História Histórias de uma Adolescência - Marilina - Would you be my baby tonight?♩

Depois que os meninos ja tinham se trocado no vestiario, e nós também, em frente a entrada do campo, todos os alunos aguardavam sua carona, taxi ou uber para ir pra festa na escola, todos estavam muito animados, mas os garotos mais ainda, em maioria com a cara de que estavam "aprontando alguma". Eu, o Mario, meu irmão e a Ally iriamos juntos de uber, quando chegou o bendito ... atrasadíssimo, pra variar, Paulo insistiu que eu ia no banco da frente, que era pra eu e o Mario não aprontarmos nada, vê se pode, o que iriamos poder fazer com aquele carro cheio? Meu irmão é paranoico!

Chegamos à escola, várias pessoas estavam esperando do lado de fora, já que a unica que estava com as chaves era a Maria Joaquina,  mas ela não demorou a chegar e abriu o local... O que já estava combinado entre os meninos era arranjarem um som, luzes e montar uma playlist. ( Ps: na playlist soube que a Bibi e a Maria ajudaram ). E me parece que fizeram tudo isso muito bem, logo montaram o som e as luzes.

- Hora do plano! - Meu irmão  exclamou junto ao Koki.

- É mesmo, vou ir com o Jaime no carro do irmão dele pra ajudar com a minha parte. - Mario disse e saiu correndo.

- Que plano? -Perguntei muito curiosa.

- Apagar o Firmino. - Koki respondeu na maior calma.

- QUÊ?????!

- Eles não vão matar o Firmino, Marcelina. - Alicia me respondeu revirando os olhos.

- A gente vai botar ele pra dormir com esses comprimidos, só isso. - Paulo mostrou.

- E a gente faz o que?

- Ou ajudam a pegar as bebidas, ou não atrapalhem ninguem enquanto isso. - Koki.

- Bebidas? - Fiquei assustada.

- Ah, já deu Marcelina, cala a boca. - Paulo ficou impaciente, e foi grosseiro como sempre, af.

Em seguida sairam para " por o plano em ação ", achei uma tremenda falta de juizo e respeito fazerem isso com o pobre do Firmino, e não era pra ser uma festa inoscente de adolescentes para comemorar o jogo? Do nada eles inventam de arranjar bebidas e tudo mais?

-Quebra de tempo-

Paulo e Koki reapareceram bem depois que o patio da escola já havia enchido de gente, e as musicas animadas já tocavam, eu e Ally ainda estavamos desanimadas encostadas num canto, o mario eu nem havia visto ainda.

- O plano foi um sucesso! - Paulo disse ao chegar e abraçou a Alicia.

- Agora deixa eu ir procurar a Bibi que eu tenho outro plano até o fim da noite, sabe. - Koki disse e foi zoado por Ally e Paulo enquanto entrava na multidão.

- Vem cá Marcelina, por que você não vai procurar o seu amado? - Paulo.

- Que Amado? - Estranhei.

- Tem outro que eu não conheço? - Ele respondeu e eu bufei e decidi mesmo sair pra não segurar vela.

Encontrei Marga sozinha no meio da multidão e a chamei, ela veio animada em minha direção.

- Marce, eu estava procurando você e a Maria, vamos lá fora, os meninos precisam de ajuda! 

Não entendi nada, mas concordei e saí com ela.

- Olha eles ali! - Ela gritou e me arrastou correndo em direção a um carro de onde os meninos tiravam caixas e mais caixas... Inclusive o Mario.

- Mario? - Chamei sua atenção.

- Oi baixinha! - Ele parou o que fazia e me deu um beijo na testa.

- Hummmmmmm... - Jaime e os outros zoaram.

Foi então que percebi o que eles estavam fazendo... estavam levando bebidas alcóolicas la pra dentro!

E Marga já até havia pego umas garrafas pra levar lá pro "Bar" que improvisaram na cantina.

- De quem é esse carro? - Perguntei.

- Do Jonas,  irmão do Jaime. - Mario Respondeu.

- Cadê ele?

- Tá de Barmen.

- Como vocês são irresponsáveis, hein! 

- Ah, Marce... Porque não deixa a Marcelina certinha de lado hoje e... mostra a Marce que você mostra pra mim quando estamos sozinhos? - Ele susurrou bem perto da minha orelha e eu estremeci.

- Eu vou pensar... - Sorri maliciosa e já fui pegando duas garrafas de ICE para ajudar a levar, já não faltavam muitas e o resto dos garotos trouxe o restante.

Ao deixá-las com o irmão do Jaime, eu e Mario fomos sentar numa das mesas da cantina.

- Eai Mario, bora começar os trabalhos? - Jaime disse mostrando seu copo cheio.

-Ainda não parça, mais tarde. - Mario disse rindo do amigo, que sentou ao nosso lado.

Marce, vem cá dançar sua loucaaaaa! - Marga novamente me arrastando, puxou-me para a pista de dança, onde as meninas já se acabavam.

Sempre fui bem tímida, mas quando se trata de dançar, eu gosto muito! Começamos com um funk pancadão, fizemos uma rodinha, eu, Marga, Bibi e Valéria. De lá notei de longe Daniel e Carmem conversando em um canto afastado e sorri satisfeita, então dancei despreocupada, rebolei pra caramba, sem nenhum medo de ser feliz. Depois de dançar bastante, Valéria decidiu que era hora de a gente tomar uns golinhos, e eu topei, já estava tudo perdido mesmo, até o Mario notei que já tinha um copo na mão.

Fomos até o lugar onde estavam servindo e pedimos um copo de tequila pra cada, e me arrependi amargamente (literalmente), de ter tomado aquilo!

- A mocinha deseja algo pra tirar o gosto de tequila da boca? - O irmão do Jaime ofereceu simpático.

- Por favor- respondi.

E ele me entregou uma latinha de skol beats, bizarro, eu jurava que ele ia me dar um copo de água e tal, e não mais álcool. Afinal decidi dar uma chance a latinha de cerveja e tomei um pouquinho.

- Caceteee, que negócio gostoso!! - Banquei a louca com as meninas e elas riram da minha cara me aplaudindo.

- Uhuuuuuul, a Marce desencanou! -  Valéria comemorou.

Tomei toda  aquela cerveja tão rápido que nem percebi, quando vi eu já estava pedindo a quinta lata de cerveja para o Barmen.

Voltamos a dançar na pista, quando notei que trocaram os animados funks por algo sensual, procurei Mario com os olhos e vi ele sentado no primeiro degrau da arquibancada, junto a Jaime, Davi e Adriano. Sussurrei para Marga: 

- Hora de sensualizar!

E ao Som de 'Sail - Awolnation', Marga, eu e Valéria, nos viramos de lado, num lugar da pista onde os garotos conseguiam nos ver, coloquei as mãos na cintura de Marga e Valéria colocou as mãos na minha, enquanto faziamos uma coreografia sexy, sensualizávamos o máximo que podíamos para atrair olhares, encostávamos uma nas outras e sorríamos, provavelmente posso dizer que já estávamos sob efeito de álcool. E sim ! Os meninos não tiravam os olhos da gente, a maioria parou o que estava fazendo pra ver a gente, só não sei se estavam nos tarando, ou olhando pra saia laranja chamativa que Maria Joaquina havia me feito comprar no shopping, mas prefiro que seja a primeira opção. Sempre que nossas bebidas acabavam, valéria escravizava a coitada da Laura pra buscar mais para nós, para que não precisássemos sair da pista, ou seja, já estavamos "bem lokas" como dizia a Valéria. 

Eu não conseguia tirar os olhos do Mario e ele não tirava os dele de mim enquanto eu dançava 'Monster - Meg & Dia'.

Vi ele se levantando e vindo até mim, também estava um pouco alterado pelo álcool.

Ele me puxou pela mão e eu o segui, ele me levou até um corredor onde não havia ninguém.

- Mário, você viu meu irmão e a Ally? - Perguntei, realmente eu queria saber onde eles tinham se metido.

- Eu não sei, mas acho que eles devem...

- Ter ido fazer besteirinhas... - Eu disse rindo, com a típica risada que eu sempre critiquei nas pessoas bêbadas, realmente perdi o juizo.

- Exatamente! - Ele riu.

- Vamos pra biblioteca? - Sugeri.

- O que você quer fazer, lá, espertinha? - Ele sussurrou no meu ouvido e foi me encostando na parede.

- Nadinha. - Falei rindo mais.

- Eu acho que tá fechada.

- A Maria tem a chave. - Falei brincando com meus cabelos.

- Então vamos achar a Maria... - Ele se divertia com meu sorriso de criança sapeca.

Voltamos pra festa e vimos Maria conversando com Daniel e Carmem, Mario foi até lá e disse algo para Maria que veio com ele até mim.

- Vocês vão me causar problemas... - Ela disse contrariada.

- Nós ficamos devendo o favor, amiga, eu te ajudo amanhã a limpar essa bagunça.

- Promete? - Ela já ficou um pouco mais interessada.

- Sim.

- Toma, depois devolve, e vê lá o que você vai aprontar!

Peguei o molho de chaves e abrimos a biblioteca, graças a Deus estava escrito "Biblioteca" na chave! Entramos e trancamos em seguida, eu em meu estado normal estaria morrendo de vergonha, ou de medo nessa situação, mas eu bebada estava me divertindo como uma criança que ganhou uma boneca nova ou foi a um parque de diversões.

Riamos e nos beijávamos descontroladamente, ainda ouvíamos a música da festa, parecia nossa trilha sonora, tocava 'Faded'. Eu passava as mãos pelas costas dele e subia para o pescoço e cabelo, ele passava a mão direita pelas minhas costas e pela minha bunda, já a esquerda estava ocupada segurando uma porra de copo de catuaba, conforme iamos caminhando para trás eu me encostei na mesa, em seguida peguei o copo da mão dele e na impulsividade bebi todo o conteudo, aquela coisa já estava me irritando.

- Gulosa! - Ele fingiu uma expressão irritada, mas logo soltou uma gargalhada.

Voltamos a nos beijar e o clima foi esquentando mais e mais, ele me deitou na mesa e continuamos nos beijando.

- Mario, você tem... aquela coisa com C. - Corei de vergonha.

- Camisinha? Nâo tenho. - Ele condenou a si mesmo por não ter lembrado de arranjar uma.

- Então vai ficar pra próxima... - Falei, eu estava bebada, mas ainda não queria ficar grávida, né.

- É o melhor... não seria legal sua primeira vez ser... na biblioteca da escola, né. - Ele riu passando a mão de leve sobre o meu rosto, sorri com ternura.

Já que não vamos fazer besteirinhas hoje... - Eu ri. -... Eu quero dançar.

- Quer voltar pra lá? - ele apontou a porta atrás com o polegar.

- Não, quero dançar pra você!

- Isso seria interessante... - ele sorriu malicioso.

- Senta aqui! - arrastei uma cadeira para frente da mesa da bibliotecária e subi em cima da mesma.

- Prontinho. - Ele sentou- se.

Subi em cima da mesa, e para a minha surpresa, no exato momento começou a tocar 'Lolita' de uma das minhas cantoras preferidas, Lana del Rey, a musica era extremamente sugestiva na letra e no ritmo, e eu mesmo obviamente bêbada e morrendo de medo de cair de cima da mesa, comecei a dançar cantarolando junto com a música:

- Would you be mine, would you be my baby tonight?

enquanto ele me olhava vidrado e com a mão no Mario Jr. A minha vergonha na cara havia ficado lá junto com o barmen, certeza, por que ao em vez de queimar de vergonha, quanto mais eu via que provocava, mais eu queria provocar.

- Could be kissing my fruit punch lips in the bright sunshine...

 Dancei e cantei baixinho a música inteira com a maior cara de safada, e quando acabou pedi ajuda para ele me descer da mesa.

- Marce, você tá que tá hoje, hein!

- Eu to bem chapada! - Gargalhei.

- Não sei se posso sair assim. - Ele olhou para o Mario jr.

- Sabe, acho que não podemos desperdiçar assim o fato de estarmos sozinhos aqui, é tão raro isso.

- Sim, é bem raro o Paulo te dar um tempo, mas por culpa minha, não estamos aproveitando tanto... - Ele disse contrariado.

- Eu tenho uma ideia, mas to com vergonha de falar. - Eu disse rindo, mais uma vez como efeito do álcool.

- Vou ter que te lembrar do trato? - Ele pôs as mãos na minha cintura.

- Queria resolver eu mesma o seu " probleminha", como eu disse naquele dia.

- Eu não sei o que dizer. - Ele disse, e agora sim, mesmo chapada eu queimei de vergonha.

- Podemos tentar? - Falei.

- Você sabe que eu sou seu, pode fazer o que quiser comigo. - Ele disse e sorriu com intenções, então voltamos a nos beijar até o clima esquentar novamente, denovo ele passava a mão pelo meu corpo e eu pelo dele, entâo ele tirou minha camisa e eu fiz o mesmo com ele, eu usava uma lingerie azul neutra, graças a Deus, imagina o mico de um sutiã de coraçãozinhos por exemplo. Mario encostou- se na porta e eu fiquei na sua frente, desabotoei os dois botões de sua calça sem olhar e fiquei meio perdida, ele notou isso e abriu o ziper, olhei finalmente para o que estava em jogo, em meu corpo, eu não sabia o que falava mais alto, a vergonha, a vontade ou a emoção, no final decidi que teria que ser a vontade, e baixei sua boxer preta, finalmente dando de cara com o Mario Jr tão sonhado.

- Agora você tem que me ensinar como faz, porque eu não tenho nem idéia, dei risada de meu jeito atrapalhado, pra ajudar, só que não, a música que tocava no momento era 'Cama de Casal', do Hungria Hip Hop.

Mario pegou minha mão direita, e colocou ela no Mário Jr ( ai que vergonha), depois começou a acariciá-lo com ela, e sua expressão era indescritível, mas dava pra perceber o quanto ele curtia o momento, resolvi então que já sabia o que fazer e comecei a movimentar como ele ensinara, a vergonha na cara eu tinha engolido junto com a bebida mesmo, né.

Algum tempinho depois, Mario me alertou para parar, e eu obedeci, logo em seguida entendendo o "porquê".