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História Histórias de um prisioneiro - Capítulo 14 - Planos e tempestade à vista


Escrita por: Lady_Lestrange

Notas do Autor


* Tirando as teias de aranha* Tem alguém aqui?Alô?

Sim, eu sei que sumi por décadas, e não, não abandonei a fic, maiores explicações nas notas finais blz?
Então sem delongas boa leitura >w< <3 <3

Capítulo 18 - Capítulo 14 - Planos e tempestade à vista


Capítulo 14 - Planos e prelúdios de uma tempestade

 

Matthew acordou ouvindo uma movimentação estranha em torno de si. Abriu o olhos com certa dificuldade, pois além da claridade ofuscante sentia um ligeiro incomodo na orbe direita; Foi quando de súbito percebeu que não estava em seu colchão desconfortável no alojamento, mais sim em uma cama macia e fofos travesseiros de plumas de ganso. Olhou ao redor e percebeu que estava em um quarto luxuoso, muito diferente da espelunca em que estava na noite anterior.

Tentou se levantar, porém, sentiu uma dor lascinante e mãos pequenas e gentis o impedindo de se movimentar.

- O que o senhor pensa que está fazendo? – Perguntou a senhora idosa de forma severa – Não está vendo que não tem condições de sair desta cama? – Continuou enquanto o cobria com um lençol – Descanse, pois ainda está febril e pálido como papel – Finalizou de forma gentil enquanto colocava a mão enrugada afim de medir sua temperatura.

Matthew a olhou como se fosse um bicho de sete cabeças e se encolheu contra a cama “Onde estou e o que essa senhora está fazendo aqui?” Pensava desesperado enquanto tentava se lembrar do ocorrido na noite anterior. Fechou os olhos, e de repente imagens de certo loiro desbotado e um brutamontes vieram a sua cabeça, “Claro, como pude me esquecer?” pensava enquanto sentia seu peito arder a cada suspiro.

- Aonde estou? – Perguntou abrindo os olhos e encarando a idosa que tricotava de forma tranquila um cachecol azul celeste – E quem é a senhora? – Continuou seu monólogo enquanto via a mesma somente desviar os olhos afiados do tricô e lhe encarar silenciosa – Será que dá pra senhora me responder ou vai ficar me ignorando? – Perguntou irritadiço

- Fui orientada a não dar maiores informações – Respondeu terminando mais um ponto no cachecol – Mas sei também que precisa de uma explicação, cuja mesma não fui designada a lhe contar meu rapaz  – Disse sorrindo doce para Matthew

- Orientada por quem? Pode me contar eu não irei lhe fazer mal algum – O castanho disse nervoso – Até porque acho que não estou em condições para tal né? – Sorriu sem graça

- Meu nome Yoko Uehara, sou a governanta de Tatsuo-sama – Respondeu suspirando resignada – E você está nos aposentos de meu senhor – Continuou vendo o garoto empalidecer ainda mais

Matt sentiu sua alma sair do corpo quando ouviu a mais velha falar aquele absurdo e pigarreou secamente em busca de sua voz.

- E-e porque fui trazido para cá? – Perguntou afoito, o que Tatsuo estaria planejando fazer consigo?

Yoko vendo o desespero do mais novo, tratou logo de explicar a situação da melhor maneira possível.

- O senhor foi encontrado muito ferido em frente ao banheiro comunitário, estava desacordado e tinha diversos hematomas pelo corpo – Contou pesarosa ao se lembrar do estado em que o mesmo fora encontrado pelos soldados – Achamos que não suportaria os ferimentos, já que levou muitos chutes na região do abdome e suspeitávamos de uma possível hemorragia interna – Falou enquanto enchia um copo com água da jarra que tinha ao lado de sua cadeira de balanço posta em frente ao garoto. – Mais por sorte você apenas fraturou duas costelas, deslocou o ombro, está com um leve trauma na cabeça devido à queda e um olho roxo – Disse oferecendo o copo para o mais novo, que pegou sem pestanejar, tomando de forma sedenta – Vá com calma meu jovem, ainda está fraco – Falou enquanto via o mesmo tossir de forma violenta ao se engasgar.

- Meu Deus, não achava que havia sido tão grave – Matthew disse assustado com o estrago que haviam feito em si – Mas a senhora ainda não me falou porque de estar aqui – Falou enquanto depositava o copo no criado mudo ao seu lado.

- Bom, quando ficamos sabendo do ocorrido, mandei um dos homens avisar Tatsuo-sama do que havia acontecido – Começou Yoko se lembrando momentos antes da correria que havia sido quando encontraram o castanho inconsciente – E ele deu ordens expressas para trazê-lo até o seu quarto para que eu cuidasse de seus ferimentos sem que ninguém soubesse ou visse. – Disse se sentando na beirada da cama

- E onde ele está? – O castanho não conseguiu reprimir a curiosidade de saber sobreo paradeiro do mais velho

-  No escritório – Comentou séria – E confesso que nunca o tinha visto tão furioso quanto hoje, não quero estar no lugar das pessoas que fizeram isso com você – Disse com a voz trêmula – Tatsuo sabe ser impiedoso quando quer menino – Falou de forma sombria

Matthew sentiu um tremor subir por sua espinha e um pressentimento ruim lhe preencher de maneira assustadora. Algo ia acontecer ele tinha certeza.

 

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- Aii, tire essas mãozinhas imundas do meu ombro seu projeto de quebra nozes – O ruivo resmungou enquanto estapeava de leve os dedos magros do garotinho a sua frente

- Deixa de ser fracote Johnny, nem parece que tem 20 anos – Falou o menino revirando os olhos

Jonathan havia sido levado às pressas para enfermaria devido a um deslocamento no ombro esquerdo e escoriações graves nas mãos, e Dylan se oferecera para acompanhar o ruivo.

- Será que não tem nenhum médico nessa porcaria aqui não? – O irlandês perguntou revoltado enquanto olhava em volta da pequena enfermaria. – Ou quem sabe a porcaria de um enfermeiro, será que é pedir demais? – Continuou enquanto soltava gemidos baixos de dor.

De repente a porta se abre em um rompante e um rapaz baixo e de corpo esguio adentra lentamente o recinto

- No momento não temos médicos, mais quem sabe a porcaria do enfermeiro aqui possa lhe ajudar com o seu...caso – Respondeu o recém-chegado assustando os demais que não esperava a presença do mesmo ali

Jonathan levantou o olhar e quase caiu da maca com o que viu. Ali na sua frente, estava um belo homem na faixa de seus 22 – 25 anos, estatura mediana, corpo esbelto com coxas grossas e um traseiro que por Deus...eram perfeitos. Trajava uma calça social caramelo, sapatos sociais marrons e bem polidos, uma camisa azul claro muito bem alinhada e justa ao corpo, revelando alguns poucos músculos na parte do abdômen. “ Uma tentação para qualquer ser vivo” pensou enquanto encarava de forma descarada o japonês que ficou desconfortável ao perceber que era literalmente engolido pelo ruivo atrevido.

Ouviu um pigarro e a voz aveludada do oriental se fez presente no ambiente o despertando de seu torpor.

- Me disseram que se machucou, pode me mostrar onde dói?- Perguntou com tom profissional, ainda desconcertado pela ousadia do ruivo.

“ Se eu te disser onde está doendo, garanto que não irá gostar” pensou sacana, sentindo seu membro começar a despertar ao sentir o aroma almiscarado que se desprendia do rapaz. Portanto ao se deparar com a carranca desgostosa do enfermeiro, apontou para o ombro deslocado e no abdômen.

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O clima naquele escritório estava pesado. Tão pesado que o pobre soldado poderia cortá-lo ao meio sem o menor problema. Olhou para Tatsuo que estava sentado em sua mesa com uma expressão séria enquanto tragava o segundo cigarro desde que entraram ali, a postura rígida e e a expressão amarga dominava a face jovial do homem.

Higurashi respirou fundo, soltando o ar preso em seus pulmões, tomando coragem para dar início a longa conversa que teriam.

- Miyazaki- sama com todo respeito... – Começou de maneira baixa, porém fora interrompido com um aceno brusco do outro pedindo silêncio – Perdão senhor... – Disse abaixando a cabeça em sinal de respeito.

- Quero que descubra os responsáveis e os traga até mim – Disse tragando uma última vez o cigarro de filtro branco, o apagando no cinzeiro de prata – Quero cuidar pessoalmente para que os responsáveis paguem muito caro por terem maculado algo que pertence a mim – Disse fechando o punho com força – E garanto que irão se arrepender do dia em que nasceram... – Recostou de maneira relaxada, mais o cabo via os olhos escuros arderem de ódio.

- Como quiser Tatsuo-sama – Respondeu engolindo em seco, ao imaginar o que seu superior seria capaz de fazer.

 

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- Como está o desenvolvimento do projeto USJ-9 Doutor Wilson? – Perguntou o senhor de idade avançada e bigode espesso, enquanto expelia a fumaça fedida do charuto.

- Obtivemos 100% de êxito nos testes preliminares senhor –Respondeu o rapaz de pouco mais 30 anos trajando um jaleco impecavelmente branco e óculos fundo de garrafa – Na próxima semana poderemos começar com os testes de campo, onde veremos o potencial nuclear e a topografia do melhor lugar onde poderá ser lançada  – Fez uma pausa ajeitando os óculos – De acordo com os meus cálculos, tanto a nossa Little Boy quanto a Fat Man estarão em plenas condições para serem lançadas muito em breve senhor. – Disse com orgulho na voz.

- Quanto tempo? – O velho perguntou impaciente – Sabe que não podemos esperar mais não é? – Continuou de forma severa – Esses asiáticos imundos estão ganhando terreno a cada dia que passa, e não podemos de maneira alguma perder esta guerra para os alemães – Disse enquanto se servia de whisky e oferecia ao jovem a sua frente, que negou de forma discreta – Ficou sabendo que os italianos se juntaram à corja de Hitler? – Perguntou, recendo uma negativa – Pois é, Mussolini não dá ponto sem nó meu caro – Riu desgostoso – Ele tem os mesmos objetivos que o maluco, tanto quanto a sede de dominar toda a Europa e o mundo. – Pausou sorvendo um pouco da bebida âmbar – Por isso que temos que impedir essa loucura, ganhando essa guerra através dessas belezinhas destrutivas que temos aqui meu caro Nathan – Riu de forma cruel – Vamos mandar tudo pelos ares, e quando eles menos esperarem BANG! Tudo estará em ruínas e será o momento perfeito para o grande ataque – Disse efusivo, assustando o cientista

- Mas...e os civis senhor, como faremos para retirá-los de lá antes da detonação? E os nossos compatriotas que foram feitos prisioneiros nas bases inimigas? – Perguntou Wilson de maneira desesperada, enquanto olhava a expressão indiferente do homem a sua frente.

- Meu caro Wilson... o senhor parece que não está entendendo as regras do jogo – O general disse de forma irônica – Não podemos fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos não acha? Nossos soldados estão apenas cumprindo o que lhes foram designado, estão servindo ao nosso país, cumprindo o seu dever como verdadeiros americanos – Disse indiferente – E se for preciso que morram, para que nos tornem os grandes heróis dessa história, que assim seja – Falou pousando o copo vazio na mesa – E quantos aos civis? Bom, que Deus os acompanhe – Finalizou dando de ombros.

O cientista ao ouvir o general dizer aquelas barbaridades, sentiu o sangue gelar em suas veias e o coração acelerar de maneira sombria, sabia que teriam que vencer aquela guerra e tinha consciência que pessoas inocentes morreriam também, mais ser o principal responsável por carregar todas aquelas mortes nas costas era demais para si.

“ Tenho que impedir isso sem atrapalhar nossa vitória, eu preciso.” Pensou suando frio ao ver que fazendo isso, estaria assinando sua sentença de morte.


Notas Finais


Geente, sei que demorei horrores pra atualizar e peço um milhão de desculpas pelo atraso (de novo), sei que muitos que acompanham a história estão pensando que eu literalmente abandonei a fic, porém nos últimos meses aconteceram algumas coisas que me forçaram a entrar em um breve hiatus sem qualquer tipo de aviso prévio. T-T Minhas humildes desculpas e.e
Maaaas... aqui estou eu novamente com um capítulo novinho e cheio de amor pra vcs, durantes esses meses em que eu fiquei fora, eu pensei muito, escrevi muito... e cheguei a conclusão de que já passou da hora dessa história entrar em uma fase bem diferente, porém sem estar fora dos parâmetros que eu determinei desde o início...Por isso peço que tenham um pouco de paciência comigo :3

Mais uma vez obrigada pelos reviews e pela oportunidade de mostrar um pouco do meu trabalho pra vcs <3

Enfim, espero que tenham gostado e não deixem de acompanhar!
Beijos de luz e até a próxima! <3

*Capa temporária*


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