1. Spirit Fanfics >
  2. Histórias Cruzadas >
  3. Capítulo - 6: Mente nebulosa

História Histórias Cruzadas - Capítulo - 6: Mente nebulosa


Escrita por: ThasHoran

Notas do Autor


Meo deus eu to com outra pra att e não consigo deixar essa
Mas obrigado aos que estão acompanhando, e espero que gostem do cap.
Desculpem qualquer erro, eu betei, mas as vezes acontece de deixar escapar algo, se tiver algum erro me avisem please.
Comentem sobre o que estão achando.. Até uma proxima
Chansoo ama vcs e eu tbm <3

Capítulo 6 - Capítulo - 6: Mente nebulosa


 

Mente nebulosa 

 

Sentado em banco de um parque, Kyung pensava pela sexta vez, sobre o que ele iria fazer, havia passado a manhã inteira caminhando sem direção, a procura de uma solução, estava sem dinheiro, não tinha lugar para ficar – bom não permanentemente –, sem amigos, sem ninguém, tudo o que queria fazer era chorar igual a uma criança, assim quem sabe aliviaria um pouco o peso que estava sentindo, entretanto ele sabia que suas lagrimas não iriam ajudar, não faria sua vida melhorar, estava ferrado, essa era a verdade.

– O que vou fazer? – Disse o moreno para si mesmo deixando a cabeça pesar entre as palmas das mãos. Ele havia cumprido quase todo o seu propósito de vida, aniquilar seus inimigos, teve sua vingança – ou pelo menos quase toda –, deveria estar satisfeito, feliz por aquele pesadelo ter acabado, entretanto estava vazio, sentia um vasto profundo dentro do seu ser, e nem a grama mais verde daquele parque faria a sua terra seca brotar ramos de avivamento, estava igual a areia do deserto. Seco.

O vento fraco que soprava contra seus ouvidos diziam-lhe coisas desconexas, cochichos sem sentidos, mas aquelas correntes eram velhas amigas de Kyung, foram momentos como aqueles que o levou a tomar grande decisões, como quando a fera dentro de si possuía cada pedacinho seu o levando para caça, era daquele jeito, confinado em seus próprios pensamentos, que matutava de que maneira iria executar sua presa, ou quando estava a beira do precipício, e aquelas redes ventosas lhe ajudavam a encontrar um caminho de volta a vida.

 – Faz tantos anos.... – Disse Kyung pegando em sua bolsa um diário, e pelas letras gravadas, poderia se dizer que era dele, era notável que sua caligrafia vinha carregada de sentimentos, recheados de contos e lagrimas, as palavras descritas nele era um pedaço da alma do moreno que havia ficado no passado, mas que as vezes vinha à tona quando seus dedos folheavam, uma por uma as páginas rabiscadas – Você foi o único.... – Ele abriu em uma lista de nomes, haviam muitos deles, todos estavam grifados, exceto por um, o nome do seu criador, aquele que deu vida a besta que residia em seu coração adormecido, mas que só de lembrar dos fatores que lhe levaram até ali, ela rosnava na escuridão, esperando apenas uma oportunidade para sair – O único que escapou de mim, provavelmente deve estar bem longe.

No fundo era o que ele queria, que seu mercante estivesse bem longe, em um lugar onde ele não pudesse encontrar, porque se isso acontecesse nem os céus iriam conseguir aquietar a fera sedenta por sangue e vingança. Aquele jogo que o baixinho vivia era particularmente fora do normal, era como se olhar no espelho e ao invés de refletir sua imagem, ele se deparava com outra figura, desconhecidas pelos seus grandes olhos, mas que olhando bem de perto se parecia bastante com ele. Uma aberração.

Mesmo com a mente conturbada, ele não pode deixar de sentir o calor que Park Chanyeol emanava, e para alguém como o moreno, era difícil reconhecer quando alguém lhe fazia bem, só de pensar naquela cabeleira ruiva um sorriso despretensioso desenhou seus lábios, era fato que o ruivo era único, até mesmo especial, entretanto aquilo era uma coisa que se Kyung quisesse conhecer, ele teria que abrir mão de sua solidão, e se aproximar do grandão. Não que aquilo tivesse nos seus planos, mas não era ele quem mandava mais no seu destino, e a partir do momento em que decidiu que lavaria suas mãos do sangue que derramou, ele assinou sua carta de soltura, estava livre para ser feliz, mas convenhamos.... Como um pássaro sobrevoa o céu sem suas asas? Impossível. Mas estava tudo bem, porque Chanyeol seriam suas asas, seria seu sol e lua, terra e mar, tudo o que ele precisava fazer era dar-se uma chance. Do que ele estava fugindo? Não haviam mais caminhos para ele trilhar, nem espinhos para se furar, e a grande pedra em seu caminho agora seria Park, ele iria tampar o rombo que ficou em seu coração, ele só tinha que tomar as decisões certas.

– Aquele orelhudo.... – Kyung tinha Chanyeol em seus pensamentos mesmo sem ele querer, o cheiro de hortelã que banhavam aqueles lençóis haviam impregnado a pele do moreno, o aroma ainda era presente, e ele querendo admitir ou não, o ruivo tinha ganhado um pedacinho seu. O fato era que, o ruivo conseguiu ser para o moreno, o que muitos não foram capaz, humano. Na concepção de Kyung as pessoas eram lobos em pele de cordeiros, falsas não só com as outras, mas com elas mesmas, e ele já havia perdido a fé no ser humano, descreditava que poderia existir alguém que se compadecesse com a dor dos outros, ou que não se importava apenas consigo mesmo, no entanto, Park era a prova viva de que o menor estava errado, e que apesar do caos que era humanidade, ainda restavam lírios no mundo e não só apenas os espinhos deixados de rosas murchas. 

Ainda era de tarde, não fazia sol, apenas uma dessa neblina pairando o ar, e só havia um caminho que o moreno poderia seguir dali, para casa de Chanyeol, sua tentativa de conseguir empréstimo no banco falhou, ir atrás de uma vaga em qualquer lugar para trabalhar também não tinha vingado, e se ele estava certo, aqueles ventos trariam uma noite chorosa com muitos raios, ele não tinha guarda-chuva, sua melhor opção era o apartamento, e foi o que ele fez. Kyung sem pressa levantou-se do banco de madeira daquele parque, seus pés traçavam uma longa rota de volta ao aconchego do ruivo, enquanto caminhava pela calçada das ruas movimentadas, ele admirava as nuvens cinzas que tintilava o céu, adorava a maneira voraz que elas brigavam por espaço naquela imensidão sem fim,  mesmo sendo tão distintas eram tão iguais, assim como seu companheiro que rangia os dentes aos silêncios dentro de si. Antes de atravessar uma rua pavimentada de prédios e mercados, ele sentiu um aperto no peito, como se algo tivesse pressionando seus pulmões, não era uma dor, muito menos algo comum, era diferente, se pudesse descrever diria que era como se uma mão tivesse lhe empurrando de volta, e bem... Se ele bem soubesse que aquele sentimento era um aviso para sair daquela avenida, ele teria escutado, pois o que passou diante de seus olhos não era uma miragem, se fosse diria que estava louco, porém era real demais para ser verdade.

Estava certo que a vida estava dando ao moreno uma segunda chance, entretanto não era de graça, se Kyung quisesse mesmo saber como era ser amado e preencher o vazio do seu mundo, teria que enfrentar a maior prova de sua vida, independentemente do que ele tenha passado, o universo nunca era bem claro quanto aos termos que ditavam aquele desafio, e o contrato rasgado que ele achou que tinha sido sua carta de soltura, era na verdade apenas uma parte do acordo, tinha que pôr a prova seu maior inimigo, ele mesmo.

Um carro preto vinha naquela avenida em que Kyung estava estacionado esperando o sinal fechar, aparentemente parecia ser um veículo comum para que quer que olhasse, mas não para o menor, aquele símbolo minucioso desenhado na traseira do carro em um triangulo dourado só pertencia apenas um homem, e ele sabia exatamente quem era. Seu coração parecia que ia soltar pela boca, não poderia ser ele, poderia? Seu mercante? Não poderia, afinal o moreno havia passado tantos anos procurando o maldito que perdeu as contas de quantas facções teve que se infiltrar para procurar nem que fosse um fio de cabelo daquele sujeito, e aquele desenho significativo era o símbolo que chamava-lhe para a morte, como se fosse um código de irmandade para o mandante daquelas operações. Mas verdade seja dita, seu malfeitor não era alguém estupido a ponto de dar as caras para ter sua cabeça decepada pelo nanico, ele tinha plena consciência de que Kyung estava a sua caçada – mesmo que desconhecesse sua verdadeira identidade – e que seus homens do passado haviam sido mortos brutalmente pelo garoto de lábios carnudos, o moreno deixava sua impressão em todas as transgressões que cometia, como um aviso de que dia menos dia, ele iria encontrar o mandante daquela facção. O homem acreditava ser algum agente especial tentando acabar seus planos com o contrabando de crianças e Kyung também era caçado, logico que era, e ele esperava por isso, não era como se o responsável pela sua dor fosse ficar de braços cruzados vendo-lhe devastar tudo o que era seu, não, era um jogo de gato e rato, e quem fosse pego seria a refeição.

– Isso não pode ser verdade! – Exclamou o moreno ao ver o carro seguindo para a rua do Shopping Center, instintivamente ele atravessou a faixa correndo sem se importar se seria atropelado ou não na esperança de seguir o carro. Se ele desse sorte iria anotar aquela placa e tentar localizar para onde ele iria. Mas só agora ele tomava consciência de que a tempestade que vinha não era no céu, e sim dentro do seu coração, pois o carro parou na frente do Shopping, o mesmo lugar em que o orelhudo trabalhava, mas Kyung não sabia disso, e no fundo ele estava temeroso ao ver o veículo parar em frente ao grande prédio espelhado, se o que ele pensava fosse verdade, alguém ou até mesmo o homem cuja paz havia lhe roubado sairia daquele carro. 

Ele ficou de longe esperando a porta do carro ser aberta e finalmente revelar quem era o homem que estava dentro daquele veículo conhecido tão bem por si. A porta direita se abria, era como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta, mal controlava as batidas do coração, podia sentir o sangue esquentar, e tudo girar, mas bastou uma cabeleira ruiva sair do carro para seu peito doer.

– Chanyeol? – Indagou o moreno confuso. O que ele estava fazendo naquele carro? Na sua mente perturbada mil coisas se passavam, fazendo varias teorias do ruivo tê-lo acolhido em sua casa, talvez ele fizesse parte da facção e estava fazendo aquele teatro apenas para por um fim em sua vida. Aquilo queimou as orbes de Kyung, se o que divagava estava correto ele estava em maus lençóis, apesar de nenhum dos capangas terem descoberto sobre si na época, algo lhe dizia que estava correndo perigo, e só tinha uma maneira de cortar o mal pela raiz, matando. E logo mais dois homens saíram da parte traseira causando um furor nas veias de Kyung, levando a crer que estava quase certo do que pensava. Um era branco, magro, alto e bonito, parecia um modelo, e o outro foi a deixa para fazer as estribeiras de Kyung tremer – Jongin?  



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...