundos.
Sem dizer nada, Justin vai até o telefone da minha casa e disca para o número que estava no meu contato.
Fico parada ao seu lado, apenas observando-o.
JB – Alô? Quem fala?
H – É a Hailey, quem gostaria?
Justin desliga o telefone e fica me olhando. Sem dizer nada.
Percebo sua expressão mudar várias vezes, ele está com muita raiva.
B – Quem era?
JB – Hailey. Ela mudou seu número no meu celular para um celular dela, então toda vez que eu te ligava, ela desligava o telefone na minha cara.
B – E quando eu te ligava você não atendia porque não tinha o número salvo.
Justin concorda com a cabeça. Ficamos em silêncio.
JB – Eu não aguento mais essa mulher, ela é louca.
Ele começa a andar de um lado para o outro.
JB – Fez a gente ficar sem se falar esse tempo todo, perdemos o contato, discutimos agora, eu nem sei mais o que está acontecendo na sua vida! Como você tá, se você tá bem, tudo por causa da Hailey.
Me aproximo dele e faço ele se sentar. Seguro a mão dele e tento acalmá-lo.
B – Realmente ela é meio louca, mas tudo bem, a gente já descobriu isso. Vamos trocar o número de novo e podemos voltar a manter contato, tá tudo certo, não precisa se estressar.
Ele olha pra mim e está tão perto...
JB – Você não entende Blair... Eu não gosto da Hailey. Ainda estamos namorando pelo único motivo de eu ter dó dela. Tenho dó de terminar com ela. Eu não a amo. E agora que sei que ela fez isso, vi esse lado dela, o caráter dela... Tenho nojo!
Respiro fundo.
B – Você não deve ficar com ninguém por dó! Não é certo... Nem pra você e nem para a outra pessoa. Você ta prendendo vocês dois num relacionamento nada saudável.
Ele sorri fraco e acaricia meu rosto.
JB – Você... É sempre tão sábia.
Meu coração continua disparado.
B – Justin, eu...
JB – Eu não amo a Hailey, Blair. E eu voei até aqui pra te contar isso.
Começo a ficar sem ar, sei aonde essa história vai parar.
Tiro a mão de Justin do meu rosto, mas ele coloca de novo e chega ainda mais perto.
JB – Eu vou terminar com ela.
B – Justin, me escuta...
JB – Porque eu te amo.
Ele olha no fundo dos meus olhos e eu me sinto hipnotizada pelos olhos dele.
JB – Eu amo você, Blair. Quando éramos pequenos, eu amava você. E desde que voltamos a ter contato, esse sentimento voltou mais forte do que nunca, e é como se nunca tivesse saído de dentro de mim. Eu menti quando disse que não lembrava seu nome... É claro que lembrava. Não menti sobre as memórias bloqueadas, mas eu sempre me lembrei de VOCÊ. Sempre senti a sua falta. Não sei se você percebeu, mas tenho muitas músicas pra você.
Estou sem palavras.
JB – É você, Blair. E eu vou te provar isso, vou terminar com a Hailey e então finalmente poderemos ficar juntos.
Ele se aproxima, pronto para me beijar.
Me afasto.
B – Justin.
Ele me olha.
B – Eu to namorando.
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