Respirei fundo;
Não é possível;
"Será que esses babacas estão nos seguindo?" Pensei.
- Olha só se não são as líderes de torcida... - Gabriel disse olhando direto para mim.
- To viajando legal aqui. - Alicia.
- Será que seria possível vocês deixarem a gente em paz aqui e irem pra outro canto? - Margarida disse levando a mão na cabeça, ela estava ainda mais incomodada que eu.
- Hmm, essa que é a facinha que você falou pra gente, cara? - Um dos garotos que não conhecíamos perguntou ao que Margarida havia beijado no campo.
- Exatamente. - Respondeu o garoto.
- Olha, você não vai ofender a minha amiga assim não! - Ok, não sei de onde saiu a minha coragem.
- Cala a boca baixinha, tenho pendência com você, trata de se achar menos. - Gabriel.
- Agora sou eu quem fala, quem vocês pensam que são pra falar assim com as minhas amigas? SEUS COVARDES! - Alicia se irritou e queria partir pra cima do Gabriel, até tentamos segurá-la, mas ela deu um tapa na cara dele na velocidade da luz.
- Vadia infeliz! Você sabe quem é o meu pai? Eu posso acabar com a sua vida! - Gabriel se enfureceu, todas olhávamos a cena espantadas.
- NÃO ME INTERESSA QUEM É SEU PAI!
- Eu vou chamar os seguranças. - Laura disse amedrontada.
- Você vai é ficar quietinha aí, baleia, ninguem vai fazer nada contra mim, o meu pai é o maior advogado do país, ninguem se atreve. -Gabriel.
- Hahahahaha, Entre tantas meninas gostosas, tinha que ter o câncer do grupinho! - Um dos garotos disse fazendo os outros rirem, Laura começou a chorar e Margarida a abraçou.
- Olha, por que você simplesmente não esquece da gente? Podemos ir embora simplesmente... Não queremos confusão... - Tentei apaziguar.
- Esquecer? Esquecer, Marcelina? Só quando você e essa vagabunda do seu lado - Ele apontou para Ally - me pedirem perdão pelo fora e pelo tapa, mas peladas na minha cama! - Gabriel.
- FILHO DA MÃE EU VOU TE MATAR! - Alicia estava furiosa.
Entre um segundo e outro pedi aos céus que nos tirasse logo dali, eu estava ficando com medo, a confusão cada vez maior, a covardia e as provocações do Gabriel também, mas o que eu menos esperava era avistar de longe os meninos, Paulo, Mario, Davi, Jaime, Daniel, Cirilo, Koki e Adriano, pensei estar delirando, mas não, eles realmente estavam ali, e quando Paulo notou a confusão, chamou os outros para irem mais rápido.
- Marcelina e Alicia que merda é essa aqui e o que cês tão fazendo com esses cuecas aqui??? - Paulo gritou e todos se assutaram, eu era a unica que havia visto eles vindo em nossa direção.
- ESSES IMBECÍS, PAULO, ESTÃO DIZENDO COISAS HORRÍVEIS PRA GENTE, PRINCIPALMENTE PRA MARGARIDA E PRA SUA IRMÃ! - Alicia e sua impulsividade.
- Como é que é? - Paulo olhou pra eles furioso, os garotos que estavam em 6, não esperavam por aquilo, mas Gabriel encarou Paulo, pronta estava a confusão, agora as coisas iam mesmo piorar.
- É isso mesmo, e o que você tem a ver com isso? - Gabriel estava prestes a começar a briga, assim como Paulo.
- Eu sou irmão da Marcelina e namorado (namorado? Oi?) da Alícia! E você? Uma bichinha que fica crescendo pra cima de mulher, mas eu não duvido nada que de o cu pra esses puxa-sacos seus aí atrás!
Pronto! Gabriel respondeu Paulo com um soco no estômago, mas Paulo revidou distribuindo socos no rosto de Gabriel, comecei a chorar desesperada, eu queria ajudar meu irmão, mas era capaz de eu entrar no meio da confusão e apanhar, Mário e os outros meninos da nossa turma tentavam separar a briga, mas era inútil, os amigos do Gabriel não fizeram nada além de ficar torcendo pra ele, rídiculos mesmo... Quando finalmente conseguiram separar a briga, os seguranças chegaram, e adivinha? Nos colocaram pra fora! Isso porque o Gabriel disse pra não chamarem a polícia, o que eu não entendi, mas ele disse que iamos pagar caro por isso, nessa altura todas as meninas estavam chorando assustadas, menos Maria Joaquina e Alícia que estava explodindo de raiva e dizendo varios palavrões, eu em potencial estava espantada e muito mal, porém feliz pelo meu irmão ter me protegido, Mario estava abraçado comigo enquanto esperávamos o Paulo no pronto-socorro.
- Eu deveria ter feito alguma coisa, Marce, me perdoa... - Mario estava cabisbaixo. - Deveria ter ajudado o Paulo a bater naquele imbecíl.
- Eu não ia gostar de te ver brigando, assim como não gostei de ver o Paulo, você fez o certo... - Eu tambem estava cabisbaixa.
- Então aquele era o mané que você contou aquele dia, né?
- Sim. - Uma lágrima escorreu dos meus olhos.
- Eu JURO, eu vou me vingar desse cara.
- Mario esquece isso, o importante é não ter acontecido nada de mal com o paulo.
- É, você tem razão... Eu te amo Minha baixinha. - Ele olhou diretamente nos meus olhos, que antes de direcionavam ao chão.
- Eu também te amo.
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