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História Histórias de uma Adolescência - Marilina - Lolita


Escrita por: Marilinashipper

Notas do Autor


Comentem gente, quanto mais comentários, menos eu demoro com os próximos caps. Boa leitura ❤

Capítulo 35 - Lolita


Dá pra acreditar que já é quarta-feira? Faltam exatamente 2 dias pra nossa viagem para o Rio de Janeiro, algo me diz que essa viagem promete. Já estou pronta pra sair de casa, resolvi não tomar café denovo, eu sei que é errado, mas está dando resultado, perdi quase 3 quilos depois que diminui as refeições. O importante é ninguém perceber que estou fazendo isso.

Eu e Paulo estamos na mesma, não chamei ele pra ir a escola nem ontem e nem hoje, ele pode ir com a namorada dele depois sem nenhum problema e eu evito o estresse.

Peguei a mochila e segui sozinha para a escola, o bom é que de fones a caminhada parece mais curta.

Cheguei à escola e sentei-me no mesmo banco de sempre, a escola ainda estava bem vazia.

- Bom dia! - Firmino.

- Bom dia! - Sorri.

- Então, Santa Diabinha... você estava na escola no dia da festa, não é?

Nesse momento meu corpo gelou, a gente tinha esquecido o Firmino dormindo naquele dia, estranho mesmo era isso não ter chegado aos ouvidos da diretora.

- Eu... estava, por quê? - Fiz minha melhor cara de inoscente.

- Algo muito estranho aconteceu, sabe... não lembro de nada.

- Eu acho que o senhor devia estar cansado, mas não sei de nada também, foi uma festinha normal.

- Está bem, obrigado, boa aula. - Disse ele um pouco desconfiado, mas eu estava dizendo a verdade, não colaborei com nada daquilo, eu bebi um pouco, eu sei, mas não foi culpa minha eles enfiarem bebidas aqui dentro.

Depois que as meninas chegaram eu me juntei a elas, todas animadíssimas pra viajar. Até eu estou, quero ver como o Mário vai se portar comigo enquanto estivermos lá.

Nossa primeira aula era com a Fernanda, e foi tranquila, sem novidades com exceção das conversas que eu era obrigada a escutar na parte de trás da sala, entre Mário, Adriano e Jaime, adivinha o assunto, a bunda da professora! Pode isso?

A droga da segunda aula era com o Fabio, nosso professor de literatura, eu até curto ler, mas ele é insuportável, e também não vai com a minha cara, a única explicação pra isso é que eu sou mais inteligente que ele, e isso o deixa de mal humor.

- Bom dia classe, hoje falaremos de um românce.

- Qual? - Os mais curiosos indagaram-no.

- Lolita. - Ele disse e eu acabei virando pra trás e encarando Mário, acho que ele ficou com cara de tacho igualzinho a mim.

Mas eu tinha que virar o jogo, e eu sempre sabia como fazer isso com o professor Fábio.

- Desculpe-me, Professor, mas Lolita pra mim nunca será um românce. - Intervi.

- Por um acaso você já leu? - Ele me encarou sério.

- Já sim.

- Pois é sim considerado um romance, e também um grande clássico.

- O senhor acha certo dizer que é coerente ensinar em uma sala cheia de alunas que uma história sobre pedofilia entre um professor e uma garotinha é normal? - Cruzei os braços e mantive o sorriso debochado.

- Não trata-se disso, Marcelina Guerra. - Ele já começou a fechar a cara. Os outros alunos observávam querendo rir, eles estavam acostumados com esse meu comportamento na aula do Fábio.

- Trata-se de que? - Levanteida carteira desafiando-o.

- Pois bem, venha aqui na frente, vai explicar esse livro pra toda a classe, e se não fizer isso, ou não dizer coisas coerentes sobre a história, leva 0.

- Olhei para o Paulo, ele olhava pra mim sem saber se ficava preocupado ou se dizia: "Depois eu sou o irmão que não se comporta, humpf!".

Já Ally, se divertia esperando minha próxima atitude.

Fui até a frente da sala.

- Lolita é uma história absurda escrita nos anos 50, o protagonista é um professor e sua forma de contar os fatos não é confiável, ele é totalmente obcecado por uma garotinha de 12 anos, com quem ele se imagina fodendo ( Sim, eu disse isso ) Ele acaba sendo obrigado a se casar com a mãe dela porquê acha que é o único jeito de manter a infeliz da garota por perto, mas o absurdo é que ele nem gosta dela de verdade, ele se interessa porquê a infeliz se parece com a garota que ele realmente amava, uma que morreu. Mas, como a mãe da garotinha não dá um tempo pra ele por os pensamentos nojentos e absurdos dele em prática com a sua filha, ele planeja matar ela, mas ela acaba morrendo atropelada e ele nem precisa, então ele busca a garotinha num acampamento de férias e sequestra ela. Leva ela pra uns hoteis e tal, mente que a mãe dela não morreu ... umas coisas sem importância acontecem, ele estupra ela, finge pras pessoas que é pai dela pra não desconfiarem. E ela não o denuncia porquê ele diz que ela vai ficar órfã e presa se procurar a polícia. Mas no final ela acaba conseguindo escapar dele, se casa, fica grávida, mas perde o bebê e morre no parto, e ele vai pra cadeia por assassinar o homem que ajudou ela a fugir e morre lá, não lembro de quê..  todo mundo é infeliz para sempre. Pronto, Professor, sua aula está dada.

Fábio me olhava boquiaberto, eu sabia que eu tinha explicado tudo direitinho, mas sabia que ele não ia deixar barato.

- Marcelina Guerra, saia da sala!

- Por que??

- Você me irrita, saia da sala!

- Professor, eu...

- SAIA!

Então acho que o único jeito era sair da sala, abri a porta e saí, resolvi ir pra Biblioteca e dar um tempo até a aula dele terminar.

- Marcê! - Ouvi Mário me chamar.

- O que ta fazendo aqui? - Perguntei confusa.

- Você deu um jeito de sair da sala... Então eu também dei, vamos conversar?

- A gente tem mesmo o que falar? - Arqueei a sombrancelha.

- Eu não quero ficar sem você, muito menos quero viajar contigo e te ver me ignorando.

- Ué, parecia ser justamente o que você queria no fim de semana passado.

- Agi mal, mas isso não vai se repetir.

- Ah é?

- É... E o tema da aula hoje foi justo Lolita... Não resisti de lembrar de você dançando Lolita pra mim. - Ele riu.

- Pior que eu também, não. - Também ri.

- Foi boa a aula também, pra não esquecer de parabenizá-la, Professora!

- A da Fernanda parecia estar melhor. - Levantei a cabeça para encará-lo.

- Você escutou os comentários, né? - Ele fez uma expressão de medo.

- Claro, você estava bem atrás de mim. - Fiz a mesma cara que minha mãe faz quando meu pai está mentindo e ela já sabe a verdade.

- Ah Marcê, eu escuto você e as outras falando um monte do Cássio, releva né... E olhar é... só olhar, ela é bonita, isso não quer dizer que você não seja mais.

Comecei a sentir uma tontura;

As coisas começaram a girar;

Eu apaguei;

Droga, onde eu estou???




Notas Finais


Hmmm, Marcelina manja das literaturas kkkk / Parece que parar de comer foi péssima idéia hein, baixinha.


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