Ele não foi atrás de mim, nao sei se agradeço por isso ou derramo uma lágrima a mais, mas meu corpo decidiu a segunda opção pra mim. Fiquei na beira da calçada rezando pra que o taxi chegasse logo.
23:35 da noite e uma garota chorando, sozinha numa rua deserta, coberta apenas pela própria decepção. Eu diria que essa garota é louca, se ela não fosse nada menos do que eu.
Não queria voltar pra casa da Alicia, não queria ver a face desse infeliz nunca mais na minha vida, e o coração doía demais.
Quando o taxi chegou, o taxista preocupou-se comigo. Antes de eu dizer qualquer coisa, ele perguntou se algo grave havia acontecido comigo para eu estar chorando tanto e com marcas nos braços.
- N-n-não se preocupe, apenas me leve pra Vila Mariana.
Dei a ele o endereço de Daniel. Eu podia voltar pra casa da Alícia, na verdade é o que eu DEVIA fazer, mas algo me dizia que as coisas ficariam piores. Alícia seria capaz de não acreditar ou me chamar de exagerada, defender o Mário como de costume, ou na melhor/pior das hipóteses contar para o meu irmão.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.